O outro lado das notícias sobre desemprego
8 de Julho de 2015, 9:03PIG dá conotação negativa sobre MP do emprego e ministério esclarece o outro lado das notícias sobre desemprego
De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho
O envio de uma Medida Provisória, MP, ao Congresso Nacional pela presidenta Dilma Rousseff que cria o Programa de Proteção ao Emprego, vem sendo tratado pelo Partido da Imprensa Golpista, PIG, como algo catastrófico e negativo quando, na verdade, é positivo. O PPE foi criado para empresas que se encontram em dificuldades financeiras e protege o trabalhador contra o desemprego.
Confira a Nota do Ministério do Trabalho e Emprego, MTE, esclarecendo o assunto:
O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (06/07) Medida Provisória que cria o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). O objetivo da proposta é estimular a permanência dos trabalhadores em empresas que se encontram em dificuldades financeiras temporárias. A proposta permite a redução da jornada de trabalho em até 30%, com uma complementação de 50% da perda salarial pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), limitada a 65% do maior benefício do seguro-desemprego (1.385,91 x 65% = 900,84). Por exemplo, numa redução de 30% da jornada, um trabalhador que recebe hoje R$ 2.500,00 de salário e entra no PPE passará a receber R$ 2.125,00, sendo que R$ 1.750,00 pagos pelo empregador e R$ 375,00 pagos com recursos FAT. O trabalhador mantém o emprego, preserva o saldo do FGTS e permanece com todos os benefícios trabalhistas. “Essa é uma medida emergencial e temporária, adotada por indicação da OIT. Há estudos desde 2010 com o objetivo de evitar dispensas, incluindo a análise de exemplos como o da Alemanha. O PPE estimula a manutenção do emprego formal, permite que as empresas possam ter tempo para sua recuperação, evita a rotatividade e preserva os investimentos feitos em qualificação”, explica o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.
As empresas mantêm os trabalhadores qualificados e reduzem custos com demissão, contratação e treinamento, além de terem o gasto com salários reduzido em 30%. E o Governo Federal mantém parte da arrecadação com as contribuições sociais incidentes sobre os salários.
A contribuição do empregado e do empregador para o INSS e FGTS incidirá sobre o salário complementado, ou seja, sobre 85% do salário original. Portanto, a contribuição patronal para o INSS e para o FGTS incidirá também sobre o salário complementado, ou seja, sobre 85% do salário original. Mesmo assim, o custo de salários e encargos para o empregador será reduzido em 27%.
Os setores que poderão aderir ao PPE serão definidos pelo Comitê do Programa de Proteção ao Emprego (CPPE), formado por representantes dos ministérios do Planejamento; Fazenda; Trabalho e Emprego; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Secretaria-Geral da Presidência da República.
As empresas e os trabalhadores deverão fixar a decisão em aderir ao PPE por meio de Acordo Coletivo específico, no qual a empresa deverá comprovar sua situação de dificuldade econômico-financeira. O período de validade para a utilização do programa é de seis meses, podendo ser prorrogável, com limite máximo de 12 meses.
Segundo a MP, as empresas que aderirem ao PPE não poderão dispensar os empregados que tiveram sua jornada de trabalho reduzida temporariamente enquanto vigorar a adesão. No final do período, o vínculo trabalhista será obrigatório por prazo equivalente a um terço
do período de adesão.
O PPE visa preservar os empregos formais em momento de retração da atividade econômica, auxiliar na recuperação da saúde econômico-financeira das empresas, indispensáveis para a retomada do crescimento econômico. Além disso, estimula a produtividade do trabalho por meio do aumento da duração do vínculo trabalhista e fomenta a negociação coletiva, aperfeiçoando as relações de trabalho.
Assessoria de Imprensa/MTE
(61) 2031-6537/2430 – acs@mte.gov.br
"Não vou cair", diz Dilma em entrevista a jornal
7 de Julho de 2015, 13:44A presidenta Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (7) que não teme possíveis pedidos de impeachment por partidos de oposição e descartou qualquer possibilidade de renúncia.
“Se tivesse culpa no cartório, me sentiria muito mal. Mas não tenho nenhuma [culpa]. Nem do ponto de vista moral, nem do ponto de vista político”, disse a presidente em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Para Dilma, que inicia hoje viagem à Europa, as tentativas de interrupção do seu mandato são “luta política” e “um tanto quanto golpista”. “Não vou cair. Não vou, não vou. Isso é moleza, isso é luta política. Se tem uma coisa que eu não tenho medo é disso. Não conte que eu vou ficar nervosa, com medo. Não me aterrorizam”, disse a presidenta ao ser perguntada sobre um eventual pedido de impeachment.
Na entrevista ao jornal, Dilma lembrou dos boatos de que teria tentado suicídio por causa de pressão que vem sofrendo. “Outro dia postaram que eu tinha tentado suicídio, que estava traumatizadíssima. Não aposta nisso, gente. Foi cem mil vezes pior ser presa e torturada. Vivemos numa democracia. Não dá para achar que isso aqui seja uma tortura. Não é. É uma luta para construir um país. Não quis me suicidar na hora em que eles estavam querendo me matar. A troco de quê vou querer me suicidar agora? É absolutamente desproporcional. Não é da minha vida”, afirmou.
Sobre a possibilidade de não terminar o mandato, Dilma ressaltou serem necessárias provas para pedir a interrupção do mandato de um presidente. “Isso [não terminar o mandato] do ponto de vista de uma certa oposição um tanto quanto golpista. Eu não vou terminar por quê? Para tirar um presidente da República tem que explicar por que vai tirar. Confundiram seus desejos com a realidade, ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real”, acrescentou.
Perguntada sobre as prisões dos presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez em meio à Operação Lava Jato, Dilma disse considerá-las “estranhas” e voltou a fazer críticas sobre a delação premiada do dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa. “Não costumo analisar ação do Judiciário. Agora, acho estranha [o pedido de prisão]."
Em relação às críticas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sua gestão, Dilma voltou a negar atrito com seu antecessor. “Querido, podem querer, mas não faço crítica ao Lula. Não preciso. Deixa ele falar. O presidente Lula tem direito de falar o que quiser.”
Ao ser perguntada sobre o julgamento das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a presidenta voltou a negar irregularidades no atraso do repasse de recursos do Tesouro para os bancos públicos quitarem gastos com programas sociais ao longo do ano passado. “O governo dará uma resposta circunstanciada, item a item, para o TCU. Não acho que houve o que nos acusam. Aliás, é interessante notar que o que nós adotamos foi adotado muitas vezes antes de nós.”
Da Agência Brasil
Cuba invadiu o Gama
6 de Julho de 2015, 19:15Grupo Sabor de Cuba apresentou-se no Gama clique e amplie |
Cuba invadiu o Gama com a maravilhosa música do Grupo Sabor de Cuba
Do Gama
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho
Em uma apresentação impecável, o grupo Sabor de Cuba alegrou a tarde deste domingo (5) no Cantoria, Blues e o Escambau, na Feira Permanente do Gama. Pessoas de várias cidades do Distrito Federal prestigiaram a apresentação do grupo, que começou às 14h e encerrou às 17h, entretanto, a festa estendeu-se até às 20h, aproximadamente. Músicos da cidade também se apresentaram no local, como Cleison Batah, Manoel Pretto e Francis, além do poeta matuto Cumpadi Ancelmo.
O evento intitulado de Vai pra Cuba - A Festa, foi uma realização do Blog do Arretadinho e Rasta de Sapato, comandada por Cleison Batah; a festa também recebeu o apoio do Partido Comunista do Brasil, PCdoB/DF, da deputada federal Érika Kokay e do deputado distrital Chico Vigilante, ambos do Partido dos Trabalhadores, PT/DF.
O grupo Sabor de Cuba é um grupo cubano autêntico que faz apresentações atualmente em Brasília e que executa variados ritmos da música tradicional e contemporânea de Cuba com interpretações que celebram as origens.
Seus artistas principais são os irmãos Valoy (William e Félix), filhos de Félix Valoy (Músico cubano reconhecido internacionalmente). Também fazem parte do grupo Hector Hernandez (vocal e percussão), Aniel Galarraga (baixo elétrico e vocal), Gumercindo Aquilera (violão e baixo), Ofélia Gonzalez (flauta), todos cubanos e com formação em conservatório; e mais o colombiano Manuel Urbano (piano) e o brasileiro (nascido em Salvador),
O público lotou o local clique e amplie |
Do Són à Nueva Trova, passando pela rumba, mambo, salsa e bolero,entre outros, é possível perceber o alto valor da cultura musical do país, reflexo da espontaneidade criadora, da altivez e das emoções da alma cubana. Uma música vibrante, resultado do encontro de ritmos latinos,estruturas melódicas africanas, que desperta os sentidos e convida a dançar.
O grupo foi muito aplaudido quando Félix, que é professor de Salsa em Brasília, largou a percussão e foi para frente chamar o público para dançar, aproveitando para dar uma micro aula de Salsa, como pode ser conferido em um dos vídeos abaixo.
No repertório do grupo, predominam clássicos, da importância de Dos gardenias (Isolina Carrilo), Besame mucho (Consuelo Velasquez), Silencio (Ibrahim Ferrer), El carnaval (Célia Cruz), Chan chan (Compay Segundo), Yolanda (Pablo Milanés), Hasta siempre comandante (Carlos Puebla) e, claro, o hino Guantnamera (Jose Marti).
Vocês não são todos Maju
5 de Julho de 2015, 12:40Quando o garoto negro é arrancado da loja na Oscar Freire, vocês não são todos Maju.
Quando a propaganda sugere que a garota negra precisou ser adotada pra ter acesso à educação e refrigerante, vocês não são todos Maju.
Quando um apresentador em Black Face faz um Rap pra vender biscoitos, vocês não são todos Maju.
Quando vocês dizem que tal pessoa tem cabelo “ruim”, vocês não são todos Maju.
Quando vocês seguram suas bolsas no elevador do shopping, vocês não são todos Maju.
Quando vocês não me cumprimentam no hall do prédio, ou trancam o portão ao me ver chegando, não são todos Maju.
Quando vocês dizem que racismo não existe, e uma pessoa que “deu certo” como eu não deveria pensar ou falar sobre isso, vocês não são todos Maju.
Quando, na minha própria agência bancária, demoro 10 minutos pra ser liberado na porta giratória, vocês não são todos Maju.
Quando eu tento pegar táxi num ponto onde não me conhecem, vocês não são todos Maju.
Quando a criança negra aparece bem menos na tela do comercial de suco, ou de fralda, vocês não são todos Maju.
Quando eu sou o único pai “de cor” nas atividades da escola da minha filha, vocês não são todos Maju.
Quando a família de negros que a TV apresenta, numa obra de ficção bem torta, é formada por bicheiros, beberrões, advogados corruptos e mulheres promíscuas, e vocês acham que esse é o toque de realidade da obra, vocês não são todos Maju.
Quando insistem com as piadas de macaco, “preto” só é bom sambando e jogando bola, vocês não são todos Maju.
Quando vocês acham mesmo que são todos lordes britânicos que magicamente apareceram num país da América latina e aqui vivem, vocês não são todos Maju.
Quando não reconhecem os efeitos da escravidão sobre descendentes da diáspora africana, vocês não são todos Maju.
Quando acham que nossas guias coloridas e o nosso batuque são uma afronta ao Deus — impávido colosso da imaginação de quem torceu textos bíblicos pra condicionar mentes, vocês não são todos Maju.
VOCÊS NÃO SÃO TODOS MAJU.