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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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5 PALAVRAS COM HISTÓRIAS CURIOSAS LIGADAS À ROMA ANTIGA

30 de Setembro de 2021, 15:36, por .

 A língua portuguesa que usamos para nos comunicar com nossos semelhantes nos dias atuais é resultado de um processo evolutivo gigantesco que nasceu no latim — a língua materna na Roma Antiga. Pensando nisso, nós separamos uma lista com seis termos que ainda são muito usados nos dias atuais e cujas histórias estão ligadas ao cotidiano dos antigos romanos. Confira só!

1. Dizimar

(Fonte: Wikimedia Commons)


A palavra "dizimar" é usada nos dias de hoje para representar uma grande derrota ou a perda de um número grande, porém não especificado. Apesar de o termo ter nascido no antigo exército romano no mesmo contexto, ele era mais utilizado para falar de uma destruição bastante específica. 

Dizimar é proveniente do número "10", assim como os números decimais. Portanto, uma das punições dos romanos ao seus inimigos era dizimá-los, ou simplesmente acabar com um décimo de suas forças. Um a cada 10 soldados era escolhido aleatoriamente para morrer de uma forma cruel: espancado pelos seus próprios colegas.

2. Circo


Na Roma Antiga, todos os anfiteatros eram famosos por possuir um formato redondo. Portanto, o termo "circo" significa meramente uma estrutura circular, como era o caso das arenas. Entretanto, o nível das atrações não era exatamente o mesmo ao qual estamos acostumados hoje em dia.

Se hoje uma ida ao circo parece ser um programa familiar, antes isso significa assistir a uma variedade de esportes sangrentos, como as corridas de bigas e as lutas de gladiadores.

3. Salário


A palavra "salário" deve ser um dos termos mais adorados por qualquer trabalhador, mas nem sempre significou a quantia financeira recebida ao final do mês. Os romanos usavam os salários para recompensar os soldados pelos seus serviços, porém a premiação não era em ouro, mas, sim, em sal.

Se hoje esse mineral é visto como algo nada especial, naquela época muitas civilizações o usavam como moeda de troca e remuneração, sobretudo por ser um elemento mais escasso e essencial para a alimentação.

4. Fascismo

(Fonte: Wikimedia Commons)


Quando o usamos o termo "fascismo" para descrever uma política autoritária, facilmente acabamos pensando que essa é uma palavra que nasceu mais recentemente na História. Entretanto, isso é algo falado em território europeu desde os tempos da Roma Antiga.

A expressão "fasces", nos tempos romanos, referia-se ao conjunto dos feixes de varas em torno de um machado carregado por um lictor — o símbolo da lei. Desde então, virou símbolo máximo do autoritarismo e muitos pesquisadores acreditam que é dai que a palavra "fascismo" surgiu.

5. Testemunho


Como os romanos basicamente fundaram os sistemas de lei, é de se imaginar que muitas das palavras nesse meio tenham nascido do latim. E não é diferente para o termo "testemunhar". Segundo algumas teorias, a palavra nasceu do ato de fazer um juramento em nome dos testículos — símbolo de virilidade masculina.

Portanto, o testemunho de um homem seria a prova de que ele estaria falando o ápice da verdade em nome de uma parte "sagrada" do seu corpo. Bizarro, né?


via Mega Curioso



Aditivos de alimentos

30 de Setembro de 2021, 9:53, por .

As cores e a conservação de muitos alimentos são provenientes dos aditivos

 As prateleiras dos supermercados estão repletas de uma imensa variedade de produtos alimentícios, às vezes esses alimentos permanecem ali por semanas e até meses sem perder sua qualidade e sem estragar.

Se pensarmos na vida de nossos antepassados, que para comer tinham que caçar e/ou coletar, imaginamos as dificuldades que esses encontravam, pois não havia padarias, supermercados, açougues, nem mesmo restaurantes.

Podemos observar que para tais facilidades, os alimentos industrializados apresentam inúmeras substâncias que conservam, dão cor e sabor aos mesmos, por exemplo:

Acidulante: Coíbe a proliferação de micróbios, além de realçar o sabor.

Antioxidante: São usados em produtos gordurosos, impedindo a oxidação.

Antiumectante: Não deixa o produto ficar úmido, é um produto usado no sal.

Conservantes: Atrasa a produção de micróbios, e conserva o produto para que esse demore estragar.

Corantes: Provoca alterações visuais no produto, ou seja, dá cor aos alimentos, tornando-os mais atrativos.

Edulcorante: São adoçantes artificiais.

Espessantes: Da consistência aos produtos.

Estabilizantes: Impede a mudança de característica e consistência do produto.

Adoçante é uma substância que adoça os alimentos assim como o açúcar, mas administrado em menores quantidades já que adoça mais que a sacarose. Também conhecido como edulcorante, o adoçante pode ser artificial, não contendo calorias, ou natural, contendo menor quantidade de calorias que o açúcar.

Dentre os adoçantes artificiais temos os aspartames, a sacarina, o ciclamato, a sucralose e acessulfame-k.

Aspartames: É o tipo mais utilizado entre os adoçantes, tem capacidade de adoçar 200 vezes mais que a sacarose. Seu valor energético é de 4 calorias/gramas. Deve ser evitado por pessoas que sofrem de fenilcetonúria, pois contém fenilalanina em sua composição.

Sacarina: É o tipo mais antigo de adoçantes com capacidade de adoçar 500 vezes mais que a sacarose, porém deixa sabor residual na boca. É bastante utilizado em alimentos, cosméticos e medicamentos.

Ciclamato: É bastante utilizado em alimentos, mas é proibido em alguns países por provocar efeitos cancerígenos, mutantes em células e alérgicos. Adoça 50 vezes mais que a sacarose.

Sucralose: É bastante utilizada em produtos esterilizados, UHT, pasteurizados e assados, pois é estável à grandes temperaturas. É eliminada totalmente do organismo pela urina num prazo máximo de 24 horas. Não produz cáries e reduz a produção de ácidos que as produzem. Adoça 600 vezes mais que a sacarose.

Acessulfame-k: É o adoçante mais resistente ao tempo e a altas temperaturas. Adoça 200 vezes mais que a sacarose e é eliminada totalmente pelo organismo através da urina.

Dentre os adoçantes naturais temos a frutose, o sorbitol, o manitol e o esteovídeo.

Frutose: É extraído de frutas, cereais e mel, tem capacidade de adoçar 173 vezes mais que a sacarose. Deve ser usado com moderação já que provoca cáries e tem consumo limitado para diabéticos.

Sorbitol: Originado de frutas e algas marinhas, adoça 50 vezes mais que a sacarose. Seu uso é restrito a pessoas que não são diabéticas e que não são obesas. Resiste a altas temperaturas, à evaporação e ao cozimento.

Manitol: É encontrado em vegetais e algas marinhas, tem capacidade de adoçar 70 vezes mais que a sacarose. Não é recomendado a diabéticos e produz efeito laxativo se usado em grandes quantidades.

Esteovídeo: Tem capacidade de adoçar 300 vezes mais que a sacarose e é encontrado na planta Stevia Rebaudiana. Não contém calorias e é estável em altas temperaturas.


Eduardo de Freitas

Equipe Brasil Escola



A Eficácia do Riso

30 de Setembro de 2021, 9:33, por .

 O riso pode apresentar um aspecto físico, cognitivo e emocional


Ao escutar uma piada, daquelas que nos fazem disparar a rir, são produzidos na boca uma série de sons vocálicos que duram de 1/16 segundos e repetem a cada 1/15 segundo. Enquanto os sons são emitidos, o ar sai dos pulmões a mais de 100 Km/h.

Uma gargalhada provoca aceleração dos batimentos cardíacos, elevação da pressão arterial e dilatação das pupilas.

Os adultos riem em média 20 vezes por dia, e as crianças até dez vezes mais. Rir é um aspecto tão inerente à existência humana que esquecemos como são interessantes esses ataques repentinos de alegria.

Por que as pessoas riem quando escutam uma piada? Segundo o escritor húngaro Arthur Kostler (1905-1983), o riso é um reflexo de luxo, que não possui utilidade biológica.

Entretanto a Natureza não investe em algo inútil, acredita-se que o impulso de rir possa ter contribuído para a sobrevivência no decurso da evolução.

A gelotologia que pesquisa sobre o riso, aponta que esta é a mais antiga forma de comunicação.

Os centros da linguagem estão situados no córtex mais recente, e o riso origina-se de uma parte mais antiga do cérebro, responsável pelas emoções como o medo e a alegria. Razão pela qual o riso escapa ao controle consciente. Não se pode dar uma boa gargalhada atendendo a um comando, muito menos é possível reprimi-la.

O riso pode apresentar um aspecto físico, cognitivo e emocional. Acontecimento este que não reduz o senso de humor a uma única região do cérebro.

Rir, achar algo engraçado, é um processo complexo, que requer várias etapas do pensamento.


Por Patrícia Lopes

Equipe Brasil Escola



Médicos e enfermeiros trabalhavam infectados

30 de Setembro de 2021, 9:02, por .


 Médicos e enfermeiros trabalhavam infectados e Anthony Wong foi internado em unidade de não Covid

A advogada Bruna Morato, responsável por ajudar a elaborar um dossiê sobre a Prevent Senior, disse na CPI da Covid que médicos e enfermeiros eram obrigados a trabalhar mesmo depois de terem testado positivo para o novo coronavírus. Ela denunciou ainda que o médico Anthony Wong, que morreu em decorrência da doença em 15 de janeiro passado, “ficou internado em uma unidade não covid, normalmente para pacientes cardiológicos”. 

Questionada pelo senador Humberto Costa se profissionais de saúde trabalharam infectados nos hospitais da Prevent Senior, ela afirmou: “As informações que me foram transmitidas é que sim, médicos e enfermeiras trabalharam infectados. Assim como, no caso do doutor Anthony Wong, volto a dizer, o que me choca não é só o fato de ele ter feito o uso do tratamento preventivo e de ter sido cobaia para determinados tratamentos. Mas o fato de ele ter sido admitido em uma unidade cardiológica [após contrair o novo coronavírus], em meio a outros tantos pacientes, colocando em risco a vida daquelas pessoas, que estavam com ele dentro de uma UTI, que não tinha isolamento para Covid”.

Via Brasil247



81 anos da Morte de Trotsky (22/08)

1 de Setembro de 2021, 19:24, por .

 81 anos da Morte de Trotsky

Por Juan Ricthelly

Hoje é o aniversário de 80 anos da morte de Trotsky, um homem que marcou o século XX, com suas ideias, ações e principalmente com o seu exemplo, sua voz ainda ecoa em muitas mentes e corações, algumas de suas profecias se cumpriram, outras não.

Foi um personagem decisivo da Revolução de Outubro, da Guerra Civil e criador do Exército Vermelho, deixou escritos sobre política, história, filosofia, arte… E chegou a ser reconhecido por Lênin como o mais capaz para sucedê-lo no comando da URSS.

Na disputa pela sucessão de Lênin, foi derrotado pela sagacidade de Stálin, que possuía o domínio da máquina partidária e não hesitava em recorrer à métodos desleais para vencer.

Foi expulso do Politburo, do Partido e da própria União Soviética, perdeu a nacionalidade se convertendo num homem sem pátria, teve pedidos de asilo recusado por vários países, e vagou como exilado por Turquia, França, Noruega e finalmente o México, onde foi assassinado em 1940.

Sua família foi destruída, viu parentes, amigos e simpatizantes serem perseguidos pelo stalinismo, uma de suas filhas morreu de tuberculose, a outra se suicidou, um de seus filhos, cientista, que não se envolvia com política desapareceu, o outro que era o seu braço direito, morreu de forma muito suspeita na França.

Viveu seus últimos anos defendendo o seu legado e a sua história das calúnias e absurdos sem nenhum lastro fático, que tentaram apagar a sua importância e apresentá-lo como um traidor da revolução, que nunca foi.

Tenho Trotsky como uma das minhas principais referências políticas, e tenho dedicado algum tempo estudando suas ideias e a sua história.

Os seus erros e acertos fazem parte da herança dos idealistas que ainda acreditam na materialização da utopia que nos move, nos mantém vivos e cheios de esperança, de que algum dia nós iremos construir um mundo melhor.


Segue o seu testamento, escrito alguns meses antes de sua morte.


"Minha pressão sanguínea elevada (e que continua a elevar-se) engana àqueles que me são próximos sobre minhas reais condições físicas. Estou ativo e capaz de trabalhar, mas o fim está evidentemente próximo. Estas linhas serão tornadas públicas após minha morte.

Não preciso mais uma vez refutar aqui a calúnia vil de Stalin e seus agentes: não há uma só mancha sobre minha honra revolucionária. Não entrei, nem direta nem indiretamente, em nenhum acordo, ou mesmo em nenhuma negociação de bastidores, com os inimigos da classe operária. Milhares de adversários de Stalin tombaram, vítimas de falsas acusações. As novas gerações revolucionárias reabilitarão sua honra política e tratarão seus carrascos do Kremlin como eles merecem.

Agradeço ardentemente aos amigos que se mantiveram leais através das horas mais difíceis de minha vida. Não cito nenhum em particular, porque não os posso citar todos.

Apesar disso, considero-me no direito de fazer exceção para o caso de minha companheira, Natália Ivanovna Sedova. Além da felicidade de ser um combatente da causa do socialismo, quis a sorte me reservar a felicidade de ser seu esposo. Durante quarenta anos de vida comum, ela permaneceu uma fonte inesgotável de amor, magnanimidade e ternura. Sofreu grandes dores, principalmente no último período de nossas vidas. Encontro algum conforto no fato de que ela conheceu também dias de felicidade.

Nos quarenta e três anos de minha vida consciente, permaneci um revolucionário; durante quarenta e dois destes, combati sob a bandeira do marxismo. Se tivesse que recomeçar, procuraria evidentemente evitar este ou aquele erro, mas o curso principal de minha vida permaneceria imutável. Morro revolucionário proletário, marxista, partidário do materialismo dialético e, por consequência, ateu irredutível. Minha fé no futuro comunista da humanidade não é menos ardente; em verdade, ela é hoje mais firme do que o foi nos dias de minha juventude.

Natascha acabou de chegar pelo pátio até a janela e abriu-a completamente para que o ar possa entrar mais livremente em meu quarto. Posso ver a larga faixa de verde sob o muro, sobre ele o claro céu azul, e por todos os lados, a luz solar. A vida é bela, que as gerações futuras a limpem de todo o mal, de toda opressão, de toda violência e possam gozá-la plenamente.

Leon Trotsky

Coyoacán, 27 de fevereiro de 1940."