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 Não ande na minha frente, talvez eu não queira segui-lo.

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Burgos Cãogrino

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Lei torna sigilosa a investigação de acidentes aéreos no país

10 de Maio de 2014, 22:23, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




A polícia e o Ministério Público só terão acesso à caixa-preta mediante decisão judicial

Lei sancionada ontem pela presidente Dilma torna sigilosa a investigação feita pela Aeronáutica de acidentes aéreos no Brasil.

A partir de agora, por exemplo, a polícia e o Ministério Público, ao apurar um acidente aéreo, só terão acesso à caixa-preta de um avião —com as conversas da tripulação na cabine—mediante decisão judicial.

Ainda assim, a lei estabelece duas condições para liberar os dados: que o Cenipa, órgão da Aeronáutica responsável pela apuração de acidentes aéreos, seja consultado antes; e que essas informações sejam protegidas por segredo de Justiça, de modo a evitar a divulgação.

Elaborada pelo próprio Cenipa, o projeto de lei, de 2007, havia sido aprovado neste ano pelo Congresso.

 A intenção é blindar detalhes da investigação para que não sejam usados por polícia ou Ministério Público em inquéritos ou ações criminais contra suspeitos de causar determinado acidente aéreo.

Isso porque o interesse da investigação de um acidente aéreo conduzida pelo Cenipa é achar falhas que previnam novos desastres, e não procurar culpados, diz o órgão.

Pela lei, o depoimento de alguém que tenha participado de um acidente não poderá ser usado no tribunal. Sem esse sigilo, entende o Cenipa, o colaborador pode se sentir ameaçado e não ajudar.

Aconteceu, por exemplo, na colisão entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, em 2006, no qual 154 pessoas morreram. Na ocasião, controladores se recusaram a auxiliar a investigação por medo de punição.

O texto também proíbe que análises e conclusões do Cenipa sobre um acidente sejam utilizados como prova em inquéritos ou processos. Mas o órgão pode, a pedido da autoridade policial, ceder um técnico para ajudar.

Não punir

A determinação de prevenir, em vez de punir, está em convenção da Organização Internacional de Aviação Civil, assinada pelo Brasil.
Fernando Camargo

"O que nos queremos é que a investigação, feita com objetivo de prevenção de acidentes, não seja utilizada para outros propósitos", diz o coronel aviador Fernando Camargo, do Cenipa.



Mário Sarrubbo
Mário Sarrubbo, procurador do Ministério Público Estadual, afirma que a lei dificulta a investigação da responsabilidade criminal. "Quando se afasta a sociedade, perde-se um pouco de transparência", diz ele, que acompanhou apuração de acidentes na década de 1990.

Anderson Vagner

Já o procurador federal Anderson Vagner disse que a lei é positiva por estar alinhada às recomendações internacionais a respeito.





Fonte: JCNET
Imagem: Google





Software livre, Marco Civil da Internet e neutralidade de rede

10 de Maio de 2014, 13:04, por Desconhecido - 0sem comentários ainda





Software livre, Marco Civil da Internet, neutralidade de rede: um papo com Ricardo Fritsch

Ricardo Fritsch é coordenador geral da Associação Software Livre.Org e organizador do Fórum Internacional de Software Livre  
Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21


Por Roberta Fofonka

Ricardo Fritsch é coordenador geral da Associação Software Livre.Org, um dos organizadores do Fórum Internacional de Software Livre, que encerra neste sábado (10), em Porto Alegre. Ativista da cultura livre, em entrevista ao Sul21, ele se propôs a esclarecer alguns pontos para um maior entendimento sobre software livre, Marco Civil da Internet e neutralidade de rede. Promulgado no último dia 23 de abril, o Marco Civil é lei, e estabelece regras para “garantir privacidade, segurança e liberdade para o cidadão” na internet. Por que é importante o seu entendimento? Por que esta lei assegura os princípios básicos, sobretudo em termos de liberdade de expressão e acesso na web, aspectos severamente ameaçados de extinção pelas operadoras de telefonia brasileiras em pleno século XXI.


Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
Sul21 – Para quem está acostumado a usar os softwares privados, que são automaticamente apresentados para uso, como o software livre pode entrar neste contexto?
Fritsch - Atualmente a gente tem a possibilidade de comprar computadores com um sistema operacional. É um conjunto de instruções que faz com que a máquina funciona e sirva para as funções na qual ela foi desenhada. Nós temos sistemas operacionais proprietários e sistemas operacionais livres. Livres são os Linux, que são vários servidores que customizam para atender a uma determinada necessidade. Uma das grandes vantagens de adquirir computadores com estes sistemas, uma coisa é o preço. Só para ilustrar, em um computador de dois mil reais, duzentos reais são do “nefasto” lá dentro, o software proprietário. O software livre é aquele que tem o seu código fonte publicado, aberto. Seria como vender o bolo e a receita junto.

Sul21 - E desta forma o programa é aprimorado sem fronteiras, então.
Fritsch – Sim, o usuário fica livre para fazer as modificações que ele desejar. Bem diferente do software proprietário, que é uma caixa preta em que o usuário pode apenas fazer uma coisa: usar. E o pior, usar por algum tempo. Se tu comprares um computador com Windows, o Windows não é teu. Tu apenas tens um direito de uso por um determinado tempo. Isso começou por causa do modo capitalista, em algum momento alguém decidiu separar os softwares em caixinhas e vender. No início, todos os softwares tinham o seu código publicado.


Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
Na parte de computadores pessoais e notebooks, por exemplo, o Windows é o sistema operacional dominante. No entanto, nos smartphones e nos tablets, o Windows fica na lanterna. O Android, é totalmente baseado em Linux. Está rodando ali um Linux adaptado para um telefone celular. E a riqueza disso é que o Andoid é usado por dezenas de fornecedores de celulares e de tablets. Porque o pessoal pega aquele miolo e faz os ajustes necessários para que aquele tipo de equipamento funcione melhor. Eles fazem customização conforme as características do modelo, e o software livre permite que o fabricante possa alterar o código, preservando a sua natureza.

Sul21 – O software proprietário portanto tranca a inovação?
Fritsch - Softwares proprietários sem dúvida alguma bloqueiam a inovação. No sentido de que a informação fica centrada em apenas um fornecedor. E a gente sabe que a inovação na história da humanidade foi sendo feita por que as pessoas foram construindo muito em cima de conhecimento que outras pessoas descobriram. Inovação é sempre isso. Usar de um conjunto de conhecimentos agregando um ou dois para conseguir um terceiro conhecimento. E o bom é que ninguém perde com isso, todo mundo ganha.
Na área gráfica, por exemplo, toda a empresa que compra uma licença de Photoshop que seja está botando dinheiro fora. O nosso evento aqui tem toda a parte de folheteria, site e material gráfico, em que nós usamos, em todos, softwares livres para fazer. E esse negócio de licença tem muito esta coisa de obsolescência programada. Aí o consumidor fica sujeito a isso. O consumidor tinha que comprar as coisas que ele precisa e deseja, e não as coisas que lhe são impostas.

Sul21 – E em termos de Marco Civil da Internet, o quanto a gente precisa aprender com este período de implantação?
Fritsch - O Marco Civil começou a ser construído aqui, na 10ª edição do evento. Estava aqui o então presidente Lula, a atual presidente Dilma Rousseff, como chefe da Casa Civil, o (atual governador) Tarso Genro, como Ministro da Justiça. Foi no 10º FISL que a sociedade civil organizada convenceu o governo de que era importante ter um conjunto de regras que governos, empresas, provedores e operadoras, tivessem para garantir privacidade, segurança e liberdade para o cidadão. Essa compreensão foi fundamental. E aí o governo topou, desde que nós propuséssemos alguma coisa. Evidentemente, sob articulação do Ministério da Justiça, nós escrevemos todas aqueles artigos que tem no Marco Civil. Foi organizada uma versão beta e disponibilizada na rede, onde as pessoas puderam colocar críticas e melhorias. Depois, ficou três anos rodando pelo Congresso, sofrendo todo tipo de lobby e coisas assim.


Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21
Sul21 – Como tu avalias a participação do governo, com iniciativas como Gabinete Digital e Participa.BR?
Fritsch - Eu vejo estas iniciativas com bastante otimismo. Primeiro, que como cidadão eu vejo que é uma forma de eu influenciar e dialogar com o governo. De outro lado, eu vejo que todas estas iniciativas de governo são feitas com software livre. O Participa.BR utiliza o Noosfero, que é uma rede social de código livre que foi produzida originalmente por uma cooperativa de desenvolvimento de software livre lá da Bahia, a Coolivre. E nós da Associação Software Livre apoiamos e apostamos bastante nesta iniciativa, e inclusive utilizamos. O site do FISL é um exemplo, é feito com esta plataforma.
A gente está vendo que os governos, para se aproximar da sociedade, têm aberto mais canais de participação. Em relação ao Marco Civil, houve uma coisa muito engraçada. Depois de aprovado pela Câmara, o Senado lançou uma pesquisa, em que de forma extremamente surpreendente, os respondentes apontavam que gostariam que não houvesse a neutralidade na rede. Aí fizemos o questionamento todo e fomos ver: aquela pesquisa não estava sendo feita em software livre. Então, ela não era transparente. Por que o legal do software livre em relação a estas pesquisas é que, se eu vou responder, eu quero saber se o meu voto realmente está sendo computado da maneira certa. E só tem um jeito de fazer isso, que é utilizando um software que seja transparente. E o software livre é o único tipo de software assim. As caixas-pretas (softwares proprietários) não são transparentes. E tem ainda o movimento de dados abertos, que é a divulgação de dados do governo para a população, o que é um passo muito importante.

Sul21 – Falando em neutralidade de rede, por que é importante que as pessoas tenham conhecimento disso?
Fritsch - Bem, a lei do Marco Civil tem 25 artigos. Aquele que foi o mais discutido foi este sobre a neutralidade. Todas as questões de liberdade de expressão, privacidade, uso de padrões abertos e softwares livres não chegaram a ter grandes destaque. Mas isso aconteceu devido ao lobby muito grande das operadoras de telefonia que não desejam a neutralidade da rede. A neutralidade de rede estabelece o seguinte: qualquer pacote de dados, seja ele de filmes, uma música, um e-mail, um vídeo, uma mensagem instantânea, têm que trafegar com a mesma velocidade. Com a quebra da neutralidade de rede, que era o que as empresas de telefonia queriam, só aquelas marcas com quem elas tivessem feito algum acordo comercial poderiam trafegar numa velocidade melhor. Os demais, teriam que trafegar de forma mais lenta. Ou talvez nem pudessem trafegar. Isso seria uma coisa muito terrível para a liberdade dos cidadãos. Hoje nós temos a liberdade de acessar qualquer site, a qualquer hora, e nós temos a certeza de que ele vai responder na velocidade que o servidor do outro lado tem. E não na velocidade que o provedor de acesso desejasse colocar. Foi extremamente surreal, mas a sociedade ganhou.



Fonte: Sul21
Imagens: Sul21, Google 





Odessa: O massacre que a imprensa “não viu”

6 de Maio de 2014, 17:15, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Por Natalia Forcat para Oriente Mídia

“Poder e mídia não são apenas relações amigáveis entre jornalistas e líderes políticos, entre editores e presidentes. Não são apenas sobre as relações parasitárias e de osmose entre repórteres supostamente honrados e o eixo do poder que existe entre a Casa Branca, o Departamento de Estado e o Pentágono, a Downing Street e os ministérios das Relações Exteriores e da Defesa [britânicos]. No contexto Ocidental, a relação entre poder e mídia diz respeito a palavras — é sobre o uso de palavras. É sobre semântica. É sobre o emprego de frases e suas origens. E é sobre o mau uso da História e sobre nossa ignorância da História. Mais e mais, hoje em dia, nós jornalistas nos tornamos prisioneiros da linguagem do poder.”

Robert Fisk

O jornalismo e as palavras do poder



Depois de enfrentamentos, iniciados após uma partida de futebol, grupos favoráveis ao governo golpista de Kiev cercaram dezenas de manifestantes contrários, que tinham se refugiado no prédio da Central Sindical, e provocaram um incêndio criminoso usando coquetéis molotov. Os extremistas impediram a saída das pessoas -espancando as que tentavam fugir- enquanto incendiavam as dependências do sindicato como pode ser visto nos videos divulgados na internet pelos próprios autores da chacina. O resultado foi de 46 pessoas assassinadas, muitas das quais morreram sufocadas pela fumaça, outras queimadas e ainda houve as que se atiraram ao vazio tentando fugir das chamas. Isto constitui, sem sombras de dúvidas, um massacre. No entanto a mídia ocidental, que atua como um mero canal de propaganda de EUA e da OTAN, sempre pronta para divulgar justificativas para guerras e intervenções “humanitárias”, não viu este massacre.

Com a clara intenção de diminuir o impacto do acontecimento, entrou em cena a “linguagem do poder”, então em vez de ficarmos sabendo que 46 pessoas foram cercadas e queimadas vivas, foram usados artifícios como “enfrentamentos deixam 46 mortos”, ou ainda “incêndio causa mortes”, sem entrar em detalhes e ocultando ou camuflando a autoria do incêndio e tomando especial cuidado para não personificar as vítimas.

Normalmente, quando a imprensa quer nos comover com algum massacre ou com alguma tragédia natural da qual pretenda obter algum lucro político, as vítimas são humanizadas: elas tem nome e uma história, os planos truncados da vítima são apresentados detalhadamente para gerar empatia no público. Mas, em Odessa, a imprensa transformou todas as vítimas em anônimos, pessoas sem rosto, sem nome e sem história. Ninguém sabe no Ocidente, pelo menos não pela imprensa corporativa, que o poeta ucraniano Vadim Negaturov morreu ao pular do prédio da sede sindical em chamas. Ninguém sabe se ele tinha filhos, ou se ele tinha sonhos. Também não seremos informados se ficou algum poema inacabado.

O poeta Vadim Negaturov (em cirílico: ВАДИМ НЕГАТУРОВ) 
conhecido popularmente como “Katyn”.

No artigo de Neil Clark, traduzido e publicado pelo Oriente Mídia, o autor questiona “por que o uso da força por parte das autoridades contra os manifestantes era completamente inaceitável ​​em janeiro, mas é aceitável agora?”, Clark disse estar confuso com estas “contradições”. Nós, também estamos. Por esse motivo consideramos que é imprescindível analisar como a mídia corporativa está escolhendo as palavras para mascarar o massacre. Não fizemos um levantamento sobre como a mídia brasileira veiculou a notícia, mas traduzimos dois artigos com dados importantes sobre como vários grandes veículos de imprensa internacional noticiaram o massacre de Odessa.



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Mídia Ocidental evita mostrar quem foram os autores do incêndio em Odessa

Fonte: RT

Apesar que as evidências confirmam que foram os manifestantes partidários do Governo de Kiev os autores do incêndio fatal em Odessa, a mídia ocidental continua divulgando informações ambíguas.

O Pravy Sector provocou intencionalmente o incêndio que aconteceu no final da tarde de sexta-feira na Central Sindical, na cidade portuária de Odessa, em que 46 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas.

Os principais meios de comunicação ocidentais foram, no entanto, muito cuidadosos ao informar sobre a tragédia e tentaram evitar culpar diretamente os reais autores do incêndio mortal.

A cobertura de eventos dependia, quase exclusivamente, de declarações feitas pelo Governo de Kiev, que culpou pela violência os ativistas em favor da autonomia da região, bem como testemunhos dados por membros do grupo ultra nacionalista Pravy Sector. Com base nesta informação, o público poderia interpretar que o prédio pegou fogo sozinho, sugerem alguns jornalistas.

“Em algum momento, ainda não está claro como tudo isso começou exatamente, havia aqui protestos pró-ucranianos e pró-russos. Aconteceram enfrentamentos nas ruas que culminaram, ontem à noite, em um grande incêndio em um edifício”, disse Sky News.

Enquanto isso, a Fox News informou que “o confronto entre manifestantes nacionalistas e anti Kiev causou um incêndio que matou pelo menos 31 pessoas”, sem especificar exatamente como os eventos aconteceram ou como o incêndio começou.

No entanto, a retransmissão ao vivo, desde o local do acontecimento, mostrou claramente como os radicais pró governo de Kiev atiravam coquetéis molotov contra a Central Sindical, onde ativistas “anti Maidan” ficaram presos por horas.

O jornal The Washington Post perguntou à ativista Kiev Diana Berg quem estava por trás do lançamento de coquetéis molotov e ela admitiu que era “nossa gente”.

Quando a tragédia aconteceu, o site da BBC simplesmente citou o escritório regional do Ministério de Interior da Ucrânia. “… não deu detalhes sobre como o fogo começou” disse o portal. “A sequência exata dos eventos ainda não está clara”, acrescentou.

Este tipo de cobertura é consistente com a forma como vêem a situação as autoridades norte-americanas e europeias, afirma o corresponsal de RT, Gayane Chichakyan. Eles têm se posicionado claramente com as autoridades de Kiev e estão dispostos a justificar e defender qualquer ação tomada por Kiev contra os manifestantes, acrescenta.

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Mídia hispana também esconde autores do incêndio

Com informações publicadas no site de notícias argentino Indymedia

As manchetes publicadas na mídia hispana sobre incêndio em Odesa 
evitam mencionar os autores ou dizer quem foram as vítimas. Isso
 pode ter passado despercebido por muitos, mas outros perguntam indignados: “O que estão tentando nos vender?”

As imagens da transmissão ao vivo a partir de Odessa e o depoimento de testemunhas e ativistas que apoiam o governo autoproclamado de Kiev confirmavam que o incêndio na Casa dos Sindicatos, na cidade portuária de Odessa, em que dezenas de pessoas morreram foi causado por manifestantes favoráveis à nova administração.

No entanto, grande parte da imprensa espanhola (e especialmente a mídia dominante) evitou mencionar em suas manchetes quem estava por trás do ataque e quem foram as vítimas, mesmo sabendo isso. Embora a autoria dos crimes e quem são as vítimas não apareça nas manchetes ou nos primeiros parágrafos de inúmeros artigos, o fato é comentado mais tarde no texto como algo que estaria “sendo verificado”, mas sem dar a importância em geral, e descumprindo os padrões jornalísticos básicos.

Esta forma de apresentar as informações, muitas vezes ignora completamente a clássica fórmula de ouro jornalismo conhecido como o ” Cinco W ‘ (e um H), referindo-se às seis perguntas que todas as notícias corretamente escritas deveria responder, se as respostas são conhecidas: what, who, how, when, where e why? (o quê, quem, como, onde, quando e por quê?)

Jornal El País (Espanha)

Captura de tela de www.internacional.elpais.com

O início do artigo no site do El Pais, o jornal de maior circulação na Espanha, fala que um surto de violência “arrasou um edifício em Odessa”, deixando 36 mortos.

Apenas no segundo parágrafo da história, como se não fosse algo particularmente importante como para encabeçar a “pirâmide invertida” (estrutura de informação clássica em que os dados mais significativo são colocados no início do texto) afirma que efetivamente eram “partidários de Kiev”, que “colocaram fogo” na Casa dos Sindicatos.
(…)

ABC

Captura de tela de www.abc.es

Neste outro artigo de ‘ABC’, o leitor só conhece várias versões do que pode ter ocorrido durante a leitura do terceiro e quarto parágrafo.

Em primeiro lugar é sugerido, citando um portal ucraniano, que os manifestantes anti Kiev lançaram, desde o terraço da Casa dos Sindicatos, as garrafas de gasolina que causaram o incêndio no mesmo prédio onde eles estavam. Depois, inclui a versão do Kremlin, que responsabilizou as autoridades ucranianas pela tragédia.


Infobae

Captura de tela de www.infobae.com

“Trinta e oito pessoas morreram, nesta sexta-feira no incêndio de um edifício em Odessa (sul da Ucrânia), após confrontos entre partidários do governo e ativistas pró-russos de Kiev”, publicado no site Infobae, o último 2 de maio, citando apenas o Ministério de Interior Ucraniano e sem mencionar quem foram mortos ou quem acendeu o fogo no prédio.

CNN



No portal da CNN, a morte dessas 46 pessoas não pareceu importante o suficiente como para dedicar um artigo inteiro. De fato, apenas duas frases, perto do final das informações sobre a libertação dos observadores militares da OSCE, dão evidência desta tragédia e de maneira superficial.


“Na cidade portuária de Odessa, no sul, os confrontos no prédio de um sindicato provocaram um incêndio que matou 46, de acordo com um porta-voz das autoridades locais”, foi relatado.


Fonte: Oriente Mídia




Após tragédia de Odessa pode-se falar sobre genocídio contra russos na Ucrânia

5 de Maio de 2014, 11:45, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




O vice-presidente do Comitê de Defesa da Duma de Estado, Franz Klintsevich, acredita que a política dos EUA e da União Europeia em relação aos acontecimentos no sudeste da Ucrânia e em Odessa pode ser caraterizada como genocídio da população russa.

Na sexta-feira passada, em Odessa, ocorreram vários confrontos. Cerca de 40 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas na sequência de um incêndio que deflagrou na Casa dos Sindicatos, onde se encontravam os ativistas do Antimaidan. No sábado, o Ministério do Interior ucraniano anunciou a detenção de 172 pessoas, 127 das quais foram detidas como participantes ativos dos tumultos.







"Impressiona desagradavelmente a frieza com que a Ucrânia queima e mata a tiros as pessoas inocentes. A política dos EUA e da União Europeia é o genocídio do povo russo", declarou Klintsevich a RIA Novosti.
De acordo com o político Klintsevich , "a tragédia de Odessa, não poderá parar o novo governo de Kiev e seus apoiantes ocidentais do terror".





Imagens: Voz da Rússia, Google
Vídeos: RT






Otan: Aliança militar e maior ameaça à paz completa 65 anos

5 de Maio de 2014, 9:31, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) completa 65 anos nesta sexta-feira (4). A aliança militar foi criada no contexto da Guerra Fria, mas sua manutenção pelo imperialismo se dá através de reformulações “estratégicas” que expandem a sua atuação no mundo e generalizam o seu papel de forma quase infinita. Em declaração ao Vermelho, Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz, disse que a Otan é “um instrumento de agressão e dominação dos povos, a maior ameaça à paz no mundo”.

Lançada em 4 de abril de 1949, a partir da assinatura do Tratado do Atlântico Norte entre os EUA e seus aliados europeus, a Otan empenhou-se pela expansão para o Leste europeu após a dissolução da União Soviética, que apresentava como a sua inimiga a ser contida – o motivo da sua existência, durante a Guerra Fria. 

Entretanto, com a mudança de cenário, ao invés de dissolvida, uma vez que representa mais riscos e ameaças do que a segurança, a aliança é ressuscitada sistematicamente pelo imperialismo.

Socorro Gomes
“A Otan tem uma folha de crimes enorme contra a humanidade e a paz; os eventos criminosos são concretos: a guerra contra os Bálcãs, a Líbia e as suas tentativas, como na Síria, onde foram mais maliciosos e optaram pelo envio de mercenários estrangeiros para fazer o seu trabalho, disse Socorro Gomes, que também é presidenta do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz).

Na reformulação constante do seu papel militarista e belicoso no mundo, a Otan lança o “Novo Conceito Estratégico”, em 1999 e 2010, onde a expansão generalizada das suas interpretações do que representa “ameaça à segurança” dos Estados membros é proposital. 

Os “novos conceitos resumem-se na expansão do leque, em torná-lo infinito para a intervenção no mundo inteiro, contra os governos que não se submetem aos ditames da Europa e dos Estados Unidos,” enfatiza Socorro. 

“Ameaçam-nos para impor seus modelos, como é o caso na Ucrânia.” Em março, a presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP) e do Cebrapaz discursou na Conferência Internacional “Paz Global vs. Intervencionismo e Imperialismo Global”, em Belgrado, na Sérvia, por ocasião dos 15 anos dos ataques aéreos da Otan contra a antiga Iugoslávia. 


No evento, organizado pelo Fórum de Belgrado por um Mundo de Iguais, mais de 500 indivíduos e representantes de entidades de luta pela paz de todo o mundo denunciaram a agressão criminosa e a impunidade dos que tomaram parte, rechaçando a existência da Otan e exigindo a sua dissolução.

Neste sentido, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) – cuja presidenta, Ilda Figueiredo, também coordenadora regional do CMP para a Europa, discursou na conferência em Belgrado – participa na organização de um ato público, nesta sexta (4), em Lisboa, pela dissolução da Otan, com o mote “Pela Paz! Não à Otan!”. 

Portugal faz parte da aliança, mas a expressão contrária a ela é significativa. Durante a Cimeira da Otan em Lisboa, em 2010, cerca de 30 mil pessoas e mais de 100 organizações foram às ruas contra a aliança e, em 2001, centenas reagiram às denúncias de uso de urânio empobrecido nos ataques à antiga Iugoslávia, nos Bálcãs.


Os movimentos mundiais pela paz enxergam na Otan a militarização das relações internacionais – seus membros são responsáveis por 75% dos gastos militares totais, de ligação estreita e direta ao chamado complexo industrial-militar, com a influência das grandes corporações do setor nas decisões de governo sobre a guerra. 

São consequências disso o aumento da insegurança e da ameaça aos povos, através do aprofundamento do intervencionismo como princípio – em 1999, a campanha de 78 dias de ataques aéreos contra a antiga Iugoslávia, em que cerca de metade das quatro mil vítimas era de civis, foi denominada uma “guerra humanitária” – e a imposição de modelos de governo e econômicos que condigam com a agenda das grandes potências. 


Fonte: Vermelho







Escalada de agressões ocidentais

4 de Maio de 2014, 21:16, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




"Estamos numa escalada de agressões ocidentais que podem provocar uma contrarresposta da Rússia"..."Os Estados Unidos estão movimentando suas forças por todos os lados - talvez - para provocar uma guerra com a Rússia", disse, advertindo que o fazia "com muita preocupação", o sociólogo norte-americano, James Petras na CX36.

A análise de James Petras na CX36, segunda-feira, 28 de abril de 2014

"Os Estados Unidos estão movimentando suas forças por todos os lados - talvez - para provocar uma guerra com a Rússia", disse, advertindo que o fazia "com muita preocupação", o sociólogo norte-americano, James Petras na CX36. Petras dedicou quase todo seu espaço semanal na Radio Centenario (*) para analisar a escalada bélica provocada pelos Estados Unidos e pela OTAN na Ucrânia. "O senhor Obama está criando uma situação de tensão máxima, forçando a Rússia, cada vez mais, a responder", afirmou e acrescentou que "outro fator que influencia sobre esta situação são os meios de comunicação de massas que bombardeiam o público tanto na Europa como nos EUA, demonizando a Rússia, como se a situação em Criméia fosse ponta de lança do conflito, e não o golpe de Estado e as medidas repressivas da junta de governo de Kiev"
Transcrevemos a análise da conjuntura internacional realizada por James Petras na CX36, nesta segunda-feira, 28 de abril de 2014, que você pode voltar a escutar acessando o seguinte link: http://www.ivoox.com/james-petras-28-abril-audios-mp3_rf_3064977_1.html

Efraín Chury Iribarne: Bom dia, James Petras. Bem vindo a Radio Centenario.

James Petras: Bom dia. Está tudo bem por aqui.

EChI: Qual tema preocupa James Petras atualmente?

JP: Poderíamos começar com o mais perigoso que é a situação na Ucrânia, onde os Estados Unidos estão movimentando suas forças por todos os lados para - talvez - provocar uma guerra com a Rússia. Digo isto com muita preocupação, porque falar hoje de guerra significa uma guerra nuclear. Porém, aparentemente, conforme os dados que temos, Barack Obama quer impor novas sanções, está apoiando a militarização do Leste da Ucrânia; está mandando tropas norte-americanas à Polônia e aos países bálticos, está mobilizando a frota no Mar Negro. Ao mesmo tempo, tudo indica que os Estados Unidos têm preparadas outras medidas mais agressivas para fortalecer, por exemplo, os setores mais militarizados na Ucrânia; fala-se de um confronto pendente entre forças russas e ucranianas. Em outras palavras, o senhor Obama está criando uma situação de tensão máxima e forçando a Rússia, cada vez mais, a responder.

Ontem, por exemplo, as forças apoiadas pelos EUA assassinaram o Prefeito de Járkov, Guennadi Kernes, que era um apoiador da política autonomista para o Leste da Ucrânia.Agora, o outro fator que influencia esta situação são os meios de comunicação de massas que estão bombardeando o público tanto na Europa como nos EUA, demonizando a Rússia, como se a situação na Criméia fosse ponta de lança do conflito e não o golpe de Estado e as medidas repressivas da Junta de Governo de Kiev. Continuando nesta linha, a imprensa supostamente progressista, como o diário La Jornada, do México, está tomando partido dos golpistas; assim, fala "do governo de Kiev" e da "oposição pró-Rússia". Ou seja, os democratas que pedem autonomia e um referendo, simplesmente se apresentam como peças manipuladas pelo governo russo. O diário argentino Página/12, talvez em menos grau, também permanece nesta linha de demonizar Putin, fala dos dois demônios, tanto do imperialismo ocidental como do imperialismo russo, como se fosse um conflito entre grandes poderes; em vez de ver o conflito entre os clientes da OTAN - designados pela OTAN - contra um povo que busca maior autonomia, um governo federal, a partir de processos eleitorais.

Existe pouca oposição na mídia, além da imprensa alternativa - como a Radio Centenario. Atualmente, existe uma propaganda muito perigosa porque não existe nenhum movimento contra a guerra, contra a guerra nuclear, contra as ameaças e as movimentações militaristas da OTAN. Por isso, acredito que a ausência de oposição e a cumplicidade dos Parlamentos e Congressos ocidentais, deixam Obama e os militaristas com as mãos livres para provocar uma confrontação nuclear.

Isto está pendente e é possível ver um processo avançando a saltos. A cada semana, a cada dia, há novas provocações. O que querem fazer é um cerco sobre a Rússia, tomar o controle completo com expurgos na Ucrânia, eliminando qualquer oposição autonomista democrática, para usar a Ucrânia como trampolim para ingressar diretamente na Federação Russa. E, também, a partir da tomada do controle da economia ucraniana, paralisar as empresas militares e industriais que estão funcionando entre a Rússia e a Ucrânia. Muitos dos motores da Força Aérea russa dependem das reposições e peças que vem de empresas ucranianas. E desde o golpe de Estado e da tomada de poder por parte da Junta pró-norte-americana, não existe nenhuma exportação de material ou peças de aviões de combate russos. Isto é parte do plano para debilitar qualquer comércio entre a Rússia e a Ucrânia. Obviamente isto vai prejudicar a economia na Ucrânia porque eles não podem exportar estes motores para outro país do mundo, pelas especificações tão particulares com a Rússia; então, vão fechar mais indústrias, vão perder mais mercados lucrativos, vão perder o gás subvencionado, etc. Em todo caso, é um desastre para a Ucrânia, não importa o império, porque eles apenas veem a Ucrânia como um instrumento para desarticular a Rússia e, por isso, fortalecem a parte militar da Junta. Estão se antecipando aos protestos do Oriente, do Norte e do Sul, que se somam aos do Ocidente ucraniano, e não tem nada a oferecer com esta agressão além de cumprir a missão a eles designada pela Casa Branca.

EChI: É possível que estejamos diante de um ataque atômico sobre a Rússia?

JP: Bem, é isto que estou dizendo. Cada vez mais estão montando mais forças militares, cada vez mais estão estendendo o cerco sobre a Rússia, cada vez mais estão limitando a sobrevivência e o desenvolvimento da Rússia. Ou seja, sacaram a faca e colocaram-na na garganta da Rússia que, em algum momento, pode responder. Por exemplo, mandar tropas para ajudar os democratas na Ucrânia e conseguir alguma sobrevivência contra o assalto e massacre da população nas cidades do Leste. Se a Rússia mandar tropas, vai enfrentar maiores pressões econômicas e militares do ocidente. Nesta situação, quem sabe se, em algum momento, Obama não aperta o gatilho e ordena atacar militarmente as tropas russas na Ucrânia, começando, talvez, com armas não nucleares; porém, ao responder a Rússia, estaremos numa guerra e ninguém sabe que tipo de armas será usada.É nesse pé que estamos no momento.E o povo do ocidente vai sofrer um massacre na Ucrânia, que está planificada e organizada neste momento; assassinaram milicianos no Leste, assassinaram um Prefeito, montaram uma forte caravana de armas e caminhões blindados.Estamos numa escalada de agressões ocidentais que podem provocar uma contrarresposta da Rússia.

EChI: Como é o equilíbrio armamentista neste momento, particularmente o atômico?

JP: Tanto a Rússia como os Estados Unidos têm armas nucleares suficientes para se destruírem mutuamente. Porém, talvez os cálculos ocidentais sejam de que eles possuam mais lugares para lançar ataques com mísseis, o que é uma política cega, pois a Rússia também tem mísseis que podem chegar à Nova York ou a qualquer outra cidade nos Estados Unidos.Durante a Guerra Fria existia um entendimento e respeito a algumas esferas de influência - tanto russa como ocidentais -, mas isso foi rompido. Washington acredita que são os donos do mundo, dos países bálticos, dos Bálcãs, do Cáucaso e, inclusive, estão estendendo o cerco sobre a China.Estamos numa fase muito extremista e a gente deve entender que tivemos presidente como Clinton, Bush, e agora Obama, que reduziram as fronteiras com a Rússia. Agora não existe nenhum cinturão de neutralidade ou cinturão de proteção. A política de Obama está apontando uma faca ao coração da Rússia.

EChI: Que outros temas preocupam você? 

JP: O outro tema é sobre o que está acontecendo na Ásia, onde Obama acordou com as Filipinas a montagem de uma enorme Base Militar lá, outra vez, depois de serem expulsos há 10 anos por um grande movimento popular anti-imperialista. Agora voltam, montando uma Base Marítima e uma Base Aérea dirigida contra a China. Os Estados Unidos estão fomentando conflitos marítimos com a China e utilizando-os como pretexto para montar todo um cerco. Como na Europa, que utilizam a tomada do controle da Ucrânia, agora montam, estendem e aprofundam as Bases Militares contra a China.Não existem limites no militarismo que constitui a política da Casa Branca. O fato de empreender o cerco contra a China me parece outro indício de que a política imperialista tomou um caminho mais agressivo e militarista.

O mesmo está ocorrendo com o novo governo militar do Egito, onde ontem foi anunciado que 683 defensores do governo derrotado, o governo eleito de Mohamed Morsi, receberam sentença de morte. Estes 683 se somam aos 529 que já estavam condenados e tinham pendente a sentença de morte. Ao mesmo tempo, um oficial anunciou que dos anteriormente sentenciados à morte, dos 529, 422 comutaram a pena por prisão perpétua. Ou seja, mudaram de assassinato imediato para assassinato gradual. Porém, em todo caso, esse governo militar, a Junta Militar, recebeu mais de um bilhão de dólares em ajuda militar dos EUA para fortalecer esse governo, que está trabalhando ombro a ombro com Israel no bloqueio aos palestinos.Este é outro aspecto do militarismo norte-americano.Um grande abraço a todos os ouvintes.

(*) Escute ao vivo, às segunda-feiras, às 11:30 horas (hora local), as análises de James Petras na CX36, Radio Centenario, de Montevidéu (Uruguai) para todo o mundo através de www.radio36.com.uy

 http://www.radio36.com.uy/entrevistas/2014/04/28/petras.html


Fonte: Pravda
Imagem: Google



A nova maldade dos médicos de Joaquim Barbosa

28 de Abril de 2014, 23:27, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




Por Miguel do Rosário

Joaquim Barbosa novamente escolheu a dedo alguns médicos de caráter duvidoso para completar o serviço sujo. E a mídia, seguramente, usará um relatório canalha para torturar moralmente um homem já destruído pelas arbitrariedades do STF e da imprensa marrom.

É o enésimo exame que JB manda fazer em Genoíno. Sempre que um não lhe agradava, ele mandava fazer outro. Mas agora ele parece ter encontrado uma “equipe” aliada a seus objetivos.

Sua filha, desesperada, apela às redes sociais, à blogosfera, para lutar contra a rede midiática de mentiras, e contra o verdugo Joaquim Barbosa e os crápulas de jaleco branco que fazem seu jogo.

É difícil entender. Qual o problema em deixar Genoíno cumprir pena em prisão domiciliar? Não é esta a tendência moderna, de qualquer sistema penal humanista? Qual o perigo que Genoíno oferece à sociedade?

Ele é um homem que sempre lutou pela justiça social, e que já foi torturado barbaramente pelo Estado. Joaquim Barbosa não vê isso? Como pode alguém ser tão mal, tão inescrupuloso?

O pior é que eu não paro de pensar nesses coxinhas da Globo, como o ator Murilo Rosa, cheio de fotos em seu instagram de Joaquim Barbosa e Miriam Leitão. É esse tipo de pessoa mesquinha, medíocre, que JB procura agradar. Para não falar daquele sujeito de Miami, de reputação duvidosa, que apenas se refere à Barbosa como o “Justiceiro”.

JB e Globo criaram um exército de zumbis neofascistas, que só vêem o lado ruim das coisas, do país, e das pessoas. E que apenas se motivam a opinar sobre política movidos pelo ódio, pelo ressentimento, e por sentimentos truculentos de vingança.

Considerar Genoíno como um “exemplo de homem poderoso que vai para a prisão” é o supra-sumo da idiotice política.

JB mantém Dirceu preso ilegalmente em regime fechado, e agora pretende matar um cardiopata. O que dizer deste homem?

Miruna também está certa em relação à sua cobrança das autoridades. Cadê a ministra de Direitos Humanos? Cadê o ministro da Justiça? Dilma, que foi torturada pelo Estado, e que deve ter acompanhado de perto toda esta farsa, não tem nada a dizer contra essa barbárie patrocinada por JB?

Ninguém precisa “afrontar” o STF. Mas podiam, sei lá, fazer alguma menção a essa midiatização da justiça, que tem se tornado um espiral criminoso e golpista. Podiam abordar este assunto da maneira que lhes parecer melhor, mas abordar de alguma forma, ajudando a criar um clima de pressão contra este sociopata político.

Segue o texto de Miruna:

*

AMIGOS, NOS AJUDEM, EU IMPLORO. Estão veiculando mentiras de que saiu um laudo que afirma que meu pai pode voltar ao presídio. É MENTIRA! Ele precisa de cuidados médicos!!!!! Por favor leiam e divulguem, eu imploro, estou desesperada!

http://familiagenoino.blogspot.com.br/2014/04/por-favor-amigos-me-ajudem-divulgar.html

OBRIGADA!

POR FAVOR AMIGOS, ME AJUDEM A DIVULGAR A VERDADE SOBRE A SAÚDE DE MEU PAI!

Por Miruna Genoino

É VERDADE QUE ELE NÃO ESTÁ EM ESTADO GRAVE?

É verdade, mas ele está assim, estável, porque está cumprindo sua injusta pena em um DOMICÍLIO, sob os cuidados de sua família, o que é FUNDAMENTAL já que, lembremos do artigo que saiu no Jornal GGN (http://www.jornalggn.com.br/noticia/a-cardiopatia-de-genoino-e-as-doencas-especificadas-em-lei),

“Um dos fatores de risco predominantes, tanto na gênese inicial como na recidiva da dissecção de aorta é a hipertensão arterial. Todos sabemos, até os leigos, que situações de ansiedade e estresse podem levar a crises hipertensivas. Onde o periciado tem mais chances de ser submetido a situações estressantes: Em seu domicílio, rodeado de seus entes queridos, que velam por ele, com alimentação adequada e sossego ou em um ambiente prisional brasileiro?”

É VERDADE QUE ELE TEVE “APENAS” UM PROBLEMA NA AORTA E QUE O MESMO JÁ FOI CORRIGIDO COM A CIRURGIA E POR ISSO ELE NÃO PRECISA MAIS SE PREOCUPAR COM ISSO?

NÃO. Não foi “apenas” um problema na aorta, foi um problema muito, muito grave, que poucos sobrevivem para contar. Lembremos que

“Em respeito ao Deputado, não vamos ficar expondo estatísticas do mau prognóstico da doença. Basta replicar aqui a parte conclusiva de um trabalho da equipe de cirurgiões torácicos do Hospital Universitário da Universidade de Coimbra-Portugal. Eles atenderam 78 casos de dissecção em dez anos e concluem assim (Atenção! Na primeira frase temos sintaxe Camoniana!):

“A cirurgia é raramente, se é que alguma vez, curativa; por isso, o controlo a longo prazo (provavelmente para toda a vida) é essencial e inclui o controlo apertado da hipertensão arterial e a vigilância dos segmentos aórticos não excisados e, em especial, do falso lúmen patente distal, numa tentativa de evitar a rotura e minimizar as consequências da formação de falsos aneurismas”

“Como factores de risco predominantes observaram-se a hipertensão arterial, a doença do tecido conjuntivo, o tabagismo e a insuficiência renal crónica”

Dissecção Aguda da Aorta – DAVID PRIETO, MANUEL J. ANTUNES

SE A CIRURGIA FOI BEM SUCEDIDA, ENTÃO NÃO HÁ NADA MAIS A CUIDAR?

NÃO!!!! Meu pai teve um episódio de isquemia cerebral que o levou a começar um tratamento com anticoagulantes que ainda NÃO CONSEGUIRAM SE AJUSTAR CORRETAMENTE! Atualmente seu índice de coagulação ainda não está entre o nível 2 e 3 que é o que ele precisa ter, vide relatório de seu médico Dr. Geniberto Campos:

“A medicação anticoagulante oral (warfarina), mesmo com ajustes frequentes, ainda não conseguiu atingir níveis terapêuticos satisfatórios, com RNI abaixo de 2 (valor terapêutico ideal entre 2 e 3).” Brasília, 8 de abril de 2014 – Dr. Geniberto Paiva Campos

QUANDO MEU PAI FOI PRESO NA PAPUDA ELES O DEVOLVERAM COM O ÍNDICE ACIMA DE 5, UM ÍNDICE QUE INDICA UM RISCO ENORME DE HEMORRAGIA!!!!!

Por favor, amigos, me ajudem, Divulguem a verdade, gritem se for preciso. Não deixem que a Folha, a Globo e a grande mídia continuem propagando mentiras que estão colocando em risco a vida de meu pai! ESTES GRANDES MEIOS ESTÃO MANIPULANDO INFORMAÇÕES SOBRE A SAÚDE DE UM SER HUMANO!

E que todos saibam algo, não me importa nada, nem ano de eleição, nem partido, nem moderação, se mandarem meu pai para a Papuda eu juro que vou lutar até o fim para responsabilizar quem quer que seja pela vida de José Genoino, sejam esses que diretamente estão decidindo por isso como se fosse um mero jogo de cartas, sejam aqueles que viram a cara e preferem fingir que não têm nada com o assunto, sejam uns e outros que deixam de honrar sua promessa feita quando se formaram médicos, de sempre colocarem o cuidado com a vida humana acima de qualquer coisa.

NOS AJUDEM POR FAVOR. É PELA VIDA DE JOSÉ GENOINO QUE ESTAMOS AQUI PEDINDO O SEU APOIO.




Fonte: o cafezinho
Imagens: Google (colocada por este blog)




EUA anunciam sanções contra a Rússia e Putin rechaça ameaça

28 de Abril de 2014, 13:52, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Os Estados Unidos anunciaram, nesta segunda-feira (28), um novo pacote de sanções contra sete indivíduos e 17 companhias russas, na expectativa de afetar a posição de Moscou frente à crise ucraniana. Autoridades estadunidenses e europeias acusam a Rússia de ingerência e de invasão, embora suas próprias ações tenham garantido a instalação de um governo interino ilegítimo e inconstitucional após o golpe na Ucrânia, em fevereiro.

Os indivíduos listados pelo Departamento do Tesouro estadunidense incluem o vice-primeiro-ministro russo Dmitry Kozak, o presidente da Comissão parlamentar para Assuntos Exteriores, Aleksey Pushkov, o chefe do Departamento Presidencial Vyacheslav Volodin e o presidente da companhia petrolífera Rosneft, Igor Sechin.

A lista de companhias não inclui qualquer empresa pública, mas inclui vários bancos e companhias de construção e transporte. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o seu país e os aliados manteriam em reserva as “sanções mais abrangentes”, caso haja intensificação da crise na Ucrânia, enquanto admitia não saber se as medidas anunciadas serão eficientes. 

Para muitos críticos, trata-se de uma posição simbólica de disputa de poder com a Rússia, no jogo de acusações em que os EUA culpam o governo russo pela resistência, na Ucrânia, aos planos que as potências ocidentais sustentam para o país e a região. Esta resistência, porém, o governo interino ucraniano chama de “terroristas”, supostamente respaldados pela Rússia.

“O objetivo [das sanções] não é perseguir o [presidente Vladmir] Putin pessoalmente, o objetivo é mudar seu cálculo” e levá-lo à praticar os princípios que defende para a diplomacia, disse Obama, citado pela emissora Russia Today. 

Enquanto os EUA empurram mais sanções contra os russos, membros da União Europeia continuam divididos sobre a forma desejável para estas medidas. Muitos se opõem a elas, já que poderiam atingir a economia russa e, consequentemente, a europeia. Os Estados Unidos, menos atados à economia da Rússia, decidiram impor sanções unilaterais. 

A liderança russa, entretanto, tem diminuído a ameaça das medidas, taxando-as de ineficientes. Para Putin, que deu declarações em uma coletiva de imprensa em São Petersburgo, no fim da semana passada, disse que as sanções podem até ser vantajosas, já que estão impulsionando negócios domésticos e trazendo mais fundos que estavam no exterior de volta à Rússia, por exemplo.

O primeiro-ministro Dmitry Medvedev também havia dado declarações semelhantes. “Graças às sanções ocidentais, a Rússia está sendo incentivada a reduzir a sua dependência do exterior e as economias regionais estão se tornando mais autossuficientes”disse o premiê, na semana passada. Medvedev disse ainda que qualquer restrição à importação de bens russos pelos EUA ou pela União Europeia transferiria a exportação para os mercados asiáticos, mais robustos. 

A Rússia tem apelado pela diplomacia e pela independência ucraniana na resolução do seu conflito interno, enquanto rechaçado frequentemente a lógica confrontacional dos Estados Unidos e de alguns países europeus, que remontam às disputas da Guerra Fria para justificar a maior presença militar na vizinhança e a retórica agressiva derivada do respaldo ocidental às forças golpistas na Ucrânia. 


Fonte: Vermelho,
Com informações da Russia Today
Imagens: Google




A caminho do fim da propaganda estadunidense

28 de Abril de 2014, 0:16, por Desconhecido - 0sem comentários ainda





por Thierry Meyssan
Rede Voltaire
Tradução Natalia Forcat

A propaganda do Império anglo-saxão nos fez acreditar que EUA é o “país da liberdade” e suas guerras não têm outro propósito senão o de defender seus ideais. Mas a crise ucraniana acabou de mudar as regras do jogo: Washington e seus aliados perderam o monopólio da palavra. O governo e a imprensa de outro grande Estado, Rússia, estão refutando abertamente as mentiras que durante um século tem servido de justificativa ao Império anglo-saxão. Nestes tempos de satélites e Internet, a propaganda anglo-saxônica não funciona mais.

Os governantes sempre vão tentar convencer de que eles estão fazendo a coisa certa, porque as multidões não seguem alguém sabendo que não está com a razão. O século XX foi marcado pelo surgimento de novos métodos de propagação de ideias que nada têm a ver com a verdade. Os ocidentais afirmam que a propaganda moderna começou com o ministro nazista Joseph Goebbels. Assim querem nos fazer esquecer que a arte de distorcer a percepção das coisas foi desenvolvida muito antes pelos anglo-saxões.

Em 1916, o Reino Unido criou em Londres a Wellington House em e mais tarde a Crewe House. Ao mesmo tempo, os EUA criaram o Comittee on Public Information (CPI). Partindo do princípio de que a Primeira Guerra Mundial foi um confronto de massas e não exércitos, aquelas agências tentaram intoxicar seus próprios povos, assim como os de seus aliados e seus inimigos.

A propaganda moderna começa com a publicação, em Londres, do relatório Bryce sobre crimes de guerra na Alemanha, documento que foi traduzido para 30 idiomas. De acordo com o relatório de Bryce, o exército alemão havia estuprado milhares de mulheres na Bélgica, assim que britânicos estavam lutando contra a barbárie. Após a Primeira Guerra Mundial, foi descoberto que todo o relatório era uma mentira inteiramente fabricada com falsos testemunhos e com a ajuda de vários jornalistas.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, George Creel inventou uma história que apresentava a Primeira Guerra Mundial como uma cruzada das democracias pela paz que materializaria os direitos da humanidade.

Os historiadores têm mostrado que a Primeira Guerra Mundial teve causas tão imediatas como profundas, sendo a mais importante entre elas, a rivalidade entre as grandes potências que competiam entre si para estender os seus impérios coloniais.

As agências de propaganda dos EUA e Reino Unido eram organizações secretas que trabalham para o Estado. Elas se diferenciavam da propaganda leninista, que ambicionava “revelar a verdade” para as massas ignorantes, em que os anglo-saxões estavam tentando enganar e manipular. Para conseguir isso, as organizações estaduais anglo-saxônicas tinham que agir de forma solapada e usurpando falsas identidades.

Após o fim da União Soviética, os EUA deram menos importância à propaganda e optaram pelas Relações Públicas. O objetivo já não era mentir, mas levar os jornalistas pelas mãos para que vissem unicamente o que fosse mostrado. Durante a guerra do Kosovo, a OTAN recorreu ao Alastair Campbell, um assessor do primeiro-ministro para contar para a imprensa uma história diferente cada dia. Enquanto os jornalistas se entretinham relatando as histórias de Campbell, a aliança atlântica podia bombardear “em paz”. O objetivo não era tanto mentir, mas sim desviar a atenção.


Benjamin Rhodes e Obama
Mas o que tem sido chamado de story telling [em português, "contar estórias"] conquistou grande força com o 11 de setembro de 2001. O objetivo era concentrar a atenção do público sobre os atentados em Nova Iorque e Washington para que não vissem o golpe de estado militar que ocorreu naquele dia: transferência dos poderes executivos do presidente George W. Bush a uma entidade militar secreta e detenção camuflada de todos os membros do Congresso dos EUA. Essa operação de intoxicação foi a obra de Benjamin Rhodes, atual conselheiro do presidente Barack Obama.


Obama e Benjamin Rhodes

Durante os anos seguintes a Casa Branca criou um sistema de intoxicação com os seus principais aliados (Grã-Bretanha, Canadá, Austrália e, claro, Israel). Esses quatro governos recebiam instruções diárias, até mesmo discursos prontos, enviados pelo Global Media Bureau para justificar a guerra contra o Iraque e caluniar o Irã [1].

Desde 1989, Washington se apoiava na CNN para disseminar rapidamente as suas mentiras. Com o tempo, os EUA foi criando um cartel de redes informativas de televisão via satélite (Al-Arabiya, Al-Jazeera, BBC, CNN, France24, Sky). Em 2011, durante os bombardeios da OTAN em Tripoli, a OTAN conseguiu convencer bruscamente os líbios de que tinham perdido a guerra e que qualquer resistência era inútil.

No entanto, em 2012, a OTAN não conseguiu reeditar a manobra para convencer os sírios que a derrubada de seu governo era inevitável. A repetição daquela manobra falhou porque os sírios tinham conhecimento do que aconteceu na Líbia, onde os canais de televisão internacionais tinham manipulado a situação. Sabendo disso, o Estado sírio teve tempo para se preparar para combater a manipulação que havia sido preparada [2]. Esta falha marcou o fim da hegemonia do cartel da”informação“.

A atual crise entre Washington e Moscou sobre a situação na Ucrânia obrigou à administração Obama a rever o seu sistema. Washington já não é o único que consegue ser ouvido, senão que tem que refutar os argumentos do governo e dos meios de comunicação russos, acessíveis em qualquer lugar do mundo através de transmissões via satélite e internet. O secretário de Estado John Kerry teve de nomear um novo secretário-assistente encarregado da propaganda: o ex-editor chefe da revista Time Magazine, Richard Stengel [3]. Na verdade, Stengel já estava no cargo desde antes do 15 de abril de 2014, data na qual prestou juramento para o cargo. Mas em 15 de março, ele já havia enviado para os principais meios da impressa atlantista uma “Folha Informativa” sobre as “10 falsidade” de Vladimir Putin sobre Ucrânia [4]. O mesmo foi feito em 13 de abril, entregando um segundo documento com “outras 10 falsidades” [5].

A primeira coisa que chama a atenção ao ler o texto é a necedade que o caracteriza. O texto tem como objetivo validar a versão oficial sobre uma revolução em Kiev e desacreditar o discurso russo sobre a presença de nazistas no novo governo ucraniano, quando sabemos que em Kiev não houve uma revolução, mas um golpe de Estado fomentado pela OTAN e executado pela Polônia e Israel com uma mistura de receitas para “revoluções coloridas” e “primaveras árabes” [6].

Os jornalistas que receberam a “folhas informativas” do governo dos EUA e ecoaram o seu conteúdo também conhecem perfeitamente o conteúdo da conversa telefônica da Secretária de Estado, Victoria Nuland, sobre como Washington iria mudar o regime na Ucrânia – em detrimento da União Européia, e a do ministro estonianos dos Negócios Exteriores, Urmas Paets, sobre a verdadeira identidade dos atiradores na Praça Maidan. Eles também já tinham tido conhecimento das revelações semanário polonês Nie sobre o treinamento dos líderes nazistas na Academia de Polícia da Polônia, dois meses antes dos acontecimentos da Praça Maidan. Em relação a negar a presença de nazistas no novo governo ucraniano é como dizer que o sol nasce durante a noite. Não há necessidade de ir a Kiev para verificá-lo, basta ler os escritos dos atuais ministros e ouvir suas declarações [7].

No final das contas, apesar de todos os argumentos que Washington se toma o trabalho de enviar por escrito às redações e que permitem criar a ilusão de que existe um consenso na grande imprensa atlantista, o fato é que eles não têm nenhuma chance de convencer os cidadãos minimamente curiosos. Pelo contrário, é tão fácil descobrir o engano navegando um pouco na internet que esse tipo de manipulação não vai conseguir nada além de reduzir ainda mais a credibilidade de Washington.

O 11 de Setembro de 2001, a unanimidade da imprensa atlantista permitiu convencer a opinião pública internacional. Mas o trabalho que muitos jornalistas e cidadãos -entre os quais tenho a honra de me incluir- têm vindo realizando desde então tem mostrado a impossibilidade material do que é afirmado na versão oficial. Treze anos após o fato, centenas de milhões de pessoas ficaram cientes das mentiras. E serão cada vez mais numerosos… graças ao novo dispositivo estadunidense de propaganda. O resultado final é que aqueles que ecoam a propaganda da Casa Branca, principalmente os governos e os meios de comunicação da OTAN estão destruindo sua própria credibilidade.


Barack Obama e Benjamin Rhodes, John Kerry e Richard Stengel

Barack Obama e Benjamin Rhodes, John Kerry e Richard Stengel trabalham apenas para o curto prazo. Sua propaganda só convence as pessoas por cerca de algumas semanas. Mas os deixam indignados quando descobrem a manipulação. Esses personagens estão involuntariamente minando a credibilidade das instituições dos Estados da OTAN que ecoam sua propaganda conscientemente. Eles se esqueceram de que a propaganda do século XX funcionava apenas porque o mundo estava dividido em dois blocos que não se comunicam entre si e que o controle monolítico ao que aspiram é incompatível com as novas mídias.


Embora ainda não concluída, a crise na Ucrânia já mudou profundamente o mundo. Por contradizer publicamente o presidente dos EUA, Vladimir Putin deu um passo à frente para impedir o sucesso da propaganda norte-americana.

Outros meios de comunicação internacionais que estão quebrando a propaganda informativa anglo-saxônica:

Rússia Today em espanhol.

Hispantv, Nexo Latino.

Telesur.

___________________________________

[1] «Un réseau militaire d’intoxication», Réseau Voltaire, 8 de diciembre de 2003.

[2] «La OTAN prepara la mayor operación de intoxicación de la Historia», por Thierry Meyssan, Komsomolskaya Pravda, Red Voltaire, 12 de junio de 2012.

[3] «El redactor jefe de Time Magazine, nombrado nuevo jefe de la propaganda estadounidense», Red Voltaire, 16 de abril de 2014.

[4] «Hoja Informativa del Departamento de Estado: 10 falsedades que Rusia alega sobre Ucrania», Red Voltaire, 5 de marzo de 2014.

[5] «Hoja del Departamento de Estado sobre alegaciones de Rusia contra Ucrania», Red Voltaire, 13 de abril de 2014.

[6] «Ucrania: Polonia entrenó a los gopistas 2 meses antes de Maidan», por Thierry Meyssan, Red Voltaire, 18 de abril de 2014.

[7] «¿Quiénes son los nazis en el gobierno ucraniano?», por Thierry Meyssan, Red Voltaire, 3 de marzo de 2014.


Fonte: Oriente Mídia
Imagens: Google



O sistema político em Cuba e o conceito de democracia

27 de Abril de 2014, 11:58, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Ao estudar o sistema político vigente em Cuba, é necessário lembrar que seus antecedentes remontam ao ano de 1869, quando o povo da pequena ilha caribenha lutava de armas na mão pela independência do jugo colonial espanhol. Seus representantes se reuniram na parte do território já liberado e constituíram a Assembleia Legislativa, que aprovou a primeira Constituição da República de Cuba em armas.

Por Anita Leocadia Prestes*, no Brasil de Fato

 Era assim estabelecida a igualdade de todos os cidadãos perante a lei e abolida a escravidão até então existente. Essa primeira Assembleia Constituinte elegeu o Parlamento cubano daquela época e também, de forma democrática, seu Presidente, assim como o Presidente da República de Cuba em armas, designando ainda o Chefe do Exército que levaria adiante a luta pela independência.

Cuba socialista reconheceu a importância de tal herança e, inspirada também nos ensinamentos do grande pensador e líder revolucionário José Marti, chegou a criar um sistema político que constitui um Sistema de Poder Popular único, autóctone, que não é cópia de nenhum outro. Em Cuba não existem os chamados três poderes (executivo, legislativo e judiciário), característicos do sistema político burguês. Há um só poder – o poder popular. Como o povo exerce o poder? Segundo a Constituição, o povo o exerce quando aprova a Constituição e elege seus representantes e, em outros momentos, mediante as Assembleias do Poder Popular e outros órgãos que são eleitos por estas Assembleias, como é o caso do Conselho de Estado, órgão da Assembleia Nacional. Portanto, o poder popular é único e exercido através das Assembleias do Poder Popular.

Outro elemento importante do sistema político cubano é a existência, de acordo com a Constituição, de um único partido – o Partido Comunista. Não se trata de um partido eleitoral, e por isso não participa do processo eleitoral, designando ou propondo candidatos ou realizando campanha a favor de determinados candidatos. Seguindo o caminho apontado por José Marti, fundador do Partido Revolucionário Cubano – partido único como única via para conquistar a unidade de todo o povo na luta pela independência e a soberania do país, e também na luta por justiça social -, o Partido Comunista de Cuba se diferencia do conceito clássico de partidos políticos; além de não ser um partido eleitoral, é o partido dirigente da sociedade, cujas funções e cujo papel são reconhecidos pela imensa maioria do povo. A definição do seu papel está inscrita na Constituição, aprovada em referendo público, mediante voto livre, direto e secreto de 97,7% da população.

É importante ressaltar que o PC é constituído pelos cidadãos mais avançados do país, o que se garante mediante um processo de consulta das massas. São os trabalhadores que não pertencem ao PC que propõem, em assembleias, as pessoas que devem ser aceitas em suas fileiras. Depois que o Partido toma decisão sobre as propostas dos trabalhadores, se reúne novamente com eles para informá-los. Quando toma decisões em seus congressos, o PC as discutiu antes com a população. O Partido não dá ordens à Assembleia Nacional do Poder Popular nem ao Governo. O PC, após consultar o povo, sugere e propõe aos órgãos do Poder Popular e ao Governo as questões que somente a essas instituições cabe o papel de decisão.

O Parlamento cubano se apóia em cinco pilares de uma democracia genuína e verdadeira, a saber:

1. O povo propõe e nomeia livre e democraticamente os seus candidatos.
2. Os candidatos são eleitos mediante voto direto, secreto e majoritário dos eleitores.
3. O mandato dos eleitos pode ser revogado pelo povo a qualquer momento.
4. O povo controla sistematicamente os eleitos.
5. O povo participa com eles da tomada das decisões mais importantes.
6. O sistema do Poder Popular em Cuba é constituído pela Assembleia Nacional, as Assembleias 

Provinciais, as Assembleias Municipais, o Conselho Popular e a Circunscrição Eleitoral, que é o degrau básico de todo o sistema. Nenhum desses órgãos está subordinado a outro, mas todos funcionam de forma que suas funções e atividades sejam complementares, tendo em vista alcançar o objetivo de que o povo possa exercer o governo de maneira prática e efetiva.

O sistema do Poder Popular se apresenta atualmente em Cuba da seguinte maneira: no nível nacional, a Assembléia Nacional do Poder Popular; em cada uma das 14 províncias, as Assembleias Provinciais do Poder Popular e nos 169 municípios, as Assembleias Municipais; no nível de comunidade, os Conselhos Populares (1540); cada Conselho agrupa várias circunscrições eleitorais e é integrado pelos seus delegados, dirigentes de organizações de massas e representantes de entidades administrativas. No nível de base, ainda que sem formar parte de maneira orgânica da estrutura do sistema do Poder Popular, nem do Estado, tem-se a circunscrição eleitoral. A circunscrição eleitoral e o seu delegado são a peça-chave, a peça fundamental do sistema. A circunscrição se organiza para efeito das eleições, mas o delegado continua funcionando na área por ela abarcada e, por isso, a mesma continua sendo sempre denominada de circunscrição.

Participam das eleições todos os cidadãos cubanos a partir dos 16 anos de idade, que estejam em pleno gozo dos seus direitos políticos e não se incluam nas exceções previstas na Constituição e nas leis do país. Os membros das Forças Armadas têm direito a voto, a eleger e a ser eleitos. A Constituição estabelece que cada eleitor tem direito a um só voto. O voto é livre, igual e secreto. É um direito constitucional e um dever cívico, que se exerce de maneira voluntária, e quem não o fizer não pode ser punido.

Diferentemente dos sistemas eleitorais das democracias representativas burguesas, em que os candidatos aos cargos eletivos são escolhidos e apresentados pelos partidos políticos, em Cuba o direito de escolher e apresentar os candidatos a Delegados às Assembleias Municipais do Poder Popular é exclusivamente dos eleitores. Esse direito é exercido nas assembleias gerais dos eleitores das áreas de uma circunscrição eleitoral da qual eles sejam eleitores. A circunscrição eleitoral é uma divisão territorial do Município e constitui a célula fundamental do Sistema do Poder Popular. O número de circunscrições eleitorais em cada Município é determinado a partir do número de seus habitantes de maneira que o número de delegados das circunscrições à Assembléia Municipal nunca seja inferior a trinta.

O registro eleitoral em Cuba é automático, público e gratuito; todo cidadão, ao atingir os 16 anos de idade e estando em pleno gozo dos seus direitos políticos, é registrado como eleitor. Segundo a lei, no país são realizados dois tipos de eleições: 1) eleições gerais, em que são eleitos, a cada cinco anos, os Deputados à Assembléia Nacional e demais instâncias de âmbito nacional, incluindo o Conselho de Estado, assim como os Delegados às Assembleias Provinciais e Municipais e seus Presidentes e Vice-presidentes; 2) eleições parciais, a cada dois anos e meio, em que são eleitos os Delegados às Assembleias Municipais e seus Presidentes e Vice-presidentes. Deve-se assinalar que tanto os Deputados à Assembléia Nacional quanto os Delegados às Assembleias Provinciais e Municipais são eleitos diretamente pela população.

As eleições são convocadas pelo Conselho de Estado, órgão da Assembleia Nacional que a representa entre os períodos de suas sessões, executa suas decisões e cumpre as funções que a Constituição lhe atribui. Para organizar e dirigir os processos eleitorais, são designadas Comissões Eleitorais Nacional, Provinciais, Municipais, de Distritos, de Circunscrição e, em casos necessários, Especiais. A Comissão Eleitoral Nacional é designada pelo Conselho de Estado, as Comissões Provinciais e Especiais são designadas pela Comissão Eleitoral Nacional, as Comissões Eleitorais Municipais pelas Comissões Eleitorais Provinciais e assim por diante. Todos os gastos com as eleições são assumidos pelo Orçamento do Estado; portanto os candidatos nada gastam durante todo o processo eleitoral.

Para elaborar e apresentar os projetos de candidaturas de Delegados às Assembleias Provinciais e de Deputados à Assembleia Nacional e para preencher os cargos que são eleitos por elas e as Assembleias Municipais, são criadas as Comissões de Candidaturas Nacional, Provinciais e Municipais integradas por representantes das organizações de massas e de estudantes e presididas por um representante da Central de Trabalhadores de Cuba, assegurando desta maneira a direção dos trabalhadores em todo o processo eleitoral.A propaganda eleitoral é feita exclusivamente pelas Comissões Eleitorais, garantidas a todos os candidatos condições de igualdade; nenhum candidato pode fazer campanha para si próprio.

Para ser proposto como candidato a Deputado à Assembleia Nacional, é necessário ter sido apresentado como pré-candidato por uma das organizações de massas do país, que a Comissão Nacional de Candidaturas submeta essa proposta à consideração da Assembleia do Poder Popular do município correspondente, e que esta, pelo voto de mais da metade dos Delegados presentes, aprove a sua designação como candidato por esse território. Será considerado eleito Deputado à Assembléia Nacional o candidato que, tendo sido apresentado pela respectiva Assembléia Municipal, tenha obtido mais da metade dos votos válidos emitidos no Município ou Distrito Eleitoral, segundo o caso de que se trate. As eleições para os demais níveis do Poder Popular seguirão a mesma sistemática.

Em Cuba, os Deputados à Assembleia Nacional e os Delegados às demais Assembleias não recebem nenhum tipo de remuneração pelo exercício do mandato popular; continuam exercendo suas profissões em seus locais de trabalho e recebendo o salário correspondente. A Assembleia Nacional se reúne duas vezes ao ano, as Provinciais Municipais com maior frequência. Os Deputados e Delegados exercem seus mandatos junto aos seus eleitores, prestando-lhes contas periodicamente e podendo, de acordo com a Lei, serem por eles removidos a qualquer momento, desde que, em sua maioria, considerem que seus representantes não estão correspondendo aos compromissos assumidos perante o povo.

Sem espaço para um exame mais detalhado do Sistema Político de Cuba, é esclarecedor, entretanto, abordar o processo de eleição do Presidente do país, que é o Presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros. Para ser eleito Presidente, é necessário ser Deputado e, por isso, deve ter sido eleito por voto direto e secreto da população, da mesma forma que todos os 609 Deputados da Assembléia Nacional. No caso específico, por exemplo, do Presidente Fidel Castro, ele foi designado candidato pela Assembléia Municipal de Santiago de Cuba e eleito pelos eleitores de uma circunscrição do município e, além disso, eleito pela maioria, pois a Lei eleitoral estabelece que nenhum Deputado pode ser eleito sem obter mais de 50% dos votos válidos. Posteriormente, sua candidatura a Presidente do Conselho de Estado foi votada pelos Deputados, devendo alcançar mais de 50% dos votos para ser considerado eleito.

A abordagem realizada do Sistema Político de Cuba, ainda que sucinta, evidencia seu caráter popular e democrático, que é, entretanto, permanentemente distorcido e falsificado pela mídia a serviço dos interesses do grande capital internacionalizado.


* Anita Leocadia Prestes é professora do Programa de Pós-graduação em História Comparada da UFRJ e presidente do Instituto Luiz Carlos Prestes.

Fonte: Vermelho
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