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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Petrobras e estatais chinesas ficam com 60% de Libra. Total e Shell arrematam outros 40%

22 de Outubro de 2013, 8:11, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Se as expectativas do primeiro leilão do pré-sal se confirmarem, Brasil e China iniciam a partir desta 2ª feira uma parceria estatal das mais robustas.

 

21/10/2013, Carta Maior (Editorial)por: Saul Leblon 

Enviado pelo pessoal da Vila Vudu

Se as expectativas do primeiro leilão do pré-sal se confirmarem, Brasil e China iniciam a partir desta 2ª feira uma parceria estatal das mais robustas, consistentes e estáveis do século 21.

O pré-sal guarda 100 bilhões de barris; a Petrobrás, só ela, sabe como tirá-los de lá; a China consome 10 milhões de barris por dia; não tem petróleo, mas dispõe de reservas de dólar da ordem de US$ 3 trilhões.

Essa contabilidade deve marcar por décadas as relações entre os dois países.

Sobretudo, tende a alargar a avenida industrializante indispensável ao trânsito de um novo ciclo de desenvolvimento no Brasil.

A ficha começa a cair entre os analistas da emissão conservadora.

De forma talvez precipitada, eles comemoraram a “falta de interesse” das petroleiras gigantes dos EUA e da Europa no primeiro leilão do pré-sal.

“Culpa do intervencionismo intrínseco ao modelo de partilha”, festejaram os centuriões dos mercados desregulados.

Escapava-lhes o desdobramento estratégico, agora explícito.

O festejado recuo da Exxon, Chevron, BP e BG do leilão de Libra abriu caminho para, em torno do petróleo nacional, Brasil e China erguerem pilares de uma sólida parceria.

Algo de que sempre se ressentiu a diplomacia soberana do Itamaraty, retomada em 2003.

Em uma das últimas entrevistas antes de deixar o posto, o então chanceler Celso Amorim, atual ministro da Defesa, localizou na relação sino-brasileira a mais importante lacuna da reordenação geopolítica realizada pelo Brasil na última década.

Precisamos dar uma forma importante ao relacionamento com a China. Não desenvolvemos um conceito pleno de como vai ser nossa relação com a China. Essa é uma autocrítica. Não deu tempo. Precisamos pensar mais profundamente nisso, disse o então chanceler, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, em 27/10/2010.

O conceito de que se ressentia Amorim refletia, na verdade, a falta de um poder de fogo efetivo.

Afinal, como ter os interesses soberanos do Brasil contemplados na relação com um gigante solidamente hegemônico em questões chave do xadrez mundial.

Entre elas, a escala, o planejamento estratégico, o monitoramento justo do câmbio, do comércio exterior e dos fluxos de capitais, ademais da supremacia tecnológica e industrial.

A disputa desigual redundou no sabido.

O Brasil tem na China o principal cliente para suas matérias primas, como o minério de ferro, ademais dos grãos.

A balança comercial favorece o Brasil. Mas a prova do pudim se dá na tonelagem, que evidencia uma relação econômica subalterna.

Um dado resume todos os demais.

A China compra o minério de ferro brasileiro a US$ 140/150 a tonelada. E vende trilhos ao país a US$ 850 a toneladas, para abastecer um plano de expansão da malha ferroviária de 10 mil km, até 2020.

Por que a relação colonial não se repetiria no caso do óleo do pré-sal?

Pela diferença que existe entre uma estatal, mantida como ferramenta de desenvolvimento e uma empresa privada, a exemplo da Vale do Rio Doce, focada exclusivamente na geração de dividendos aos acionistas.

Dirigida até 2011 pelo tucano Roger Agnelli, a Vale sempre rejeitou os apelos do governo Lula no sentido de destinar um pedaço desses dividendos à construção de uma planta de trilhos no Brasil (a que existia foi desativada por FHC pouco antes de privatizar a Vale, em 1997).

A Petrobras transita na pista inversa do modelo de negócio que dá as costas aos interesses da Nação, para contemplar apenas o do pregão.

Embora seja uma empresa aberta, o governo tem a maioria dos votos na gigante criada por Getúlio.

Isso muda tudo.

Explica, por exemplo, a abrangência redobrada das inversões na cadeia do petróleo e da pesquisa, a ponto de a Petrobras figurar hoje como líder mundial em tecnologia de prospecção submarina.

Cerca de R$ 237 bilhões serão investidos por ela até 2017.

Os alvos: pesquisa, produção do pré-sal e a construção simultânea de três refinarias, de modo a agregar valor ao óleo extraído do fundo do oceano.

O retorno mais que compensa ao país.

Os próximos 30 anos vão marcar o estirão produtivo e de encomendas do pré-sal. 

Os encadeamentos das inversões em produção, refino, serviços e tecnologia somam valores da ordem de US$ 700 bilhões em investimentos.

Significa dizer que o Brasil ganhará novo peso econômico, tecnológico e geopolítico.

Peso este precificado desde já nas negociações com a China que precisa garantir seu abastecimento no século 21.

Estamos no umbral de uma parceria ancorada em investimentos bilionários, de retorno garantido, que envolve tecnologia sofisticada e matéria-prima escassa no mundo.

O Brasil detém dois dos três vértices desse triângulo. A China tem o capital e a sede de petróleo.

Mudou a condição do jogo.

E o Brasil tem o mando de campo neste caso.

A regulação soberana do pré-sal destina à Petrobrás o monopólio da operação: só ela retira o óleo do fundo do oceano, do qual o país continua sendo o único dono.

Mais que isso.

A Pré-Sal Petróleo S.A vai gerir toda a administração estratégica dos campos do pré-sal.

Terá para isso 50% dos votos no comitê gestor de cada campo.

Caberá ao comitê decidir, por exemplo, o custo equivalente em barris da exploração do petróleo.

Uma vez fixado, define-se a sua contrapartida: o petróleo excedente (ou seja, que excede ao custo de exploração).

É sobre esse “excedente” que incide a parte do governo no volume total extraído dos campos: a “partilha” do pré-sal, que será de 41,5%, no mínimo.

Não por acaso, o piso do leilão desta 2ª feira ( 21/10).

Há, ainda, os royalties, elevados de 10% para 15% na regulação do pré-sal.

A PPSA controlará toda essa contabilidade, com poderes incontestáveis. Em caso de impasse no comitê gestor, ela detém o voto de Minerva.

Cabe-lhe, ademais, o poder de veto sobre decisões que possam ferir o interesse nacional.

Quais decisões?

Por exemplo, controlar o ritmo da exploração; controlar o volume de petróleo exportado; controlar o índice de nacionalização dos equipamentos e encomendas requeridos em cada etapa do processo.

Esse poder dosador dá ao Estado a possibilidade de transformar o ciclo do pré-sal num impulso industrializante de características inéditas na história do desenvolvimento brasileiro.

Quais sejam: altamente planejados em suas metas em encadeamentos; com taxa de retorno plenamente previsível e assegurada e dotados de desdobramentos políticos e sociais soberanamente definidos – caso das transferências do fundo social à educação e à saúde.

A essa singularidade do modelo de partilha vem se agregar agora a parceria de empresas estatais de um país afeito ao planejamento e à disciplina dos planos estratégicos.

Se bem sucedida a parceria, ademais de tonificar a estrutura industrial brasileira, terá repercussões sensíveis no imaginário político e social do país.

O conjunto tem consistência e horizonte para regenerar a combalida imagem do interesse público como planejador e gestor direto do desenvolvimento da Nação.

Até hoje, a insaciável fome chinesa por matérias primas exerceu no Brasil um efeito duplamente regressivo e paradoxal.

Ao projetar uma demanda firme por produtos não manufaturados, desloca o investimento local para atividades primárias.

Com a indiscutível competitividade de sua exportação manufatureira, sufoca a atividade fabril no país.

O conjunto explica em boa parte a cordilheira de obstáculos que o Brasil precisa superar para deflagrar um novo ciclo de desenvolvimento consistente e inclusivo.

Por uma dessas ironias da história, o pré-sal abre a possibilidade de que isso ocorra agora, justamente, através de uma parceria de gigantes estatais do Brasil e da China.

O leilão desta 2ª feira é o pontapé desse jogo histórico.

Nota:O texto acima foi escrito antes do leilão desta 2ª feira. O título foi atualizado após o desfecho do certame, que confirmou o potencial de uma parceria estatal majoritária em Libra, formada das participações da Petrobras (40%) e das empresas chinesas (20%).

O leilão de Libra trouxe ainda uma surpresa que preserva a margem de manobra brasileira no processo de exploração e produção do maior campo de petróleo descoberto no mundo desde 2008.

Duas petroleiras privadas, Shell e Total, arremataram outros 40% do consórcio. Juntas, elas não ameaçam a supremacia estatal sino-brasileira. Mas criam uma margem de manobra que salvaguarda a Petrobras do risco de se tornar refém do poderoso parceiro asiático.

A presença significativa das múltis anglo-holandesa e francesa, ademais, esfarela o jogral conservador, cujos veículos corneteavam, nesta 2ª feira, a urgente revisão do modelo de partilha, por seu "fracasso" em atrair a participação do capital estrangeiro no ciclo do pré-sal.

Como se vê, trata-se de um jornalismo fraco, a serviço de interesses fortes.



As críticas ao leilão do campo de Libra

22 de Outubro de 2013, 6:21, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 22/10/2013


Para entender melhor as críticas ao leilão do campo de Libra.


O que norteou o projeto foi a percepção de que as riquezas do pré-sal se constituíam em um risco ou uma oportunidade para o país.


Risco se o país se deixasse contentar apenas com a receita petrolífera.


A oportunidade consistiria em utilizar o pré-sal para desenvolver a indústria nacional e criar uma competência interna no mercado de águas profundas; e para gerar recursos para áreas centrais de cidadania, como a educação.


***


Para atingir esses objetivos, foram criados diversos mecanismos:


1.O sistema de partilha, pela qual o Estado participará diretamente da receita auferida com a exploração dos poços.

2.A criação de uma empresa à parte, a Pré-Sal Petróleo, para administrar os contratos de partilha e receber a parcela da União, seguindo o modelo norueguês.

3.Percentuais de conteúdo nacional na construção das plataformas.

4.A operação sendo exclusivamente da Petrobras, para garantir o pleno domínio sobre as informações e sobre a produção.

5.A garantia legal de que a maior parte da receita dos campos licitados será aplicada em educação.


***


Esses pontos continuam contemplados nos leilões de campos petrolíferos. As críticas são de outra ordem.


Do mercado, partiram as críticas de que as restrições afastariam os grandes players internacionais, reduzindo a competição e os lances pagos. Para se obter o lance máximo, teria que se abrir mão de todos os princípios originais. Para se manter os princípios originais, teve que se abrir mão de um pagamento maior.


Portanto, foi uma questão de escolha.


Os concorrentes – Petrobras, Shell, Total, CNPC e CNOOC – juntaram-se em um único consórcio e deram o lance mínimo, oferecendo 41,67% à União. Outros 40% do capital são da Petrobras. Tecnicamente, 81,67% do petróleo extraído ficarão com o país.


***


Houve críticas e interpretações algo desconexas. De um lado julgou-se que a preponderância de empresas chinesas marcaria uma nova postura geopolítica nacional. Falso! As razões foram puramente comerciais.


Na outra ponta, a interpretação de que, sendo empresas estatais, o estado chinês poderia atropelar contratos com o Brasil. Conspiração por conspiração, os Estados Unidos já montaram diversas operações no Oriente Médio para defender suas petrolíferas.


***


Onde está o problema?


A operação será toda da Petrobras. Os sócios entraram apenas com capital. Havia dificuldade da Petrobras se endividar mais, para assumir sozinha a operação. Mas a própria Pré-Sal Petróleo poderia ser capitalizada, entrando como investidora.


Este ano, a União enfrenta restrições fiscais momentâneas. Superadas, a exploração de Libra poderia ter sido exclusivamente da Petrobras.


Serão 35 anos de exploração do campo. Internamente, na Petrobras, admite-se que as reservas poderão ser superiores aos 8 a 12 bilhões de barris anunciados.


Nas últimas três eleições, a Petrobras foi o mais eficaz argumento brandido pelo PT. A ponto de, em 2006, o candidato Geraldo Alckmin ter se fantasiado com camiseta de estatais para deter os boatos de que privatizaria as empresas.


Em 2014, o governo terá que encontrar outro discurso.

 

 

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A utopia improvável de Marina Silva

17 de Outubro de 2013, 13:06, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 17/10/2013


Ontem, no meu Blog, tentei entender os movimentos em torno da candidatura de Marina Silva (http://glurl.co/c7Q) a partir de três atores importantes no jogo político: os grupos econômicos, os partidos políticos e as escolas de pensamento.


A noiva são os grupos econômicos, cada qual com seu leque de interesses. A mediação entre os grupos e os partidos se dá através de escolas de pensamento ou dos chamados intelectuais oportunistas, buscando discursos eficientes.


O discurso mais eficiente é aquele que, incorporando os interesses dos grupos econômicos parceiros, seja vendido como uma utopia ao eleitor.


Em países de pouca tradição programática, os partidos políticos são o chamado cavalo de umbanda. Quando não servem mais, as escolas procuram um novo cavalo para baixar o santo. É o caso de André Lara Rezende, um dos pais do Real, que pulou do PSDB para Marina.


***


Historicamente, o jogo da política econômica sempre operou de forma binária. Numa ponta, a fatia nacional da economia, defensora do ativismo do Estado e representada pelos economistas desenvolvimentistas.


Na outra, a fatia internacionalizada do país, mercado financeiro, grandes gestores de fundos, multinacionais brasileiras. Para esses interessa menos estado e maior liberdade do capital


Seguem a chamada escola neoliberal.


***


FHC abraçou as teses mercadistas. Deixou o poder enaltecido pelos financistas, amaldiçoado pelos industrialistas e rejeitado pela opinião pública.


Lula abriu espaço para os mercadistas no Banco Central e na Fazenda; para as chamadas forças produtivas no Ministério do Desenvolvimento e Agricultura. E para as forças sociais no Ministério do Desenvolvimento Social e no Bolsa Família. Só conseguiu fechar todas as pontas devido a uma conjuntura internacional favorável.


***

Nas últimas eleições, a campanha da oposição concentrou-se em formulações um tanto folclóricas, como ameaça de comunização, farquismo, bolivarismo etc.


Hoje em dia as críticas são mais objetivas, quanto ao voluntarismo, pressa, intervencionismo na economia etc.

​.

 


Acontece que esses temas  têm pouco impacto na opinião pública.


Mas, tendo como formulador o mesmo André Lara Rezende, há uma confluência de grandes grupos paulistas em criar a utopia Marina.


Essa utopia consiste em substituir o sonho do desenvolvimento pelo sonho da felicidade. O planeta não pode manter o crescimento, sob risco de esgotar totalmente seus recursos.


***


Há duas formas de distribuir renda: crescendo, e distribuindo o excedente; ou não crescendo, e expropriando de quem tem para dar a quem não tem. Qual caminho André sugere?


Cidadania e distribuição de renda consistem em levar energia aos mais pobres. Marina chegou a sugerir a proibição até de novas usinas hidrelétricas.


A simbiose André-Marina é tão evidente que, nos últimos dias, ela se pôs a defender até o tripé inflação-higidez fiscal-câmbio flexível.


***


Entre oposicionistas de carne e osso- como Eduardo Campos e Aécio Neves - e fantasias de Avatar, é importante que a oposição não embarque em aventuras.

 

 

Os posts mais comentados no blog Luis Nassif Online na quarta-feira (16):


 

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Por trás da volta à natureza, o pensamento de André Lara Rezende contra o ativismo do Estado nacional

 

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​10. 
O acerto na aquisição da artilharia anti-aérea russa, segundo o leitor Ilya

 

 

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Bloqueio da Vivo - Marco Civil da Internet Já!!!

15 de Outubro de 2013, 10:04, por Bertoni - 0sem comentários ainda

A aprovação do Marco Civil da Internet garante a intervenção direta e legal contra o processo brutal de centralização, invasão de privacidade e controle técnico e econômico que ameaça a rede mundial de computadores.

Em diversos países governos autoritários, grandes operadoras de telefonia e a indústria do copyright querem mudar o modo que a Internet funciona para limitar nossa interatividade e nossa liberdade.

Há uma queda de braço entre os que querem e lutam para que a Internet continue livre e os lobbystas das empresas de telecomunicações e das politicas de vigilantismo, e precisamos encarar de frente a defesa desse processo democrático de elaboração do projeto e da nossa rede.

As possíveis estruturas regulatórias, de arquitetura e funcionamento da Internet são assuntos de primeira importância do nosso tempo.

_ Manifesto
_ Campanha informativa sobre o projeto na rede
_ Site colaborativo de apoio à campanha

_ Participe
marcocivildainternet@gmail.com

Nossa ação direta começa nesta terça-feira, 15 de outubro. Nos encontraremos para grande twitaço das 15h ás 16h30, por um Marco Civil que assegure: NEUTRALIDADE DA REDE, PRIVACIDADE E LIBERDADE DE EXPRESSÃO, por uma #INTERNETLIVRE. Vamos mandar um recado para os nossos parlamentares e responsáveis. Na quarta, 16, estaremos no Bloqueio da Vivo para libertar a Internet!

Sugerimos aqui uma relação de parlamentares e figuras públicas relevantes no debate, mas fica a critério de cada um incluí-las ou não. Sugira e compartilhe mais endereços também!

@alessandromolon | @Paulo_Bernardo | @SergioCabralRJ | @gleisi | @Sintetel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo) | @DepEduardoCunha | @dilmabr | @CasaCivilBR | @MiniComBrasil @Gov_EduardoCamp | @HenriqueEAlves | @manudeputada | @Lideranca_PSOL | @guimaraes_13PT | @carlossampaio | @andrepdt12 | @silva_marina | @zemaria_pstu | @MarceloFreixo | @ricardotripoli | @RicardoIzar | @dep_ivanvalente | @rogeriosmarinho | @rede_globo | @tarsogenro

Atenção, é possível criar outras hashtags, invista na criatividade, mas não esqueça de incluir #InternetLivre para deixá-la no topo dos assuntos discutidos hoje na NOSSA rede.

Censura Nunca. #InternetLivre Sempre

Acontece na próxima quarta-feira, dia 16 de outubro, às 17h, o Bloqueio da Vivo, um ato organizado por diversas entidades, movimentos sociais e de comunicação para chamar a atenção sobre o projeto de lei 2126/11, que institui o Marco Civil da Internet, um conjunto de direitos e deveres civis na rede. Esse marco foi construído em plataforma colaborativa por diversos setores, incluindo governo e representantes da iniciativa privada, além de organizações e pessoas da sociedade civil.

Atualmente, o PL tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados, a pedido do governo Dilma Rousseff, e deverá ser votado até o dia 28 de outubro, sob pena de trancar a pauta da Casa. A presidente tem se manifestado favoravelmente aos principios da neutralidade, privacidade e liberdade de expressão, porém, ele recebeu 34 emendas, que somadas aos interesses das empresas de telecomunicação e ao parágrafo 2º do artigo 15 - incluido pelo poderoso lobby da indústria do copyright e da Rede Globo, representam sérias ameaças aos pilares do marco civil da internet.

O segundo parágrafo do artigo 15 permite a remoção de conteúdos da internet com base na lei de direitos autorais, sem a necessidade de uma ordem judicial. Com isso vem o risco de uma verdadeira indústria da censura instantânea se instalar no país, uma vez que os provedores, que somente querem lucrar, podem retirar conteúdos a pedido de terceiros.

Os lobistas das operadoras de telecomunicações esperam protelar ao máximo a votação para obrigar o Congresso a indeferir artigos apresentados pelos defensores do Marco Civil, tais como, o que impede que as operadoras copiem dados de navegação dos cidadãos.

Agora, uma mobilização da sociedade é urgente. Pressionar pela aprovação do Marco Civil tal como foi proposto através da iniciativa popular, preservando a integridade dos três princípios fundamentais do projeto: NEUTRALIDADE DA REDE, PRIVACIDADE e LIBERDADE DE EXPRESSÃO. O encontro destes pontos permite que a internet seja como surgiu: aberta, democrática, descentralizada e propensa à inovação, garantindo os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da cidadania em meios digitais.

Após ser votado na Câmara, o projeto seguirá para o Senado, onde terá 45 dias para que o texto seja discutido e votado.

Corromper os princípios deste projeto, admirados internacionalmente, é corromper o processo transparente e democrático de consulta ao longo de mais de dois anos. O movimento "Marco Civil Já" segue na campanha pela garantia de uma internet livre. E para isso, convidamos todos que participem do Bloqueio da Vivo, quarta-feira, dia 16 de outubro, às 17h.

Mobilizam-se em torno desta defesa, com iniciativas que vão de pedido de apoio ao relator da ONU para liberdade de expressão Frank de La Rue a visitas a Congressistas em Brasília: Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Idec, Midia Ninja, Intervozes, Ocupe a Midia, Pro-Teste, Marco Civil Já, Ciranda, Interagentes, Artigo 19, Marcha das Mulheres, Fundação Perseu Abamo, Levante Popular da Juventude e CUT. No dia 7 de outubro, divulgaram um manifesto feito de forma colaborativa. Acesse o manifesto no site http://marcocivil.org.br/manifesto-mc/manifesto-mc/.

_ Assessoria de Imprensa
Deborah Moreira
Julia da Fonseca
marcocivildainternet@gmail.com

_ Porta-Vozes
Sérgio Amadeu, doutor em Ciência Política, professor da Universidade Federal do ABC
Veridiana Alimonti, pesquisadora do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor)
Beatriz Tibiriçá, cientista social e diretora geral do Coletivo Digital



Nenhuma país soberano, independente, leiloa petróleo já descoberto!

15 de Outubro de 2013, 8:03, por Bertoni - 0sem comentários ainda