Sem Serra, Marina é a candidata do PiG
15 de Outubro de 2013, 7:22 - sem comentários aindaEditorial do Valor Econômico desta terça, 15/10, Dia do Professor, é bastante claro e didático.
Na ausência de Serra na disputa em 2014 a candadita a ser apoiada pelo PiG é a Marina Silva.
Logo no início do editorial, os escribas de Valor afirmam "A ex-ministra Marina Silva é hoje a candidata mais forte da oposição para enfrentar a presidente Dilma Rousseff na disputa pela Presidência."
O artigo segue tentando mostrar que ao mesmo tempo em que o programa social da aliança Marina-Campos é similiar ao de Lula-Dilma, o que diferenciaria dos tucanos, sugere que na economia a adesão de Marina a Campos a distingue dos petistas, pois significa uma volta à ortodoxia, ou seja, de volta ao passado neoliberal que o mundo inteiro rechaça, mas que os banqueiros defendem com afinco.
Marina-Campos, seria portanto, a transição ideal à dicotomia PT-PSDB, como se esta fosse a única disputa existente no Brasil, ao mesmo tempo que é uma espécie de síntese tucano-petista. Tucana na economia, petista no social.
Embora duvide da capacidade de entendimento mútuo entre o novo casal da política brasileira, os editorialistas festejam a guinada à direita da dupla. "Pelo que se sabe até agora das propostas, sujeitas a ventos e tempestades, haveria discreta guinada do pêndulo econômico em direção à ortodoxia, e uma tentativa de reformar o campo político. Campos se sente bastante confortável com a primeira tarefa e Marina, com a segunda."
Desta forma, Valor Ecnômico busca demonstrar a viabilidade de Marina valendo-se da dialética de Hegel... Mas na verdade desnuda a Pelega, que na gíria sindical significa aquele que se posta entre o patrão e o Trabalhadores de forma que o "cavalgar" do primeiro seja suave e macio e o lombo dos segundos não sinta a dor de levar alguém nas costas.
Candidata dos Pobres
O editorial também buscar deixar claro porque apoiar Marina e não Dilma.
A presidenta "Dilma obtém sólido apoio dos assalariados pobres, os que ganham até 2 salários mínimos, onde reina contra todos os candidatos conhecidos. Perde de todos na faixa acima dos 10 mínimos."
Ou seja, Dilma é a candidata dos pobres, sendo os demais representantes dos mais ricos. Marina é a única que tem votos suficientes na classe média, que muitos acham ser decisiva num processo eleitoral. "Só Marina se aproxima dela ou a vence nas faixas de 2 a 5 mínimos para cima."
No final, os editorialistas reconhecem que a disputa não será fácil. E mostram o caminho das pedras. "Dilma bate todos seja no campo da direita, do centro ou da esquerda. Mas tem em Marina uma rival que também arranca mais votos que Aécio ou Campos em todas as faixas do espectro político."
Já que Dilma é difícil de bater e Marina arranca votos dos demais candidatos dos ricos, então apostemos todas nossas fichas em Marina para tentar ao menos levar a disputa para o segundo turno.
Agora, com este apoio da velha imprensa (que sempre apoiou os Golpes de Estado da CasaGrande, sempre criminalizou os pobres e ridiculariza a classe média), fico tentando imaginar o que deve estar passando pela cabeça daquelas pessoas que realmente acreditaram que a ex-senadora representava o novo na política brasileira.
Será que as mudanças que parte deles gritavam nas ruas meses atrás era um clamor pela volta da ortdoxia neoliberal?
Se era, mostra uma contradição, pois com mais neoliberalismo, temos menos Estado para os pobres e para a classe média, logo piores serviços públicos e serviços privados cada vez mais caros e sem qualidade. É só ver o que passa com os serviços de telefonia privatizados por FHC...
Se não era, então foram traídos por uma alpinista social, que numa bela jogada de marketing que tanto critica nos adversários, diga-se de passagem, buscou se aproveitar das insatisfações das ruas e mostrar-se como a pura novidade.
Se assim foi, toda a novidade se resume à velha sabedoria lusitana "Tudo como dantes no quartel d'Abrantes!"
Uso do Expresso do Serpro será um duro golpe na Microsoft
14 de Outubro de 2013, 12:56 - sem comentários aindaPor Luiz Queiroz , no Convergência Digital
A presidenta Dilma Rousseff assumiu o compromisso com a cúpula do Governo Eletrônico, de assinar, o mais breve possível, um decreto que irá obrigar todos os órgãos da Administração Federal a usar o e-mail Expresso fornecido pelo Serpro. Na prática, essa foi a primeira resposta dura do governo brasileiro contra a espionagem norte-americana denunciada pelo ex-funcionário da NSA, Edward Snowden.
A primeira multinacional norte-americana a sentir diretamente os efeitos desta medida será a Microsoft, a maior fornecedora para o governo brasileiro do serviço de email Outlook. Mas outras empresas em atividades de TI, sobretudo na área de banco de dados, também deverão se preocupar com o teor do novo decreto. Convergência Digital publicará reportagem sobre o tema ainda nesta edição.
Com a publicação oficial do Decreto, todos os órgõs da Administração Federal serão obrigados a usar o Expresso. Essa medida, em médio prazo, vai gerar uma série de cancelamentos de contratos de licenças de uso do Outlook. "Nós já avisamos à Microsoft que não vamos renovar o contrato para usar o Outlook", disse nesta segunda-feira, 14/10, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, num claro sinal de que outros organismos seguirão a mesma decisão.
Em entrevista à CDTV do portal Convergência Digital, o presidente do Serpro, Marcos Mazoni fala da estratégia a ser adotada para uso do Expresso v3, que opera em nuvem, pelo governo federal.
Com mais de três anos de atraso, governo promete rever redes de comunicações
14 de Outubro de 2013, 12:47 - sem comentários aindaPor Luís Osvaldo Grossmann , no Convergência Digital
Paralelamente ao e-mail seguro, via Serpro, o governo federal voltou a sinalizar a reestruturação das redes da administração federal, o que envolve a própria estatal de TI mas especialmente a Telebras. O objetivo é, da mesma forma, buscar a inviolabilidade das comunicações internas.
Na prática, trata-se de um movimento atrasado – não apenas em relação às denúncias de espionagem que já se acumulam desde junho, mas especialmente pelo que o próprio governo já tinha previsto há três anos, quando reativou a Telebras para tocar o Plano Nacional de Banda Larga.
Não custa lembrar que no Decreto 7175/2010, que instituiu o PNBL, a primeira missão determinada à recuperada Telebras era exatamente dotar o governo federal de uma rede de comunicações segura. Era esse o principal argumento do idealizador da rede, Rogério Santanna, que acabou dispensado no governo Dilma.
Essa ideia voltou a ganhar importância com as denúncias de que nem as comunicações da presidenta escaparam da espionagem. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o mesmo Decreto que fará o e-mail do Serpro compulsório no governo também atacará a contratação direta das estatais.
“Essa questão também será tratada no Decreto, que deve estar pronto ainda hoje, mas que ainda deverá passar pela Casa Civil. Vamos usar a Telebras, mas também há a rede do Serpro, da Dataprev”, disse Paulo Bernardo. “Vamos resolver as contratações”, repisou o presidente da Telebras, Caio Bonilha.
O atraso no maior controle sobre as redes de governo é em parte creditado a esse conflito interno na administração, qual seja, de a Telebras – e mesmo o Serpro para além da Receita Federal – poder ser contratada diretamente, sem a necessidade de passar por processo licitatório. O Decreto deve sanar esse ponto.
As dificuldades em destravar o saneamento
13 de Outubro de 2013, 3:35 - sem comentários ainda
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