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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Porque apoiar o Marco Civil da Internet

13 de Setembro de 2013, 15:49, por Bertoni - 0sem comentários ainda



A ​J​anela de ​O​portunidade ​T​ecnológica do ​P​ré-​S​al

13 de Setembro de 2013, 9:01, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 13/9/2013


Há dois setores nos quais o Brasil poderá montar estratégicas competitivas de inovação, graças ao mercado interno, ao poder de compra do Estado e a parceria com institutos de pesquisa: fármacos e cadeia de petróleo e gás.


A opinião é de João Negri, diretor de Inovação da Finep (Financiadora de Estudos e Pesquisa), no seminário sobre as cadeias de pesquisa do setor, promovido pela Brasilianas.


***


No caso de petróleo e gás, a Petrobras costuma se comparar à NASA e ao desafio de colocar o homem na lua. São desafios tecnológicos intensos, de equipamentos resistentes a condições extremas de temperatura e pressão, exigindo o  desafio de novos materiais, nanotecnologia, engenharia, colocando-a na fronteira da tecnologia no mundo. E não pode errar.


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Em países como o Brasil, com determinado nível de renda mídia, explica Negri, não se conseguem saltos na produtividade per capita, como ocorre nos grandes movimentos de urbanização ou de migração da mão-de-obra de setores estagnados para outros mais dinâmicos.


O grande desafio, então, passa a ser ganhar produtividade através da tecnologia e inovação.


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Negri identifica dois modelos de política econômica  adotados no país.


A tradição da política econômica do período 1950-1970 era o da criação de um ambiente protegido, no qual fatores como custo não contavam. E onde, também, havia os bónus de produtividade, na urbanização e na industrialização inicial.


Nos anos 90, muda-se a linha e economistas julgam que se poderia reorganizar a economia a partir da abertura e da integração internacional, aumentando a competição e proporcionando ganhos maiores de produtividade.


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Nem a tradição dos anos 50/70 nem dos anos 90 dão conta de responder porque economia brasileira não ganha em produtividade, diz ele. A razão de fundo é a falta de domínio dos tecnologias críticas e chaves em diversos segmentos.


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E ai se entra pela janela de oportunidade proporcionada pelo pré-sal. Nesse ponto, Negri levanta alguns pontos relevantes, questões pouco enfrentadas por sucessivas políticas públicas: não se conseguirá desenvolvimento próprio de tecnologia se não for com empresas de capital nacional.


De fato, nos últimos anos há um deslumbramento com os grandes centros de pesquisa de multinacionais implantados especialmente no Fundão.. Em geral, considera-se que os ganhos do país se dão por formas indiretas, na qualificação de técnicos, em alguma melhoria da cadeia produtiva.


É pouco, segundo Negri.


Se se quiser tecnologia autônoma, que permita desenvolver grandes fornecedores globais, há que se ancorar o desenvolvimento em empresas nacionais. Foi assim na Noruega - considerada o grande modelo de desenvolvimento petrolífero. É assim nos estudos de Michael Porter, o maior industrialista contemporâneo


Em 2003, uma empresa norueguesa, a Aker Solution, estava prestes a ser adquirida por outra norte-americana. O próprio governo norueguês interveio, adquirindo parte do capital da empresa para impedir sua desnacionalização.


A grande oportunidade que se abre para a tecnologia nacional é que as dificuldades do pre-sal são de novas e nenhuma empresa estrangeira tem domínio sobre a tecnologia. Haverá, então, o aprendizado para desenvolver equipamentos e produtos.

 

É esse desafio que não pode ser desperdiçado.

 

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O ​T​ruste de ​H​ollywood e o da ​V​elha ​M​ídia

12 de Setembro de 2013, 8:36, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

 

Coluna Econômica - 11/9/2013


Na nova economia, há um conjunto de movimentos brilhantes prenunciando os novos tempos de Internet.


De um lado, existe a nova indústria do audiovisual, os novos projetos jornalísticos, as novas experiências virtuais, um contraponto eficaz no mercado de opinião política e uma rapaziada esfuziante desenvolvendo aplicativos, sistemas, redes. Todo esse universo é movimentado por pequenas empresas, por jovens empreendedores, criando um arquipélago rico, diversificado, com amplo espaço para o exercício da criatividade e da inovação.

 

De outro, os campeões do período anterior – grupos jornalísticos com emissoras de TV e rádio e publicações impressas, grandes empresas controlando centralizadamente diversos meios de comunicação, atuando em forma de truste e/ou cartel, envelhecendo a olhos vistos e valendo do poder remanescente combater o novo que nasce.


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Trata-se de uma disputa ancestral no capitalismo que se manifesta especialmente nesses momentos de transição.


Há grupos dominantes do período em curso. As novas tecnologias abrem espaço para o novo. Não entendendo o novo, a defesa do velho consiste em se fechar em trustes ou cartéis utilizando o poder remanescente para manter o controle sobre o mercado.


***


Hollywood é um caso clássico, fruto direto dessa batalha entre o velho e o novo ocorrida na indústria cinematográfica dos Estados Unidos no início do século 20.


Vale a pena entender os paralelos entre aqueles tempos e os tempos atuais.


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O enorme mercado norte-americano fechou-se em torno de um truste de dez companhias organizado por Thomas Alva Edison, a partir de seu trunfo com a invenção do gramofone. O Truste era constituído pelos maiores produtores e distribuidores de filme, por George Eastman, da Kodak, principal fabricante de películas, dentre outros.


Sem competição, mataram o mercado. Impuseram cláusulas leoninas para os exibidores, adquiriram a maioria das distribuidoras independentes.

 

Enquanto Paris tornava-se o grande centro cinematográfico do planeta, atraindo espectadores com grandes nomes, como Sara Bernhardt.

nos Estados Unidos o truste permitia apenas filmecos de poucos minutos e proibia os modelos de filmes fundados em personalidades artísticas – para não encarecer as produções.


***


Em 1909 houve a rebelião inicial de um dos distribuidores, Carl Laemmle, que queria implantar o sistema europeu, de produções maiores com grandes estrelas. Quase foi destruído. Mas conseguiu a aliança com um grupo de produtores franceses, italianos e britânicos, que montaram uma empresa para combater o truste.


A luta para valer foi interna, quando apareceram outros aliados, dos quais o mais relevante foi o único distribuidor que se recusou a vender sua empresa para o truste. Atendia pelo nome de Willhelm Fuchs.


Com o tempo, começaram a aparecer produtores independentes,  pequenas empresas ousando sair do figurino do truste e passando a fazer filmes mais extensos, com roteiro e temáticas até então inéditas.


***


O Truste reagiu, recorrendo até à censura contra filmes considerados mais fortes. Tentou sufocar os “independentes” com toda sorte de ações judiciais. Depois, apelou para o uso de força, quebrando salas que passassem seus filmes e apelando para a polícia contra a quebra de patentes das novas produtoras.


As ameaças legais eram de tal ordem que parte dos independentes fixou-se em países vizinhos. E parte foi para Los Angeles, por ser perto da fronteira do México, facilitando as fugas da Justiça.


O truste era formado por anglo-saxões de cintura dura. Os independentes, em sua maioria, por judeus com sensibilidade artística e enorme foco no público que se formava.


Gradativamente, o truste foi perdendo o pé do mercado, afastando-se cada vez mais do público, enquanto os independentes ganhavam espaço e passavam a produzir em quantidade cada vez maior.


Laemmle e Fuchs tornaram-se produtores de sucesso, recorrendo à importação de películas para fugir ao boicote da Kodak. O estúdio de Laemmle se tornaria a Universal; o de Fuchs, a Fox, depois que ele adaptou seu sobrenome. William Hodkinsons, dono de um teatro, montou uma distribuidora e, depois, a Paramount. E Hollywood tornou-se o mais importante centro da indústria cinematográfica.


***


Em muito, a ação do truste cinematográfico norte-americano lembra o truste midiático reforçado no país após 2005.


Com o pacto dos quatro grandes controladores do mercado de opinião – Globo, Abril, Estado e Folha - tendo as demais emissoras e jornais a reboque, criou-se o Truste da Mídia - a não ser a diferença de escala e de tecnologia, com métodos idênticos ao do Truste dos Dez.


Moveram campanhas sistemáticas contra os novos atores que surgiam, os blogs, preservando para si a maior parte da publicidade pública. Tentaram assassinar a reputação de novos grupos que se instalavam – como foi o caso dos portugueses da Ongoing.


Abarrotaram os blogs com ações judiciais, para sufoca-los financeiramente. Reagiram com fúria a qualquer tentativa de regulação do mercado que pudesse abrir espaço para o novo.


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Mesmo assim, as poucas brechas abertas estão permitindo o nascimento do novo. 


Já existe uma indústria de audiovisual promissora, algumas (embora poucas) experiências inovadoras de jornalismo online, mas que já fazem um contraponto expressivo no mercado de opinião política. E um conjunto de personagens à espera do próximo grande agente aglutinador, dentro das possibilidades abertas pelas novas tecnologias.

 

O novo já nasceu. É questão de tempo para o velho morrer.


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11 de setembro: A Grande Farsa

11 de Setembro de 2013, 13:03, por Bertoni - 0sem comentários ainda



Gleise ​A​tropelou a Constituição e a ONU

10 de Setembro de 2013, 19:09, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 10/9/2013

 

 

 

 

Em países mais sérios, a notícia sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) publicada no site da Casa Civil teria implicações sérias.

É função da Casa Civil: "assistir direta e imediatamente ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições, especialmente: (...) na verificação prévia da constitucionalidade e legalidade dos atos presidenciais".

Segundo a notícia, a Ministra-Chefe Gleise Hoffmann comprometeu-se a pressionar o senador Vital do Rego - relator da PNE - para retirar do texto a obrigatoriedade da rede fundamental dar atendimento às crianças com deficiência.

Conseguiu o feito inédito de, sendo a guardiã da constitucionalidade das medidas do Executivo,  atropelar ao mesmo tempo a Constituição Federal e a Conferência das Nações Unidas Sobre Direitos das Pessoas Com Deficiência - da qual o Brasil é um dos signatários, que prevê como direito absoluto da criança (com ou sem deficiência) o acesso ao ensino básico.

É evidente que não atingirá seu objetivo. Mas expõe de forma dramática o profundo provincianismo e incapacidade em tratar com temas especializados.

***

A Ministra tem pretensões política e interesses paroquiais: conquistar apoio para sua candidatura ao governo do Paraná. E, dentre os apoios, o da influente (no estado) Federação das APAEs (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).

As APAEs municipais prestam serviços na ponta. São constituídas por pais e amigos interessados na promoção das crianças com deficiência. Já Federação é quase como um órgão patronal. Vive das contribuições das APAEs e criou uma rede de interesses políticos e pessoais que vai além do foco nas crianças com deficiência.

***

A verdadeira inclusão se dá quando se prepara a criança com deficiência para conviver com aquelas sem deficiência.

Por falta de preparo da rede básica, durante bom tempo as APAEs ministravam curso regular. À falta de alternativas, criava-se um ambiente de exclusão, porque apenas entre pessoas com deficiência.

A partir de 2002, pais, procuradores, educadores em geral conseguiram enorme vitória, ao obrigar o Estado a reconhecer o direito constitucional de toda criança ter acesso à educação básica.  Não apenas reconhecer, mas preparar as escolas para o acolhimento.

***

Na gestão Fernando Haddad o MEC (Ministério da Educação) criou a dupla matrícula no âmbito do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica).

A  escola que receber aluno com deficiência tem direito a uma matrícula. O atendimento especial a crianças com deficiência, direito a uma segunda matrícula. Incluiu nessa segunda matrícula as APAEs - que, por não serem ensino regular, não teriam direito às verbas do Fundeb.

A Federação das APAEs, não se contentou com a segunda matrícula e passou a batalhar politicamente para que as duas matrículas ficassem com as associadas, aumentando por tabela sua receita. Apelou a campanhas terroristas (e falsas), de que o PNE provocaria o fim das APAES

***

Durante toda a tramitação do projeto, Gleise pressionou para que o "preferencialmente" fosse estendido ao ensino fundamental. O MEC resistiu. Espera-se que o Senado não ceda.

Conseguiu apenas comprovar o enorme despreparo e insensibilidade da Casa Civil para administrar temas contemporâneos.

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