O desastre do Neoliberalismo no Terceiro Mundo
12 de Janeiro de 2017, 10:32 - sem comentários aindaDOIS LIVROS: MESMO TEMA – O DESASTRE DO NEO-LIBERALISMO.
O coreano Ha-Joon Chang escreveu “Chutando a escada” da Editora Unesp e é professor de Cambridge. O norueguês Erik S. Reinert escreveu “Como os países ricos ficaram ricos....e por que os países pobres continuam pobres” da editora Contraponto. Os dois abordam o mesmo assunto. Eles descrevem a história de como os países ditos desenvolvidos conseguiram se desenvolver partindo de estágios mais atrasados, alguns de pobreza mesmo e chegando aos níveis atuais de desenvolvimento. Detalhe: eles fizeram isso protegendo suas indústrias e todo o processo que envolveu suas revoluções econômicas e técnico-científicas. Erik disse que esse protecionismo acontece há mais de 500 anos na Europa do Norte. Outro detalhe importante: ao atingirem os estágios mais avançados de seu desenvolvimento, eles passam a pregar o liberalismo para os outros países.... ou seja, atingindo o topo, chutam a escada.... para impedir que outros países possam segui-los no caminho do sucesso e da riqueza..... pregam a livre concorrência, o livre mercado e o não intervencionismo estatal, como se estas condições por si só propiciassem espontaneamente o desenvolvimento ..... premissas que segundo a teoria econômica são abstratas demais para que possam funcionar na prática…. a hipocrisia é total e está toda armada e desenvolvida em instituições internacionais que fazem a maior pressão em cima dos países mais pobres.... instituições tipo FMI, Banco Mundial, OMC, etc....
Para se ter uma idéia, Erik cita o caso dos EUA, que protegeram com unhas e dentes todo o seu processo de desenvolvimento industrial durante 150 anos : do séc. XIX até o pós-2ª Guerra Mundial .... A partir daí, e principalmente a partir da queda do Muro de Berlim, os EUA e Europa passam a defender o livre comércio internacional, a desregulamentação da economia, as privatizações, o Estado mínimo, queda das barreiras alfandegárias, tarifárias, impostos, etc..… passam a defender o Consenso de Washington, que é uma cartilha detalhada para que os países do Terceiro Mundo possam realizar empréstimos e obter ajuda dos organismos internacionais…...estes princípios se tornam um pensamento único… pregado em todas as instâncias e absorvido totalmente pela mídia dominante.
Um exemplo marcante do fracasso destas políticas neoliberais é o caso da Mongólia. Logo após a queda do Muro de Berlim, o país abriu totalmente sua economia, da noite para o dia, seguindo fielmente os conselhos das instituições de Washington (Banco Mundial, FMI) no sentido de minimizar o Estado e deixar o mercado tomar conta. O meio século de construção da indústria da Mongólia (pós-1940) foi praticamente varrido em apenas quatro anos : 1991-1995. Na maioria dos setores industriais a produção em volume físico caíra mais de 90%. O Plano dos neoliberais do Consenso de Washington foi extremamente bem sucedido em desindustrializar a Mongólia. A indústria havia sido praticamente erradicada, começando pelas mais avançadas. A produção de pão caíra 71% e a produção de livros e jornais, 79% - sem que a população diminuísse. Em poucos anos os salários reais haviam sido cortados quase pela metade e o desemprego era crescente. A taxa real de juros era de 35%, destruindo qualquer possibilidade de investimentos produtivos e favorecendo os investimentos financeiros e especulativos. As únicas indústrias que cresciam era a produção de álcool e as de “penas de estofamento de aves”. Fazer a população recolher penugem de aves não pode ser outra coisa senão a primitivização da economia. Muitas pessoas foram obrigadas a regressar ao seu modo de vida ancestral: o pastoreio nômade. O desemprego em grande escala aumentou a degradação ambiental.
Os países hoje desenvolvidos desde o final do século XV até depois da Segunda Guerra Mundial sempre praticaram (internamente e não abertamente: “façam o que eu digo e não façam o que eu faço”) em política econômica o “culto da indústria manufatureira”, isso significava “plantar indústrias” e para isso criaram duas instituições diferentes: a proteção de novos conhecimentos (via patentes) e a transferência desses conhecimentos para novas áreas, via proteção tarifária. Isto criava e expandia geograficamente os novos conhecimentos mediante estímulo à concorrência imperfeita. Concorrência perfeita e livre comércio só para os pobres…. Enquanto que os efeitos “ruins” da economia estão ligados à concorrência perfeita, os efeitos “bons” da economia estão ligados à concorrência imperfeita. O termo indústria, durante séculos era sinônimo de mudança tecnológica, rendimentos crescentes e concorrência imperfeita….. ao se dedicarem à indústria algumas nações se apossaram dos tipos “bons” de atividade econômica. Esse foi o modelo de sucesso, começando com a Inglaterra de Henrique VII (1485 – protegendo sua indústria têxtil), passando pela industrialização do continente europeu e dos EUA, o Império Meiji no Japão (quando o governo japonês cria políticas abrangentes para industrializar o país a partir de 1860) até os mais recentes sucessos de Coréia e Taiwan. Todos se tornaram ricos da mesma forma, por meio de políticas que protegeram suas atividades manufatureiras. Além desses países, nenhum outro conseguiu se desenvolver no período pós-2ª G.M., em mais de meio século…. Nenhum outro se tornou desenvolvido…. Alguns conseguiram uma industrialização instável, capenga e dependente: mas não conseguiram um desenvolvimento autônomo e singular e por isso continuaram sendo subdesenvolvidos.
E o livre comércio, o Estado mínimo e a concorrência perfeita ? Só funciona entre os países que já atingiram níveis semelhantes de desenvolvimento econômico e social. No entanto o comércio livre entre países com estágios muito diferentes de desenvolvimento sempre foi um desastre para os mais fracos. É como colocar na arena dois atletas de pesos diferentes: p.ex: um peso pesado e um peso pena. Você já sabe o resultado…. Mas o Consenso de Washington trabalhou intensamente para ter a hegemonia do pensamento único de forma a não permitir contestações. Eles controlam instituições, universidades, equipe técnica dos bancos, mídia, intelectuais…e até as elites do Terceiro Mundo. Até hoje, apesar das várias crises sofridas pelas economias neoliberais, é muito difícil contestar o sistema…. Mas sempre existiram contestações e modelos alternativos.
Obs: os dois autores não chegam a analisar a atual fase do capitalismo financeiro ou financeirização da economia, que não dá importância para a indústria. Eles analisaram a indústria enquanto importante elemento histórico no desenvolvimento dos países centrais.
Daniel Miranda Soares é economista e mestre pela UFV.
Artigo publicado originalmente no jornal Diário Popular, edição de 10/01/2017.
http://www.diariopopularmg.com.br/
No Brasil não basta ser idiota, é preciso ser idiota de verde e amarelo.
16 de Outubro de 2016, 14:22
O Brasil vive uma revolução, uma revolução da ignorância, uma revolução ao avesso.
Na verdade, vivemos o ódio ao conhecimento e ao saber, como bem nos alerta Márcia Tilburi e Rubens Casara no artigo ‘Ódio à inteligência: sobre o anti-intelectualismo’.
O ódio ao PT (Partido dos Trabalhadores) foi só um pretexto. O que se odeia é a razão. Não é por acaso que alguns dos líderes dessa revolução são pastores fundamentalistas.
E fez sentido usar o ódio ao PT porque é um partido que disputa o poder. E mais, na origem, o PT se consolidou com uma união entre intelectuais e trabalhadores. Essa foi sua força inicial que aos poucos foi se perdendo pelo caminho.
Mas no plano mais abaixo da superfície, tudo que está relacionado ao conhecimento, ao saber, à reflexão, ao pensamento crítico deve ser odiado. Então, todos que usam a racionalidade para criticar os absurdos atuais do Brasil, o golpe, as rupturas constitucionais, são classificados como ‘petistas’. O ódio ao PT é a máscara para esconder o ódio à inteligência.
Para Tilburi e Casara, diversos exemplos de anti-intelectualismo podem ser observados na sociedade brasileira. “Desde a caricata presença do ator Alexandre Frota (menos pelo que ele é, mas sobretudo pelo que ele representa) como formulador de políticas públicas do Ministério da Educação ao projeto repleto de ideologia (e mais precisamente: da ideologia, de viés autoritário, da “negação do saber”) da “Escola sem partido”. Do silêncio em torno da exclusão de disciplinas (filosofia, sociologia, artes, etc.) do ensino médio (MP 746) à expressiva votação de candidatos que apostam no uso da força, em detrimento do conhecimento, como resposta aos mais variados problemas sociais. Do descaso com a educação (consagrado na PEC 241) ao tratamento conferido aos professores em todo Brasil”, relembram os autores do texto.
É uma revolução histórica. Queremos ser ignorantes, não queremos educação nem saúde.
Veja algumas peças recentes do Ministério Público e da própria polícia. Queriam investigar um tal ‘Mikhail Bakunin’ nas manifestações. Depois o MP queria prender Lula e citaram a dupla ‘Marx e Hegel’.
Mas toda essa loucura revolucionária só foi possível com o papel fundamental da grande mídia para alavancar o ódio à inteligência. Veja, Folha, Estadão, Época, Globo etc. Todos esses veículos contrataram, nos últimos anos, sempre um idiota para destilar o ódio e fomentar a ignorância. Em nome da ‘pluralidade’, insuflaram a estultice.
Eles ganharam força, viram que não estavam sozinhos, então o idiota saiu do armário.
O idiota gritou contra Paulo Freire sem nunca ter lido um livro do autor.
O idiota vestiu a camisa amarela de uma das organizações mais envolvidas em corrupção do planeta para bradar contra a corrupção.
O idiota pediu escola e saúde em nome de políticos que iriam destruir o que havia sido construído de educação e saúde.
Os idiotas pediram democraticamente uma ditadura.
No Brasil do ódio à inteligência, não basta ser idiota. É preciso ser um idiota de verde e amarelo.
PORQUE TANTO ÓDIO DE MORO À ODEBRECHT?
10 de Agosto de 2016, 21:06ou Porque os EUA querem destruir a Odebrecht ?
por Francisco Costa, retirado de Google – 8-8-2016
Se observarmos a lista de empresas doadoras de campanhas eleitorais, veremos que a Odebrecht aparece em sétimo lugar e assim mesmo doando fração do que doaram as demais (OAS, UTC, ECOVIX, QUEIROZ GALVÂO, TOYO SETAL e ANDRADE GUTIERREZ, pela ordem, sendo que a OAS sozinha doou mais que todas as demais, juntas, a partir do sétimo lugar). O que justificaria então essa fome de destruir a Odebrecht, de Washington e Moro?
A Odebrecht é hoje uma das maiores e mais importantes empreiteiras do mundo, tocando obras em todos os continentes, em concorrência direta com as empreiteiras norte-americanas e européias.
Quando os Estados Unidos covardemente invadiu o Iraque, matando mais de 100 000 civis e destruindo o país, justificando-se nas calúnias de que Sadhan Houssein estava fabricando armas atômicas, químicas e biológicas (não encontraram sequer indícios disso) a Odebrecht era praticamente empreiteira única no Iraque, construindo gasodutos, refinarias de petróleo, estradas, conjuntos habitacionais… Dando emprego à mão de obra brasileira, levada para lá, para ter salários em petrodólares, e trazendo divisas para cá.
Destruído o país, com a Odebrecht fora, todas as obras da empreiteira brasileira foram herdadas pela empreiteira da família Bush, que está “reconstruindo o país”, recebendo em petróleo.
Se este é um bom motivo para os norte-americanos desejarem o fim da Odebrecht, há outro, muito maior, o know how da empresa, o seu acervo de conhecimentos científicos e tecnológicos.
Em qualquer país do mundo em que se fale na construção de refinarias de petróleo a Odebrecht é imediatamente lembrada, não só como empreiteira, executora das obras, mas como planejadora.
Grande parte dos conhecimentos de prospecção e extração de petróleo em águas profundas, além da Petrobrás, está nas mãos da Odebrecht.
A Odebrecht é praticamente a única empresa não estatal, no mundo, que tem o domínio do ciclo completo do Urânio, desde a sua mineração, no subsolo, purificação, enriquecimento e uso, seja para fins pacíficos ou bélicos (é a Odebrecht que está construindo a Usina Nuclear de Angra III, é a Odebrecht que está construindo, junto com os franceses, o nosso primeiro submarino atômico, estando em condições de construir a bomba atômica, bastando o governo dar o sinal verde).
Destruir a Odebrecht é questão estratégica para os Estados Unidos.
O Juiz Sérgio Fernando Moro, da primeira instância, em Curitiba, o responsável pela chamada Operação Lava Jato, esteve na Câmara dos Deputados, ocasião em querepetiu Estados Unidos 38 vezes, colocando este país como modelo político, jurídico e constitucional para o Brasil.
Do outro lado, em delação premiada, Marcelo Odebrecht afirmou que deu vinte e três milhões de reais ao Ministro do Exterior, José Serra, dez milhões de reais ao Presidente interino, Michel Temer, e cinco milhões ao Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, em espécie, dinheiro vivo.
Mais disse, que José Serra lidera uma quadrilha internacional que age contra os interesses brasileiros, o que era desnecessário dizer, basta ler o livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Júnior, contendo reprodução de documentos capazes de colocar Serra na cadeia por algumas décadas, por alta traição ao país.
A acusação de Marcelo bate com outras, principalmente a feita por Fernando Baiano, lobista do PMDB, de que todo o dinheiro saído da Petrobras passou por Madrid, sob a coordenação do marido de uma cunhada de Serra, segundo Baiano, um testa de Ferro de Serra.
Aliás, este é o país dos Fernandos: Collor, Henrique Cardoso, Baiano, Beira Mar e Moro.
É sintomático que a Lava Jato não se debruce sobre o mercado financeiro, fonte de corrupção maior que a da Petrobras; sobre a mídia, corrupta, corruptora e sonegadora, ficando na Petrobras e nas Usinas Atômicas, anunciando que avançará sobre o setor elétrico, limitada ao setor energético, a espinha dorsal de qualquer país.
Na Câmara dos Deputados, recebido de pé e sob aplausos, pelos corruptos que tem isentado na Lava Jato, Moro, depois de cantar loas aos Estados Unidos, diante da pergunta do deputado Paulo Pimenta, do que aconteceria nos Estados Unidos se um juiz de primeira instância, sem ordem judicial, gravasse conversa telefônica entre o ex presidente Bill Clinton e o presidente Barak Obama, como aqui foi feito em telefonema entre o ex presidente Lula e a presidente Dilma, o farsante pediu licença, avisou que o tempo estava esgotado, e como rato diante de gato, fugiu, abandonando o recinto.
Isto explica o poder que ele, junto com Gilmar Mendes, têm sobre o STF.
A Lava Jato é um posto avançado dos Estados Unidos e Moro o seu comandante, fiel aos princípios e interesses dos seus chefes.
Quanto às propinas pagas a Serra, Temer e Padilha, entre outros, isso não vem ao caso, não considerar faz parte da doutrina jurídica praticada por Moro, e que será o mote do próximo artigo.
Francisco Costa
Rio, 08/08/2016.
A Lava-jato e a desmoralização da Petrobrás
4 de Julho de 2016, 16:20NOTA RESUMO: "A 31ª fase da Lava-Jato objetiva desmoralizar a Petrobrás e destruir as empresas investigadas....é uma operação anti-nacional e vende a idéia de que tudo que é público é ruim e deve ser privatizado....o nome da operação "ABISMO" se refere à uma das maiores conquistas da Petrobrás - a tecnologia de águas profundas do pré-sal - a mais avançada e cobiçada do planeta..... mas o negócio é entregar tudo aos gringos como se eles fossem o supra-sumo da eficiência."......
TEXTO DE Pedro Breier, correspondente policial do Cafezinho.
A semana começa com a 31ª (sim, trigésima primeira) fase da operação Lava Jato. Foram expedidos um mandado de prisão preventiva, quatro de prisões temporárias, sete de condução coercitiva e vinte e três de busca e apreensão. O único mandado de prisão preventiva é destinado ao ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, que já havia sido preso no último dia 24, na operação Custo Brasil, "filial" da Lava Jato em São Paulo. Mandar prender preventivamente quem já está preso virou mais um padrão de autoritarismo made in Curitiba. A manchete envolvendo alguém do PT para figurar em destaque nos sites da mídia monopolizada está garantida. Sérgio Moro acumula as funções de juiz, herói coxinha e editor de portal.
A mais nova operação da Lava Jato foi batizada de "Abismo". A PF explica: "Abismo é uma referência utilizada para a identificação desta nova fase da operação policial e remete, dentre outros aspectos, às tecnologias de exploração de gás e petróleo em águas profundas desenvolvidas no CENPES, mas também à localização das instalações (Ilha do Fundão) e a demonstração que esquemas como estes identificados levaram a empresa aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do dinheiro público".
A parte do "recantos mais profundos da corrupção" é somente sensacionalismo rasteiro e ridículo. Mas a referência às tecnologias de exploração de gás e petróleo em águas profundas permite-nos uma boa reflexão. A Petrobras é referência mundial nesse tipo de exploração. Por meio da tecnologia de exploração em águas profundas desenvolvida pela estatal brasileira foi descoberto o pré-sal, maior reserva de petróleo encontrada no século XXI no planeta.
A PF batizar uma operação policial fazendo referência a um dos grandes méritos da Petrobras é simbólico da falta de responsabilidade de Moro, PF e MPF. Enquanto na Europa e nos EUA a punição a grandes empresas envoltas em corrupção se dá com todo o cuidado em relação aos possíveis efeitos sociais e na economia do país - por isso o foco é em multas e punição dos executivos -, a Lava Jato simplesmente tenta destruir as empresas investigadas. Boa parte da queda no PIB nacional e do aumento do desemprego foi causada pela operação. A sanha punitivista irresponsável é tanta que até a tecnologia de ponta desenvolvida pela Petrobras vira referência para nome de operação policial.
É apenas o mais recente capítulo da campanha de desmoralização da estatal empreendida há anos pelo conservadorismo brasileiro. Essa tentativa recorrente de diminuir o valor das instituições públicas perante a sociedade deve ser vista no contexto da estratégia clássica da direita tupiniquim: desmoralizar tudo que é público para vender a ideia de que a única solução possível é a privatização. O velho neoliberalismo, criticado até pelo FMI há poucos dias, não sai de moda no Brasil. Temer já avisou que vai privatizar tudo, "na medida do possível". Caso o golpe seja consumado no Senado podemos esperar mais uma rodada de negociatas escusas e derretimento do patrimônio público. Bem-vindos aos anos 90.
FONTE: http://www.ocafezinho.com/2016/07/04/a-relacao-da-31a-fase-da-lava-jato-com-a-nova-rodada-de-privatizacoes-que-vem-ai/