Um novo PT para um novo Brasil
28 de Dezembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaO fim da miséria, que já está no horizonte, é impulso para exigências mais complexas e isso exige um partido capaz de reestruturar a democracia brasileira, com mais democracia, mais participação e transparência e mais combate às desigualdades. Se o nome “refundação” ainda fere, por equívoco, ouvidos mais sensíveis, falemos em renovação de fundo e de forma. Não para fugir das nossas raízes, mas para ancorá-las no presente das novas classes trabalhadoras, das novas classes médias, das novas formas de produzir e distribuir riqueza. O artigo é de Tarso Genro.
Na Carta Maior.
Na introdução ao seu “Berlim Alexanderplatz” (1929) o grande escritor
Alfred Döblin, da mesma estatura intelectual - artística e moral - de
Thomas Mann, disse que escrevia um livro sobre o personagem Franz
Biberkopf, que representava os que habitam uma pele humana e com os
quais acontece “querer mais da vida do que pão e manteiga”.
Lembro esta passagem lapidar da introdução de Döblin, porque sendo parte do grupo de dirigentes históricos minoritários no PT - desde a época que ocorreram os fatos que originaram a Ação Penal 470 - e tendo assumido a presidência do Partido num momento difícil da sua existência afirmei, em diversas oportunidades, que nenhum partido era uma comunidade de anjos. O que era afirmar o óbvio num momento em que dizer o óbvio parecia uma agressividade contra o meu próprio Partido.
Passados vários anos daquele fato e quase terminado o julgamento daquela Ação Penal, é bom retomar o fio da história presente para refletir, no período que se convenciona planejar o “ano novo”, sobre o futuro da esquerda e do PT. Pensar também sobre o futuro do nosso país, que nos últimos dez anos vem sofrendo grandes transformações econômico-sociais.
Brasil novo sujeito político no cenário mundial; Brasil tirando da miséria 40 milhões de pessoas; Brasil com os sindicalistas, os “sem-terra”, “sem teto”, “sem emprego”, sentados na grande mesa da concertação e da democracia; Brasil do Prouni, do Fundeb, da reestruturação das funções públicas do Estado; Brasil do baixo desemprego, inflação baixa e juros baixos; Brasil da nova Política de Defesa; Brasil da classe média ampliada e de melhores salários no setor público e privado; Brasil da Polícia Federal que age -em regra- segundo a Lei e a Constituição. Brasil em que todas as instituições do Estado cometem seus erros e acertos dentro das regras do jogo constitucional.
É ingenuidade perguntar qual o Brasil que transita no debate político: este, descrito acima, ou o Brasil da Ação Penal 470? Ou melhor, porque o Brasil que se debate é predominantemente o da Ação Penal 470 e não o Brasil legado, até agora, pelo centro progressista e pela esquerda, sob a hegemonia do Partido dos Trabalhadores? Quem compôs esta agenda e por que ela é agenda hegemônica? As respostas a estas perguntas serão a base da compreensão dos partidos sobre o que ocorrerá bem além de 2018.
Aponto dois motivos básicos, que são fortes para manter a Ação Penal 470 -e a manterão por muito tempo - como o centro de todas as estratégias políticas da direita, em geral, e da oposição midiática, em particular. O primeiro motivo é que, através da judicialização do processo político, poder-se-á criar a ilusão que é possível escrever um novo Brasil -mais decente e mais democrático- por fora da política, logo, principalmente através de decisões do Poder Judiciário, que é pouco influenciável pelos movimentos sociais populares e muito influenciável pela “opinião pública” da mídia conservadora.
O segundo motivo, ligado ao primeiro, é que este “deslocamento” da luta política para o âmbito do Judiciário poderá funcionar como uma alternativa à hegemonia do PT e da esquerda no âmbito eleitoral, já que a oposição conservadora, que sucateou o Brasil quando esteve no poder (representada pelo demo-tucanato) não ofereceu, até agora, nenhuma esperança de poder nos próximos anos. Assim, o Poder Judiciário, erigido -como está sendo proposto- à condição de grande menestrel da moral pública e da ética política, poderá transformar-se no centro político da vida política nacional, esvaziando a luta ideológica, programática e política, entre os partidos, nos movimentos e no Parlamento.
É construída, desta forma, a substituição dos Partidos, do Parlamento e dos movimentos sociais, pelo Poder Judiciário, através deste processo de “judicialização da política”. Sobre esta judicialização, o voto popular não pode exercer nenhuma influência direta ou visível, pois sobre o Poder Judiciário os jogos de influência são absolutamente restritos, totalmente elitizados e manipuláveis por poucos grupos sociais, o que, aliás, é normal em todas as democracias do mundo, como sempre analisava e reconhecia o mestre Norberto Bobbio.
Assim, a Ação Penal 470 continuará sendo - se o Parlamento e os Partidos não reagirem com reformas sérias que deem mais dignidade ao fazer político democrático - o centro do debate pautado pela mídia e pela direita anti-Lula. A oposição partidária não conseguiu - ao longo destes oito anos - configurar um projeto alternativo convincente em torno da hegemonia do capital financeiro, pois os interesses empresariais que lhes davam sustentação plena -tanto locais como internacionais- não estão mais unificados pela pauta neoliberal. O surto de crescimento e desenvolvimento das forças produtivas no país, durante os governos Lula, e a crise aguda do modelo neoliberal na Europa, que prosseguiram com o governo da Presidenta Dilma, abalaram esta unidade.
A unidade foi possível até a situação de crise que levou o país ao Plano Real, cujo resultado no desenvolvimento econômico, foi marcar regras mais claras para que os agentes econômicos pudessem planejar o futuro em torno de uma moeda estável, também retirando do Estado as condições de manipular o seu planejamento financeiro, utilizando a inflação. Como o PT e a esquerda foram protagonistas essenciais do período pós-real, no qual ocorreram formidáveis mudanças sociais e econômicas, é natural que tanto o Partido como os seus dirigentes sejam alvos de uma forte tentativa de neutralização dos seus méritos, através da exacerbação de seus defeitos ou limitações.
Mas estes, como se sabe, não são somente originários de condutas individuais estimuladas pelo sistema político atual e pela história pouco republicana do Estado brasileiro, mas também fazem parte, em maior ou menor grau, das “regras do jogo” de qualquer democracia. Refiro-me, aqui, às condutas que são formas não transparentes de promoção de políticas de estado, não aos delitos que sejam cometidos em qualquer época. Estes, os delitos, são normalmente de conta de Poder Judiciário, mas é costumeiramente depois do seu julgamento que passam a integrar, com maior ou menor intensidade, os debates eleitorais e as críticas que os partidos assacam, uns contra os outros, para ressaltar a sua própria autenticidade.
Os partidos democráticos e republicanos, independentemente da sua ideologia específica, devem compartilhar da luta para reduzir ao máximo estes aspectos perversos de qualquer democracia, sem criar a ilusão cínica que um processo judicial -seja ele qual for e contra quem for- terá a capacidade de iniciar uma “era de fim da impunidade”. Criar a ilusão de que iniciaremos, com qualquer processo judicial, uma era de “fim da impunidade”, é criar condições políticas para que, se a oposição atual chegar ao poder, por exemplo, ela não seja punida pelos seus erros e delitos, porque a Ação Penal 470, afinal, já fez “a limpeza necessária no país”, o que é uma supina fraude informativa.
Vou mencionar dois fatos midiáticos típicos, que simbolizam todo um período de luta política no país, que certamente serão arrolados aos milhares em teses acadêmicas futuramente apresentadas a bancas especializadas, o que ocorrerá certamente nos próximos dez anos. O primeiro, apoia-se numa entrevista concedida pelo meu especial amigo, ministro Ayres Britto - diga-se de passagem, ministro honrado e qualificado intelectualmente - que diz (Zero Hora 23.12.12 pg. 8): “O que estamos aqui julgando é um modo espúrio, delituoso, de fazer política. A política é mais importante atividade humana no plano coletivo.”
A afirmativa constante nas declarações do ministro Britto, que sintetiza muito bem a posição do Supremo na Ação Penal 470, elege um ponto de partida perigoso para orientar julgamentos numa Corte Suprema que é sim, também, uma Corte política. É uma Corte, porém, que não tem poderes para julgar “o modo de fazer política”, logo a própria política -que é feita de diferentes modos em distintos contextos históricos- e que é uma “atividade humana coletiva”, como bem diz o ministro Ayres Britto. Os poderes que são dados ao Supremo pela Constituição, em processos criminais, são para julgar comportamentos devidamente individualizados pelo Ministério Público, como determina a Constituição.
Aceitar que o Supremo possa julgar a “política” é promover a possibilidade de incriminações em abstrato de toda uma comunidade partidária ou de governos, como é comum em regimes de força. A Suprema Corte é uma corte política, porque seus julgamentos têm, muitas vezes, largos efeitos políticos sobre vastos períodos históricos e porque, na análise e na aplicação das normas, sempre pendem coordenadas políticas e convicções ideológicas.
O Supremo não é uma Corte política porque seja o julgador da esfera da política, pois esse tipo de julgamento, no Estado Democrático de Direito, é prerrogativa do povo, em eleições periódicas. E do Parlamento em procedimentos regulados. A conveniência política, por exemplo, em liberar uma emenda parlamentar (destinada a promover um investimento público numa região do país) visando uma votação da Câmara Federal, é uma política encravada na formação da nossa República. É hábito (negativo) do nosso sistema político, mas não constitui qualquer delito, se a liberação for feita dentro das regras vigentes. Fisiologismo parlamentar não é da órbita do Supremo: isso é política, em sentido negativo, é má política; mas é política, usada por todos os governantes para governar dentro da democracia. Isso só pode ser desmontado por uma reforma política, não por decisões judiciais.
O Ministro afirmou, portanto, que “estamos julgando um modo de fazer política”, o que implica em dizer que os fatos eventualmente delituosos passam pelo juízo preliminar sobre o “modo de fazer política”. Isso é um rotundo equívoco. Quem julga o “modo de fazer política” é o parlamento e o povo: o parlamento em procedimentos regrados pela Constituição e pelo Regimento Interno das Casas Legislativas e o povo em eleições periódicas. Ou seja, posicionar-se o Juiz, no caso concreto, sobre a “política que está sendo feita” - já tida pelo Magistrado como “espúria” e “delituosa” - é restringir a ampla defesa. A partir daquela convicção, o exame do comportamento individualizado dos réus passa a ser secundário, pois eles são agentes “de um modo espúrio e delituoso” de proceder: criminosos previamente identificados.
Assim, o indivíduo, como réu, subsome-se na criminalização da política presumidamente feita pelo governo e não tem saída nem defesa. O julgamento passa a ser principalmente o julgamento de um “modo de fazer política”, que tanto envolve os réus –integrantes do coletivo político considerado como espúrio e delituoso- como também todos os que estiveram ligados, direta ou indiretamente, às políticas de governo. Todos são culpados: inculpação em abstrato, que foi obrigada a buscar algum tipo de sentido na interpretação ampliada do “domínio funcional dos fatos”, para tentar justificar racionalmente as condenações.
O adequado às funções de uma Corte Superior em julgamentos desta natureza é apanhar os fatos e atos (individualizados na denúncia do Ministério Público) e contrastá-los com as normas que regulam as funções dos agentes públicos. Este contraste é que possibilita a criminalização, ou não, das condutas políticas dos indivíduos, através do sistema de direito. Este é o sistema que dá ordem, materialidade e previsibilidade ao sistema político e que pode promover tanto julgamentos políticos nas esferas pertinentes, como consolidar juízos públicos sobre partidos e indivíduos, com influência nos processos eleitorais.
A partir deste percurso, da quantidade das pessoas envolvidas nos delitos, da gravidade das violações legais e dos efeitos destas, sobre as funções públicas do estado, é que uma política de governo, no seu conjunto, pode ser taxada como “espúria” e “delituosa” e daí julgada pela soberania popular.
O que se constata, em contradição com os fundamentos da sentença da Ação Penal 470, é que o “modo de fazer política” do governo Lula (que na verdade não estava formalmente em julgamento na ação referida) levou o Brasil a um formidável progresso social e econômico, a um avanço democrático extraordinário, a um prestígio internacional inédito, que coloca o cidadão comum na velha disjuntiva: é melhor ter um governo que tenha um modo “espúrio” e “delituoso” de fazer política, que nos consiga tudo isso, ou um governo inepto, mas sério, no qual nós continuamos na marginalidade histórica e social?
Como a disjuntiva promovida pela decisão do STF é falsa, o cidadão comum -que é o principal objeto da manipulação midiática em torno do julgamento- responde por instinto de classe e pelo princípio da aparência imediata (“de onde vêm estes ataques?”): “prefiro o Lula e agora a Dilma, pois alguém está certamente me enganando nesta história toda”. E assim começam as pessoas a prestar atenção em quem serão os beneficiados pela eliminação da memória popular dos governos do Presidente Lula e do seu suposto modo de fazer política.
A razão histórica de caráter udenista do Supremo, julgando uma política “espúria” e não os réus, torna-se uma contribuição para uma razão cínica imediata, erguida sob premissas falsas (“prefiro” -pensa o povo- “quem rouba, mas faz”), mas a seguir se refaz como autoconsciência do protagonismo democrático do povo: “vamos reeleger a nossa Dilma, porque ela é uma boa continuadora do nosso Lula”.
Uma oposição sem rumo e sem propostas recebeu de presente um processo de judicialização da política, feito dentro da ordem jurídica e política atual, compartilhado pelo esquerdismo travestido de UDN pós-moderna. Não tinha como aproveitar, pois estava envolvida demais com o fetichismo neoliberal, com suas divisões internas, com a sua ausência de compreensão do país e do seu povo.
O segundo fato, ao qual quero referir, merece menos reflexão, mas não é menos significativo. Num dia desses, às 7h34 da manhã, na Globo News, a simpática Cristiana Lobo anunciava o seguinte, literalmente: “A CPI do Cachoeira não termina, enquanto isso o bicheiro ganha liberdade”. Atenção, a “culpa” do suposto delinquente ter saído da prisão não é decorrente de uma decisão do Poder Judiciário, que já estava condenando dirigentes petistas a pesadas penas, num processo altamente politizado. A culpa, sugere a notícia, foi da CPI, que é dirigida por um petista, que ainda não terminara certamente o seu trabalho “espúrio”. A culpa é, pois, da política e dos políticos, parece badalar o oposicionismo sem rumo.
Em todo este contexto, a Ação Penal 470, que poderia ser um grande marco de afirmação do Poder judiciário e de ressignificação da política em nosso país, tornou-se predominantemente uma arena de desgastes tentados contra Lula, a esquerda e o PT, como partido que lidera este formidável processo de mudanças no país: a judicialização da política despolitizou a oposição e empobreceu, ainda mais, nosso sistema político já falido.
É certo, porém, que esta ação penal não é apenas fracasso, o que poderá ser testado com os próximos processos que já estão em curso, que certamente não terão o mesmo interesse midiático que esta ação despertou. Mas ela incidiu largamente sobre o futuro do país e reorganizou a pauta dos partidos e da mídia: hoje a questão já é “o que faremos em 2018?” O “esquema” visivelmente não deu certo: Dilma, Lula e o PT, vão ganhar as eleições em 2014 pelo que já legaram ao país. Com isso, não estou dizendo que o Poder Judiciário entrou em algum esquema previamente concebido, mas que foi devidamente instrumentalizado e “aceitou” esta instrumentalização ora falida.
Trata-se, agora, nós da esquerda e do PT, de nos prepararmos para as próximas eleições de 2014 com Dilma, mas inaugurando uma nova estratégia. Descortinando -já a partir das próximas eleições presidenciais- os traços largos e os largos braços de um programa destinado a reestruturar a democracia brasileira, para mais democracia com participação cidadã, mais transparência com as novas tecnologias infodigitais, mais combate às desigualdades sociais e regionais. Sobretudo partindo da compreensão que todos “querem mais da vida do que pão e manteiga”, como dizia Döblin do seu personagem.
O fim da miséria, que já está no horizonte, é impulso para exigências mais complexas por parte de todo o povo e isso exige, também, um partido dirigente que supere os velhos métodos de direção tradicionais, que normalmente são apenas reativos às conjunturas às vezes difíceis, que atravessam os seus líderes: um partido que trate o cotidiano como tal, mas pense no processo e na História. Pensar em 14 pensando em 18. Neste ano de 2018, independentemente da qualidade dos nossos governos, o sentimento de renovação já estará em pauta no Brasil, face às próprias transformações que engendramos nos quatro governos seguidos, que provavelmente já teremos protagonizado no país.
Pensar assim é tarefa do Partido, não é tarefa de governo. A menos que abdiquemos da nossa função de sujeito político e passemos a ser um escritório de explicações sobre o passado. Se o nome “refundação” ainda fere, por equívoco, ouvidos mais sensíveis, falemos em renovação de fundo e de forma. Não para fugir das nossas raízes, mas para ancorá-las no presente das novas classes trabalhadoras, das novas classes médias, das novas formas de produzir, prestar serviços e distribuir riqueza, dos novos mundos da economia criativa, das novas formas de produção da inteligência, dos novos estatutos de relacionamento global, das novas demandas que não são necessariamente de classe, mas ingredientes básicos de uma sociedade justa e, sobretudo, mais e mais feliz. O nome disso é “novo socialismo” ou “nova social-democracia”: isso quem decide não é o partido.
(*) Governador do Estado do Rio Grande do Sul
Lembro esta passagem lapidar da introdução de Döblin, porque sendo parte do grupo de dirigentes históricos minoritários no PT - desde a época que ocorreram os fatos que originaram a Ação Penal 470 - e tendo assumido a presidência do Partido num momento difícil da sua existência afirmei, em diversas oportunidades, que nenhum partido era uma comunidade de anjos. O que era afirmar o óbvio num momento em que dizer o óbvio parecia uma agressividade contra o meu próprio Partido.
Passados vários anos daquele fato e quase terminado o julgamento daquela Ação Penal, é bom retomar o fio da história presente para refletir, no período que se convenciona planejar o “ano novo”, sobre o futuro da esquerda e do PT. Pensar também sobre o futuro do nosso país, que nos últimos dez anos vem sofrendo grandes transformações econômico-sociais.
Brasil novo sujeito político no cenário mundial; Brasil tirando da miséria 40 milhões de pessoas; Brasil com os sindicalistas, os “sem-terra”, “sem teto”, “sem emprego”, sentados na grande mesa da concertação e da democracia; Brasil do Prouni, do Fundeb, da reestruturação das funções públicas do Estado; Brasil do baixo desemprego, inflação baixa e juros baixos; Brasil da nova Política de Defesa; Brasil da classe média ampliada e de melhores salários no setor público e privado; Brasil da Polícia Federal que age -em regra- segundo a Lei e a Constituição. Brasil em que todas as instituições do Estado cometem seus erros e acertos dentro das regras do jogo constitucional.
É ingenuidade perguntar qual o Brasil que transita no debate político: este, descrito acima, ou o Brasil da Ação Penal 470? Ou melhor, porque o Brasil que se debate é predominantemente o da Ação Penal 470 e não o Brasil legado, até agora, pelo centro progressista e pela esquerda, sob a hegemonia do Partido dos Trabalhadores? Quem compôs esta agenda e por que ela é agenda hegemônica? As respostas a estas perguntas serão a base da compreensão dos partidos sobre o que ocorrerá bem além de 2018.
Aponto dois motivos básicos, que são fortes para manter a Ação Penal 470 -e a manterão por muito tempo - como o centro de todas as estratégias políticas da direita, em geral, e da oposição midiática, em particular. O primeiro motivo é que, através da judicialização do processo político, poder-se-á criar a ilusão que é possível escrever um novo Brasil -mais decente e mais democrático- por fora da política, logo, principalmente através de decisões do Poder Judiciário, que é pouco influenciável pelos movimentos sociais populares e muito influenciável pela “opinião pública” da mídia conservadora.
O segundo motivo, ligado ao primeiro, é que este “deslocamento” da luta política para o âmbito do Judiciário poderá funcionar como uma alternativa à hegemonia do PT e da esquerda no âmbito eleitoral, já que a oposição conservadora, que sucateou o Brasil quando esteve no poder (representada pelo demo-tucanato) não ofereceu, até agora, nenhuma esperança de poder nos próximos anos. Assim, o Poder Judiciário, erigido -como está sendo proposto- à condição de grande menestrel da moral pública e da ética política, poderá transformar-se no centro político da vida política nacional, esvaziando a luta ideológica, programática e política, entre os partidos, nos movimentos e no Parlamento.
É construída, desta forma, a substituição dos Partidos, do Parlamento e dos movimentos sociais, pelo Poder Judiciário, através deste processo de “judicialização da política”. Sobre esta judicialização, o voto popular não pode exercer nenhuma influência direta ou visível, pois sobre o Poder Judiciário os jogos de influência são absolutamente restritos, totalmente elitizados e manipuláveis por poucos grupos sociais, o que, aliás, é normal em todas as democracias do mundo, como sempre analisava e reconhecia o mestre Norberto Bobbio.
Assim, a Ação Penal 470 continuará sendo - se o Parlamento e os Partidos não reagirem com reformas sérias que deem mais dignidade ao fazer político democrático - o centro do debate pautado pela mídia e pela direita anti-Lula. A oposição partidária não conseguiu - ao longo destes oito anos - configurar um projeto alternativo convincente em torno da hegemonia do capital financeiro, pois os interesses empresariais que lhes davam sustentação plena -tanto locais como internacionais- não estão mais unificados pela pauta neoliberal. O surto de crescimento e desenvolvimento das forças produtivas no país, durante os governos Lula, e a crise aguda do modelo neoliberal na Europa, que prosseguiram com o governo da Presidenta Dilma, abalaram esta unidade.
A unidade foi possível até a situação de crise que levou o país ao Plano Real, cujo resultado no desenvolvimento econômico, foi marcar regras mais claras para que os agentes econômicos pudessem planejar o futuro em torno de uma moeda estável, também retirando do Estado as condições de manipular o seu planejamento financeiro, utilizando a inflação. Como o PT e a esquerda foram protagonistas essenciais do período pós-real, no qual ocorreram formidáveis mudanças sociais e econômicas, é natural que tanto o Partido como os seus dirigentes sejam alvos de uma forte tentativa de neutralização dos seus méritos, através da exacerbação de seus defeitos ou limitações.
Mas estes, como se sabe, não são somente originários de condutas individuais estimuladas pelo sistema político atual e pela história pouco republicana do Estado brasileiro, mas também fazem parte, em maior ou menor grau, das “regras do jogo” de qualquer democracia. Refiro-me, aqui, às condutas que são formas não transparentes de promoção de políticas de estado, não aos delitos que sejam cometidos em qualquer época. Estes, os delitos, são normalmente de conta de Poder Judiciário, mas é costumeiramente depois do seu julgamento que passam a integrar, com maior ou menor intensidade, os debates eleitorais e as críticas que os partidos assacam, uns contra os outros, para ressaltar a sua própria autenticidade.
Os partidos democráticos e republicanos, independentemente da sua ideologia específica, devem compartilhar da luta para reduzir ao máximo estes aspectos perversos de qualquer democracia, sem criar a ilusão cínica que um processo judicial -seja ele qual for e contra quem for- terá a capacidade de iniciar uma “era de fim da impunidade”. Criar a ilusão de que iniciaremos, com qualquer processo judicial, uma era de “fim da impunidade”, é criar condições políticas para que, se a oposição atual chegar ao poder, por exemplo, ela não seja punida pelos seus erros e delitos, porque a Ação Penal 470, afinal, já fez “a limpeza necessária no país”, o que é uma supina fraude informativa.
Vou mencionar dois fatos midiáticos típicos, que simbolizam todo um período de luta política no país, que certamente serão arrolados aos milhares em teses acadêmicas futuramente apresentadas a bancas especializadas, o que ocorrerá certamente nos próximos dez anos. O primeiro, apoia-se numa entrevista concedida pelo meu especial amigo, ministro Ayres Britto - diga-se de passagem, ministro honrado e qualificado intelectualmente - que diz (Zero Hora 23.12.12 pg. 8): “O que estamos aqui julgando é um modo espúrio, delituoso, de fazer política. A política é mais importante atividade humana no plano coletivo.”
A afirmativa constante nas declarações do ministro Britto, que sintetiza muito bem a posição do Supremo na Ação Penal 470, elege um ponto de partida perigoso para orientar julgamentos numa Corte Suprema que é sim, também, uma Corte política. É uma Corte, porém, que não tem poderes para julgar “o modo de fazer política”, logo a própria política -que é feita de diferentes modos em distintos contextos históricos- e que é uma “atividade humana coletiva”, como bem diz o ministro Ayres Britto. Os poderes que são dados ao Supremo pela Constituição, em processos criminais, são para julgar comportamentos devidamente individualizados pelo Ministério Público, como determina a Constituição.
Aceitar que o Supremo possa julgar a “política” é promover a possibilidade de incriminações em abstrato de toda uma comunidade partidária ou de governos, como é comum em regimes de força. A Suprema Corte é uma corte política, porque seus julgamentos têm, muitas vezes, largos efeitos políticos sobre vastos períodos históricos e porque, na análise e na aplicação das normas, sempre pendem coordenadas políticas e convicções ideológicas.
O Supremo não é uma Corte política porque seja o julgador da esfera da política, pois esse tipo de julgamento, no Estado Democrático de Direito, é prerrogativa do povo, em eleições periódicas. E do Parlamento em procedimentos regulados. A conveniência política, por exemplo, em liberar uma emenda parlamentar (destinada a promover um investimento público numa região do país) visando uma votação da Câmara Federal, é uma política encravada na formação da nossa República. É hábito (negativo) do nosso sistema político, mas não constitui qualquer delito, se a liberação for feita dentro das regras vigentes. Fisiologismo parlamentar não é da órbita do Supremo: isso é política, em sentido negativo, é má política; mas é política, usada por todos os governantes para governar dentro da democracia. Isso só pode ser desmontado por uma reforma política, não por decisões judiciais.
O Ministro afirmou, portanto, que “estamos julgando um modo de fazer política”, o que implica em dizer que os fatos eventualmente delituosos passam pelo juízo preliminar sobre o “modo de fazer política”. Isso é um rotundo equívoco. Quem julga o “modo de fazer política” é o parlamento e o povo: o parlamento em procedimentos regrados pela Constituição e pelo Regimento Interno das Casas Legislativas e o povo em eleições periódicas. Ou seja, posicionar-se o Juiz, no caso concreto, sobre a “política que está sendo feita” - já tida pelo Magistrado como “espúria” e “delituosa” - é restringir a ampla defesa. A partir daquela convicção, o exame do comportamento individualizado dos réus passa a ser secundário, pois eles são agentes “de um modo espúrio e delituoso” de proceder: criminosos previamente identificados.
Assim, o indivíduo, como réu, subsome-se na criminalização da política presumidamente feita pelo governo e não tem saída nem defesa. O julgamento passa a ser principalmente o julgamento de um “modo de fazer política”, que tanto envolve os réus –integrantes do coletivo político considerado como espúrio e delituoso- como também todos os que estiveram ligados, direta ou indiretamente, às políticas de governo. Todos são culpados: inculpação em abstrato, que foi obrigada a buscar algum tipo de sentido na interpretação ampliada do “domínio funcional dos fatos”, para tentar justificar racionalmente as condenações.
O adequado às funções de uma Corte Superior em julgamentos desta natureza é apanhar os fatos e atos (individualizados na denúncia do Ministério Público) e contrastá-los com as normas que regulam as funções dos agentes públicos. Este contraste é que possibilita a criminalização, ou não, das condutas políticas dos indivíduos, através do sistema de direito. Este é o sistema que dá ordem, materialidade e previsibilidade ao sistema político e que pode promover tanto julgamentos políticos nas esferas pertinentes, como consolidar juízos públicos sobre partidos e indivíduos, com influência nos processos eleitorais.
A partir deste percurso, da quantidade das pessoas envolvidas nos delitos, da gravidade das violações legais e dos efeitos destas, sobre as funções públicas do estado, é que uma política de governo, no seu conjunto, pode ser taxada como “espúria” e “delituosa” e daí julgada pela soberania popular.
O que se constata, em contradição com os fundamentos da sentença da Ação Penal 470, é que o “modo de fazer política” do governo Lula (que na verdade não estava formalmente em julgamento na ação referida) levou o Brasil a um formidável progresso social e econômico, a um avanço democrático extraordinário, a um prestígio internacional inédito, que coloca o cidadão comum na velha disjuntiva: é melhor ter um governo que tenha um modo “espúrio” e “delituoso” de fazer política, que nos consiga tudo isso, ou um governo inepto, mas sério, no qual nós continuamos na marginalidade histórica e social?
Como a disjuntiva promovida pela decisão do STF é falsa, o cidadão comum -que é o principal objeto da manipulação midiática em torno do julgamento- responde por instinto de classe e pelo princípio da aparência imediata (“de onde vêm estes ataques?”): “prefiro o Lula e agora a Dilma, pois alguém está certamente me enganando nesta história toda”. E assim começam as pessoas a prestar atenção em quem serão os beneficiados pela eliminação da memória popular dos governos do Presidente Lula e do seu suposto modo de fazer política.
A razão histórica de caráter udenista do Supremo, julgando uma política “espúria” e não os réus, torna-se uma contribuição para uma razão cínica imediata, erguida sob premissas falsas (“prefiro” -pensa o povo- “quem rouba, mas faz”), mas a seguir se refaz como autoconsciência do protagonismo democrático do povo: “vamos reeleger a nossa Dilma, porque ela é uma boa continuadora do nosso Lula”.
Uma oposição sem rumo e sem propostas recebeu de presente um processo de judicialização da política, feito dentro da ordem jurídica e política atual, compartilhado pelo esquerdismo travestido de UDN pós-moderna. Não tinha como aproveitar, pois estava envolvida demais com o fetichismo neoliberal, com suas divisões internas, com a sua ausência de compreensão do país e do seu povo.
O segundo fato, ao qual quero referir, merece menos reflexão, mas não é menos significativo. Num dia desses, às 7h34 da manhã, na Globo News, a simpática Cristiana Lobo anunciava o seguinte, literalmente: “A CPI do Cachoeira não termina, enquanto isso o bicheiro ganha liberdade”. Atenção, a “culpa” do suposto delinquente ter saído da prisão não é decorrente de uma decisão do Poder Judiciário, que já estava condenando dirigentes petistas a pesadas penas, num processo altamente politizado. A culpa, sugere a notícia, foi da CPI, que é dirigida por um petista, que ainda não terminara certamente o seu trabalho “espúrio”. A culpa é, pois, da política e dos políticos, parece badalar o oposicionismo sem rumo.
Em todo este contexto, a Ação Penal 470, que poderia ser um grande marco de afirmação do Poder judiciário e de ressignificação da política em nosso país, tornou-se predominantemente uma arena de desgastes tentados contra Lula, a esquerda e o PT, como partido que lidera este formidável processo de mudanças no país: a judicialização da política despolitizou a oposição e empobreceu, ainda mais, nosso sistema político já falido.
É certo, porém, que esta ação penal não é apenas fracasso, o que poderá ser testado com os próximos processos que já estão em curso, que certamente não terão o mesmo interesse midiático que esta ação despertou. Mas ela incidiu largamente sobre o futuro do país e reorganizou a pauta dos partidos e da mídia: hoje a questão já é “o que faremos em 2018?” O “esquema” visivelmente não deu certo: Dilma, Lula e o PT, vão ganhar as eleições em 2014 pelo que já legaram ao país. Com isso, não estou dizendo que o Poder Judiciário entrou em algum esquema previamente concebido, mas que foi devidamente instrumentalizado e “aceitou” esta instrumentalização ora falida.
Trata-se, agora, nós da esquerda e do PT, de nos prepararmos para as próximas eleições de 2014 com Dilma, mas inaugurando uma nova estratégia. Descortinando -já a partir das próximas eleições presidenciais- os traços largos e os largos braços de um programa destinado a reestruturar a democracia brasileira, para mais democracia com participação cidadã, mais transparência com as novas tecnologias infodigitais, mais combate às desigualdades sociais e regionais. Sobretudo partindo da compreensão que todos “querem mais da vida do que pão e manteiga”, como dizia Döblin do seu personagem.
O fim da miséria, que já está no horizonte, é impulso para exigências mais complexas por parte de todo o povo e isso exige, também, um partido dirigente que supere os velhos métodos de direção tradicionais, que normalmente são apenas reativos às conjunturas às vezes difíceis, que atravessam os seus líderes: um partido que trate o cotidiano como tal, mas pense no processo e na História. Pensar em 14 pensando em 18. Neste ano de 2018, independentemente da qualidade dos nossos governos, o sentimento de renovação já estará em pauta no Brasil, face às próprias transformações que engendramos nos quatro governos seguidos, que provavelmente já teremos protagonizado no país.
Pensar assim é tarefa do Partido, não é tarefa de governo. A menos que abdiquemos da nossa função de sujeito político e passemos a ser um escritório de explicações sobre o passado. Se o nome “refundação” ainda fere, por equívoco, ouvidos mais sensíveis, falemos em renovação de fundo e de forma. Não para fugir das nossas raízes, mas para ancorá-las no presente das novas classes trabalhadoras, das novas classes médias, das novas formas de produzir, prestar serviços e distribuir riqueza, dos novos mundos da economia criativa, das novas formas de produção da inteligência, dos novos estatutos de relacionamento global, das novas demandas que não são necessariamente de classe, mas ingredientes básicos de uma sociedade justa e, sobretudo, mais e mais feliz. O nome disso é “novo socialismo” ou “nova social-democracia”: isso quem decide não é o partido.
(*) Governador do Estado do Rio Grande do Sul
Jarbas vai se reelegendo presidente da OAB-PA
21 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaDesde o começo da apuração da eleição da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos vai se mantendo à frente dos demais candidatos na disputa da OAB-PA, se mantiver a liderança e conseguir se reeleger será uma derrota de muita gente graúda do Pará, de empresários à partidos políticos que detestaram o movimento em prol pela Ética na Política que sua gestão promoveu, para ajudar nas investigações sobre a máfia na ALEPA que até hoje incomoda boa parte dos maiores corruptos do Estado, impunes por enquanto. Deposto por um período por conta de denúncias sobre a venda irregular de um terreno da entidade, Jarbas deu a volta por cima e retomou a presidência da sessão Pará da Ordem e pelo que tudo indica saíra de alma lavada pela vitória conquistada diante tanta perseguição e calúnias desde o dia em que um negro, que não é oriundo da elite paraense, assumiu a OAB-PA.
Jarbas, sua vitória é a vitória da democracia e da justiça, pelo menos de vez em quando exercida em nosso Estado!
Rumo ao II Encontro de Blogueir@s e Ativistas Digitais do Pará
21 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
Acontece nesta quinta-feira (22), a 3ª reunião da Comissão Organizadora do II Encontro de Blogueiros e
Ativistas Digitais do Pará. O evento será realizado no auditório do Sindicato dos Bancários PA-AP, a partir das 18h e espera reunir além dos blogueir@s, profissionais da comunicação, membros da comunidade de Software Livre e ativistas virtuais que utilizam as redes sociais para atuarem em defesa de causas sociais, ambientais, culturais, etc.
A reunião tratará dos primeiros passos para a realização do II Encontro de Blogueiros e
Ativistas Digitais do Pará, do processo de fomento e organização de Encontros Municipais e do Encontro Regional dos Blogueiros e Ativistas Digitais da Região Norte, previsto para acontecer em 2014, antes do IV Encontro Nacional de Blogueiros.
Além disso, será eleit@ @ representante do Estado do Pará na Comissão Organizadora do Encontro Nacional de Blogueir@s que irá se reunir dia 08 de dezembro, na sede do Instituto Barão de Itararé na capital do Estado de São Paulo para dar início aos preparativos do IV Encontro Nacional.
Como contribuição ao debate, além dos encaminhamentos apontados na Carta de Salvador, fruto do III Encontro Nacional de Blogueiros, indicamos a leitura do artigo enviado via email pelo Ativista Digital Cláudio de Carvalho.
TEXTO DE CONTRIBUIÇÃO AO DEBATE NO PARÁ
O 3º Encontro Nacional de Blogueiros
Progressistas, realizado no mês de maio, desse ano, em Salvador/Bahia, demarcou
as principais bandeiras de lutas e demandas do movimento. Foi aberto pelo
ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins. Sua fala daria o norte aos
debates que se seguiriam devido às informações e ponderações que encerrou.
Sendo breve – pois ainda tenho outras mesas de
debates para participar –, creio que posso resumir o espírito que está marcando
este evento. Franklin esclareceu três pontos importantes e de uma simplicidade
espartana:
1) O marco
regulatório das Comunicações não precisa ser complicado, basta seguir os
preceitos da constituição que versam sobre a Comunicação Social.
2) Não existe
dúvida de que um marco regulatório será feito. O discurso da mídia sobre querer
regulá-la ser censura não passa de jogo de cena.
3) A regulação que
se pretende é a da mídia eletrônica porque esta é feita de concessões públicas;
a imprensa escrita não é concessão estatal, portanto só se regularia o direito
de resposta.
Vejam que estes três pontos resumem tudo o que
deve acontecer na Comunicação do Brasil nos próximos anos e explicam a razão de
o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ter se manifestado favoravelmente à
regulação dos meios de comunicação.
Então ficamos assim: a mídia tradicional precisa
da regulação porque, em breve, a tecnologia permitirá às empresas de telefonia
produzirem conteúdo e disputarem público com a televisão aberta – as
telefônicas têm faturamento 10 vezes maior do que Globo e todas as outras tevês
juntas.
O PIG (Partido da Imprensa Golpista) precisa que
o governo vete a exploração da comunicação social eletrônica pelas telefônicas
ou será dizimado. Se fizer acordo com as telefônicas, será sócio minoritário.
Ou seja: terá pequena parte do negócio. Alguém imagina a família Marinho sendo
minoritária?
FHC, ao se manifestar favoravelmente à regulação
da mídia, antecipa-se ao inexorável e, assim, praticamente propõe aos barões da
mídia que não fiquem a reboque do processo.
A discurseira midiática sobre “censura” pretende
apenas pressionar o Estado de forma que, quando chegar a hora de regular, não
inclua no marco regulatório, por exemplo, veto à propriedade cruzada, ou seja,
donos de televisões poderem ter jornais, rádios, portais de internet etc., tudo
junto.
A forma de os movimentos sociais e a imprensa
alternativa enfrentarem esse discurso se torna simples nas palavras de
Franklin, pois lembram que tudo o que se quer em termos de regulação da mídia
já figura na Constituição brasileira.
O que a mídia fará? Vai propor que se mude a
Constituição? Certamente que vai. Tentará vetar a participação das telefônicas
na produção de entretenimento e tentará adequar a Carta Magna a seus
interesses.
A grande sacada das palavras de Franklin,
portanto, é a de nos fazer poupar energia. Não precisamos mais debater se
haverá ou não regulação, pois as consultas públicas sobre o marco regulatório
devem vir no ano que vem – devido a este ser um ano eleitoral e 2014, também.
Dessas consultas, o assunto irá para o Congresso.
É lá que será travada a batalha para dar ao Brasil uma legislação moderna… Ou
não.
Enquanto ficamos lendo na mídia que é censura
querer regulá-la, sua discurseira já constitui uma preparação para enfrentar
uma regulação de seu próprio interesse, da qual pretende extirpar o que não lhe
convém e inserir o que convém.
O grande papel dos blogueiros progressistas,
daqui em diante, será o de propagar estes fatos e se prepararem para os embates
que se darão no âmbito do processo que a mídia se nega a informar ao seu
público.
Como regular ou não regular a mídia é um assunto
fora de questão e verdadeira questão que irá prevalecer será COMO regular,
resta refletir sobre como ela manipula seu público.
Enquanto seus bate-paus se
esfalfam para dizer que regulação é censura, quem se informa já sabe do que a
maioria dos brasileiros nem sonha.
Claudio
Carvalho.
A história de um poeta negro e sindicalista
19 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
No site do SINDPD-PA.
No dia da Consciência Negra, o SINDPD-PA foi em busca da história de
vida de um trabalhador negro para compor a publicação de uma matéria alusiva à
data e encontrou um tesouro: Dois álbuns repletos de poesias, panfletos,
jornais e poemas do escritor e jornalista autodidata, Edivaldo Parente.
Ex-presidente do sindicado e hoje aposentado há 12 anos como funcionário
do SERPRO, o “Parente” como é mais conhecido, foi entrevistado em sua casa, no
bairro da Sacramenta, pelo Diretor de Comunicação do SINDPD-PA, Edu Maciel, com
quem teve uma conversa rica em detalhes, com a história de luta dos
trabalhadores do SERPRO e demais empresas de processamento de dados do Pará,
desde os anos 60.
Em entrevista à assessoria de comunicação do sindicato, Parente, o
poeta-operário resgatou uma parte vibrante da história de luta dos
trabalhadores no Brasil. No auge de seus 76 anos e dotado de uma memória
invejável, disse na gravação: “Quando ingressei no serviço público, nós
trabalhadores, não tínhamos consciência de nossa condição de explorados
intelectual e fisicamente pelo governo militar e foi na busca de nossa união e
organização, durante as reuniões que fazíamos, que aos poucos fomos
reconhecendo que havia a luta de classes, percebendo as mazelas do capitalismo
e a necessidade de nos organizarmos.”
Com sua Olivetti no colo, Parente
relatou como foi enfrentar a Ditadura Militar e ajudar a organização dos
trabalhadores, no tempo em que reivindicar direitos trabalhistas e melhorias
salariais era tido como subversão e perturbação da ordem pública. Logo, a
conquista da Carta Sindical, e por conseguinte, da fundação do SINDPD-PA, vindo
assumir anos depois a presidência do mesmo, deu-lhe mais esperança e convicção
de que lutar era importante e garantia vitórias e conquistas.
“Como ainda não existiam computadores, os digitadores da época eram
perfuradores de cartões em maquinas da IBM garantindo assim o processamento dos
dados das empresas públicas”, revela o sindicalista que sempre se assumiu como
negro e usou a escrita como instrumento de luta e mobilização de sua categoria,
bem como contra o preconceito e a descriminação racial, praticada até por
outros negros que ocupavam cargos superiores e queriam igualar-se aos brancos
que adotavam práticas racistas.
No final da entrevista, provocado por Diógenes
Brandão, Assessor de Comunicação do SINDPD-PA, Edvaldo Azevedo Parente,
concordou em doar seu acervo pessoal para o sindicato que na manhã desta
terça-feira (20) assumiu o compromisso de publicar um livro e um blog com os
textos do poeta que sempre sonhou e lutou por uma sociedade mais justa e
igualitária.
Além do sindicato, nosso poeta protagonista também foi membro da APE -
Associação Paraense de Escritores e do CEDENPA, bem como participou da fundação
da CUT no Pará e em 1988, ano em que se
comemorava o centenário da abolição da escravidão no Brasil e a Igreja Católica
lançava a Campanha da Fraternidade: "Ouvi o clamor deste povo", com a
temática negra, Edvaldo
Parente escreve um poema arrebatador!
Confraternizando com o Negro
Antes
de ser o ano do negro brasileiro...
Antes
de ser (o negro) a frente de batalha,
Antes
de (o negro) não ter sido liberto a cem anos atrás...
Antes
de (o negro) enfrentar
de frente s tonelagens dos pré-conceitos,
Entendemos que de
nada adiantará “Campanha da Fraternidade” se continuarmos:
Viver sem amor,
Será o mesmo que
viver sem afeto
Será morrer um
pouco cada dia,
Será sofrer
sorrindo da vida pela fé,
Será chorar sem
consolo na escuridão,
Será ignorar porque
respiramos.
Porque amar é
contemporizar.
Amigo você sabe,
Há muitas formas de
ser dar...
Amor aos nossos
semelhantes
Que não se
encontram em meio às multidões,
Amigo você sabe,
ama-se,
Para renascermos na
luta
Através de nossos
filhos,
Fruto do mais belo
amor,
E para continuarmos
vivendo.
Sem violência sê
possível,
Sem agressões
morais ou o equivalente,
Sem os
pré-conceitos divisores,
Sem diferenças de
classes cor e raça,
Enfim, sem a malfadada
intolerância,
Vamos pensar
infinitivamente no amor,
E viver...!
Edvaldo Parente.
A música da tarde: Tina & Ike Turner - Proud Mary
17 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaJatene torra dinheiro público no carnaval carioca
15 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
No Facebook do Ricardo Teixeira.
O Pará é o tema do samba enredo da escola Imperatriz Leopoldinense em 2013. Os preparativos já começaram e estão sendo feitos pela presidente da Paratur, Socorro Costa, com a diretoria da escola fluminense. Em entrevista ao site MERCADO&EVENTOS, a dirigente explicou como será participação do Pará no Carnaval do Rio de Janeiro do ano que vem. “A diretoria da escola já desejava contar a história do Pará há três anos. Amadurecemos a ideia e o governador do Pará, Simão Jatene, assinou a parceria”, disse Socorro Costa.
Toda a preparação do desfile da Imperatriz será disponibilizada através de ferramentas de marketing e nas mídias eletrônicas. A escola de samba, segundo Socorro, irá bloquear 420 espaços para participantes paraenses. “Será uma forma de incentivar o turismo no Pará”, comentou a presidente.
Mais uma farra com dinheiro público do estado. Isso pode Arnaldo?
O Pará é o tema do samba enredo da escola Imperatriz Leopoldinense em 2013. Os preparativos já começaram e estão sendo feitos pela presidente da Paratur, Socorro Costa, com a diretoria da escola fluminense. Em entrevista ao site MERCADO&EVENTOS, a dirigente explicou como será participação do Pará no Carnaval do Rio de Janeiro do ano que vem. “A diretoria da escola já desejava contar a história do Pará há três anos. Amadurecemos a ideia e o governador do Pará, Simão Jatene, assinou a parceria”, disse Socorro Costa.
Toda a preparação do desfile da Imperatriz será disponibilizada através de ferramentas de marketing e nas mídias eletrônicas. A escola de samba, segundo Socorro, irá bloquear 420 espaços para participantes paraenses. “Será uma forma de incentivar o turismo no Pará”, comentou a presidente.
Mais uma farra com dinheiro público do estado. Isso pode Arnaldo?
Simão Jatene: Dois anos de brincadeiras
13 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaNa metade do seu 2º mandato, Jatene não tem nenhuma obra pra chamar de sua em Belém, imagina no restante do Pará! |
Promessa da 1ª campanha eleitoral do governador tucano, em 2004, o Terminal Hidroviário de Passageiros de Belém só foi sair do papel no governo de Ana Júlia (PT), que o deixou
praticamente pronto, faltando alguns ajustes e agora está abandonado por seu sucessor, o governador Simão Jatene, que foi notificado pelo MPF, ainda em Maio deste ano, para colocá-lo em funcionamento e assim não comprometer o investimento feito com recursos dos cofres públicos estaduais.
Com uma gestão desorganizada e sem um plano de desenvolvimento para a região metropolitana, Simão Jatene deixou para no fim do prazo - estipulado em 06 meses (novembro), responder a notificação judicial e surge com o estranho
interesse de mudar o local do Terminal Hidroviário, agora previsto para ocupar o Galpão nº 09 da CDP, notoriamente um local inoportuno e descabido, que só irá ajudar a atrapalhar ainda mais o embarque/desembarque de cargas e passageiros de outros municípios, que alí já é feito.
Isso sem contar que a idéia de jerico fará com que o trânsito da Castilho França - já limitado pelas duas vias estreitas, se transformará num verdadeiro inferno!
Imagine quando os passageiros desembarcarem dos barcos e forem embarcar nos ônibus!
A falta de coerência é tanta, que ao invés de buscar soluções, Jatene mandou seu secretário de
comunicação, quem se proclama no twitter como ilusionista, lançar uma desculpa esfarrapada e mentir ao dizer que um navio estava lá quando a Marinha do Brasil autorizou o uso do local, tendo inclusive contado com todas as licensas ambientais para o início das obras.
Como se vê, o despreparo é grande e a , desprovida de qualquer justificativa provável, tal como mostra a imagem abaixo:
Como se vê, o despreparo é grande e a , desprovida de qualquer justificativa provável, tal como mostra a imagem abaixo:
Sabendo que a especialidade do PSDB é privatizar e alugar prédios - geralmente
de amigos e parentes de aliados - para usar como repartição pública e tem por hábito além de não admitir seus erros, colocá-los na conta de seus opositores, a ex-governadora Ana Júlia matou a mentira à pau em seu blog, com o artigo "Terminal Hidroviário: documento revela farsa de Jatene".
Espera-se agora que a imprensa quebre o silêncio capacho e cobre soluções do governador, afim de não ser cúmplice pelo aumento do caos no trânsito de nossa cidade e busque um profissional para substituir o garoto brincalhão, que hoje toma conta da Comunicação Institucional do Estado do Pará.
O PT tem a obrigação moral de reagir ao STF
12 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
Em artigo exclusivo para o 247, Breno Altman argumenta que as "forças
conservadoras" usam as cortes com a "mesma desfaçatez de quando
recorriam aos quartéis". Ele afirma ainda que José Dirceu e José Genoino
não foram sentenciados como indivíduos, mas porque "expressavam a
fórmula para colocar o PT e o presidente Lula no banco dos réus". O
silêncio, portanto, não é uma opção.
Por Breno Altman*, especial para o 247
O ministro Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470,
praticamente concluiu sua tarefa como relator, às vésperas de assumir a
presidência do STF, com um burlesco golpe de mão. Aparentemente para
permitir que Ayres Britto pudesse votar na dosimetria dos dirigentes
petistas, subverteu a ordem do dia e antecipou decisão sobre José
Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Apenas a voz de Ricardo
Lewandovski se fez ouvir, em protesto à enésima manobra de um julgamento
marcado por arbitrariedades e atropelos.
Talvez em nenhum outro momento de nossa história, ao menos
em períodos democráticos, o país se viu enredado em tamanha fraude
jurídica. Do começo ao fim do processo, o que se viu foi uma sucessão de
atos que violaram direitos constitucionais e a própria jurisprudência
do tribunal. A maioria dos ministros, por opção ideológica ou mera
covardia, rendeu-se à sentença prescrita pelo baronato midiático desde
que veio à tona o chamado “mensalão”.
Os arroubos de Roberto Jefferson, logo abraçados pela
imprensa tradicional e parte do sistema judiciário, serviram de pretexto
para ofensiva contra o governo Lula, o Partido dos Trabalhadores e a
esquerda. José Dirceu e seus companheiros não foram julgados por seus
eventuais malfeitos, mas porque representam a geração histórica da
resistência à ditadura, da ascensão política dos pobres e da conquista
do governo pelo campo progressista.
Derrotadas nas urnas, mas ainda mantendo sob seu controle
os poderes fáticos da república, as elites transitaram da disputa
político-eleitoral para a criminalização do projeto liderado pelos
petistas. Com a mesma desfaçatez de quando procuravam os quartéis, dessa
vez recorreram às cortes. Agora, como antes, articuladas por um enorme
aparato de comunicação cujo monopólio é exercido por umas poucas
famílias.
O STF, nessas circunstâncias, resolveu trilhar o caminho
de suas piores tradições. Seus integrantes, majoritariamente,
alinharam-se aos exemplos fornecidos pela extradição de Olga Benário
para a Alemanha nazista, pela cassação do registro comunista em 1945 e
pelo reconhecimento do golpe militar de 1964. Como nesses outros casos,
rasgaram a Constituição para servir ao ódio de classe contra forças que,
mesmo timidamente, ameaçam o jugo secular das oligarquias pátrias.
Garantias internacionais, como a possibilidade do duplo
grau de jurisdição, foram desconsideradas desde o primeiro instante.
Provas e testemunhos a favor dos réus terminaram desprezados em
abundância e sem pudor, enquanto simples indícios ou ilações eram
tratados como inapeláveis elementos comprobatórios. Uma teoria presidiu o
julgamento, a do domínio funcional dos fatos, aplicada ao gosto do
objetivo inquisitorial. Através dessa doutrina, réus poderiam ser
condenados pelo papel que exerciam, sem que estivesse cabalmente
demonstrados ação ou mando.
O que interessava, afinal, era forjar a narrativa de que o
PT e o governo construíram maioria parlamentar através da compra de
votos e do desvio de dinheiro público, sob a responsabilidade direta de
seus mais graduados líderes. As contra-provas que rechaçam supostos
fatos criminosos e sua autoria, fartamente apresentadas pela defesa,
simplesmente foram ignoradas em um julgamento por encomenda.
Enganam-se aqueles que apostam em qualificar este processo
como um problema de militantes petistas, quem sabe, injustamente
condenados. José Dirceu e seus pares não foram sentenciados como
indivíduos, mas porque expressavam a fórmula para colocar o PT e o
presidente Lula no banco dos réus. Os discursos dos ministros Marco
Aurélio de Mello, Ayres Britto e Celso de Melo não deixam dúvida disso.
Não hesitaram em pisar na própria Constituição para cumprir seu
objetivo.
Mesmo que eleitoralmente o procedimento venha se revelando
relativamente frágil frente ao apoio popular às mudanças iniciadas em
2003, não podem ser subestimados seus efeitos. As forças conservadoras
fizeram, dessa ação penal, plataforma estratégica para desgastar a
autoridade do PT, fortalecer o poder judiciário perante as instituições
conformadas pela soberania popular e relegitimar a função da velha mídia
como procuradora moral da nação.
O silêncio diante desta agressão facilitaria as intenções
de seus operadores, que se movimentam para manter sob sua hegemonia
casamatas fundamentais do Estado e da sociedade. Reagir à decisão da
corte suprema, porém, não é apenas ou principalmente questão de
solidariedade a réus apenados de maneira injusta. A capacidade e a
disposição de enfrentar essa pantomima jurídica poderão ser essenciais
para o PT e a esquerda avançarem em seu projeto histórico.
*Breno Altman é diretor do site Opera Mundi e da revista Samuel.
A esquerda (derrotada) do jeito que a direita gosta
12 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
No twitter da ex-jovem estudante de Porto Alegre (RS), que um dia fez parte
do PT e hoje pretende ser candidata à Presidência da República pelo PSOL – junto
com Babá (ex-deputado paraense) que foi pro Rio de Janeiro e lá há mais de 10 anos não consegue se eleger nem como
síndico predial, representam uma das correntes internas do Partido que leva o socialismo e a liberdade em seu nome, que guarda um rancor visceral contra José Dirceu, capaz de reproduzirem como ventrílocos, todos os jargões da mídia escravocrata de nosso país.
Coitados! No ápice de sua arrogância, não conseguem enxergar que se o
povo não os quis nem como vereadores de seus respectivos colégios eleitorais, durante as ultimas eleições, quiça
os elegerão governantes do Brasil nas eleições de 2014!
Pensam que os holofotes do Partido da Imprensa - os quais só criticam, quando lhes interessam criticar - darão-lhes o palanque eletrônico necessário para o tão sonhado sonho de ainda serem alguém nessa vida, mesmo que para isso precisem mirar na cabeça de quem conviveram e lutaram em por diversos anos e hoje..
Ah, como dizia o candidato eleito pelo PSDB em Belém, deixa prá lá!
Mário Couto e Ophir Cavalcante: O Pará em destaque nacional (Que vergonha!)
12 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
Nesta segunda-feira (12), o blog "A Perereca da Vizinha", da jornalista Ana Célia Pinheiro, trouxe três importantes matérias que merecem nossa atenção.
Não só de nós, paraenses, mas de todos os brasileiros que se dizem interessados em informação e no combate à corrupção, assim como é, quando o tema é o "mensalão", que iniciou com o PSDB e acabou sobrando só pro PT.
Paixões ou rancores à parte, vamos ao que interessa!
Clique nos link abaixo e deliciem-se com os honrados homens públicos de nosso Estado, sendo pouco à pouco revelados em sua pilhagem. Um deles é famoso por gritar em Brasília - com dedo em riste - contra a tão falada corrupção!
Não só de nós, paraenses, mas de todos os brasileiros que se dizem interessados em informação e no combate à corrupção, assim como é, quando o tema é o "mensalão", que iniciou com o PSDB e acabou sobrando só pro PT.
Paixões ou rancores à parte, vamos ao que interessa!
Clique nos link abaixo e deliciem-se com os honrados homens públicos de nosso Estado, sendo pouco à pouco revelados em sua pilhagem. Um deles é famoso por gritar em Brasília - com dedo em riste - contra a tão falada corrupção!
Justiça bloqueia bens do senador Mário Couto e de outros cinco acusados de fraudes na Alepa. Acusação é de um rombo superior a R$ 13 milhões.
Ligações perigosas: escritório de Ophir Cavalcante é contratado pelo consórcio construtor de Belo Monte 15 dias depois de audiência pública da OAB que questionou a hidrelétrica.
Fraudes na Alepa podem ter lesado os cofres públicos em mais de R$ 200 milhões, estima o promotor de Justiça Nelson Medrado. É dinheiro suficiente para construir e equipar três hospitais como o Metropolitano.
Jurista alemão aprende a lição de Tribunal Brasileiro
12 de Novembro de 2012, 22:00 - sem comentários ainda
No blog do Professor Hariosvaldo.
Sem autoridade para falar em Teoria do Domínio Funcional do Fato, Claus Roxin tomou uma aula dos juízes da corte maior.
Os grandes tribunos brasileiros, magnânimos e impolutos, se inscreveram no rol da genialidade mundial edificando seus legados para o mundo jurídico internacionalmente ao corrigir a falha da teoria do insignificante jurista alemão Claus Roxin, superando-o não só com uma nova teoria, mas também com uma condenação perfeita, no que tange a aplicabilidade punitiva para réus sem nenhuma prova comprobatória.
Mil anos passarão e a coragem, bravura e correção da constelação jurídica maior que atualmente toma assento em Brasília será lembrada como exemplo raro de isenção, imparcialidade, e tecnicidade na condenação dos elementos oriundos da claque bolchevista que usurpou o poder e afrontou os homens de bem da nação.
Muitos ainda se lembrarão da bela flor que desabrochou na Corte Maior, que ao afirmar com firmeza, embasamento, segurança e precisão “vou condenar Dirceu sem provas, mas a literatura jurídica me autoriza fazer isso” estava usando a teoria do sr. Roxin não só como ele a escreveu, mas como ele a deveria ter escrito para a literatura jurídica internacional. E nós, jubilosos, dizemos em uníssono: Alvíssaras!
________________________________
Nota do Blog: Um comentário de um leitor do Blog do Nassif, já havia cantado a pedra do Vexame Teórico cometido pelo STF na aplicação da penas dos condenados pelo "Mensalão", ou pra mim, do Vexame do Século da Justiça Brasileira.
Mas se a podridão que veste toga no Brasil não precisa respeitar as leis, quiça as teorias!