Quando falam em explorar Petróleo na “Foz do Rio Amazonas”, logo vem a cabeça a imagem de alguma Plataforma Marítima ali na boca do Rio Amazonas. Não. Estamos falando de 500 Km de distância dela. Muito mais próximo que isto da Amazônia, Plataformas de Multinacionais Americanas, Francesas e da Estatal Norueguesa já extraem petróleo a pelo menos 3 anos. Estudos Técnicos mostram que esta Área é uma reserva maior que o Pré Sal do Brasil. Neste pequeno artigo, sem deixar de lado as questões ambientais envolvidas, quero no entanto levantar algumas questões importantes, como a do fato de que várias ONGs patrocinadas inclusive por Petroleiras, se levantaram contra o Brasil explorar a mesma reserva já explorada por outras Petroleiras sem nenhum questionamento das mesmas. Isto não quer dizer que eu não ache que a Petrobras deve ter todos os cuidados ambientais necessários. Diga-se aliás, que por conta da legislação brasileira, a Petrobras é a Petroleira que mais se preocupa com o Meio Ambiente no mundo. Siga lendo:
O potencial petrolífero do Platô das Guianas e da Margem Equatorial é gigantesco. É um novo pré-sal. A estimativa é de ampliar a produção de 3 para 5 milhões de barris de petróleo por dia. O Brasil saltaria da 8ª para a 4ª posição no ranking mundial de produtores de petróleo
Essas reservas petrolíferas tem um enorme potencial de alavancar a produção industrial e fomentar crescimento econômico justamente nas duas regiões que concentram os piores indicadores sociais do Brasil – o Norte e o Nordeste.
Todos os países que compartilham o Platô das Guianas exploram suas reservas – exceto o Brasil. O petróleo recém descoberto na região permitiu que a Guiana se transformasse no país que mais cresce no mundo. Em 2022, o PIB da Guiana cresceu 50% – 14 vezes mais do que a China.
As reservas também possibilitaram que o Suriname se convertesse em uma potência energética do continente e começasse a equalizar a gigantesca dívida externa que possuía com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A França também celebrou com entusiasmo a descoberta de petróleo na Guiana Francesa. As reservas estão situadas em águas profundas a 150 km ao leste de Caiena. Mas, ao contrário do que ocorreu no Brasil, o anúncio de que a França exploraria as reservas não causou polêmica.
Ao contrário: o Conselho de Assuntos Hemisféricos de Washington chegou a publicar artigo afirmando que os lucros do petróleo permitiriam à França atuar com mais eficácia na proteção do meio ambiente.
Da mesma forma, a ONG britânica WWF, a mesma que protestou veementemente contra o plano da Petrobrás de explorar as reservas da Margem Equatorial, afirmava em 2020 que a exploração do petróleo na Guiana possibilitaria financiar projetos de sustentabilidade e economia verde.
O que explica a diferença de postura das ONGs internacionais?
Talvez o fato de que nas Guianas a exploração é feita por empresas europeias e estadunidenses como Exxon Mobil, BP, Shell e Total. Já no Brasil, as reservas ficariam majoritariamente com a Petrobrás.
