Boletim da evolução da pandemia de Coronavírus no Brasil e nos 25 países mais afetados. Atualizado todos os dias às 20hs, junto com os dados do dia anterior, para efeito comparativo.
Covid-19 no Brasil e no mundo – 31 Julho 2020
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou durante a quarta reunião do Comitê de Emergência nesta sexta-feira (31) que os efeitos do coronavírus continuarão “sendo sentidos nas próximas décadas. Essa pandemia é uma crise de saúde que só se vive uma vez por século e seus efeitos serão sentidos por décadas”. Ele ressaltou que “muitas questões científicas foram resolvidas, mas ainda há outras a serem respondidas”, e que “os primeiros resultados de estudos sorológicos mostram um quadro consistente: a maioria da população permanece suscetível a esse vírus, mesmo em áreas onde ocorreram surtos muito fortes”. “Muitos países que acreditavam ter passado pelo pior estão voltando a enfrentar surtos. Alguns que foram menos afetados nas primeiras semanas tiveram aumento de casos e mortes. E outros que tiveram surtos fortes conseguiram controlá-los.”
A curva de novos casos confirmados de coronavírus no Brasil reverteu a tendência de queda, e, desde a última semana, voltou a subir. Dados do LIS (Laboratório de Inteligência em Saúde) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, compilados a partir de estatísticas do Ministério da Saúde e baseados na média dos sete dias imediatamente anteriores, revelam que o número de casos confirmados de covid-19 está em trajetória ascendente — e “deve continuar assim”, diz Domingos Alves, coordenador do LIS. Três pontos principais têm chamado a atenção dos especialistas:
- Interiorização: Alguns estados onde as capitais registraram uma redução no número de casos passaram a verificar um aumento no número de casos em seu interior.
- Aumento de casos no Sul e Centro-Oeste: Nas últimas semanas, houve um aumento expressivo de novos casos de coronavírus no Sul e no Centro-Oeste, até então regiões que tinham conseguido controlar o contágio da doença.
- Aumento de casos em Minas Gerais: O estado vinha controlando o contágio da doença, mas, a partir de junho, tem registrado um aumento no número de casos e óbitos. Bastaram, por exemplo, apenas vinte dias para que Minas Gerais dobrasse a marca de mil mortes pelo novo coronavírus.
Pesquisa conduzida por cientistas do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade de Oxford e do Imperial College de Londres publicada hoje na revista científica Nature Human Behaviour mostra que, de fevereiro a maio, cada pessoa com coronavírus no Brasil infectou, em média, outras 3 pessoas. De acordo com o estudo, o Brasil teve a taxa de transmissão mais alta na comparação com Itália, França, Reino Unido e Espanha, onde as médias foram de 2,5 e 2,6 por pessoa.
Visão diária dos principais indicadores da pandemia pelo mundo
Os três países com as maiores taxas de letalidade (relação entre casos confirmados e mortes) são Reino Unido com 15,2% (para cada 1.000 infectados, 152 vão a óbito), Itália (14,2%) e França (13,4%).
Nas últimas 24 horas, os três países com o maior número de novos casos são Estados Unidos (66.454 novos casos), Índia (56.799) e Brasil (52.383); os quatro países com as maiores taxas de crescimento percentual de casos em relação ao dia anterior são África do Sul (4,7%), Argentina, Colômbia e Índia (os três com 3,6%).
Nas últimas 24 horas, os três países com o maior número de mortes são Estados Unidos (1.266 mortes no dia), Brasil (1.212) e Índia (789); os três países com as maiores taxas de crescimento percentual de mortes em relação ao dia anterior são África do Sul (6,8%), Argentina (4,7%) e Colômbia (3,7%).
No acumulado da semana (últimos 7 dias), os três países com as maiores taxas de crescimento de casos confirmados são Índia (27,2%), Colômbia (26,3%) e Argentina (25,2%); os três países com as maiores taxas de crescimento de mortes são Colômbia (27,6%), Argentina (27,3%) e África do Sul (26,2%).
Os dados foram publicados pela Johns Hopkins University e Worldmeter.
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