Hoje, já em épocas de campanhas eleitorais ao invés de me pegar pensando sobre política, mais uma vez em meus devaneios estava eu perdido em pensamentos relacionados à religião. Mais precisamente a concepção do salvador dos homens, um carinha que ficou muito conhecido pelo nome de Jesus Cristo.
Você também já deve ter visto muita coisa a respeito da mãe deste Jesus, não é?
Mas tem uma coisa que me deixa completamente encafifado. Os religiosos, principalmente católicos, vivem cantando aos quatro ventos que Jesus nasceu de uma virgem, mas beleza, sem pensar até que dá para engolir essa.
Pensando só um pouquinho…
Que tipo de biruta estes caras pensam que eu sou para acreditar que a mulher engravidou e pariu uma criança sem que houvesse o rompimento do hímen?
Sim, pois até onde eu sei e pelo que os dicionários dizem, Virgem é:
Toda mulher que nunca teve relação sexual completa e ainda possui intacto o hímen, ou seja, uma donzela.
Não importa se a mulher já tenha feito verdadeiras loucuras utilizando-se de qualquer outro orifício corporal, desde que o hímen esteja intacto, ela é considerada uma virgem e ponto final.
Tá e daí?
Grande coisa uma mulher ser virgem ou não, não importa que mulher!
Com relação a mãe do salvador até posso conjecturar algum tipo de inseminação sem que ocorra o rompimento do tal hímen, mas depois dos nove meses e do parto acho que não tem hímen que sobreviva. A não ser já existisse cesariana naqueles tempos ou então uma cirurgia de reconstrução da paradinha.
Tá beleza, o assunto é delicado, mas… Tá e daí se a tal Virgem Maria tinha ou não seu hímen intacto? Isso é completamente irrelevante.
O mais interessante de toda esta história é que o relato bíblico que apresenta a moça como sendo virgem, o faz antes da concepção.
Em Mateus 1,18-25 o autor conta que José foi informado em um sonho que sua noiva estava grávida. O autor também deixa bem claro que José não “conheceu” sua mulher enquanto ela não deu a luz ao menino e que, segundo o anjo, deveria chamar-se Emanuel. (o “conheceu” aqui fica por conta da interpretação de cada um)
Já em Lucas 1, 26-27 o autor nos apresenta a menina como uma noiva virgem da cidade de Nazaré que foi fecundada pelo espírito santo e deu à luz ao salvador.
Não existe nos quatro evangelhos nenhuma outra evidência de que a moça continuou virgem após a concepção ou o nascimento de seu filho.
Pois é. É justamente aqui que pairam as dúvidas do Polaco.
Toda história do cristianismo baseia-se nos quatro evangelhos. Nenhum deles confirma ou atesta essa virgindade eterna. Então, por que deste dogma católico de que a mãe do salvador é eternamente virgem? (coitadinha)
E aqui vai a pérola de sabedoria do Polaco Doido:
Que diferença faz se Maria, a mãe do salvador, tinha ou não seu hímen imaculado?
A resposta é igualmente simples. Para os ensinamentos bíblicos não faz a menor diferença. O que ela fazia ou deixava de fazer com seu marido José entre quatro paredes é problema exclusivamente deles e nenhum carola, religioso, bispo, padre ou ateu não tem nada com isso!
Mas é claro que a igreja católica desde o princípio foi e ainda é extremamente sexista. Desde sempre um clube do bolinha, uma fábrica de pervertidos que vêem no ato sexual natural e na ausência do hímen a fonte de quase todos os males do mundo.
As outras mulheres que aparecem nos evangelhos ou são tias velhas ou prostitutas de modo que com isso, a liderança dentro igreja ficou reservada a sérios homens pervertidos supostamente celibatários.
Mas vão catar coquinho.
Que diferença faz um hímen numa mulher? É só um pedacinho ínfimo de pele. Possuir ou não este pedaçinho de pele faz uma mulher melhor que outra?
Que burrice!
Colocam a impossibilidade física de conceber e parir uma criança sem o rompimento do hímen para justificar o papel secundário das mulheres dentro de seus impérios teológicos.
Para estes pervertidos a única mulher que merece reverência é a mãe de Jesus, nem suas próprias mães tem alguma valia.
São uns verdadeiros doentes.
Mas que seja, talvez exista alguma explicação lógica.
Toda esta babaquice sexista teve inicio quando o cristianismo tronou-se a única religião do império romano, por volta ano 300 DC. Até então, uma das religiões mais populares do império era o culto a Mitra.
Mitra foi um deus criado na Pérsia, cerca de 1500 anos AC. e foi levado até a Europa pelos soldados romanos. Foi o sincretismo religioso do cristianismo e mitraísmo daquela época que nos deu, por exemplo, o natal, data em que se comemorava o aniversário de Mitra e hoje celebramos como nascimento de Jesus, mas que na verdade não passa de um acontecimento astronômico que marca o inicio da ascensão do Sol no plano celeste do hemisfério norte.
As mulheres também não tinham vez nos cultos a mitra e este sexismo, lógico, teve continuidade na nova religião oficial do império romano.
E os carolinhas coitadinhos, acreditam que tudo é uma intervenção divina, um plano sagrado do criador phodão todo poderoso. Quando na verdade o cristianismo não é nada mais que uma mistura de cultos pagãos criados por sabe-se lá quem e que apenas se reformulou, mudou de nome para continuar agradando e enganando os passivos e sofredores fiéis, cujas únicas inspirações são o paraíso e a salvação eterna.
Carolinhas de plantão, a eternidade é realmente muito tempo, tanto tempo que chega a ser inconcebível que qualquer coisa sobreviva por tanto tempo (inclusive suas almas supostamente imortais)
E o paraíso, o paraíso deve ser criado aqui mesmo, não depois da morte, mas durante a vida. Não através de orações inúteis e sim através da convivência pacífica e do apoio mútuo entre todos os viventes, independente do sexo, da raça, da cor, origem ou preferência sexual.
Essa conversinha mole de paraíso e salvação eterna só serve para guiar os fiéis, como se guia o gado, exatamente para onde eles são necessários, para o matadouro do espírito livre!
Polaco Doido
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