Onde vai parar o dinheiro arrecadado no estado do Paraná?
15 de Abril de 2014, 9:56 - sem comentários aindaPara o leitor mais atento não é nenhuma novidade a constatação de que a administração Beto Richa conseguiu a proeza de literalmente quebrar os cofres do estado com seu tão alardeado “Xoque de Jestão.”
A fórmula do fracasso é simples e conhecida por todos aqueles que administram desde um pequeno orçamento doméstico até as contas milionárias de uma grande empresa.
Nunca se deve gastar mais do que se arrecada e se isso por ventura vier a acontecer, providências devem ser tomadas para evitar novos rombos no orçamento nos meses futuros.
Infelizmente, no “Xoque de Jestão” de Richa, esta regra básica não existe.
Exemplos não faltam:
- Os telefones de atendimento da polícia militar, o serviço 190, foram cortados por falta de pagamento às operadoras de telefonia no final de 2013.
- Os mais de 18 mil presos do estado quase ficaram sem alimentação no mesmo período por falta de pagamento aos fornecedores das quentinhas. (aqui)
- São muito comuns os relatos de viaturas da polícia paradas por falta de combustível ou ainda, encostadas nas oficinas por falta de pagamento aos fornecedores.
- A dívida do estado para com seus fornecedores já ultrapassa a cifra de R$ 1 bilhão.
O engraçado é que ao mesmo tempo em que o estado sofre pela falta de dinheiro em caixa e reclama diuturnamente por causa da não liberação de empréstimos pelo governo federal, a arrecadação do estado só aumenta. Desde janeiro de 2011, o aumento na arrecadação total foi da ordem de 30%. Em 2013, o estado arrecadou com impostos nada menos que R$ 32,14 bilhões. Onde foi parar toda esta grana?
Eu aqui, me recuso a acreditar que esta má gestão do dinheiro público no estado se deva a incompetência de Richa e de sua equipe de governo. Eles não são marinheiros de primeira viagem, Richa e sua equipe ganharam muita experiência durante o período em que estiveram à frente da administração aqui da capital por dois mandatos.
Então, só existe uma explicação lógica:
Richa sacrifica o orçamento público para quitar as dividas com seus patrocinadores de campanha nas eleições de 2010 e com isso, garantir os mesmos patrocínios nas eleições deste ano.
Parece absurdo?
Sim, parece. Mas acompanhe este exemplo divulgado hoje pelos jornalões do estado.
Sanepar dispensa licitação e faz contrato de 23 milhões
Pela sétima vez consecutiva a Sanepar renova contrato de vigilância com as empresas Embrasil e Auxiliar. Ambas foram recontratadas com dispensa de licitação para prestarem serviços por mais 180 dias, a um custo de 23 milhões no período.
Segundo Celso Nascimento, em sua coluna na Gazeta do Povo, os agentes públicos só podem dispensar licitações para contratar fornecedores em caso de emergências ou calamidades públicas. Não parece ser este o caso, mas como manda quem pode e obedece que tem juízo, o Governo do Estado continua usando dos nossos recursos para pagar seus patrocinadores de campanha.
A Embrasil e a Auxiliar constam da lista de doadores da campanha para o governo do estado de Richa em 2010. Como pessoas jurídicas independentes, juntas doaram quase R$ 100.000,00 diretamente para a campanha do governador.
Não sei de outras doações escondidas por trás de pessoas físicas ou outras empresas ou, até mesmo, doações destas empresas para os diretórios estaduais, federais ou municipais ligados a campanha do governador.
Quantos outros casos do mesmo tipo estarão escondidos nas páginas do Diário Oficial do Estado?
O que fica bastante claro é que investimentos em campanhas eleitorais vitoriosas é realmente um excelente negócio, o retorno é garantido e os lucros acima de qualquer aplicação financeira.
Os cofres do estado, a segurança pública, a saúde e educação que se danem. Afinal, para quem pode torrar R$ 30 ou R$ 65 mil numa campanha eleitoral a qualidade dos serviços públicos é o último item na sua lista de preocupações.
Acho que o negócio é nós, como eleitores, nos juntarmos e fazermos uma vaquinha para bancar a candidatura de algum governador. Quem sabe assim, o futuro governador direcione o “Xoque de Gestão” para nossas necessidades e não, para as necessidades de alguns poucos empresários carentes das verbas públicas.
Polaco Doido
Recursos internacionais começam a demolir o julgamento do ‘mensalão’
12 de Abril de 2014, 22:32 - sem comentários ainda
Se não bastasse a ação do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato na Itália, por um novo julgamento, três réus ligados ao Banco Rural, Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane, também decidiram recorrer à Corte Internacional de Direitos Humanos, da qual o Brasil é um dos países-membros, contra o julgamento que ficou conhecido, na mídia conservadora, como ‘mensalão’. O mesmo artefato jurídico que levou à prisão o ex-ministro José Dirceu, mantido há mais de três meses em regime fechado, quando foi condenado ao semiaberto, começa a esfarelar por ter negado um direito elementar aos réus, que é o duplo grau de jurisdição. Todos foram julgados diretamente pelo Supremo Tribunal Federal, sem poder apelar das sentenças.
O mesmo STF, no entanto, negou-se a julgar Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas e ex-presidente do PSDB, porque ele não tinha foro privilegiado. Assim sendo, ficou difícil para a Corte explicar porque Azeredo, do PSDB, obteve o duplo grau de jurisdição e os réus, ligados ao PT, foram sumariamente condenados. A decisão tomada por Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane, em breve, deverá ser seguida por outros réus sem foro privilegiado, como José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino.
Segundo a colunista do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo Mônica Bergamo, os advogados Márcio Thomaz Bastos e José Carlos Dias, que defenderam executivos do Banco Rural no processo do mensalão, “estão entrando com pedido de anulação do julgamento na Comissão Interamericana de Direitos Humanos”. Os advogados alegam, segundo a jornalista, que um princípio fundamental foi transgredido: o que prevê que uma pessoa seja julgada em pelo menos duas instâncias. “O processo do mensalão tramitou apenas no Supremo Tribunal Federal (STF), sem que os réus, depois de condenados, tivessem direito à apelação para qualquer outra corte. Bastos e Dias pedem que um novo julgamento seja realizado”, lembrou.
Caso entenda que os argumentos dos advogados são pertinentes, a comissão poderá encaminhar o pedido para a Corte Interamericana de Direitos Humanos, que então abriria um processo. A questão foi discutida por ministros do STF antes de o julgamento começar. Celso de Mello, por exemplo, entende que a Corte Interamericana não tem o poder de revisar o processo, mas pode abrir processo contra o Brasil, “numa punição simbólica”. O órgão aplica e interpreta a Convenção Americana dos Direitos Humanos, da qual o país é signatário. Já os ministros Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes sempre frisaram, ao longo do julgamento, que a Corte Interamericana não pode interferir em decisões judiciais do Brasil.
Prescrito
Enquanto Dirceu amarga os rigores da lei, o ex-tesoureiro do PSDB, Claudio Mourão, teve dois bons motivos para comemorar neste sábado. O primeiro é seu aniversário. O segundo é o fato de, ao completar 70 anos, ficou livre de qualquer punição no chamado ‘mensalão tucano’. Sua situação é idêntica à do ex-vice-governador de Minas Gerais, Walfrido dos Mares Guia, que também se beneficiou da prescrição, ao completar 70 anos.
O chamado “mensalão tucano” ocorreu em 1998, quando Eduardo Azeredo concorreu à reeleição, em Minas, e foi derrotado por Itamar Franco. Como o caso não foi julgado até agora, e também foi remetido à primeira instância, ao contrário da Ação Penal 470, ninguém foi julgado e condenado. Já se passaram 16 anos desde que o processo foi aberto.
Azeredo também deve se beneficiar da prescrição, pois o caso dele estava pronto para ser julgado no STF mas ele renunciou ao mandato e conseguiu ser julgado em primeira instância. Antes de qualquer condenação, ele também deverá completar 70 anos.
Ponta solta
Se os integrantes do ‘mensalão tucano’ têm motivos para dormir melhor, o pior fantasma nos pesadelos do presidente do ministro Barbosa, relator da AP 470, materializa-se na intenção de Henrique Pizzolato, na Itália, de provar sua inocência e, com isso, jogar por terra o processo que a colunista Hildegard Angel classificou como ‘mentirão’. Pizzolato estabeleceu as estratégias que vai usar para impedir sua extradição, pedida pelo governo brasileiro, e apresenta entre os principais argumentos justamente o desrespeito do Brasil à Convenção Americana Sobre Direitos Humanos, conhecida como Pacto de São José da Costa Rica, da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Segundo o criminalista Alessandro Sivelli, que assumiu a defesa de Pizzolato, um dos tópicos do artigo 8 do pacto, sobre garantias judiciais, diz que toda pessoa acusada de delito tem direito de recorrer da sentença para juiz ou tribunal superior. Outro artigo, o 25, estabelece que os Estados Partes se comprometem a desenvolver as possibilidades de recurso judicial. O Brasil promulgou a convenção em 1992.
Pizzolato foi condenado pelo STF a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato não teve direito aos embargos infringentes, uma forma de segundo julgamento na Corte. O recurso é permitido somente para condenados que obtiveram ao menos quatro votos pela absolvição no crime pelo qual foi julgado, o que não foi o caso do ex-diretor do BB.
O ex-diretor do BB fugiu do Brasil para a Itália em setembro de 2013, com um passaporte italiano falso no nome do irmão, Celso, morto em 1978. Ele foi preso em Maranello, no Norte da Itália, em 5 de fevereiro. Cidadão italiano, Pizzolato segue preso enquanto a Itália não dá resposta ao governo brasileiro sobre o pedido de extradição. Sivelli está se aprofundando sobre o funcionamento do Supremo, uma vez que isso é tido como base fundamental para a defesa na Itália. O advogado vai comparar como funcionam os julgamentos de mesmo parâmetro nos dois países.
do Correio do Brasil
Recursos internacionais começam a demolir o julgamento do ‘mensalão’
12 de Abril de 2014, 22:32 - sem comentários ainda
Se não bastasse a ação do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato na Itália, por um novo julgamento, três réus ligados ao Banco Rural, Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane, também decidiram recorrer à Corte Internacional de Direitos Humanos, da qual o Brasil é um dos países-membros, contra o julgamento que ficou conhecido, na mídia conservadora, como ‘mensalão’. O mesmo artefato jurídico que levou à prisão o ex-ministro José Dirceu, mantido há mais de três meses em regime fechado, quando foi condenado ao semiaberto, começa a esfarelar por ter negado um direito elementar aos réus, que é o duplo grau de jurisdição. Todos foram julgados diretamente pelo Supremo Tribunal Federal, sem poder apelar das sentenças.
O mesmo STF, no entanto, negou-se a julgar Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas e ex-presidente do PSDB, porque ele não tinha foro privilegiado. Assim sendo, ficou difícil para a Corte explicar porque Azeredo, do PSDB, obteve o duplo grau de jurisdição e os réus, ligados ao PT, foram sumariamente condenados. A decisão tomada por Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane, em breve, deverá ser seguida por outros réus sem foro privilegiado, como José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino.
Segundo a colunista do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo Mônica Bergamo, os advogados Márcio Thomaz Bastos e José Carlos Dias, que defenderam executivos do Banco Rural no processo do mensalão, “estão entrando com pedido de anulação do julgamento na Comissão Interamericana de Direitos Humanos”. Os advogados alegam, segundo a jornalista, que um princípio fundamental foi transgredido: o que prevê que uma pessoa seja julgada em pelo menos duas instâncias. “O processo do mensalão tramitou apenas no Supremo Tribunal Federal (STF), sem que os réus, depois de condenados, tivessem direito à apelação para qualquer outra corte. Bastos e Dias pedem que um novo julgamento seja realizado”, lembrou.
Caso entenda que os argumentos dos advogados são pertinentes, a comissão poderá encaminhar o pedido para a Corte Interamericana de Direitos Humanos, que então abriria um processo. A questão foi discutida por ministros do STF antes de o julgamento começar. Celso de Mello, por exemplo, entende que a Corte Interamericana não tem o poder de revisar o processo, mas pode abrir processo contra o Brasil, “numa punição simbólica”. O órgão aplica e interpreta a Convenção Americana dos Direitos Humanos, da qual o país é signatário. Já os ministros Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes sempre frisaram, ao longo do julgamento, que a Corte Interamericana não pode interferir em decisões judiciais do Brasil.
Prescrito
Enquanto Dirceu amarga os rigores da lei, o ex-tesoureiro do PSDB, Claudio Mourão, teve dois bons motivos para comemorar neste sábado. O primeiro é seu aniversário. O segundo é o fato de, ao completar 70 anos, ficou livre de qualquer punição no chamado ‘mensalão tucano’. Sua situação é idêntica à do ex-vice-governador de Minas Gerais, Walfrido dos Mares Guia, que também se beneficiou da prescrição, ao completar 70 anos.
O chamado “mensalão tucano” ocorreu em 1998, quando Eduardo Azeredo concorreu à reeleição, em Minas, e foi derrotado por Itamar Franco. Como o caso não foi julgado até agora, e também foi remetido à primeira instância, ao contrário da Ação Penal 470, ninguém foi julgado e condenado. Já se passaram 16 anos desde que o processo foi aberto.
Azeredo também deve se beneficiar da prescrição, pois o caso dele estava pronto para ser julgado no STF mas ele renunciou ao mandato e conseguiu ser julgado em primeira instância. Antes de qualquer condenação, ele também deverá completar 70 anos.
Ponta solta
Se os integrantes do ‘mensalão tucano’ têm motivos para dormir melhor, o pior fantasma nos pesadelos do presidente do ministro Barbosa, relator da AP 470, materializa-se na intenção de Henrique Pizzolato, na Itália, de provar sua inocência e, com isso, jogar por terra o processo que a colunista Hildegard Angel classificou como ‘mentirão’. Pizzolato estabeleceu as estratégias que vai usar para impedir sua extradição, pedida pelo governo brasileiro, e apresenta entre os principais argumentos justamente o desrespeito do Brasil à Convenção Americana Sobre Direitos Humanos, conhecida como Pacto de São José da Costa Rica, da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Segundo o criminalista Alessandro Sivelli, que assumiu a defesa de Pizzolato, um dos tópicos do artigo 8 do pacto, sobre garantias judiciais, diz que toda pessoa acusada de delito tem direito de recorrer da sentença para juiz ou tribunal superior. Outro artigo, o 25, estabelece que os Estados Partes se comprometem a desenvolver as possibilidades de recurso judicial. O Brasil promulgou a convenção em 1992.
Pizzolato foi condenado pelo STF a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato não teve direito aos embargos infringentes, uma forma de segundo julgamento na Corte. O recurso é permitido somente para condenados que obtiveram ao menos quatro votos pela absolvição no crime pelo qual foi julgado, o que não foi o caso do ex-diretor do BB.
O ex-diretor do BB fugiu do Brasil para a Itália em setembro de 2013, com um passaporte italiano falso no nome do irmão, Celso, morto em 1978. Ele foi preso em Maranello, no Norte da Itália, em 5 de fevereiro. Cidadão italiano, Pizzolato segue preso enquanto a Itália não dá resposta ao governo brasileiro sobre o pedido de extradição. Sivelli está se aprofundando sobre o funcionamento do Supremo, uma vez que isso é tido como base fundamental para a defesa na Itália. O advogado vai comparar como funcionam os julgamentos de mesmo parâmetro nos dois países.
do Correio do Brasil
Entidades iniciam os debates para a digitalização do rádio e TV no Brasil
11 de Abril de 2014, 20:25 - sem comentários ainda
A digitalização da comunicação será o tema do I Pré-Fórum Brasil de Comunicação Pública, que acontece no próximo dia 15 de abril no Interlegis, em Brasília. Este será o primeiro de três eventos preparatórios ao Fórum Brasil de Comunicação Pública 2014, agendado para novembro deste ano, que tem como objetivo principal discutir os desafios da comunicação pública e da garantia deste direito no Brasil, contribuindo para o fortalecimento dos atores do setor.
O I Pré-Fórum começa às 9h com uma mesa de abertura com o tema “Comunicação no Campo Público: o direito a reserva de espectro”. Para a mesa, foram convidados, além de organizações da sociedade civil e representantes do setor, o Ministério das Comunicações, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, a Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Os trabalhos serão coordenados pela deputada federal Luiza Erundina (PSB/SP), presidente da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular (Frentecom), uma das organizadoras do Fórum.
À tarde, o evento continua com dois debates. Às 14h, “A Digitalização do Rádio”, com participação do Ministério das Comunicações, da Anatel, da Associação de Rádios Públicas (ARPUB) e da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC). A partir das 16h, a mesa “A Digitalização da TV” também contará com a participação do Ministério das Comunicações e da Anatel, do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindTelebrasil), da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) e da Associação Brasileira de Emissões Públicas, Educativas e Culturais (ABEPEC).
O Fórum Brasil de Comunicação Pública 2014 acontecerá em quatro etapas, sendo três pré-fóruns (abril, junho e agosto) e uma etapa nacional, em novembro. Compõem a comissão organizadora do Fórum, além da Frentecom, as seguintes entidades: Associação Brasileira de Comunicação Comunitária (ABCCOM), Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (ABRAÇO), Associação Brasileira de Televisões e Rádios Legislativas (ASTRAL), Associação Brasileira de Tevês Universitárias (ABTU), Associação de Rádios Públicas (ARPUB), Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC), Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Conselho Curador da EBC, Conselho Federal de Psicologia (CFP), Frente Nacional pela Valorização das Tevês do Campo Público (FRENAVATEC), Federação Nacional dos Trabalhadores de Rádio e TV (FITERT), Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Intervozes, Movimento Nacional de Rádios Comunitárias (MNRC), Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadoras e Comunicadores (RENAJOC) e Viração Educomunicação.
SERVIÇO:
I Pré-Fórum Brasil de Comunicação Pública 2014
15 de abril de 2014 - Local: Interlegis (Av. N2, Anexo E do Senado Federal)
Horário: das 9h às 12h das 14h às 18h - Entrada gratuita
Contatos: (61) 3215-5620/ (61) 3224 8038 (gabinete da Deputada Federal Luiza Erundina)
Entrada gratuita
PROGRAMAÇÃO:
Manhã
9h – Abertura - O futuro das emissoras do campo público: o direito à reserva de espectro
Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)
Ministério das Comunicações
Empresa Brasil de Comunicação S/A (EBC)
Conselho Curador da EBC
Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara
Abccom (Associação Brasileira de Canais Comunitários)
Abepec (Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais)
Abraço (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária)
ABTU (Associação Brasileira da TV Universitária)
Amarc (Associação Mundial de Rádios Comunitárias)
Arpub (Associação das Rádios Públicas do Brasil)
Astral (Associação Brasileiras de Televisões e Rádios Legislativas)
Conselho Federal de Psicologia
Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas)
Fitert (Federação dos Radialistas)
FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação)
Frenavatec (Frente Nacional pela Valorização das TVs Comunitárias)
MNRC (Movimento Nacional de Rádios Comunitárias)
Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura
Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal
Sindicato dos Radialistas do Distrito Federal
Coordenação: Deputada Federal Luiza Erundina – presidente da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular
Tarde
14h - A Digitalização no Rádio
Expositores:
Anatel
Ministério das Comunicações
Arpub (Associação das Rádios Públicas do Brasil)
Amarc (Associação Mundial de Rádios Comunitárias)
Mediação: Deputado Federal Newton Lima (PT/SP)
16h - A Digitalização na TV
Expositores:
Anatel
Ministério das Comunicações
SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia)
SET (Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão)
Abepec (Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais)
Mediação: Deputada Federal Luciana Santos (PCdoB/PE)
Comissão Organizadora: Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular, Associação Brasileira de Comunicação Comunitária (ABCCOM), Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (ABRAÇO), Associação Brasileira de Televisões e Rádios Legislativas (ASTRAL), Associação Brasileira de Tevês Universitárias (ABTU), Associação de Rádios Públicas (ARPUB), Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC), Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão e Itararé, Conselho Curador da EBC, Conselho Federal de Psicologia (CFP), Frente Nacional pela Valorização das Tevês do Campo Público (FRENAVATEC), Federação Nacional dos Trabalhadores de Rádio e TV (FITERT), Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Intervozes, Movimento Nacional de Rádios Comunitárias (MNRC), Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadoras e Comunicadores (RENAJOC) e Viração Educomunicação.
do FNDC
Sobre mídia e beijinhos no ombro
10 de Abril de 2014, 21:49 - Um comentárioO professor que jogou a carniça pros abutres e a jornalista que teve um ataque de sinceridade. Foram esses os protagonistas das histórinhas dos últimos dias. Quem diria que a mídia seria tão discutida, assim, do nada, a partir de duas personagens sem qualquer ligação.
Bom, vamos do início. Tudo começou quando o Centro de Ensino Médio 3, em Taquaritinga, cidade-satélite de Brasília, propôs aos alunos uma exposição de fotografia com o tema “Olhares”. Cada grupo de estudantes escolhia o que iria abordar e, a partir daí, fotografava expondo seus olhares sobre aquilo. A mostra ganhou a adesão dos alunos, que expuseram 1300 fotografias. Toda imprensa local foi convidada, mas ninguém apareceu.
Dias depois, Antonio Kubitschek – professor de Filosofia da escola – colocou em sua prova bimestral uma questão que fazia referência à uma grande pensadora contemporânea: Valesca Popozuda.
Não deu outra. Uma aluna tirou uma foto da questão e publicou no Facebook. Compartilhamentos e mais compartilhamentos depois, a mídia caiu matando em cima. A prova virou motivo de piada, e o professor, taxado como cretino, babaca e motivo da educação no Brasil estar indo pro buraco.
Acontece que quem tem a cabeça um pouco mais aberta – como o professor e seus pupilos – entendeu a ironia. Ora, ninguém da mídia apareceu na exposição de fotografia, mas foi só a escola ser palco de um suposto deslize que os urubus vieram correndo – ou voando – pra mexer na carniça.
O problema é que a carniça era uma isca, e dentro dela havia um anzol, prontinho pra fisgar quem quer que fosse. E fisgou. O professor esclareceu, posteriormente, que a questão se tratava de uma crítica à própria mídia que sempre busca algo negativo para ‘meter o pau’ nas escolas públicas.
Todo mundo – menos os abutres – entendeu. Até a Valesca. A cantora publicou um texto em sua página dizendo que se sentiu honrada pelo título de pensadora, mas que teria que recusá-lo: “porque é um titulo muito forte e eu ainda não me sinto pronta pra isso hahaha Diva, Diva sambista, Lacradora essas coisas eu já estou pronta ok mas PENSADORA CONTEMPORÂNEA ainda não”. Ela se colocou em defesa do professor e disse: “me espanta mesmo é todo mundo se preocupar com uma única questão da prova sem analisar os termos por trás disso tudo (E se o professor colocou a questão dentro do contexto da matéria? E se o professor quis ser irônico com o sucesso das músicas de hoje em dia?…)”.
Ora, resta-me dar os parabéns a esse professor. Primeiro porque ele está cumprindo – e muito bem, diga-se de passagem – o seu papel de mestre, promovendo a discussão e fazendo os alunos pensarem, além de romper com as paredes da sala de aula e expandir essa discussão por todo o país. E depois, parabenizo-o também por ter lançado uma isca que mostrou o quão tendenciosa é a mídia hoje.
Se é coisa ruim ou se é pra falar mal do governo, então é pauta. Foi isso que esse professor mostrou e que a pobrezinha jornalista da Globo provou.
Bom, vamos entrar agora na segunda personagem da nossa historinha.
Na última quarta-feira, dia 9 de abril, foi realizada em São Paulo a 8º Marcha dos Trabalhadores, que uniu diversas centrais sindicais levantando as bandeiras as principais bandeiras de luta da classe trabalhadora, entre elas a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário, 10% do PIB para a educação, negociação coletiva no setor público, reforma agrária e política agrícola, 10% do orçamento da União para a saúde, combate à demissão imotivada, salário igual para trabalho igual, correção da tabela de IR e não ao PL da terceirização.
A marcha reuniu cerca de 40 mil pessoas, de acordo com os organizadores. Claro que um movimento desse porte não poderia ser simplesmente abafado pela grande mídia. Não dá. Portanto, a imprensa esteve em peso na Marcha, e a Globo apareceu com suas câmeras e microfones.
Acontece que a manifestação não se tratava de um ato de uma única central sindical, mas um ato unificado de várias, entre elas a CGTB, CGT, UGT, NCST, CUT e Força Sindical. Mas parece que a Globo não entendeu isso – mesmo estando as logos de todas as centrais no material de divulgação.
A bomba estourou quando a Marize Muniz, assessora de imprensa da CUT (Central Única dos Trabalhadores) publicou em seu Facebook:
“Deu dó. Sempre tenho pena de pessoas inocentes.
Foquinha da TV Globo gravou sonora com os caras da Força Sindical (do Aécio Neves), na Praça da Sé, durante manifestação de seis centrais sindicais.
Aí, um militante cutista foi lá e perguntou: e a CUT, você não vai ouvir ninguém da maior central da America Latina?
A pobrezinha respondeu: Tenho ordens da redação para só ouvir os caras da Força.
Foi um quiprocó danado e a bichinha teve de ir embora do local.”
Em primeiro lugar, não estou aqui para julgar a repórter. Parto do princípio que ela estava fazendo o trabalho dela e, é claro, cumprindo ordens. (Se bem que ela poderia ter gravado a entrevista com o pessoal da CUT e depois ter cortado, já que a Globo não quer que vá ao ar. Questão de bom senso.)
Mas a pobrezinha teve um ataque de sinceridade – ou desespero – e na hora soltou o que não devia. Jogou merda no ventilador. Mostrou que a Globo dá voz a quem ela quer, e o escolhido da vez foi o Paulinho da Força. Justo ele que é o presidente de Central que mais critica o governo Dilma (PT) e que já declarou apoio ao Aécio Neves (PSDB) para as próximas eleições.
Afinal, qual o problema de entrevistar o Paulinho? Nenhum. O problema é entrevistar SÓ o Paulinho. Por que não dar voz aos representantes de outras centrais? O sinal de TV é uma concessão pública e deve ser usado em benefício da população, e não em favor dos interesses de um pequeno grupo.
De acordo com Rodrigo Vianna, do blog Escrevinhador, a repórter da Globo foi vaiada e teve de saír de cena em meio aos gritos de “o povo não é bobo, abaixo à Rede Globo” . Ela correu para dentro de uma agência do Bradesco onde, minutos depois, o Paulinho da Força chegou para dar entrevista mas, aparentemente, não rolou…
A grande mídia hoje está assim: um jogo de interesses políticos e econômicos, no entanto, criticar não basta. Devemos começar a trilhar novos caminhos e temos poder para isso. Vamos lutar pela disseminação da mídia alternativa, vamos blogar,usar esse espaço que temos hoje que é a internet, vamos trabalhar pela quebra do monopólio da comunicação e mostrar que o povo sim, tem voz e essa voz precisa ser ouvida.
Em tempo, beijinho no ombro pros reaças passarem longe. Agora vou fazer igual a Valesca e ir ali ler um Machado de Assis pra, quem sabe um dia, me tornar um pensador de elite.