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Polaco Doido

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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Dia 16: lançamento da nossa candidatura a deputada federal

16 de Agosto de 2018, 17:32, por Ana Prestes 6565

Dia 16 de agosto, quinta-feira, a partir das 18h30 lançaremos nossa candidatura a deputada federal. Será um encontro entre quem acredita que política é transformação e que é possível renovar nossas esperanças em prol de um projeto coletivo e democrático.

Conheça nossas propostas e ajude nesta caminhada para que o Distrito Federal tenha, na Câmara dos Deputados, uma representante comprometida com os direitos das mulheres, com educação e saúde de qualidade, com política cultural capaz de gerar cidadania e inclusão e com a democracia como valor essencial para a justiça social de que o Distrito Federal e o Brasil precisam.

É hora de renovar!



A liberdade de expressão é nada mais que uma fantasia

8 de Agosto de 2014, 17:53, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Durante estes três anos e meio de existência do blog Polaco Doido, foram postados aqui nada menos que 872 artigos na imensa maioria assinados pelo próprio Polaco Doido, tratando dos mais variados temas como, comportamento, religião, política e as atitudes de alguns políticos.

A respeito dos políticos, as críticas aqui publicadas não fizeram nenhuma distinção. Escrevi sobre a presidente e ex-presidentes, senadores, governadores, deputados, vereadores de vários partidos e também a respeito de candidatos a qualquer um destes cargos.

Foram três anos e meio de postagens que coincidiram com dois períodos eleitorais. Nos quais colecionei três processos junto à justiça eleitoral. Um em 2012 quando fui condenado e mais dois agora, nos quais já obtive sucesso em primeira instância e aguardo o julgamento dos recursos.

Apesar de os principais alvos das críticas mais contundentes do blog terem sido quase sempre dirigidas ao governador do estado, seus asseclas, políticos das bancadas religiosas e outros figurões do tucanato brazuca, os três processos judiciais movidos contra este blogueiro vieram de apenas um único político e de seu partido, Carlos Roberto Massa Júnior, o Ratinho JR. do PSC paranaense.

Já é automático. Se eu escrever aqui qualquer coisa a respeito de Ratinho Jr. durante o período eleitoral, posso ter a certeza que em menos de uma semana um oficial de justiça baterá minha porta com uma intimação em mãos.

E daí, adeus sossego. Tenho que correr atrás de um advogado, explicar a situação, preparar uma defesa, correr ao Tribunal Regional Eleitoral e tudo mais. Assim, o trabalho que sustenta a mim e a minha família, as postagens regulamentares, meu lazer e até minhas finanças ficam seriamente comprometidos durante todo o período que durar este processo.

Então, como posso escrever novamente qualquer coisa a respeito de Ratinho Jr ou seu partido, se já tenho a certeza de que ele inevitavelmente irá me processar novamente?

Sem contar ainda que os argumentos destas acusações sempre beiram o ridículo.

Da primeira vez, porque comparei seu desempenho nas urnas em 2010, com o desempenho do igualmente campeão de votos Tiririca do PR paulista. Fui condenado ao pagamento de multa e meus textos tiveram que ser excluídos da rede.

Desta vez, o candidato quer que um texto do blog seja excluído que eu me retrate publicamente no Facebook, também quer que me seja aplicada uma multa no valor de R$ 30 mil e ainda, quer que eu seja obrigado a publicar aqui um direito de resposta pelas supostas ofensas que fiz a sua pessoa e ao partido que ele representa.

Sou acusado e respondo processo por ter no texto do blog e também no facebook, me referido ao candidato Ratinho JR pelo nome de Ratinho Jr e não seu nome de batismo (Carlos Roberto Massa Jr).

Por ter afirmado que desta vez ele escolheu o cargo de deputado estadual para, dependendo do resultado da eleição, disputar na ALEP o cargo de presidente daquela casa de leis.

Por ter afirmado que ele leva vantagens eleitorais por ter um canal de TV (a Rede Massa)  a seu dispor.

Por ter ilustrado a postagem com a figura de um ratinho roendo um saco de grãos.

Por ter afirmado que o Partido Social Cristão tem em seus discursos um posicionamento sexista, homofóbico e segregador.

E o pior de tudo, o mais surreal, absurdo e descabido argumento dos meus acusadores:

Sou acusado formalmente de ser PETISTA!

Sim, tenho afinidade com alguns discursos e bandeiras do PT. Sim, sempre declarei abertamente que todos meus votos para presidente da república sempre foram destinados ao PT. Sim, tenho amigos e conhecidos que são filiados ou militantes do partido.

Mas a partir disso, afirmar que sou petista já beira a paranóia.

Além do mais, desde quando que ser petista virou crime ou algum tipo de contravenção?

Sem contar ainda que sou filiado ao PPL, um partido que nem faz parte da bancada governista federal, chefiada pelo PT.

Novamente pergunto a você:
Como posso escrever novamente a respeito de Ratinho Jr, já sabendo que serei processado por isso?

No meu lugar, você escreveria sobre ele e aguentaria novamente todo o desgastante processo judicial?

E tudo isso sem ganhar absolutamente nada, apenas o prazer de compartilhar ideias com quem lê em português e, por ventura, venha a acessar o endereço www.skora.com.br.

Que liberdade de expressão e opinião constitucional é essa que permite que eu seja coagido por uma pessoa qualquer a não me manifestar sobre ela porque sei que vou responder judicialmente por isso?

Ao que me parece, a liberdade de expressão e opinião só é verdadeira se eu concordar com as opiniões de quem pode pagar um bom grupo de advogados para ficar monitorando e processando quem discordar de suas ideias.

Por isso e só por isso, este texto encerra oficialmente as atividades do blog Polaco Doido. Não posso tentar exercer um direito que na prática inexiste.

Fica registrado meu mais profundo desejo de que um dia o Sr. Carlos Roberto Massa Jr, o Ratinho Jr. descubra e entenda que a verdadeira democracia se constrói com o debate e não com embate das ideias.

O Debate abre as portas da mente para novas opiniões, agrega conhecimento aos interlocutores e é positivo em quase todas as circunstâncias.

O Embate é apenas uma demonstração ou uma disputa de forças sejam elas, física, bélica, intelectual ou jurídica e não cabe dentro de um verdadeiro e participativo processo democrático. O embate só é comum nas ditaduras, nos regimes autoritários e autocráticos.

Aos leitores, seguidores, comentadores e debatedores que concordaram ou discordaram com alguma coisa do que foi escrito aqui durante estes três anos e meio, meus mais sinceros agradecimentos.

Foi muito bom poder compartilhar com vocês algumas das mirabolantes sinapses que se passam e passaram nesta minha cachola.

Obrigado mesmo e, quem sabe, nos vemos por aí qualquer dia.

Luiz Eduardo Skora

 



O Pobre Ratinho Vs. O Polaco Malvadão

31 de Julho de 2014, 15:44, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Como se já não bastassem todos os pepinos da vida, agora me aparece mais um, ou melhor, dois.

Um dos candidatos a deputado estadual aqui do Paraná que já foi candidato a prefeito de Curitiba e que é filho de um famoso dono e apresentador da televisão, parece sentir-se profundamente ameaçado por este espaço mal escrito, pouco lido e a cada dia menos atualizado.

Nas eleições 2012 o candidato já havia processado o blog e além de conseguir retirar dois textos publicados aqui, também pediu que o Juiz multasse o Polaco Doido em R$ 50 mil.

Para estas eleições de 2014 a história se repete. Além de solicitar judicialmente um direito de resposta no importante e muito influente veículo da informação [sqn],  Blog Polaco Doido, mais uma vez pede também que sejam excluídos textos aqui do blog e que este blogueiro mais uma vez seja multado pela justiça eleitoral.

Pensa no absurdo!

O cara solicitou na justiça um pedido de direito de resposta contra Blog Polaco Doido.

Não é surreal um troço desses????

Em que século essa criatura vive?

Meu! Isso aqui é só um blog pessoal, independente, periférico e muito pouco lido.

Além do mais, é internet cara!!!

Você não precisa entrar com pedido na justiça para ter direito de resposta. Basta entrar em contato comigo, explicar a situação, mandar o seu texto e eu público sem nenhuma frescura.

Simples assim.

Todos os meia-dúzia de leitores do blog vão ler seus argumentos e todos nós continuaremos nossas vidas felizes e contentes.

Sei lá, até parece que a existência do blog Polaco Doido coloca em risco a carreira político-eleitoral do candidato. Ou pior, os textos aqui publicados colocam em risco a própria audiência e a verbas de publicidade da rede de rádio e TV do pai do candidato.

Só pode.

Sim, eu sei que o Polaco Doido, durante estes três anos e meio de existência, cultivou um invejável público assíduo de meia-dúzia de leitores (talvez um pouco mais, talvez um pouco menos) e também sei que estes leitores, independente da existência do blog, não têm o perfil dos eleitores do candidato que adora me processar, como também, não tem o perfil dos telespectadores assíduos do canal de televisão do pai do candidato – no máximo assistem algum episódio de Chaves quando zapeiam com o controle remoto.

Então Juninho?

Por que de todo este afinco em tentar me calar pela via judicial e financeira?

O Polaco Doido, apesar de assumidamente progressista e de esquerda, não é candidato a nada, não tem vínculo com partido político ou candidato nenhum, não recebe nenhuma espécie de subsídio ou patrocínio de ninguém. É só um blog pessoal, mantido por um cara que gosta de escrever o que pensa. Só isso!

O que realmente te ameaça aqui neste espaço sujo, pouco lido e insalubre?

Ora, vivemos na era da informação do supérfluo onde mais do que nunca, a velha máxima continua sempre verdadeira: “falem bem ou falem mal, mas falem de mim”.

O mais importante nesta época de informações e notícias descartáveis não é o conteúdo, são sim, os personagens.

Ou será que, apesar da irrelevância midiática do Polaco Doido e de seu editor, a verdade dói, machuca, fere e deve ser calada a qualquer custo?

Com a palavra, o candidato.

Polaco Doido



De cegos e de anões

25 de Julho de 2014, 8:03, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Mauro Santayana 

Se não me engano, creio que foi em uma aldeia da Galícia que escutei, na década de 70, de camponês de baixíssima estatura, a história do cego e do anão que foram lançados, por um rei, dentro de um labirinto escuro e pejado de monstros. Apavorado, o cego, que não podia avançar sem a ajuda do outro, prometia-lhe sorte e fortuna, caso ficasse com ele, e, desesperado, começou a cantar árias para distraí-lo.

O anão, ao ver que o barulho feito pelo cego iria atrair inevitavelmente as criaturas, e que o cego, ao cantar cada vez mais alto, se negava a ouvi-lo, escalou, com ajuda das mãos pequenas e das fortes pernas, uma parede, e, caminhando por cima dos muros, chegou, com a ajuda da luz da Lua, ao limite do labirinto, de onde saltou para  densa floresta, enquanto o cego, ao sentir que ele havia partido, o amaldiçoava em altos brados, sendo, por isso, rapidamente localizado e devorado pelos monstros que espreitavam do escuro.

Ao final do relato, na taverna galega, meu interlocutor virou-se para mim, tomou um gole de vinho e, depois de limpar a boca com o braço do casaco, pontificou, sorrindo, referindo-se à sua altura: como ve usted, compañero… con el perdón de Dios y de los ciegos, aun prefiro, mil veces, ser enano…

Lembrei-me do episódio — e da história — ao ler sobre a convocação do embaixador brasileiro em Telaviv para consultas, devido ao massacre em Gaza, e da resposta do governo israelense, qualificando o Brasil como irrelevante, do ponto de vista geopolítico, e acusando o nosso país de ser um “anão diplomático”.

Chamar o Brasil de anão diplomático, no momento em que nosso país acaba de receber a imensa maioria dos chefes de Estado da América Latina, e os líderes de três das maiores potências espaciais e atômicas do planeta, além do presidente do país mais avançado da África, país com o qual Israel cooperava intimamente na época do Apartheid, mostra o grau de cegueira e de ignorância a que chegou Telaviv.

O governo israelense não consegue mais enxergar além do próprio umbigo, que confunde com o microcosmo geopolítico que o cerca, impelido e dirigido pelo papel executado, como obediente cão de caça dos EUA no Oriente Médio.

O que o impede de reconhecer a importância geopolítica brasileira, como fizeram milhões de pessoas, em todo o mundo, nos últimos dias, no contexto da criação do Banco do Brics e do Fundo de reservas do grupo, como primeiras instituições a se colocarem como alternativa ao FMI e ao Banco Mundial, é a mesma cegueira que não lhe permite ver o labirinto de morte e destruição em que se meteu Israel, no Oriente Médio, nas últimas décadas.

Se quisessem sair do labirinto, os sionistas aprenderiam com o Brasil, país que tem profundos laços com os países árabes e uma das maiores colônias hebraicas do mundo, como se constrói a paz na diversidade, e o valor da busca pacífica da prosperidade na superação dos desafios, e da adversidade.

O Brasil coordena, na América do Sul e na América Latina, numerosas instituições multilaterais. E coopera com os estados vizinhos — com os quais não tem conflitos políticos ou territoriais — em áreas como a infraestrutura, a saúde, o combate à pobreza.

No máximo, em nossa condição de “anões irrelevantes”, o que poderíamos aprender com o governo israelense, no campo da diplomacia, é como nos isolarmos de todos os povos da nossa região e engordar, cegos pela raiva e pelo preconceito, o ódio visceral de nossos vizinhos — destruindo e ocupando suas casas, bombardeando e ferindo seus pais e avós, matando e mutilando as suas mães e esposas, explodindo a cabeça de seus filhos.

Antes de criticar a diplomacia brasileira, o porta-voz da Chancelaria israelense, Yigal Palmor, deveria ler os livros de história para constatar que, se o Brasil fosse um país irrelevante, do ponto de vista diplomático, sua nação não existiria, já que o Brasil não apenas apoiou e coordenou como também presidiu, nas Nações Unidas, com Osvaldo Aranha, a criação do Estado de Israel.

Talvez, assim, ele também descobrisse por quais razões o país que disse ser irrelevante foi o único da América Latina a enviar milhares de soldados à Europa para combater os genocidas   nazistas; comanda órgãos como a OMC e a FAO; bloqueou, com os BRICS, a intervenção da Europa e dos Estados Unidos na Síria, defendida por Israel, condenou, com eles, a destruição do Iraque e da Líbia; obteve o primeiro compromisso sério do Irã, na questão nuclear; abre, todos os anos, com o discurso de seu máximo representante, a Assembleia Geral da Nações Unidas; e porque — como lembrou o ministro Luiz Alberto Figueiredo, em sua réplica — somos uma das únicas 11 nações do mundo que possuem relações diplomáticas, sem exceção – e sem problemas – com todos os membros da ONU.



Coronelismo Midiático – A ascensão do novo coronelismo paranaense

21 de Julho de 2014, 15:40, por Polaco Doido

Nestes primeiros movimentos da campanha eleitoral 2014, as atenções e os holofotes da imprensa corporativa estão limitados apenas àqueles candidatos ao executivo com chances reais de chegar ao segundo turno (Beto Richa – PSDB, Gleisi Hofmann – PT e Roberto Requião – PMDB).

Talvez os chefes de redação tenham se esquecido que o sistema de governo no país, estados e municípios é dividido em três poderes distintos, equivalentes e teoricamente independentes e que o poder legislativo, exercido pelos deputados, é tão determinante e influente nas tomadas de decisões importantes quanto o é o poder executivo, comandado pelo governador do estado.

Também não é muito estranha a opção de Ratinho Jr. – PSC-PR?

Ora, um político com o histórico eleitoral de Ratinho Jr. poderia disputar com chances reais qualquer um dos cargos em disputa no estado.

Seria um forte candidato a Governador, a vice-governador a Senador ou se reelegeria facilmente como Deputado Federal.

Por que então, ele não aceitou a vaga de vice-governador na forte chapa de Beto Richa e optou por disputar o prosaico cargo de Deputado Estadual. Um cargo sem o glamour e os holofotes de chefe do executivo estadual ou de senador?

Simples. Ratinho Jr. não é nada bobo.

A administração de Richa no comando do governo do estado tem sido muito aquém do esperado e são muito reais as chances do atual governador não conseguir se eleger para um segundo mandato.

Como vice de Richa, Ratinho Jr, correria o sério risco de amargar uma derrota eleitoral que mancharia seu currículo vencedor e o colocaria numa espécie de ostracismo eleitoral pelos próximos anos.

Se concorresse a mais um mandato de Deputado Federal seria facilmente eleito, mas depois disso seria apenas mais um deputado no Congresso Federal, com seu brilho ofuscado por tantos outros deputados federais muito mais atuantes, relevantes e midiáticos que ele.

Ratinho, o Júnior, tem ambições maiores. Não quer ser apenas um coadjuvante na história política, quer ser protagonista, quer ser cacique.

E qual é o plano?

O plano é maquiavelicamente simples.

O moço é um fenômeno de votos e se repetir o desempenho das últimas eleições será facilmente o recordista de votos nominais para o cargo de Deputado Estadual do Paraná.

Histórico:

Eleições/Partido

Cargo

Votos Nominais

Percentual dos votos Válidos

2002/PSB Dep. Estadual 189.739 3,656%
2006/PPS Dep. Federal 205.283 3,827%
2010/PSC Dep. Federal 358.924 6,805%
2012/PSC 1ºT Prefeito 332.408 34,08%

Em 2010 o candidato Ratinho Jr. ainda não possuía a força da participação de 33,32% na Rede Massa de Comunicação LTDA, contando com cinco emissoras de TV, aproximadamente 200 retransmissoras cobrindo 100% do território estadual e ainda, as oito emissoras de rádio FM cobrindo as principais e mais populosas regiões metropolitanas do estado.

Para as eleições de 2014, com o apoio legal, porém imoral, da rede de rádio e TV onde Ratinho Jr. é um dos proprietários, podemos esperar um desempenho ainda melhor do candidato nas urnas.

Vamos supor que o candidato Ratinho Jr. apenas repita seu desempenho de 2010, arredondado para 7% do total de votos válidos.

Clique aqui para entender como é feito o cálculo das eleições

Sozinho Ratinho Jr. elege-se a ele mesmo e mais outros 4 deputados da sua coligação.

Levando-se em consideração que além de Ratinho jr. concorrem pela mesma coligação outros 107 candidatos, alguns deles com boas chances de conseguir uma quantidade considerável de votos. Numa estimativa modesta, pode-se esperar que a próxima legislatura da ALEP conte com entre 8 e 14 deputados do PSC e de partidos menores, satélites, atualmente coligados a este, o PR e PTdoB.

Pode parecer pouco, mas não é. Atualmente, o partido com o maior número de representantes na ALEP é o PMDB, com seus 13 deputados.

Além disso, na última eleição o PSC elegeu apenas dois deputados estaduais.

Com esta demonstração de poder nas urnas, Ratinho Jr. pode se quiser (e vai querer mesmo), pleitear a presidência daquela casa, finalmente tornando-se protagonista, um cacique. E não importa quem seja eleito governador, este vai ter que tocar conforme a batuta do dono da Rede Massa de comunicação. Se não, nada se faz nada se aprova e o executivo ficará travado.

Além disso, de lambuja, Ratinho ainda contribui para dar musculatura ao Partido do qual ele é presidente estadual.

Não custa nada lembrar que para substituir o lugar (e os votos) de Ratinho Jr. na Câmara Federal, foram escolhidos pelo menos dois nomes com grande potencial para tornarem-se igualmente campeões de votos:

A auto-intitulada psicóloga cristã, Marisa Lobo (PSC-PR) que recentemente teve cassado seu registro para o exercício da profissão de psicóloga.

O Bolsonaro dos Pinheirais, Sheherazade de cuecas, olavette assumido e orador do instituto Mises nos jornais da Rede Massa de Televisão, Paulinho Martins (PSC-PR).

Tubo bem, o PSC está tentando se firmar como principal legenda de oposição aos projetos de cidadania e inclusão social iniciados no governo Lula em janeiro de 2003.

Tudo bem também que a atual grande força de oposição ao Governo Federal, o PSDB, vem fazendo uma oposição chula e desonesta desde janeiro de 2003.

Mas não me parece que o PSC com seu discurso religioso, sexista, segregador, conservador e homofóbico, seja uma alternativa coerente de oposição ou mesmo de governo.

O destino poderia ter preparado algo “menos pior” para a gente.

Que Deus nos livre de novos e mais raivosos Marco Felicianos na política!

Polaco Doido