Lula confirma presença no IV BlogProg
14 de Maio de 2014, 12:15 - sem comentários aindaPor Altamiro Borges
O ex-presidente Lula estará presente no IV Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, que ocorrerá nos dias 16, 17 e 18 de maio em São Paulo. Sua participação foi confirmada pela assessoria do Instituto Lula nesta quinta-feira. Logo na manhã de sexta-feira (16), o ex-presidente deverá tratar de vários temas, como o papel da mídia tradicional, as eleições de 2014 e a importância do ativismo digital. A decisão de convidá-lo foi tomada pela comissão nacional do movimento dos "blogueiros progressistas" - nascido em agosto de 2010 e também batizado de "BlogProg".
Diante das manipulações da mídia monopolizada, o ex-presidente tem dado grande importância aos que atuam na internet. Ainda no exercício do cargo e em pleno Palácio do Planalto, ele concedeu a primeira entrevista coletiva na história do Brasil a um grupo de blogueiros, em novembro de 2010, o que gerou raivosa reação dos barões da mídia. Em junho de 2011, Lula participou do II Encontro Nacional dos Blogueiros, em Brasília. Em abril passado, o ex-presidente voltou a falar com os blogueiros, numa segunda entrevista coletiva que também gerou violenta reação da velha mídia.
Maiores informações sobre o IV BlogProg no site do Encontro http://blogprog.com.br
Lula confirma presença no IV BlogProg
14 de Maio de 2014, 12:15 - sem comentários aindaPor Altamiro Borges
O ex-presidente Lula estará presente no IV Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, que ocorrerá nos dias 16, 17 e 18 de maio em São Paulo. Sua participação foi confirmada pela assessoria do Instituto Lula nesta quinta-feira. Logo na manhã de sexta-feira (16), o ex-presidente deverá tratar de vários temas, como o papel da mídia tradicional, as eleições de 2014 e a importância do ativismo digital. A decisão de convidá-lo foi tomada pela comissão nacional do movimento dos "blogueiros progressistas" - nascido em agosto de 2010 e também batizado de "BlogProg".
Diante das manipulações da mídia monopolizada, o ex-presidente tem dado grande importância aos que atuam na internet. Ainda no exercício do cargo e em pleno Palácio do Planalto, ele concedeu a primeira entrevista coletiva na história do Brasil a um grupo de blogueiros, em novembro de 2010, o que gerou raivosa reação dos barões da mídia. Em junho de 2011, Lula participou do II Encontro Nacional dos Blogueiros, em Brasília. Em abril passado, o ex-presidente voltou a falar com os blogueiros, numa segunda entrevista coletiva que também gerou violenta reação da velha mídia.
Maiores informações sobre o IV BlogProg no site do Encontro http://blogprog.com.br
Democratização da Comunicação: Lula analisa as manchetes e desmascara manipulação da mídia
14 de Maio de 2014, 10:59 - sem comentários ainda
DISCURSO DE LULA NO 2º CONGRESSO DOS DIÁRIOS DO INTERIOR
via Nina Santos, do Instituto Lula
É sempre um prazer dialogar com os jornalistas e empresários da imprensa regional brasileira. Por isso agradeço o convite da Associação dos Diários do Interior do Brasil para participar desse Congresso.
Vocês acompanharam as transformações que ocorreram no Brasil nesses 11 anos e que beneficiaram o conjunto do país, não apenas os privilegiados de sempre ou as grandes capitais.
Sabem exatamente como essa mudança chegou às cidades médias e aos mais distantes municípios.
O Brasil antigo, até 2002, era um país governado para apenas um terço dos brasileiros, que viviam principalmente nas capitais. A grande maioria da população estava condenada a ficar com as migalhas; excluída do processo econômico e dos serviços públicos, sofrendo com o desemprego, a pobreza e a fome.
Os que governavam antes de nós diziam que era preciso esperar o país crescer, para só depois distribuir a riqueza. Mas nem o país crescia o necessário nem se distribuía a riqueza.
Nós invertemos essa lógica perversa, adotando um modelo de desenvolvimento com inclusão social. Criamos o Fome Zero e o Bolsa Família, que hoje é um exemplo de combate à pobreza em muito países.
Adotamos uma política de valorização permanente do salário e de expansão do crédito, que despertaram a força do mercado interno, e ao mesmo tempo garantimos a estabilidade, controlando a inflação e reduzindo a dívida pública.
O resultado vocês conhecem: 36 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza, 42 milhões alcançaram a classe média e mais de 20 milhões de empregos foram criados.
O Brasil não é mais um país acanhado e vulnerável. Não é mais o país que seguia como um cordeirinho a política externa ditada de fora. Não é só o país do futebol e do carnaval, embora tenhamos orgulho da alegria e do talento do nosso povo.
O Brasil tornou-se um competidor global – e isso incomoda muita gente, contraria interesses poderosos.
A imprensa cumpre o importante papel de traduzir essa nova realidade para a população. E isso não se faz sem uma imprensa regional fortalecida, voltada para aquela grande parcela do país que não aparece nas redes de TV.
Todo governo democrático tem a obrigação de prestar contas de seus atos à sociedade. E tem obrigação de divulgar os serviços públicos à disposição da população.
A publicidade oficial é o instrumento dessa divulgação, que se faz em parceria com os veículos de imprensa – desde a maior rede nacional até os jornais do interior profundo do país.
Uma das mudanças mais importantes que fizemos nestes 11 anos foi democratizar o critério de programação da publicidade oficial.
Quero recordar que esta medida encontrou muito mais resistências do que poderíamos imaginar, embora ela tenha sido muito importante para aumentar a eficiência da comunicação de governo.
Essa medida foi também uma questão de justiça, para reconhecer a importância do interior no desenvolvimento do Brasil.
Quando o companheiro Luiz Gushiken, que era o ministro da Secom em meu primeiro mandato, começou a democratizar a publicidade oficial, muita gente foi contra.
As agências de publicidade, os programadores de mídia e os representantes dos grandes veículos achavam que era uma mudança desnecessária.
Reclamaram quando o Luiz Dulci incluiu a imprensa regional na programação de publicidade do governo federal.
E reclamaram ainda mais quando o Franklin Martins aprofundou a política de democratização da publicidade, abrangendo as empresas estatais.
Diziam que para falar com o Brasil bastava anunciar nos jornais de circulação nacional e nas redes de rádio e TV.
Hoje é fácil ver como estavam errados, pois a imprensa regional está cada vez mais forte. São 380 diários que circulam 4 milhões de exemplares por dia, de acordo com os dados da ADI-Brasil.
Isso ocorre porque temos políticas que levam progresso e inclusão social ao interior do país.
De cada 3 empregos criados no ano passado, 2 se encontram em cidades do interior e apenas 1 nas regiões metropolitanas.
Nunca antes o governo federal investiu tanto no desenvolvimento regional, para combater desequilíbrios injustos e injustificáveis.
Nunca antes a relação entre o governo federal, os Estados e as prefeituras foi tão republicana quanto nestes 11 anos.
E são jornais do interior – e não os veículos nacionais – que traduzem essa realidade.
Quando chegamos ao governo, a publicidade oficial era veiculada em anunciava em 249 rádios e jornais. Em 2009, o governo federal já estava anunciando em 4.692 rádios e jornais de todo o país.
Meus amigos, minhas amigas
Pediram-me para contar aqui uma experiência com a imprensa regional no período em que fui presidente da República. Vou contar o que aprendi comparando a cobertura da imprensa regional com a que fazem os grandes jornais.
Quando o Luz Pra Todos chega numa localidade rural ou numa periferia pobre, está melhorando a vida daquelas pessoas e gerando empregos. Isso é uma notícia importante para os jornais da região.
Os grandes jornais nunca deram valor ao Luz Pra Todos, mas quando o programa superou todas as expectativas e alcançou 15 milhões de brasileiros, um desse jornais deu na primeira página: “1 milhão de brasileiros ainda vivem sem luz”. Está publicado, não é invenção.
Onde é que estava esse grande jornal quando 16 milhões de brasileiros não tinham luz?
Quando chega o momento de plantar a próxima safra, são os jornais regionais que informam sobre as datas, os prazos, os juros e as condições de financiamento nas agências bancárias locais.
Mas na hora de informar à sociedade que em 11 anos o crédito agrícola passou de R$ 30 bilhões para R$ 157 bilhões, o que a gente lê num grande jornal é que a inflação pode aumentar porque o governo está expandindo o crédito.
Quando uma agência bancária da sua cidade recebe uma linha do BNDES pra financiar a compra de tratores e veículos pelo Mais Alimentos, vocês sabem que isso aumenta a produtividade e aquece o comércio local. É uma boa notícia.
Mas quando o programa bate o recorde de 60 mil tratores e 50 mil veículos financiados, a notícia em alguns jornais é que o governo “está pressionando a dívida interna bruta”.
Quando nasce um novo bairro na cidade, construído pelo Minha Casa Minha Vida, essa é uma notícia local muito importante.
Mas um programa que contratou 3 milhões de unidades, e já entregou mais da metade, só aparece na TV e nos grandes jornais se eles encontram uma casa com goteira ou um caso qualquer de desvio.
Quando o governo federal inaugura um hospital regional, isso é manchete nos jornais de todas as cidades daquela região. O mesmo acontece quando chega o SAMU ou um posto do Brasil Sorridente.
Mas lendo os grandes jornais é difícil ficar sabendo das quase 300 UPAs, 3 mil ambulâncias do SAMU e mais de mil consultórios odontológicos que foram abertos por todo o país nestes 11 anos.
A maior cobertura de políticas públicas que os grandes jornais fizeram, nesse período, foi para apoiar o fim da CPMF, que tirou R$ 50 bilhões anuais do orçamento da Saúde.
Quando sua cidade recebe profissionais do Mais Médicos, vocês sabem o que isso representa para os que estavam desatendidos. Vão entrevistar os médicos, apresentá-los à população.
Mas quando 15 mil profissionais vão atender 50 milhões de pessoas no interior do país, a imprensa nacional só fala daquela senhora que abandonou o programa por razões políticas, ou daquele médico que foi falsamente acusado de errar numa receita.
Quando um novo câmpus universitário é aberto numa cidade, os jornais da região dão matérias sobre os novos cursos, as vagas abertas, debatem o currículo, acompanham o vestibular.
Lendo os grandes jornais é difícil ficar sabendo que nestes 11 anos foram criadas18 novas universidades e abertos 146 novos campi pelo interior do país.
É nos jornais do interior que se percebe a mudança na vida de milhões de jovens, porque eles não precisam mais sair de casa, deixar para trás a família e os valores, para cursar a universidade.
O número de universitários no Brasil dobrou para 7 milhões, graças ao Prouni, ao Reuni e ao FIES. Os grandes jornais não costumam falar disso, mas são capazes de fazer um escândalo quando uma prova do ENEM é roubada de dentro da gráfica – que por sinal era de um dos maiores jornais do país.
Quando uma escola técnica é aberta numa cidade do interior, essa é uma notícia muito importante para os jovens e para os seus pais, e vai sair com destaque em todos os jornais da região.
Quando eu informo que nesses 11 anos já abrimos 365 escolas técnicas, duas vezes e meia o que foi feito em século neste país, os grandes jornais dizem apenas que o Lula “exaltou o governo do PT e voltou a atacar a oposição”.
Quando chega na sua cidade um ônibus, um barco ou um lote de bicicletas para transportar os estudantes da zona rural, essa é uma boa notícia.
O programa Caminho da Escola já entregou 17 mil ônibus, 200 mil bicicletas e 700 embarcações, para transportar 2 milhões de alunos em todo o país. Mas só aparece na TV se faltar combustível ou se o motorista do ônibus não tiver habilitação.
Eu costumo dizer que os grandes jornais me tratam muito bem. Mas eu gostaria mesmo é que mostrassem as mudanças que ocorrem todos os dias em todos os cantos do Brasil.
Meus amigos, minhas amigas,
Quanto mais distante estiver da realidade, mais vai errar um veículo de comunicação. Basta ver o que anda publicando sobre o Brasil a imprensa econômica e financeira do Reino Unido.
O país deles tem uma dívida de mais de 90% do PIB, com índice recorde de desemprego, mas eles escrevem que o Brasil, com uma dívida líquida de 33%, é uma economia frágil.
Não conheço economia frágil com reservas de US$ 377 bilhões, inflação controlada, investimento crescente e vivendo no pleno emprego.
Escrevem que os investidores não confiam no Brasil, mas omitem que somos um dos cinco maiores destinos globais de investimento externo direto, à frente de qualquer país europeu.
Dizem que perdemos o rumo e devemos seguir o exemplo de países obedientes à cartilha deles. Mas esquecem que desde 2008, enquanto o mundo destruiu 62 milhões de postos de trabalho, o Brasil criou mais de 10 milhões de novos empregos.
O que eu lamento é que alguns jornalistas brasileiros fiquem repetindo notícias erradas que vêm de fora, como bonecos de ventríloquo. Isso é ruim para a imprensa, porque o público sabe distinguir o que é realidade do que não é.
Alguns jornalistas dos grandes veículos passaram o ano de 2013 dizendo que a inflação ia estourar, mas ela caiu. Passaram o ano dizendo que a inadimplência ia explodir, mas ela também caiu.
Diziam que o desemprego ia crescer, e nós terminamos o ano com a menor taxa da história. Chegaram a dizer que o Brasil entraria em recessão, mas a economia cresceu 2,3%, numa conjuntura internacional muito difícil.
Eu gostaria que esses jornalistas viajassem pelo interior do país, conhecessem melhor a nossa realidade, estudassem um pouco mais de economia, antes de repetir previsões pessimistas que não se confirmam.
E vou continuar defendendo a liberdade de imprensa e o direito de opinião, porque sei que, mesmo quando erra, a imprensa livre é protagonista essencial de uma sociedade democrática.
Meus amigos, minhas amigas,
A democracia é o único sistema que permite transformar um país para melhor. E ela não existe sem que as pessoas participem diretamente da vida política. Por isso digo sempre aos jovens: se querem mudar a política, façam política. E façam de um jeito melhor, diferente. Negar a política é o caminho mais curto para abolir a democracia.
Aprimorar a democracia significa também garantir ao cidadão o direito à informação correta e ao conhecimento da diversidade de ideias, numa sociedade plural. Esse tema passa pela construção do marco regulatório da comunicação eletrônica, conforme previsto na Constituição de 1988.
O Código Brasileiro de Telecomunicações é de 1962, quando no país inteiro havia apenas 2 milhões de aparelhos de TV. Como diz o Franklin Martins, havia mais televizinhos do que televisores.
É de um tempo em que não havia rádio FM, não havia computadores, não havia internet. De um tempo em que era preciso marcar hora para fazer interurbano.
No Brasil de hoje é preciso garantir a complementariedade de emissoras privadas, públicas e estatais. Promover a competição e evitar a contaminação do espectro por interesses políticos. Estimular a produção independente e respeitar a diversidade regional do país.
Uma regulação democrática vai incentivar os meios de comunicação de caráter comunitário e social, fortalecer a imprensa regional, ampliar o acesso à internet de banda larga. Por isso foi tão importante aprovar o Marco Civil da Internet.
Este é o desafio que se apresenta aos meios de comunicação, seus dirigentes e seus profissionais, nesse novo Brasil: o desafio de ser relevante num país com uma população cada vez mais educada, com um nível de renda que favorece a independência de opinião e com acesso cada vez mais amplo a outras fontes de informação.
Quero cumprimentar a ADI-Brasil, mais uma vez, pela realização desse Congresso, e dar os parabéns aos seus associados, que levam notícias para a população do interior desse imenso país.
Muito obrigado.
PS do Viomundo: E a manchete de O Globo para o evento foi…
Análise do filme: colegas- a ironia da vida e a visão distorcida da mídia
12 de Maio de 2014, 14:09 - sem comentários ainda
Introdução e desenvolvimento do filme
O filme trata da história de três jovens com síndrome de Down que vivem alojados em um instituto. Stalone que sonhava em ver o mar, Márcio que desejava voar, e Aninha que queria se casar com um cantor. O personagem principal é Stalone que foi abandonado pela mãe e levado ao instituto que vivia, tendo desde o inicio visitas de seus parentes regularmente, mas foram reduzindo gradativamente até acabar. Um de seus filmes favoritos mostrava a história de duas mulheres que viveram uma grande aventura enquanto viajam e isso o inspira a fazer a mesma coisa. Durante a aventura eles realizam assaltos como um tipo de “brincadeira” e dois policiais são mandados por razões de Stress para a seção de desaparecidos a qual passam a procurar os jovens. Os assaltos realizados os fizeram serem procurados em menos de 24 horas por todo o país. Os policiais e a mídia os tratam como bandidos perigosos, os policiais interrogam a diretora do instituto e os colegas com a mesma síndrome. Os sonhos a serem realizados eram sequencialmente o de Stalone, Aninha e Márcio. A viagem se torna para eles uma grande aventura e todos os detalhes são mostrados de forma cômica trazendo a tona muitos aspectos relativos à síndrome de Down e para surpresa e comicidade no fim do filme três jovens com síndrome de Down acabam sendo procurados em todo o mundo como bandidos perigosos, mobilizam grandes forças policiais quase causando sua morte e o mais legal é que no encontro deles com as pessoas tudo que houve foi boa impressão, mas nos noticiários tudo era bastante distorcido, interessante a distorção midiática não? (link para assistir ao filme http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-colegas-nacional-online.html / )
Análise do filme
É importante notar como o filme trata a forma de transmissão da informação nos noticiários de forma cômica, não tendo vítima alguma exceto no primeiro assalto, e mesmo as pessoas entrevistadas eram cômicas inventando fatos como o rapto de um menino ou ameaças, além do medo que o desconhecido causa a outras pessoas. O sensacionalismo jornalístico aparece claramente quando um psicólogo diz “Essa figura do palhaço nada mais é do que uma forma irônica, até mesmo debochada que eles encontraram de dizer o que pensam sobre a nossa sociedade” e ele continua “Mais olha, é preciso muito cuidado. [...] Porque são deficientes mentais vivendo o mundo lúdico do cinema.” Até que um jurista replica “Veja o seguinte, nós estamos falando de um seqüestro, isso aqui é um crime hediondo, dispensa qualquer comentário.” A parte interessante desse diálogo é quando se pergunta a um garoto com síndrome de Down chamado Israel que se encontra no programa se ele é perigoso e ele diz “Eu sou muito, mais muito perigoso (fazendo um barulho do tipo “ahh” enquanto fala)” e a platéia ri. O mais legal desse debate? A única sensata era a mãe por ser relutar em aceitar os “fatos” discutidos e curiosamente foi a única a não ter espaço. Esse psicólogo cometeu dois erros gravíssimos: um- não é possível dizer o pensamento do outro sem antes consultá-lo, e dois- é que nem se sabia qual era a representação mental dos sujeitos, o comentário do jurista de fato dispensa comentários, mas o erro comum é o seguinte: os fatos não foram realmente averiguados, e nem precisavam, já que a televisão não quer verdades e sim verdades sensacionalistas, basta reparar em qualquer crime noticiado e pseudo diagnósticos dados por especialistas na mídia a criminosos loucos, alguns são até do imaginário popular. Sobre o comportamento de quem possui a síndrome o filme é bem educativo.
A forma como eles abraçam a senhora que mostra onde é o mar, o comportamento de Aninha ao salvar os animais presos, o gosto comum entre eles por Raul Seixas, a falta de noção do que dizer, a sexualidade sem pudor, a repetição de frases assistidas em filmes usadas para assaltar, a inocência ao pegar e mostrar o cartaz, demonstrar suas idéias, dizer que gostam de gordas, a grande habilidade social, a primeira relação sexual. Outro comportamento interessante era a atitude democrática, isto é, se um fizesse todos fariam, além sua atitude criativa e não aceitação de falhas tornando tudo cômico, como histórias contadas por eles mesmos e que outros sujeitos sem entender acreditavam com facilidade, e o pior, a própria falta de noção dos policiais é muito ilógica, apesar de serem os únicos a reconhecerem a situação de fato. Os jornais levam a idéia do palhaço, da doença mental ao que era simplesmente uma representação mental a eles, ao extremo. Até mesmo o policial se vangloria do origame feito por Stalone, ironizando o desprezo por caricaturistas de rua.
Conclusão
De forma geral, o filme trata do preconceito social aos jovens que tem síndrome de Down, o sensacionalismo jornalístico, as relações internacionais entre os vários países, o paradoxo de viver como um adulto se divertindo como criança, mas principalmente como a inocência deles faz com que consigam seus objetivos, não sejam pegos, se divirtam e ainda sigam seus caminhos e frase final justifica tudo isso junto ao preconceito: “Para aqueles que, apesar das adversidades, conseguem com um simples sorriso enxergar a felicidade nas pequenas coisas da vida.”
[Conheça] Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil
12 de Maio de 2014, 6:03 - sem comentários aindaDeMobiliza MROSC