Mulheres nas ruas pela igualdade, liberdade e contra a violência
7 de Março de 2014, 9:18 - sem comentários aindaO Dia Internacional da Mulher é uma data de luta em todo o mundo, fruto da mobilização de operárias no início do século passado. Sua celebração foi proposta por Clara Zetkin, na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em 1910, e a partir de então comemorado em diferentes datas. Em 1922, passou a ser celebrado no dia 8 de março, quando as operárias russas deram início às mobilizações da Revolução de 1917.
No dia internacional de luta das mulheres, programações variadas são anunciadas pelo movimento feminista, sindical e estudantil, além de diversas atividades organizadas por prefeituras e outros órgãos públicos. Na pauta dos atos e manifestações, além da luta contra a violência e a discriminação, está também a resistência à ofensiva do capitalismo e suas consequências para a vida das mulheres no mundo todo.
“Nesse 8 de março de 2014 renovamos nosso compromisso na luta por um mundo anticapitalista, antirracista e antilesbofóbico, por uma sociedade baseada nos valores de liberdade, igualdade, justiça, paz e solidariedade”. Leia aqui a íntegra da Carta da Marcha Mundial das Mulheres para o 8 de março de 2014.
Em São Paulo (SP), as mulheres se concentrarão a partir das 9 horas, no Vão Livre do Masp, com trajeto previsto até a Praça Roosevelt. Participe!
Baixada Santista recebe curso de Capacitação em Gestão Pública e Social
28 de Fevereiro de 2014, 14:45 - sem comentários aindaO Programa de Capacitação Continuada em Gestão Pública e Social da Fundação Perseu Abramo estará em atividade nos dias 7, 8 e 9 de março, em Cubatão (SP). Voltado para gestores, técnicos e empreendedores da Economia Solidária, o curso irá atender às prefeituras de Cubatão e São Vicente.
O curso será ministrado pelo coordenador do Programa, Toni Cordeiro, e os participantes terão certificados. O curso acontecerá no Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação de Cubatão, Praia Grande, São Vicente, Santos, Guarujá e Bertioga, subsede Cubatão.
O Curso
O conteúdo do curso tem como principal objetivo capacitar gestores, técnicos, servidores, conselheiros municipais e demais colaboradores e convidados, indicados(as) pelos(as) prefeitos(as), onde o PT governa, é vice ou faz parte da gestão, no sentido de fortalecer o Modo Petista de Governar e se relacionar com a sociedade.
O Curso Plano de Governo e Ações para Governar apresenta a visão geral do universo da máquina pública e o desafio de governar, buscando contextualizar os desafios dos gestores, as tarefas de governo e a construção de uma Agenda de Compromissos.
Também oferece uma visão geral sobre a Estrutura de um Governo, a construção da Arquitetura da Participação, a discussão sobre os principais Programas Nacionais e algumas leis específicas, assim como um profundo debate sobre o ato de governar e que tipo de sociedade temos e que sociedade queremos, a partir do entendimento do Modo Petista de Governar.
Além disso, é pauta principal os desafios da integração de um governo e o de ajudar a sociedade a se organizar para cumprir seu papel constitucional de participação e de controle social.
Serviço
Curso Plano de Governo e Ações para Governar
Dias 7 e 8 de março, das 8h30 às 17h30
Curso Empreendedorismo Social e Economia Solidária
Dia 8, das 13h30 às 17h30
Dia 9, das 8h30 às 17h30
Promoção: Fundação Perseu Abramo, Secretaria Estadual de Formação e Macro Baixada Santista
Especialização FPA: veja a lista dos aprovados para as turmas 3 e 4
28 de Fevereiro de 2014, 6:19 - sem comentários aindaA Fundação Perseu Abramo (FPA) divulga o resultado da seleção para a terceira turma do curso de Especialização em Gestão e Políticas Públicas. Veja as listas:
Para garantir sua vaga é obrigatório o envio dos documentos via correio até o dia 14/03/2014 (data de chegada na FPA) para o endereço:
Fundação Perseu Abramo
A/C Roberta Coimbra
Rua Francisco Cruz, 234 - Vila Mariana
Cep 04117-091 - São Paulo - SP
Ficha de Inscrição e Termo de Compromisso assinado (solicitar esses documentos via e-mail até 07/03/2014)
- Cópia autenticada frente e verso do RG.
- Cópia autenticada frente e verso do Diploma da Graduação.
- Cópia do CPF.
O curso
Voltado para filiados e filiadas ao Partido dos Trabalhadores com curso de graduação completo, a especialização em Gestão e Políticas Públicas está estruturada em cinco módulos: (i) Estado e Gestão Pública; (ii) Políticas Públicas e Planejamento Governamental; (iii) Experiências de Planejamento Urbano e Estudo de Casos; (iv) Estratégia de Gestão de Políticas Públicas; e (v) Finanças Públicas e Administração Financeira e Orçamentária. Cada um dos módulos prevê o cumprimento de 72 horas de carga horária, seguindo a proposta pedagógica do curso de especialização em Gestão e Políticas Públicas. que se dividem em atividades a distância e sessões presenciais, realizadas na cidade de São Paulo.
No ano passado foram realizadas três sessões com nove dias de aulas presenciais para as duas primeiras turmas. Os trabalhos contaram com a presença de ministros, prefeitos, ex-prefeitos, ex-governadores, secretários e gestores petistas, além do presidente da FPA, Marcio Pochmann, e lideranças do partido.
Saiba mais aqui.
Todas as pesquisas da FPA em um único site
27 de Fevereiro de 2014, 16:19 - sem comentários aindaA Fundação Perseu Abramo (FPA) lança nesta quinta-feira, 26, o hotsite pesquisasFPA (www.fpabramo.org.br/pesquisasfpa), um repositório de todas as pesquisas e trabalhos de investigação do Núcleo de Estudos e Opinião Pública (NEOP) da FPA.
Entre os temas já pesquisados, e que estão estão disponíveis no hotsite, estão juventude, questões de gênero, idosos, diversidade cultural e homofobia, cultura, reforma política, democratização dos meios de comunicação, indígenas, drogas, entre outros.
Com o novo espaço, todas as informações, tabelas e notícias sobre as pesquisas ficarão disponíveis em uma página única, dentro do Portal da FPA. As pesquisas da Fundação Perseu Abramo têm subsidiado a formulação de políticas públicas em várias esferas governamentais, e fomentado o debate sobre os temas na academia e nos movimentos sociais.
O enigma do mercado
26 de Fevereiro de 2014, 16:36 - sem comentários aindaSob o título Enigma do Crescimento (The Growth Puzzle), um levantamento feito pelos pesquisadores Elroy Dimson, Paul Marsh, and Mike Staunton da London School of Economics para o Instituto de Pesquisa do banco Credit Suisse, lançado este mês em seu Anuário Global de Ganhos de Investimento, analisa o que os especialistas na área chamam de paradoxo: países com alta taxa de retorno no mercado de ações possuem baixo crescimento do PIB per capita.
As principais razões para essa disparidade, segundo o estudo, seriam: mercados de ações trabalham com o futuro, a especulação, portanto, não refletem o momento; investimentos em países consolidados economicamente têm retorno menor; arbitragem de preços com ativos/mercados desvalorizados são arriscados, mas com alto retorno; países ricos em commodities e com baixo custo da mão de obra, como os emergentes, são os mercados ‘quentes’ deste novo século.
Para os investidores é crucial conhecer estes mecanismos. Para os reles mortais, contudo, é uma chance de entender o descolamento entre os anseios do mercado financeiro e aqueles de uma nação. O interesse – privado – de shareholders, os donos de ações ou títulos, é o lucro, não importando se a especulação para obtê-lo é ruim para o país e até mesmo para sua própria empresa.
Não se trata aqui de demonizar o mercado financeiro, mas de apontar os mecanismos, muitas vezes deletérios, de sua ação e seus impactos para o resto da economia. Guilherme Mello, doutor em Economia pela Unicamp e professor da mesma matéria na Facamp, explica essa queda de braço entre o mercado financeiro e a chamada economia real, a que gera bens e serviços.
O senso comum diz que um país com uma bolsa de valores pujante reflete uma economia robusta. Esse levantamento derruba essa ideia. Como se dá isso?
O comportamento da bolsa de valores depende de inúmeros fatores que pouco refletem os avanços sociais, estruturais e econômicos de um país. Na realidade, por ser um mercado onde se negociam ações de empresas privadas listadas (que em geral são a minoria das empresas do país), a bolsa de valores reflete apenas as expectativas dos principais players financeiros acerca da valorização destas empresas. Entenda que quando falamos em valorização, não estamos necessariamente falando em crescimento da empresa, abertura de novos empregos, nem mesmo um crescimento significativo do lucro: estamos falando puramente da percepção dos agentes financeiros acerca do preço futuro da ação daquela empresa, que pode se valorizar por motivos externos aos “fundamentos” da própria empresa ou do país em que ela está situada. Por exemplo, uma empresa como a Petrobras, que apresenta um dos maiores planos de investimento e crescimento do mundo, está sendo duramente punida pelo mercado por aumentar seu endividamento para realizar tais investimentos. Ou seja, a visão do investidor em ações é necessariamente uma visão de curto prazo, ligada a sua expectativa de valorização fictícia (esse é o termo usado por Marx para explicar a criação deste “valor” financeiro que, com as crises, se desmancha no ar como se nunca tivesse existido) do capital que possui.
Pode-se concluir que ajustes pró-mercado e medidas liberalizantes são fermento para lucros privados e não impulso para o desenvolvimento de um país?
Certamente a adoção por parte de um país de medidas que liberalizem o fluxo de capitais é bem vista pelos mercados e pode atrair uma leva de capitais voláteis, que buscam valorização imediata com portas de saída abertas. Essa entrada de capitais, que num primeiro momento pode parecer bem-vinda para financiar eventuais déficits em transações correntes ou financiar algumas empresas, na realidade é uma armadilha: ao primeiro sinal de problemas, dentro ou fora do país, os capitais fogem para ativos mais seguros, deixando o país com enormes problemas de gestão macroeconômica. Nestes casos, a maioria dos países se vê obrigada a promover elevações vultosas e abruptas dos juros, além de criar a necessidade de cortes nos gastos públicos (para financiar o novo alto custo da dívida pública), prejudicando por anos o investimento privado e o desenvolvimento nacional. Sendo assim, não se pode dizer que medidas pró-mercado ajudem necessariamente no desenvolvimento nacional: cada caso é um caso e a combinação de controle de fluxos de capitais voláteis e de algumas variáveis macroeconômicas (como câmbio e juros), combinada com liberdade de concorrência e empreendedorismo parece ser uma fórmula bem-sucedida para boa parte dos países em desenvolvimento. Independentemente disso, o Estado sempre teve um papel decisivo na consolidação e delimitação de uma estratégia de desenvolvimento, sendo um disparate (sem paralelos históricos) pensar em capitalismo e desenvolvimento sem Estado.