Minutos antes de subir ao palco Humanidade, montado no Forte de Copacabana como parte da programação cultural da Rio+20, o cantor, compositor e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, concedeu uma entrevista exclusiva à equipe EBC na Rede e à TV Cúpula dos Povos. Na conversa, Gil analisou a participação dos movimentos sociais na Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20 voltado para discutir questões sociais. “As cúpulas populares tendem a estar mais afinadas com o cerne dos problemas por viverem mais perenemente as tragédias das diferenças social e econômica. São elas quem tem mais necessidade de se livrarem do problema. Por isso, os setores populares devem e podem contribuir com as elites econômicas para que as coisas melhorem”.
Veja outros assuntos abordados pelo cantor na entrevista:
Sistema
“O recado para os líderes mundiais: vocês precisam dar um pouco mais de atenção à sua atenção”.
Posição mundial do Brasil
“O Brasil não pertence ao eixo Europa-EUA, este eixo central que gerou o colonialismo. O Brasil ainda é um país periférico em muitos sentidos: economicamente, socialmente. O país está esboçando uma saída para uma área mais qualificada, mas isso ainda vai custar”.
Agrotóxicos
“O Brasil ainda sofre muito com isso. Nossos supermercados distribuem produtos que não estão no patamar da tolerância possível. Lá (fora) os produtos são mais controlados, há uma vigilância natural da própria população, há consciência e aqui, ainda não”.
Mobilização social
“O ativismo precisa se manifestar com mais força no planeta inteiro. A maioria precisa ter acesso às ferramentas para manifestar as soluções necessárias para resolver os problemas”.
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