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Cúpula dos Povos

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11 de Junho de 2012, 21:00 , por Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Cobertura da Empresa Brasil de Comunicação da Rio+20

Hollande anuncia fundo para garantir ações de desenvolvimento sustentável

20 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

por Renata Giraldi e Vitor Abdala

Em posição contrária à adotada pela maioria dos negociadores da União Europeia (UE) na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, o presidente da França, François Hollande, defendeu hoje (20) mais financiamentos para as propostas que estão no documento final. Hollande se disse decepcionado com o resultado das negociações e prometeu que o governo francês tentará um fundo próprio para garantir as ações de desenvolvimento sustentável.

“Sempre há um pouco de decepção. Mas se eu vim aqui é porque quero falar da minha esperança”, disse Hollande em entrevista coletiva. Depois, ao discursar para os chefes de Estado e Governo, ele suavizou o tom da crítica. “Os resultados significativos ainda estão aquém das responsabilidades e expectativas.”

Ao ser perguntado como avalia o resultado das negociações que levaram ao texto do documento final, o presidente francês disse que “o copo pode ser considerado metade cheio e metade vazio. A ideia é progredir. Não podemos ocultar o que não está no texto”.

Para Hollande, é fundamental não só apontar, de forma clara e objetiva, os meios de financiamentos para as ações, como também criar um organismo independente e autônomo, integrando o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Um dos discursos mais esperados do dia, o presidente francês indicou que pretende ser exemplo na proteção ambiental e desenvolvimento sustentável.

“A França deve mostrar o exemplo. Gostaria de adotar compromissos em nome da França, favorecendo os debates da declaração final, gostaria também de contar com a boa vontade de todos os países”, disse Hollande, lembrando que houve avanços nas propostas de fortalecimento do Pnuma, da preservação dos oceanos e nos debates sobre economia verde, além da erradicação da pobreza e da fome.

Hollande apelou para que todos contribuam nos esforços para o desenvolvimento sustentável com inclusão social e combate à pobreza. “Temos que lutar conjuntamente. Do contrário, perderemos todos. Não podemos fomentar a divisão Norte-Sul [ricos e pobres]. O desenvolvimento sustentável é causa planetária. É uma questão vital para todo o mundo. Não pode ser Norte contra Sul ou Ocidente contra Oriente”, disse.

O presidente da França ressaltou ainda que os impactos da crise econômica internacional não podem afetar as propostas e os compromissos para o desenvolvimento sustentável. Segundo ele, seu esforço será para taxar os impostos de transações internacionais para financiar um fundo que será destinado a manter os projetos relativos ao desenvolvimento sustentável.

“Evidentemente, existe crise na Europa. Se não dermos os financiamentos, não atingiremos os objetivos”, observou. “A França quer instituir, com os que desejarem, um imposto sobre transações financeiras. Uma parte dessas receitas será dedicada ao desenvolvimento sustentável”, acrescentou. “O desenvolvimento sustentável não é entrave, é oportunidade.”

 

Edição: Lana Cristina



Izabella Teixeira admite resistência de países ricos, mas defende texto final

20 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaMarcello Casal Jr/ABr

por Renata Giraldi e Carolina Gonçalves

Marcello Casal Jr/ABr

Izabella Teixeira enxerga avanços na proteção da biodiversidade, na revisão do modelo de riqueza, na regulação dos oceanos e na erradicação à pobreza.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu hoje (20) o conteúdo do documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20. Segundo ela, houve avanços na proteção da biodiversidade, na revisão do modelo de riqueza, na regulação dos oceanos e na erradicação à pobreza. Mas a ministra reconheceu que a principal dificuldade foi convencer os países ricos a assumir compromissos para investir mais recursos nas propostas.

“Houve, sim, dificuldades para que países desenvolvidos alocassem mais recursos”, disse a ministra, referindo-se às dificuldades dos negociadores em fechar cifras no documento final devido às resistências dos representantes da União Europeia, dos Estados Unidos e do Japão principalmente. Os países ricos argumentaram dificuldades causadas pelos impactos da crise econômica internacional.

Izabella Teixeira acrescentou ainda que o Brasil insistiu na inclusão da expressão “direitos reprodutivos” em relação às mulheres e em definições específicas dos meios de implementação (metas, objetivos e financiamentos). Mas, segundo ela, a falta de acordo não permitiu a inclusão do tema no documento final.

Ao longo desta quarta-feira, líderes políticos estrangeiros, além de representantes de organizações não governamentais (ONGs), movimentos sociais e sociedade civil criticaram o conteúdo do documento. As ONGs pediram, inclusive, para serem excluídas das menções de apoio ao texto.

O secretário executivo da delegação do Brasil na Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse, no entanto, que tais resistências não foram apresentadas até ontem (19) quando houve a conclusão das negociações. “O nível de ambição do texto é de responsabilidade coletiva. Não é de um ou outro país apenas”, disse Figueiredo.

 

Edição: Lana Cristina



Movimentos fazem manifestação no centro do Rio contra o Código Florestal

20 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaFoto: Marcello Casal Jr./ABr

Da Agência Brasil

Participantes de diversas entidades ligadas a movimentos sociais, organizações não governamentais (ONGs), índios, ambientalistas e cientistas que estão no Rio de Janeiro para a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, além de servidores estaduais e federais fizeram uma grande manifestação hoje contra o novo Código Florestal e pela preservação da natureza. Eles ocupam as duas principais vias do centro da cidade, a Avenida Rio Branco e parte da Avenida Presidente Vargas, provocando extensos congestionamentos no trânsito para quem chega ao centro da cidade.

Foto: Marcello Casal Jr./ABr

Manifestação contra o Código Florestal "Marcha Contra o Código Florestal na Rio+20 "

Mesmo com a chuva fina que cai na cidade, os manifestantes não perderam a empolgação na passeata, que é animada com vários trios elétricos, tamborins, apitos e pessoas fantasiadas, como um grupo de jovens que se caracterizou de viúvos e encenam um velório no qual o caixão simboliza o novo Código Florestal.

“Eu estou aqui presente na Cúpula dos Povos para gritar em socorro da Amazônia que está sendo destruída sistematicamente, se transformando em capital e, com isso, o Brasil e a humanidade vão se prejudicar”, disse João Gierse, 51 anos, morador de Roraima, que se caracterizou de Floresta Amazônica para chamar a atenção das autoridades quanto ao desmatamento e às queimadas que estão devastando a floresta.

Outro manifestante que fez questão de participar do ato é o representante do movimento Coletivo Curupira do Brasil pelas Florestas, José Prata, 60 anos, que ressaltou que é dever de todos lutar pela causa ambiental.

“Eles [os participantes da Rio+20] estão discutindo a tal da economia verde para dar uma melhoradinha no capitalismo brasileiro e sobrou para a sociedade vir para a rua se manifestar. Nós queremos que a Dilma atue diretamente na questão ambiental. Nós precisamos cancelar esse malfadado Código Florestal e substitui-lo por uma legislação moderna de forma cientifica e não na marra”, disse.

A manifestação está sendo acompanhada de perto por policiais militares, guardas municipais e operadores de trânsito. Um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública sobrevoa a região. Nenhum incidente foi registrado até o momento.

Edição: Fábio Massalli

 Veja galeria de fotos:

Marcha Contra o Código Florestal na Rio+20

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Premiê chinês diz que protecionismo trava busca pela economia verde

20 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaRick Bajornas/UN Photo

por Vitor Abdala

Rick Bajornas/UN Photo

Premiê cobrou as nações mais ricas, que, para ele, têm mais responsabilidade que as mais pobres no avanço do desenvolvimento sustentável.

O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, disse hoje (20), em discurso na Rio+20, que práticas protecionistas devem ser “deixadas de lado” pelos países, na busca por uma economia verde no mundo. Segundo o premiê chinês, é preciso buscar a economia verde como um meio eficaz de promover o desenvolvimento sustentável em todos os países e avançar na recuperação econômica.

Segundo Jiabao, a economia verde deve ser buscada pelos países de acordo com suas próprias condições. E o resto do mundo deve apoiá-los nesse caminho. “Não podemos limitar o ritmo de crescimento dos países”, disse.

Jiabao afirmou que a brecha entre países desenvolvidos e em desenvolvimento “aumenta cada vez mais”. O premiê destacou a necessidade de se reconhecer que os países estão em diferentes estágios de desenvolvimento e que, por isso, é preciso aceitar o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas, em que as nações mais ricas têm mais responsabilidade que as mais pobres no avanço do desenvolvimento sustentável.

O primeiro-ministro chinês disse que é preciso criar novos modos de transferência de tecnologia, aumentar o retorno sobre investimento das economias verdes e reduzir riscos associados à transição para uma economia verde. Segundo ele, as Nações Unidas precisam assumir a liderança do processo e a comunidade internacional tem de cooperar cada vez mais.

Jiabao disse que espera um mundo que não tenha pobreza, discriminação social, nem destruição da natureza. Ele ressaltou que a China está pronta para assumir sua responsabilidade no mundo e anunciou que o país fará transferências de milhões de dólares para projetos de cooperação tecnológica e enfrentamento às mudanças climáticas aos países mais pobres.

 

Edição: Nádia Franco



Secretário executivo brasileiro da Rio+20 critica países desenvolvidos

20 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaElza Fiúza/ABr

por Renata Giraldi e Carolina Gonçalves

Elza Fiúza/ABr

“Tem de por dinheiro em cima da mesa. Se alguém tem ambição de ação e não põe dinheiro sobre a mesa é incoerente”, disse o embaixador.

O secretário executivo da delegação do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, respondeu hoje (20) às críticas dos negociadores dos países desenvolvidos, como os integrantes da União Europeia. O embaixador disse que só podem fazer cobranças aqueles que apresentam propostas concretas e recursos. A afirmação dele é uma crítica aos que exigem mais do documento final da conferência e não se dispõem a cooperar.

“Tem de por dinheiro em cima da mesa. Se alguém tem ambição de ação e não põe dinheiro sobre a mesa é incoerente”, disse o embaixador. “Foi a negociação mais democrática da última década. O Brasil fez questão de demonstrar transparência [durante todo o processo negociador].”

A reação de Figueiredo Machado ocorre no momento em que líderes de vários países e movimentos sociais se queixam da superficialidade e das exclusões no documento final da Rio+20. De acordo com o embaixador, todos os temas apresentados nos últimos dois anos foram incluídos no texto final. Foram excluídos, segundo o diplomata, itens e propostas específicas.

As principais críticas se referem à ausência de cifras para os financiamentos, à criação de um organismo independente elevando o nível do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e detalhamento na regulação das águas internacionais – a questão dos oceanos. O rascunho do texto tem 49 páginas e vai ser analisado pelos chefes de Estado e Governo amanhã (21) e sexta-feira (22).

Para o embaixador, é fundamental observar que, pela primeira vez, as organizações não governamentais (ONGs), os movimentos sociais e a sociedade civil participaram dos debates de forma direta. “É o tipo de inclusão que nunca existiu em qualquer conferência”, ressaltou o diplomata, lembrando que na Rio92, a sociedade civil ficou isolada dos debates da conferência.

 

Edição: Rivadavia Severo



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