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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Militância digital do Paraná vai se reunir presencialmente na 5ª feira para ajudar a reeleger Dilma 13

6 de Outubro de 2014, 15:57, por Bertoni - 0sem comentários ainda

Convidamos tod@s @s ativistas, militantes, cidadãos e pessoas que querem que o Brasil siga avançando e melhorando as condições de vida de seu povo.

Tod@s que querem mais Democracia, mais Liberdade de Expressão, Justiça Social e Econômica, Desenvolvimento Social e Econômico Sustentável, mais Saúde, mais Educação, mais Segurança, mais BRASIL estão convidad@s!!!

#tamojunto

#Dilma13

 

Serviço:

Dia: 09 de outubro de 2014

Local: APP - Sindicato, Av. Iguaçu, 880, Curitiba, Paraná

Horário: 19 h



Números importantes da conjuntura em destaque

1 de Outubro de 2014, 17:54, por Bertoni - 0sem comentários ainda

Por Clemente Ganz Lúcio1

 

Lippy e Hardy é uma série de desenho animado da década de 1960, produzida por Hanna-Barbera. Lippy era um leão otimista, que andava com o amigo Hardy, uma hiena pessimista. Diante das aventuras de Lippy, Hardy dizia: “Eu sabia que não ia dar certo... Oh, dia, oh, céus, oh, azar...”. Em períodos especiais da vida democrática, como os processos eleitorais, essas duas figuras adquirem vida e Hardy ganha muita evidência, o que faz parte do jogo.

 

Ganham destaque, há algum tempo, dados e declarações que procuram demonstrar que há no Brasil grande crise e descontrole da economia: o país está em recessão (técnica!), a inflação, descontrolada, o desemprego chegou, o déficit comercial subiu etc.

 

A vida não anda fácil no mundo e no Brasil, é verdade. A partir de 2007/2008, as economias desenvolvidas provocaram a mais grave crise do capitalismo desde 1929. “A grande recessão”, segundo economistas, trouxe aos países desenvolvidos alto desemprego, arrocho salarial, perda de direitos e da proteção social como remédio para a crise.

 

A atividade econômica caiu nos países em desenvolvimento e a China passou a mostrar seu poder econômico. Com políticas anticíclicas, o Brasil permaneceu em pé, garantindo empregos, preservando salários e políticas sociais, bem como protegendo e incentivando a atividade produtiva. É muito difícil enfrentar essa crise. Há acertos e erros que fazem parte do risco de quem governa e decide diante de tantas incertezas.

 

O Brasil enfrenta inúmeros desafios de curto prazo: a pressão dos preços internacionais de alimentos; a severa seca, a mais grave dos últimos 60 anos, que comprometeu a safra agrícola, elevando preços de insumos, alimentos e energia elétrica; a Copa do Mundo, que reduziu a quantidade de dias úteis, com impacto sobre a atividade econômica; a desvalorização do Real (R$ 1,6 para R$ 2,3 por dólar), que ajuda a proteger a indústria, mas tem impactos sobre preços; a queda na receita fiscal do governo; a redução na venda de manufaturados para a Argentina; a China ganhando espaço comercial na América Latina e no nosso mercado interno; a enorme pressão dos rentistas pelo aumento dos juros, entre outros.

 

Apesar disso, os números da atual conjuntura evidenciam que ainda estamos em pé, senão vejamos:

 

  1. No primeiro semestre de 2014, houve aumento salarial em 93% das Convenções Coletivas, com ganhos reais entre 1% e 3%;
  2. O preço da cesta básica caiu nas 18 capitais pesquisadas pelo DIEESE, entre julho e agosto (-7,69% a -0,48%).
  3. O Índice do Custo de Vida do DIEESE, na cidade de São Paulo, variou 0,68% em julho e 0,02% em agosto, arrefecendo.
  4. O mercado de trabalho formal criou mais de 100 mil postos de trabalho em agosto.
  5. O comércio calcula que serão criadas mais de 135 mil vagas no final do ano.
  6. O BC estimou a variação positiva do PIB para julho em 1,5% e indicou trajetória de queda da inflação.
  7. A atividade produtiva da indústria cresceu 0,7% em julho.

 

A ciência dos números é insubstituível para dar qualidade ao debate público e apoiar um olhar criterioso sobre a dinâmica da realidade. O desafio é correlacionar as informações para produzir o conhecimento e compreender o movimento do real.

1 Sociólogo, diretor técnico do DIEESE, membro do CDES – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.



Placar da Copa

1 de Outubro de 2014, 17:46, por Bertoni - 0sem comentários ainda

Por Clemente Ganz Lúcio1

Para sediar a Copa do Mundo, o Brasil enfrentou uma onda interna que questionou a decisão de recepcionar o evento e outra que procurou desqualificar a atuação do setor público na preparação das condições necessárias para realiza-lo. Parte da mídia jogou as fichas na “seleção canarinho”, símbolo nacional controlado pela entidade privada denominada CBF. O bordão “Imagine na Copa” perdeu! Passadas algumas semanas, cabe olhar os resultados e pensar nos legados a serem trabalhados 2.

Foram 32 dias de eventos e festas, nos quais o Brasil recebeu mais de 1 milhão de turistas estrangeiros de 202 países, que gastaram em média 3 US$ mil cada um e visitaram 378 municípios. As pesquisas apontaram que 95% dos entrevistados pretendem voltar e 61% nunca tinham vindo ao Brasil. Os turistas brasileiros, mais de 3 milhões, circularam por todo o país. Nos estádios, foram 3,43 milhões de torcedores e nas Fan Fests, 5,1 milhões de pessoas. Trabalharam no evento mais de 22 mil voluntários, 20 mil profissionais de comunicação e 177 mil profissionais de segurança.

Usaram os aeroportos brasileiros 16,7 milhões de pessoas e, num único dia, foi batido recorde, com 548 mil pessoas transportadas. Os aeroportos operaram 253 mil pousos e decolagens (5 por minuto), com índice de pontualidade de 92,54%, quando o padrão europeu é de 92,4%.

Os investimentos geraram aumento de 52% na capacidade dos aeroportos, saltando para mais 67 milhões de passageiros/ano, 350 mil m² de área nos terminais, 54 novas pontes de embarque, 1,4 mi m² de pátios para aeronaves e 10 mil vagas para automóveis.

Foram construídos 131 km de corredores de ônibus e BRTs, 48 km de novas vias, quatro novos terminais portuários de passageiros e reformado um outro. Foram instaladas 15 mil novas antenas de 3G/4G nas cidades-sede.

Somente uma rede social totalizou mais de 3 bilhões de interações durante o evento. Dos estádios foram realizadas 4,4 milhões de ligações telefônicas. Não ocorreram erros de transmissão pela rede Telebrás nas 517 horas de áudio e vídeo.

Na rede básica de energia foram 54 novas subestações e 12 linhas de transmissão. Ao todo são mais de 150 obras, a maioria concluída e poucas em processo de conclusão.

Proporcionou-se segurança a 50 chefes de Estado em 2.510 operações de escolta. Foram detidos 271 cambistas e desbaratada uma quadrilha internacional que fraudava ingresso há algumas edições de Copas do Mundo.

Há três legados do evento que o país deveria atuar para manter e ampliar: 1 - apesar das dificuldades históricas para construir e concluir obras públicas, foi organizado para a Copa um regime especial que proporcionou que mais de 150 grandes obras fossem construídas ao mesmo tempo, a grande maioria se consolidando como bem público para servir no cotidiano a comunidade. Demonstrou-se que é possível fazer e que o Estado tem competência e eficiência; 2 – foi produzido um nível de interação entre o setor púbico e o privado bastante razoável, com ações complexas. É possível aproveitar esse exemplo para aperfeiçoar essa relação em muitos campos de interesse do país; 3 - houve interação e coordenação entre todas as polícias (militar, civil, bombeiros, polícia federal, entre outros), proporcionando efetivo e eficaz modelo de atuação, com bons resultados.

Esses legados precisam se tornar permanentes e inesquecíveis para a realização dos investimentos e das políticas públicas no Brasil.

1 Sociólogo, diretor técnico do DIEESE, membro do CDES – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

2 Os dados que seguem foram apresentados em uma reunião do Grupo de Trabalho Eventos Esportivos do CDES.  



O Brasil Privatizado: a rapinagem que assolou o país!

1 de Setembro de 2014, 6:52, por Bertoni - 0sem comentários ainda



Carta a Eduardo Campos

18 de Agosto de 2014, 17:43, por Bertoni - 0sem comentários ainda

Reproduzimos aqui artigo publicado originalmente no blog sujo ContExto Livre, de nosso amigo e companheiro Zé Carlos, de Santa Catarina.

Eduardo, você não imagina o quanto eu e todo povo pernambucano estamos lamentando a tua trágica e inesperada partida. Temos muitos motivos para isso. Primeiro, pela falta que irás fazer a tua família e aos teus amigos. Depois, pelo exemplo de homem público que representavas para o nosso estado e para o Brasil.

No entanto, eu tenho um motivo particular para lamentar a tua morte. Depois da tua entrevista no Jornal Nacional, eu fiquei com muita vontade de te encontrar, de apertar a tua mão, olhar no teu olho e te perguntar: Quem disse que eu desisti do Brasil, Eduardo? Infelizmente, no dia seguinte, ocorreu o trágico acidente e eu nunca vou poder te dizer isso.

Eduardo, não fui eu, nem o povo brasileiro que desistimos do Brasil.

Quem desistiu do Brasil foram setores da política e da mídia brasileira, quando promoveram o golpe militar de 1964 que mergulhou o nosso país em 21 anos de ditadura militar e que submeteu o povo brasileiro aos anos mais difíceis de nossa história. Inclusive, sua família foi vítima na carne daquele momento, quando o seu avô e então governador de Pernambuco, o inesquecível Miguel Arraes, foi retirado à força do Palácio do Campo das Princesas e levado ao exílio.

Eduardo, você não imagina o que essa mesma mídia está fazendo com a tragédia que marcou a queda do teu avião. Eu nunca pensei que um dia pudesse ver carrascos do jornalismo político brasileiro como Willian Bonner, Patrícia Poeta, Alexandre Garcia e Miriam Leitão falando tão bem de um homem público. Os mesmos que, um dia antes do acidente, quiseram associar a tua imagem ao nepotismo no Brasil choram agora a tua morte como se você fosse a última esperança do povo brasileiro ver um Brasil melhor. Reconheço as tuas qualidades, governador, mas não sou ingênuo para acreditar que sejam elas o motivo de tanta comoção no noticiário político brasileiro.

A pauta dos veículos de comunicação conservadores do Brasil sempre foi e vai continuar sendo a mesma: destruir o projeto político do partido dos trabalhadores que ameaça por fim às concessões feitas até então a eles. O teu acidente, Eduardo, é só mais uma circunstância explorada com esse fim, do mesmo jeito que foi o mensalão, os protestos de julho e a refinaria de Pasádena. Se amanhã surgir um escândalo “que dê mais ibope” e ameace a reeleição de Dilma, a mídia não hesitará em enterrar você de uma vez por todas. Por enquanto, eles vão disseminando as suposições de que foi Dilma quem sabotou o teu avião, e que fez isso no dia 13 justamente pra dizer que quem manda é o PT. Pior do que isso é que tem gente que acredita e multiplica mentiras e ódio nas redes sociais.

Lamentável! A Rede Globo e a Veja não estão nem aí para a dor da família, dos amigos e dos que, assim como eu, acreditavam que você não desistiria do Brasil. Você é objeto midiático do momento.

Eduardo, não fui eu quem desistiu do Brasil. Quem desistiu foi o PSDB, que após o regime militar teve a oportunidade de construir um novo projeto de nação soberana e, no entanto, preferiu entregar o Brasil ao FMI e ao imperialismo norte americano, afundando o Brasil em dívidas, inflação, concentração de renda e miséria. O mesmo PSDB que, antes do teu corpo ser enterrado, já estava disseminando disputas entre o PSB e REDE para inviabilizar a candidatura de Marina, aliança que custou tanto a você construir.

Eu não desisti do Brasil, Eduardo. Quem desistiu foi a classe média alta que vaiou uma chefe de Estado num evento de dimensões como a abertura de uma copa do mundo porque não se conforma com o Brasil que distribui renda e possibilita a ricos e pobres, negros e brancos as mesmas oportunidades.

E tem mais uma coisa, Governador. Se ao convocar o povo brasileiro para não desistir do Brasil o senhor quis passar o recado de que quem desistiu foi Lula e Dilma, eu gostaria muito de dizer que nem eu, nem o povo e, nem mesmo o senhor, acredita nisso. Muito pelo contrário. A gente sabe que o PT resgatou o Brasil do atraso imposto pelo nosso processo histórico de colonização, do intervencionismo norte americano e da recessão dos governos tucanos. Ao contrário de desistir do Brasil, Lula e Dilma se doaram ao nosso povo e promoveram a maior política de distribuição de renda do mundo, através do bolsa família. Lula e Dilma universalizaram o acesso às universidades públicas através do PROUNI, do FIES e do ENEM. Estão criando novas oportunidades de emprego e renda através do PRONATEC e estão revolucionando a saúde com o programa mais médicos.

Eduardo, eu precisava te dizer: não fui eu, nem o povo brasileiro, nem Lula, nem Dilma que desistimos do Brasil. Quem desistiu do Brasil, meu caro, foram os mesmos que hoje estão chafurdando em cima das circunstâncias que envolvem o acidente que de forma lamentável tirou você do nosso convívio. Fazem isso com o motivo único e claro de desgastar a reeleição de Dilma e entregar o país nas mãos de quem, de fato, desistiu do Brasil.

Descanse em paz, Eduardo. Por aqui, apesar da falta que você vai fazer a todo povo pernambucano, eu, Lula, Dilma e os brasileiros que acreditam no futuro do Brasil vamos continuar na luta, porque NÓS NUNCA DESISTIREMOS DO BRASIL.
Carlos Francisco da Silva, de Bezerros (PE)