Veja a decisão da Justiça do Rio que pode matar o Viomundo, o Blog de Luiz Carlos Azenha
30 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários aindaClique aqui para ver a decisão de magistrada do Rio de Janeiro que condenou o jornalista e blogueiro a pagar R$ 30 mil ao Diretor da Rede Globo Ali Kamel por danos morais, o que pode inviabilizar a continuação do Viomundo. Filed under: Política Tagged: Luiz Carlos Azenha Viomundo
Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa
28 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários aindaMeu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo.
Lembro: eu não era um qualquer, na Globo, então. Era recém-chegado de ser correspondente da emissora em Nova York. Fui o repórter destacado para cobrir o candidato tucano Geraldo Alckmin durante a campanha de 2006. Ouvi, na redação de São Paulo, diretamente do então editor de economia do Jornal Nacional, Marco Aurélio Mello, que tinha sido determinado desde o Rio que as reportagens de economia deveriam ser “esquecidas”– tirar o pé, foi a frase — porque supostamente poderiam beneficiar a reeleição de Lula.
Vi colegas, como Mariana Kotscho e Cecília Negrão, reclamando que a cobertura da emissora nas eleições presidenciais não era imparcial.
Um importante repórter da emissora ligava para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que a Globo pretendia entregar a eleição para o tucano Geraldo Alckmin. Ouvi o telefonema. Mais tarde, instado pelo próprio ministro, confirmei o que era também minha impressão.
Pessoalmente, tive uma reportagem potencialmente danosa para o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, censurada. A reportagem dava conta de que Serra, enquanto ministro, tinha autorizado a maior parte das doações irregulares de ambulâncias a prefeituras.
Quando uma produtora localizou no interior de Minas Gerais o ex-assessor do ministro da Saúde Serra, Platão Fischer-Puller, que poderia esclarecer aspectos obscuros sobre a gestão do ministro no governo FHC, ela foi desencorajada a perseguí-lo, enquanto todos os recursos da emissora foram destinados a denunciar o contador do PT Delúbio Soares e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, este posteriormente absolvido de todas as acusações.
Tive reportagem sobre Carlinhos Cachoeira — muito mais tarde revelado como fonte da revista Veja para escândalos do governo Lula — ‘deslocada’ de telejornal mais nobre da emissora para o Bom Dia Brasil, como pode atestar o então editor Marco Aurélio Mello.
Num episódio específico, fui perseguido na redação por um feitor munido de um rádio de comunicação com o qual falava diretamente com o Rio de Janeiro: tratava-se de obter minha assinatura para um abaixo-assinado em apoio a Ali Kamel sobre a cobertura das eleições de 2006.
Considero que isso caracteriza assédio moral, já que o beneficiado pelo abaixo-assinado era chefe e poderia promover ou prejudicar subordinados de acordo com a adesão.
Argumentei, então, que o comentarista de política da Globo, Arnaldo Jabor, havia dito em plena campanha eleitoral que Lula era comparável ao ditador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, e que não acreditava ser essa postura compatível com a suposta imparcialidade da emissora. Resposta do editor, que hoje ocupa importante cargo na hierarquia da Globo: Jabor era o “palhaço” da casa, não deveria ser levado a sério.
No dia do primeiro turno das eleições, alertado por colega, ouvi uma gravação entre o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno e um grupo de jornalistas, na qual eles combinavam como deveria ser feito o vazamento das fotos do dinheiro que teria sido usado pelo PT para comprar um dossiê contra o candidato Serra.
Achei o assunto relevante e reproduzi uma transcrição — confesso, defeituosa pela pressa – no Viomundo.
Fui advertido por telefone pelo atual chefão da Globo, Carlos Henrique Schroeder, de que não deveria ter revelado em meu blog pessoal, hospedado na Globo.com, informações levantadas durante meu trabalho como repórter da emissora.
Contestei: a gravação, em minha opinião, era jornalisticamente relevante para o entendimento de todo o contexto do vazamento, que se deu exatamente na véspera do primeiro turno.
Enojado com o que havia testemunhado ao longo de 2006, inclusive com a represália exercida contra colegas — dentre os quais Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e Carlos Dornelles — e interessado especialmente em conhecer o mundo da blogosfera — pedi antecipadamente a rescisão de meu contrato com a emissora, na qual ganhava salário de alto executivo, com mais de um ano de antecedência, assumindo o compromisso de não trabalhar para outra emissora antes do vencimento do contrato pelo qual já não recebia salário.
Ou seja, fiz isso apesar dos grandes danos para minha carreira profissional e meu sustento pessoal.
Apesar das mentiras, ilações e tentativas de assassinato de caráter, perpretradas pelo jornal O Globo* e colunistas associados de Veja, friso: sempre vivi de meu salário. Este site sempre foi mantido graças a meu próprio salário de jornalista-trabalhador.
O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais.
Porém, para tudo existe um limite. A ação que me foi movida pela TV Globo (nominalmente por Ali Kamel) me custou R$ 30 mil reais em honorários advocatícios.
Fora o que eventualmente terei de gastar para derrotá-la. Agora, pensem comigo: qual é o limite das Organizações Globo para gastar com advogados?
O objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é claro: intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais.
Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores.
Cheguei ao extremo de meu limite financeiro, o que obviamente não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico.
Durante a ditadura militar, implantada com o apoio das Organizações Globo, da Folha e do Estadão — entre outros que teriam se beneficiado do regime de força — houve uma forte tentativa de sufocar os meios alternativos de informação, dentre os quais destaco os jornais Movimento e Pasquim.
Hoje, através da judicialização de debate político, de um confronto que leva para a Justiça uma disputa entre desiguais, estamos fadados ao sufoco lento e gradual.
E, por mais que isso me doa profundamente no coração e na alma, devo admitir que perdemos. Não no campo político, mas no financeiro. Perdi. Ali Kamel e a Globo venceram. Calaram, pelo bolso, o Viomundo.
Estou certo de que meus queridíssimos leitores e apoiadores encontrarão alternativas à altura. O certo é que as Organizações Globo, uma das maiores empresas de jornalismo do mundo, nominalmente representadas aqui por Ali Kamel, mais uma vez impuseram seu monopólio informativo ao Brasil.
Eu os vejo por aí.
PS do Viomundo: Vem aí um livro escrito por mim com Rodrigo Vianna, Marco Aurelio Mello e outras testemunhas — identificadas ou não — narrando os bastidores da cobertura da eleição presidencial de 2006 na Globo, além de retratar tudo o que vocês testemunharam pessoalmente em 2010 e 2012.
PS do Viomundo 2: *Descreverei detalhadamente, em breve, como O Globo e associados tentaram praticar comigo o tradicional assassinato de caráter da mídia corporativa brasileira.
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Democracia, Marco Civil da Internet e Liberdade de Expressão em debate no 2º Paraná Blogs
26 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários aindaSindicalistas holandeses visitam Comissão de Fábrica dos Trabalhadores na Volvo
22 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários aindaSindicalistas holandeses visitam a Comissão de Fábrica dos Trabalhadores na Volvo
Brasileiros e holandeses discutiram a organização dos trabalhadores nos locais de trabalho e constataram que hoje enfrentam os mesmos desafios, entre os quais está aumentar a mobilização dos trabalhadores para manter conquistas sociaias.
Rogério Santos, coordenador da Comissão de Fabrica, comentou que "embora a Volvo seja considera uma boa empresa para se trabalhar, não há um ano que não seja necessário fazer uma greve para melhorar as condições de trabalho e salariais. Nada vem sem luta nem organização no local de trabalho".
Miguel do Rosário: Randolfe, do PSOL, se une à direita para sufocar blogosfera
19 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários aindaPSDB e PSOL se unem contra blogosfera
20/03/2013
por Miguel do Rosário, nO Cafezinho
Tucano cobra explicações sobre gasto oficial na internet
O Globo – 20/03/2013
BRASÍLIA O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), protocolou ontem pedido de informações para que o governo explique o aumento de gastos com publicidade na internet, de 483%, no período de 2000 a 2011, segundo o partido. De acordo com o líder tucano, os gastos informados pelo governo não permitem saber a razão do aumento dessas despesas, passando de R$ 15 milhões, em 2000, para R$ 90 milhões, em 2011.
Aloysio quer que a Secretaria de Comunicação da Presidência explique se há financiamento público dos chamados “blogs sujos”, que são, segundo ele, sites de jornalistas contratados para atacar opositores do governo.
- Muitos dados que temos não são suficientemente pormenorizados. É impossível saber o que é gasto com empresas que concorreram no mercado, e as que não são. É um exército, uma milícia no “cyberespaço”. Eu quero saber onde e como esse dinheiro está sendo gasto – disse Aloysio.
O líder do PSOL, senador Randolfe Rodrigues (AP), que disse que irá subscrever o requerimento do tucano, afirmou que um site que veicula publicidade de uma empresa estatal teria “massacrado” o senador Pedro Taques (PDT-MT), um dos mais críticos ao governo no Senado:
- Se recebe verbas públicas para isso, mais do que ameaça à liberdade de expressão, é uma ameaça à democracia. É o financiamento do achincalhamento de quem tem alguma divergência – disse Randolfe.
*****
Diz o Miguel:
A “denúncia” de Aloysio Nunes é antes de tudo burrice. Em 2000, a internet quase não existia no Brasil. Eu, que fui um dos primeiros blogueiros do país, entrei por aqui em 2004. Essa é a explicação óbvia porque o aumento da publicidade estatal na internet cresceu 483%.
Mais grave que a burrice, porém, é que Nunes na verdade está tentando perseguir a blogosfera. O Cafezinho já identificou que mais de dois terços da publicidade federal vai para UOL, Globo, Abril. Até o site da Fox recebe dinheiro. A blogosfera não ganha nada. Alguns blogs de grande circulação recebem anúncios de estatais. É triste sobretudo ver um senador de esquerda, como Randolfe Rodrigues, adotar uma postura tão mesquinha, apenas porque viu ataques de um blog ao senador Pedro Tacques. E daí?
A grande mídia não ataca diariamente políticos e instituições, e não é justamente por isso que é considerada “crítica” e “independente”? Quer dizer que o senhor Randolfe Rodrigues, que nunca abriu a boca para reclamar contra a concentração midiática no país, e contra uma lógica de direcionamento de verbas estatais que apenas beneficia os grandes, agora vai entrar na turma dos que querem asfixiar financeiramente os dois ou três blogs que receberam uns caraminguás? E por que?
Porque um blog (deve ter sido o 247, que nem é blog exatamente, ou o Conversa Afiada) publicou uma denúncia feita por um jornalista que trabalha no mesmo estado que Pedro Tacques? Ora, se houvesse um blogueiro ou jornalista em Goiás que denunciasse Demóstenes Torres, o Brasil não teria sido pautado, por anos, por um cupincha de Carlinhos Cachoeira que fazia dobradinha com a revista Veja.
Na verdade, o ataque do senador Aloysio Nunes reflete o medo crescente que eles tem da blogosfera, uma vez que sabem que suas ideias apenas podem ganhar eleitores se estes se informarem exclusivamente pela grande mídia conservadora. Sabendo disso, eles querem não somente asfixiar financeiramente os dois ou três blogs que recebem alguma publicidade estatal, mas sobretudo: intimidar o governo, para que não se torne mais plural e democrático na distribuição da publicidade federal; constranger os próprios blogueiros a não lutar por seus direitos; atacar moralmente os blogueiros, que não escreveriam por ideal, mas por “dinheiro”.
Eu, como blogueiro, não quero nenhum recurso federal. Meu blog vive de assinaturas, não preciso de nenhuma publicidade estatal. Mas das duas, uma. Ou o governo não dá para ninguém, ou dá para todos. Não acho certo o governo, que tem compromissos com a disseminação de valores democráticos, ou seja, com o pluralismo e o debate, entregar tantos recursos para poucos grupos de comunicação, colaborando para a manutenção de uma lógica que já se mostrou terrivelmente nociva para a democracia brasileira.
A luta por uma comunicação social mais democrática e mais plural inscreve-se na luta pelos direitos humanos, pela cultura e pelo desenvolvimento, de maneira que os partidos políticos que, por medo da mídia corporativa, silenciam-se sobre um dos temas mais urgentes da pauta política nacional, são covardes e representam, mesmo que posem para as câmaras de progressistas e inovadores (como a rede marinista), a continuidade do atraso, com nova e engandora roupagem.
É um escárnio que os mesmos grupos que deram o golpe de Estado em 64, e apoiaram a ditadura, hoje recebam milhões de reais de publicidade estatal, e os setores que representam as ideias daqueles que lutaram contra a ditadura, desde o início, não apenas não recebam nada, como sejam alvos de ataque das mesmas mídias que recebem grandes somas de recursos públicos. O patrimônio financeiro dos donos da mídia foi construído, em boa parte, sobre os escombros da democracia.
O escárnio se torna insuportável quando eu vejo um senador acusando a blogosfera de receber um dinheiro que na verdade vai para os barões. E com apoio do senador do PSOL!
Sindicalistas holandeses participarão de intercâmbio em Ponta Grossa e Curitiba
14 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários aindaNa semana de 17 a 23 de março de 2013, uma delegação de sindicalistas holandeses representantes da FNV - a maior Central Sindical Holandesa e seu maior sindicato filiado, o Bondgenoten (Aliados), visitará as cidades de Ponta Grossa e Curitiba, no Paraná, onde terá a oportunidade de conhecer o trabalho sindical organizado nestas localidades e trocar informações com seus colegas metalúrgicos brasileiros.
O intercâmbio faz parte de um projeto internacional de troca de experiências e informações desenvolvido por TIE-Brasil em parceria com TIE-Holanda, FNV-Bondgenoten e sindicatos brasileiros.
Além de visita à fábrica, a delegação terá a oportunidade de debater com os companheiros brasileiros temas como Organização no Local de Trabalho, Desafios da inclusão de jovens e mulheres ao trabalho sindical, Solidariedade Internacional, Cooperação Sindical Internacional e conhecer os métodos de produção coletiva de conhecimento desenvolvidos pelo movimento sindical Brasileiro.
Participarão das atividades representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Ponta Grossa, CUT-PR, CNM-CUT, Departamento dos Metalúrgicos do Paraná e Santa Catarina, TIE-Brasil, TIE-Holanda e FNV-Bondgenoten.
A visita prevê ainda uma partida de futebol entre os trabalhadores e sindicalistas holandeses e brasileiros.
Fonte: TIE-Brasil
Deus nos livrou do reaça brazuca, mas não do argentino!
12 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários aindaDias piores virão e a Igreja Católica faz voto de retorno inconteste à Idade Média.
Deus nos livrou do reaça brazuca, mas não do argentino que, segundo o livro "El Silencio" (Editorial Sudamericana), de Horacio Verbitsky, o ex-cardeal primaz da Argentina, Jorge Bergoglio, agora papa Francisco I, contribuiu para a detenção, pelas Forças Armadas do país vizinho, de dois sacerdotes que trabalhavam sob seu comando na Companhia de Jesus: Francisco Jalics e Orlando Yorio, em 1976.
Não será, ou não deveria ser, nenhuma surpresa para os defensores da Democracia e dos Direitos Humanos se aparecem documentos vinculando o recém-eleito papa à AAA (Tríple A ou Alianza Anticomunista Argentina) irmã de sangue e ideologia do brasileiro CCC - Comando de Caça aos Comunistas.
A Igreja Católica troca um nazista alemão por um nazi-fascista argentino. O retrocesso é grande.
O alvo é claro
Assim como Pio XII calou-se contra as atrocidades cometidas pelo regime nazista de Hitler, João Paulo II trabalhou para acabar com o comunismo no Leste Europeu. Agora Francisco I deverá enterrar o pouco que sobrou da Teologia da Libertação e atacar os governos progressistas da América Latina que cometem o pecado de transformar trabalhadores pobres em cidadãos de seus países.
Os donos de Roma, aliados aos donos de Washington não podem permitir que coisas do tipo continuem a acontecerno seu quintal.
Preparemo-nos, pois o Chico I vai descer no Brasil na época da Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho.
Quer saber mais sobre o Chico I? Então, leia aqui
E, por favor, não confunda sua fé em Deus com as maracutaias políticas e econômicas do Vaticano, que é formado por mortais corruptíveis como quaisquer outros.
Na Foto: o então Jorge Bergoglio, atual Francisco I, nos anos 1970 feliz da vida ao lado do ditador argentino Jorge Videla, que seria em 22 de novembro de 2010, julgado e condenado a prisão perpétua e destituído da patente militar pela morte de 31 prisioneiros que ocorreram após o golpe de estado por ele comandado.
Veja também:
Novo papa já foi acusado de cumplicidade com crimes da ditadura argentina
Triste notícia para a imprensa alternativa brasileira: demissão em massa na revista Caros Amigos
12 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários aindaA redação da revista “Caros Amigos”, que estava em greve desde sexta-feira (08/03), foi alvo de uma demissão coletiva.
Nas redes sociais, leitores protestaram, considerando a atitude incompatível com uma revista de esquerda.
Independentemente das razões alegadas pelas partes para chegar a esta situação, fato é que o ocorrido deixa a imprensa alternativa brasileira mais fraca.
É uma triste notícia para o país e para todos aqueles que sonham e lutam pela Democratização da Comunicações no Brasil.
DIRETOR DA CAROS AMIGOS DEMITE
EQUIPE DA REDAÇÃO EM GREVE
O diretor-geral da revista Caros Amigos, Wagner Nabuco, chamou hoje (11/03/2013) a equipe de redação e anunciou que a empresa está demitindo todos os trabalhadores que se encontravam em greve desde sexta-feira, dia 08/03, alegando "quebra de confiança".
Nós, integrantes da equipe de redação da revista Caros Amigos - responsáveis diretos pela publicação da edição mensal, o site Caros Amigos, as edições especiais e encartes da Editora Casa Amarela - lamentamos a decisão da Direção. Consideramos a precarização do trabalho e a atitude unilateral como passos para trás no fortalecimento do projeto editorial da revista, que sempre se colocou como uma publicação independente, de jornalismo crítico e de qualidade, apoiando por diversas vezes, inclusive, a luta de trabalhadores de outras áreas contra a precarização no mercado de trabalho.
A greve é um instrumento legal, previsto na Constituição brasileira e direito de todos os trabalhadores. Foi adotada como medida para tentar melhorar as condições de trabalho na revista e foi precedida por uma série de incansáveis diálogos por parte desta equipe, desde que ela começou a ser montada em 2009. As tentativas foram sempre no sentido de atingir o piso salarial para todos os profissionais, encerrar os atrasos no pagamento dos salários e direitos como férias e 13º, que nos atingiram por mais de uma vez, de conquistar o registro dos funcionários fixos e uma melhor relação com colaboradores freelancers, que também convivem e conviveram com baixas remunerações e atrasos nos pagamentos.
Diante de alegações por parte da direção sobre dificuldades financeiras vividas pela empresa por se tratar de uma publicação alternativa, convivemos com salários mais baixos que os pisos e os praticados pelo mercado, e também com a inexistência de muitos direitos trabalhistas. Aceitamos negociar gradativamente a correção desses problemas de forma a fazer com que a Caros Amigos, "a primeira à esquerda", não se tornasse agente de exploração de seus funcionários e avançasse nessa frente conforme suas possibilidades. Trabalhamos para ampliar a receita da empresa, seja pelo prestígio do trabalho realizado, muitas vezes premiado, seja pelo aumento do trabalho em forma de outras publicações como especiais e encartes.
Em todos os anos entre 2009 e 2013, mantivemos o diálogo salutar com a Direção, buscando negociar melhores condições para desenvolvermos o trabalho com o qual estávamos comprometidos. Isso foi feito por meio de cartas de toda a redação à direção, conversas de comissões da redação com a direção e inúmeras negociações entre o editor-chefe e diretor-geral.
Apesar de todos nossos esforços em construir uma boa relação interna, fomos pegos de surpresa com o anúncio de corte da folha salarial em 50%, com a demissão de boa parte da equipe ou redução do salário dos 11 funcionários de 32 mil pra 16 mil ao todo, conforme relatado em nota divulgada na data de anúncio da greve e que segue novamente ao final desta.
O anúncio de medida drástica que atinge diretamente os trabalhadores foi feito em forma de comunicado pelo diretor-geral, sem margem para negociação. Ainda buscamos pelo diálogo reverter o problema junto à direção por uma semana. Sem margem para conversa, recorremos à paralisação como forma de ampliarmos nossas vozes, mas fomos surpreendidos mais uma vez com o comunicado da demissão coletiva.
Nossa luta não é - e nunca foi - contra a revista Caros Amigos. Pelo contrario, reforçamos a importância de publicações contra-hegemônicas e críticas em um cenário difícil para a democratização da comunicação no Brasil, que cerceia a variedade de vozes. Nossa luta é, portanto, para o fortalecimento e a coerência de um veículo fundamental do qual sempre tivemos o maior orgulho de participar.
Vimos a público lamentar profundamente que essa crise provocada pela direção venha causar sérios prejuízos ao projeto editorial da Caros Amigos, que contou por todos esses anos com nossa dedicação.
Saímos desse espaço de forma digna diante de uma situação que tornou a greve inevitável, na esperança que nossos apelos sirvam de acúmulo para o futuro da Caros Amigosde modo que ela se torne exemplo não só no campo editorial, mas nas relações que mantém com seus funcionários e colaboradores. Esperamos que o compromisso assumido com colaboradores durante a gestão dessa equipe seja louvado e que eles recebam seus pagamentos sem atrasos. Também que sejam honrados nossos diretos trabalhistas.
Agradecemos todos que se solidarizaram com nossa situação e os que seguirão nos apoiando nessa nova etapa. Esperamos que esta experiência sirva de acúmulo e motivo de debate sobre a precarização, o achatamento de salários, a piora nas condições de trabalho e atitudes patronais- que existem tanto em empresas da grande imprensa quanto nas da contra-hegemônica- no sentido de buscarmos melhores condições para todos exercerem suas profissões. Por fim, esperamos que o exemplo comece pela imprensa contra-hegemônica com a correção de práticas como esta.
São Paulo, 11 de março de 2013.
01 - Alexandre Bazzan
02 - Caio Zinet
03 - Cecília Luedemann
04 - Débora Prado
05 - Eliane Parmezani
06 - Gabriela Moncau
07 - Gilberto Breyne
08 - Hamilton Octavio de Souza
09 - Otávio Nagoya
10 – Paula Salati
11 - Ricardo Palamartchuk
[NOTA DO DIA 8 DE MARÇO]
REDAÇÃO DA CAROS AMIGOS ESTÁ EM GREVE CONTRA A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO
Nós, integrantes da equipe de redação da revista Caros Amigos, responsáveis diretos pela publicação da edição mensal, o site Caros Amigos e as edições especiais e encartes da Editora Casa Amarela, denunciamos a crescente precarização das nossas condições de trabalho, seja pela ausência de registro na carteira profissional, o não recolhimento das contribuições do FGTS e do INSS, e, agora, o agravamento da situação pela ameaça concreta de corte da folha salarial em 50%, com a demissão de boa parte da equipe.
No dia 4 de março, o diretor-geral da editora, Wagner Nabuco, comunicou aos integrantes da redação (jornalistas e designers gráficos) que a partir do dia 1º de abril haverá um corte na folha salarial da redação de 50%, que passará de um total de R$32.000,00 para R$16.000,00. Ele justificou a drástica medida devido ao pagamento de dívidas fiscais acumuladas desde o ano 2000 e ao déficit operacional entre receitas da editora e custos fixos, incluindo os nossos (baixos) salários.
Tendo em vista que a redação já trabalha com equipe bastante reduzida – um total de 11 profissionais –, o corte proposto pelo diretor-geral significa na prática manter os serviços editoriais com uma equipe fixa de cinco (5) ou seis (6) pessoas – com evidente aumento de trabalho sem compensação salarial. Significa também a demissão de vários jornalistas que têm se dedicado a dar sustentação ao projeto editorial da Caros Amigos, que é reconhecido publicamente como uma referência positiva de jornalismo crítico e independente em relação ao jogo do mercado.
O diretor-geral argumentou que vai procurar abastecer o material jornalístico da editora com a utilização de serviços de free-lancers, o que significa, na prática, aprofundar a precarização do mercado de trabalho e manter o esquema de sonegação das contribuições sociais para a Previdência.
Por não concordarmos com tais medidas que aviltam ainda mais as relações de trabalho, e por sentirmo-nos desrespeitados na nossa condição de trabalhadores, cidadãos e jornalistas, denunciamos esse terrível golpe contra a redação da revista e nos declaramos em greve, na expectativa de que essa situação possa ser revertida.
Lamentamos profundamente que essa crise provocada pela direção venha causar sérios prejuízos ao projeto editorial da Caros Amigos, que tem contado com a simpatia e apoio dos setores progressistas e de esquerda da sociedade.
São Paulo, 8 de março de 2013.
01 - Alexandre Bazzan
02 - Caio Zinet
03 - Cecília Luedemann
04 - Débora Prado
05 - Eliane Parmezani
06 - Gabriela Moncau
07 - Gilberto Breyne
08 - Hamilton Octavio de Souza
09 - Otávio Nagoya
10 – Paula Salati
11 - Ricardo Palamartchuk
Lei garante estacionamewnto grátis nos shoppings e hipermercados. Você sabia?
12 de Março de 2013, 21:00 - sem comentários ainda
Súmula: Dispõe sobre a cobrança da taxa de estacionamento cobrada por Shopping Centers e Hipermercados.
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná aprovou e eu promulgo, nos termos do § 7º do Artigo 71 da Constituição Estadual, a seguinte Lei:
Art. 1º Ficam dispensados de pagamento das taxas referentes ao uso de estacionamento cobradas por Shoppings Centers e Hipermercados instalados no Estado do Paraná, os clientes que comprovarem despesa correspondente a pelo menos dez vezes o valor da referida taxa.
§ 1º A gratuidade a que se refere o caput só será efetivada mediante a apresentação de notas fiscais que comprovem a despesa efetuada no estabelecimento.
§ 2º As notas fiscais deverão necessariamente datar do dia no qual o cliente faz o pleito à gratuidade.
Art 2º O período do veículo no estacionamento dos estabelecimentos citados do Artigo 1º, por até vinte minutos, deve ser gratuito.
Art. 3º O benefício previsto nesta lei só poderá ser percebido pelo cliente que permanecer por, no máximo, 2 (duas) horas no interior do Shopping Center ou Hipermercado.
§ 1º O tempo de permanência do cliente no interior do estabelecimento deverá ser comprovado através da emissão de documento quando de sua entrada no estacionamento daquele estabelecimento.
§ 2º Caso o cliente ultrapasse o tempo previsto para a concessão da gratuidade, passa a vigorar a tabela de preços para o estacionamento utilizada normalmente pelo estabelecimento.
Art. 4º Ficam os Shoppings Centers e Hipermercados obrigados a divulgar o conteúdo desta lei através da colocação de cartazes em suas dependências.
Art. 5º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
HERMAS BRANDÃO
Presidente
Resolução do Diretório Nacional do PT: Democratização da mídia é urgente e inadiável
28 de Fevereiro de 2013, 21:00 - sem comentários aindaArtigo sugerido por O Eletricitário
O Diretório Nacional do PT, reunido em Fortaleza nos dias 1 e 2/3/2013, levando em consideração:
1. A decisão do governo federal de adiar a implantação de um novo marco regulatório das comunicações, anunciada em 20 de fevereiro pelo Ministério das Comunicações;
2. A isenção fiscal, no montante de R$ 60 bilhões, concedida às empresas de telecomunicações, no contexto do novo Plano Nacional de Banda Larga;
3. A necessidade de que as deliberações democraticamente aprovadas pela Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), convocada e organizada pelo governo federal e realizada em Brasília em 2009 — em especial aquelas que determinam a reforma do marco regulatório das comunicações, mudanças no regime de concessões de rádio e TV,adequação da produção e difusão de conteúdos às normas da Constituição Federal, e anistia às rádios comunitárias — sejam implementadas pela União;
4. Por fim, mas não menos importante, que o oligopólio que controla o sistema de mídia no Brasil é um dos mais fortes obstáculos, nos dias de hoje, à transformação da realidade do nosso país.
RESOLVE:
I. Conclamar o governo a reconsiderar a atitude do Ministério das Comunicações, dando início à reforma do marco regulatório das comunicações, bem como a abrir diálogo com os movimentos sociais e grupos da sociedade civil que lutam para democratizar as mídias no país;
II. No mesmo sentido, conclamar o governo a rever o pacote de isenções concedido às empresas de telecomunicações; a reiniciar o processo de recuperação da Telebrás; e a manter a neutralidade da Internet (igualdade de acesso, ameaçada por grandes interesses comerciais);
III. Apoiar a iniciativa de um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para um novo marco regulatório das comunicações, proposto pelo Fórum Nacional pela Democratização daComunicação (FNDC), pela CUT e outras entidades, conclamando a militância do Partido dos Trabalhadores a se juntardecididamente a essa campanha;
IV. Convocar a Conferência Nacional Extraordinária de Comunicação do PT, a ser realizada ainda em 2013, com o tema “Democratizar a Mídia e ampliar a liberdade de expressão, para Democratizar o Brasil”.
Fonte: Resolução do Diretório Nacional do PT: Democratização da mídia é urgente e inadiável
Entrevista com Valter Pomar: PT, um partido ímpar
13 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaArtigo sugerido por O Eletricitário
O jornal Página 13 entrevista nesta edição Valter Pomar, membro do Diretório Nacional do PT e Secretário Executivo do Foro de São Paulo. O dirigente petista faz uma análise da trajetória do partido que completa 33 anos, no dia 10 de fevereiro. Fala sobre os dez anos do partido frente ao Governo Federal; e a necessidade de que o Processo de Eleições Diretas, que será realizado este ano seja capaz de formular uma nova estratégia para o PT enfrentar a atual situação política, nacional e regional e mundial.
PG13 – O PT completa 33 anos no dia 10 de fevereiro. Qual é a diferença do PT de 1980 e de hoje?
Valter Pomar – A principal diferença é que hoje somos governo nacional e temos melhores condições para materializar nossas propostas. Mas conquistamos a presidência de República em condições muito diferentes daquelas que existiam em 1980 ou em 1989. O PT é diferente, o Brasil é diferente, a América Latina e o mundo são diferentes.
PG13 – O que mudou desde fundação do PT para cá?
Valter Pomar – De maneira geral, a onda neoliberal que começou nos anos 1970 afetou negativamente o mundo do trabalho, as nações em desenvolvimento, o estado de bem estar europeu, o socialismo de tipo soviético e causou imensos estragos na cultura progressista, democrática, de esquerda em todo o mundo. Tudo isto constrange o potencial de um governo de esquerda.
PG13 – Como, apesar deste contexto negativo, o PT ganhou as eleições presidenciais?
Valter Pomar – Há várias causas. O neoliberalismo chegou tardiamente no Brasil, quando já estava refluindo no resto do mundo. Em parte por isto, em parte por nossas virtudes, conseguimos impedir os tucanos de implementar o neoliberalismo até o fim: por exemplo, preservamos estatais importantes, como o Banco do Brasil e a Petrobras. O que quer dizer que a correlação de forças aqui não era tão negativa quanto em outras partes. Por outro lado, apesar de também ter sido impactado, o PT conseguiu ampliar sua influência eleitoral nos anos 90, o que funcionou como um contraponto ao refluxo das lutas sociais naquele mesmo período e funcionou como um acúmulo de forças fundamental para entender a vitória de 2002. E, por fim, há um fato importantíssimo: uma parte da burguesia brasileira estava descontente com o fundamentalismo neoliberal de FHC e não fez contra Lula 2002 o que havia feito contra o Lula 1989. Essas são algumas das causas que nos levaram a vencer. A correlação de forças não impediu o PT de ganhar as eleições presidenciais de 2002, mas produziu um governo muito diferente do que faríamos, por exemplo, se tivéssemos vencido em 1989. Naquela época teríamos um governo de esquerda, já a partir de 2003 tivemos um governo de centro-esquerda.
PG13 – Em que o PT avançou?
Valter Pomar – Aqui é preciso distinguir as coisas. O PT nos anos 80 era o partido da luta contra a ditadura e contra a transição conservadora, um partido de oposição, ancorado nas lutas sociais e no socialismo como objetivo. Já nos 90 nos convertemos em alternativa de governo contra o neoliberalismo. E a partir de 2003, viramos o partido do presidente da República. Assim, do ponto de vista de massa, nossos êxitos se confundem com os êxitos do governo, que de maneira muito resumida consistem em ter melhorado a vida do povo, recuperado o papel do Estado e adotado uma política de integração regional. Numa frase, estamos nos desfazendo da herança maldita do neoliberalismo. Mas o Partido não pode ser avaliado apenas pelo que fez ou deixou de fazer enquanto governo. Temos objetivos históricos que vão muito além daquilo que um governo é capaz de fazer. E, neste aspecto, o balanço é mais contraditório.
PG13 – Você acha que nesses anos o PT retrocedeu?
Valter Pomar – As pesquisas, inclusive as nossas, mostram que o PT segue sendo o partido com maior apoio popular, 24%, muito à frente do segundo colocado, que é o PMDB, com 6%. Mas somos os maiores, num ambiente em que cai o número de brasileiros e brasileiras que manifestam preferência por algum partido: 61% em 1988, 44% em 2012. De maneira geral, podemos dizer que nos últimos dez anos melhoraram as condições materiais de vida do povo brasileiro, mas a subjetividade popular não acompanhou o ritmo. Por subjetividade, eu me refiro ao ambiente cultural em geral, à postura dos meios de comunicação e da indústria cultural, à qualidade da educação pública, à auto-organização social, à democratização da política e à vida interna dos partidos. No concreto: hoje no PT temos mais filiados-eleitores que filiados-militantes. E nossa vida interna, nosso debate, está longe, muito longe, da que necessitamos para governar e principalmente transformar profundamente o país.
PG13 – Apesar disto, podemos falar que o PT é hoje o maior partido de esquerda da América Latina e um dos maiores do mundo?
Valter Pomar – Eu evito usar esta expressão, porque me recorda uma frase de um ministro da ditadura militar acerca da Arena. Brincadeiras a parte, o PT não é dos maiores partidos do ponto de vista numérico. Pode ser que esteja enganado, mas acho que o percentual de brasileiros filiados ao PT é inferior ao de uruguaios filiados à Frente Ampla. Aliás, o PT precisa crescer muito em número de filiados, o que exigirá garantir a existência de núcleos, de formação e de comunicação partidária. Mas voltando a tua pergunta, embora numericamente possamos não ser os maiores, ao menos proporcionalmente, do ponto de vista político o PT é visto hoje como um dos partidos mais importantes do mundo e da América Latina. Não apenas porque governamos o Brasil, com os êxitos já citados, mas também porque expressamos uma esquerda que soube resistir relativamente bem à crise do socialismo soviético e da social-democracia.
PG13 – Quais os principais desafios do Partido para o próximo período?
Valter Pomar – Um dos desafios é não viver do passado glorioso, nem se conformar com o presente exitoso. Noutras palavras: o PT não pode virar um partido que tem um grande passado pela frente. Até porque, se fizermos isto, seremos derrotados pela direita, que está se renovando, se reciclando, nos atacando e experimentando caminhos para nos derrotar. Outro desafio é deixar de ser um partido de anos pares, ou seja, um partido que vive fundamentalmente em função dos processos eleitorais, dos governos, dos mandatos parlamentares e do pagamento das dívidas das campanhas anteriores. Temos quer voltar a ser um partido que atua também nos anos ímpares e que sabe combinar luta social, luta ideológica, construção e partidária, com disputa eleitoral, ação parlamentar e governamental. Foi com esta combinação de formas de luta que acumulamos forças para vencer em 2002. Um terceiro desafio é construir uma estratégia que nos permita passar para uma nova etapa, uma etapa de reformas estruturais no país. Aqui, em minha opinião, trata-se de atualizar o programa e a estratégia democrático-popular e socialista que o PT elaborou nos anos 80. Até porque, o sucesso relativo de nossa ação governamental está recolocando os dilemas estratégicos que o Brasil viveu naquela época. Evidentemente, um quarto desafio é a reeleição para a presidência em 2014, ampliar nossa presença nos governos estaduais e nos parlamentos.
PG13 – Neste ano, além das comemorações dos 33 anos do PT, o partido realiza o Processo de Eleições Diretas. Qual é a importância do PED?
Valter Pomar – Depende. Se o regulamento do PED for respeitado, ou seja, se houver debate, democracia interna e, principalmente, se pararmos de importar para dentro da nossa vida interna práticas oriundas das eleições tradicionais, se tudo isto for feito, o PED pode ser muito importante para formular uma nova estratégia para o PT enfrentar a nova situação política, nacional e regional e mundial. Resumidamente: em parte por causa dos efeitos da crise, em parte porque a burguesia não gosta da combinação de salários altos e desemprego baixo, está ocorrendo uma mudança na postura do grande capital frente ao governo federal encabeçado pelo PT. Ou seja, estão deixando de existir aquelas condições excepcionais que permitiram a um governo de centro-esquerda, liderado por Lula, melhorar a vida dos pobres e garantir grandes lucros aos ricos. O PED é o momento de debater esta nova situação e de decidir que caminho seguir. Claro que haverá os que defendem que o caminho a seguir é fazer concessões ao capital, via concessões, desonerações, subsídios e flexibilizações na legislação trabalhista e social. Confio, entretanto, que a maioria do Partido vai optar por outro caminho: mais democracia, reformas estruturais, fortalecer o mundo do trabalho, reafirmar nossos compromissos socialistas.
PG13 – O que diria para o militante petista e para o simpatizante do partido nos 33 anos do PT? Qual é hoje o principal inimigo e a principal ameaça ao PT?
Valter Pomar – Se me pedem para escolher um, eu diria que o principal inimigo é o monopólio da mídia. Hoje, as grandes empresas de comunicação são o quartel-general da direita, dos conservadores. Não apenas do antipetismo, mas anti-esquerda, anti-movimentos sociais, anti-democracia. Agora, a principal ameaça que paira sobre nós é a postura conivente, complacente, tímida, recuada, com que alguns setores do PT e da esquerda em geral tratam este tema. O inimigo está na dele, está fazendo o seu papel, que é o de nos desmoralizar para nos destruir. O problema está em como atuamos frente a isto. Temos que construir os nossos meios de comunicação próprios, temos que democratizar a verba publicitária dos governos que dirigimos, temos que fazer cumprir as leis (por exemplo, parlamentares não podem ser proprietários de concessões públicas de rádio e TV) e temos que alterar a legislação que regula a comunicação social.
PG13 – Mas o PT já está há dez anos no governo e, como você diz, pouco avançamos na tão sonhada democratização da comunicação. Por quê?
Valter Pomar – Na minha opinião, prevaleceu no governo uma linha incorreta, de conciliação com as grandes empresas de comunicação. O problema de fundo é o seguinte: a saúde é um direito público, a educação é um direito público, é dever do Estado garantir estes direitos, podendo o setor privado ter um papel complementar, mas sob supervisão pública. Pois bem: na comunicação deveria valer o mesmo critério. Mas na prática segue prevalecendo o contrário: a informação e a comunicação são controlados pelo setor monopolista privado, com quase nenhuma supervisão pública, mas com amplo financiamento público via propaganda governamental. Nós temos os recursos humanos e financeiros necessários para ter uma comunicação pública de imensa qualidade, assim como para ter uma comunicação privada democrática e plural; falta vontade política. E temos a obrigação de democratizar as verbas publicitárias, muito mais do que aquilo que já foi feito.
PG13 – Quero insistir no assunto governo. Em 2013, o partido também comemora os 10 anos do Governo Democrático e Popular. O PT conseguiu os avanços a que se propôs enquanto governo e se manteve fiel à sua plataforma?
Valter Pomar – Não foram dez anos de governo democrático-popular. Foram dez anos de governo federal encabeçado pelo PT. Assim está, aliás, no documento que convoca o Quinto Congresso petista. Infelizmente, na hora de dar nome ao evento, acho que alguém ficou com medo de melindrar os aliados com a história de encabeçado pelo PT; e como falar de governo de centro-esquerda é meio frustrante, tacaram a expressão democrático-popular. Sei que para alguns pode parecer uma firula terminológica, mas não é: precisamos exatamente de um governo que faça reformas estruturais no país, por exemplo, a tributária e a agrária, e o nome que sempre demos a isto foi exatamente governo democrático-popular. Feita esta ressalva, a resposta a tua pergunta é: mais ou menos. A plataforma do PT não foi globalmente executada nestes dez anos de governo. Em alguns casos, porque a correlação de forças impediu; noutros casos, porque durante muitos anos prevaleceu no Partido a tese de que é melhor um mal acordo do que uma boa briga. Apesar disto, estes dez anos podem e devem ser comemorados: com todas as limitações e contradições, trilhamos o caminho da superação do neoliberalismo, melhoramos a vida do povo e incentivamos a integração regional. Historicamente, não é pouca coisa. Mas, também historicamente, não é o suficiente. A desigualdade continua brutal, a maioria do povo ainda não tem acesso ao bem-estar social, a democracia política continua refém das elites.
PG13 – Você é um dos dirigentes da Articulação de Esquerda, tendência petista que este ano está comemorando 20 anos de fundação. De que forma a AE colaborou para a construção do PT e no que continua a colaborar?
Valter Pomar – Nos anos 80, a tendência hegemônica no PT era a chamada Articulação. Depois de 1989, houve um grande debate no Partido e nesta tendência, sobre como atuar no contexto da ofensiva neoliberal e da crise do socialismo. Este debate resultou, primeiro, numa guinada à direita, que se tivesse prevalecido teria transformado o PT num partido social-democrata. Num segundo momento, como reação, houve um giro à esquerda: entre 1993 e 1995, uma precária maioria de esquerda controlou o Diretório Nacional do PT. Num terceiro momento, a maioria de esquerda foi desalojada: perdemos o 10º Encontro Nacional do PT por apenas 2 votos na tese guia e 16 votos na escolha do presidente do Partido. Durante dez anos, entre 1995 e 2005, a esquerda partidária cumpriu um papel de resistência, oscilando entre 45% e 30% do Diretório Nacional. A Articulação de Esquerda vertebrou, ao lado de tendências como a Democracia Socialista e a Força Socialista, esta resistência. Certamente cometemos muitos erros, mas olhando para trás acho que cumprimos um papel importante para o PT: sem nós, sem a pressão que exercíamos, a maioria moderada do PT poderia ter levado o Partido para um caminho de desacumulação de forças. Dou como exemplos disto: a tentativa de fazer o PT participar da revisão constitucional, que poderia ter nos custado algumas estatais; a tentativa de aprovar o parlamentarismo, que inviabilizaria de fato o governo Lula; a tentativa de lançar outro candidato presidencial, que não Lula, em 1998; e as ridículas tentativas de tratar o PSDB como nosso aliado, tentativas que até recentemente causaram desastres, como em Belo Horizonte.
PG13 – Qual é o principal legado da AE e desafios daqui para frente?
Valter Pomar – Acho que nosso principal legado foi o que ajudamos a fazer em 2005. Naquele ano, a direita se empenhou a fundo em destruir o PT. Aproveitou-se, para isto, de erros cometidos por setores do próprio Partido. E, frente ao ataque da direita, outros setores do Partido se acovardaram ou ficaram em tamanha defensiva que não conseguiam, nem mesmo, dizer um único motivo para acreditar, defender e votar no PT. Nós da Articulação de Esquerda, igual a outros setores do petismo, não titubeamos em defender o PT e acho que cumprimos ali um papel muito importante. Embora, é preciso dizer, o papel fundamental tenha sido cumprido pelo petista anônimo, aquela montanha de gente que não apenas foi votar no PED de 2005, mas defendeu o PT na rua.
PG13 – A AE terá candidato no PED. Quem será? Qual a plataforma da corrente para o PT?
Valter Pomar – Teremos candidato, que pode ser alguém da própria Articulação de Esquerda, neste caso provavelmente eu mesmo, assim como pode ser alguém integrante de outro setor, desde que óbvio tenha identidade programática com aquilo que defendemos. Nossa plataforma estará disponível em março, no endereço www.pagina13.org.br Seu componente central é: uma nova estratégia para um novo período. Basicamente, defendemos que é preciso passar da ênfase na superação do neoliberalismo, para a ênfase nas reformas estruturais. E que para isto é preciso outro tipo de comportamento partidário: mais mobilização, mais organização de base, mais formação, mais comunicação, mais defesa do projeto socialista. Um partido também para os anos ímpares, como creio já ter dito antes.
PG13 – Qual é a sua avaliação sobre a crise de 2005 e a AP 470?
Valter Pomar – A crise de 2005 tem duas facetas: por um lado, o ataque hipócrita da direita, que tentou transformar um caso de caixa 2 numa crise constitucional e no supostamente maior escândalo de corrupção na história do país; por outro lado, os erros de importantes dirigentes, que se terceirizaram parte das finanças partidárias para um criminoso tucano chamado Marcos Valério. Como a direita não conseguiu nos destruir em 2005, nem conseguiu nos derrotar em 2006 e 2010, abriu-se para eles o caminho da judicialização da política em geral, e para esta estratégia o caso de 2005 caia como uma luva. Por isto sempre afirmei que o processo no Supremo Tribunal Federal resultaria em condenações. Curiosamente, alguns dos condenados achavam o contrário. A mesma ilusão de classe que os levou a promiscuidade com Marcos Valério, os levou a acreditar no suposto caráter técnico da corte suprema. Claro que para fazer as condenações, foi necessário criar uma nova jurisprudência. Aos inimigos, nem mesmo a lei…
PG13 – O que você pensa sobre os atos que são organizados Brasil afora pelo companheiro José Dirceu?
Valter Pomar – Eu penso que ele está no direito dele se defender, até porque sua condenação foi sem provas. Mas se eu fosse ele, agiria totalmente diferente. Primeiro, pelo papel que ele jogou na construção do PT e na direção do Partido durante a primeira fase do governo Lula, acho que ele tem a obrigação de apresentar um balanço crítico e autocrítico de sua atuação. Em segundo lugar, acho que ele deveria acompanhar as deliberações do Diretório Nacional do PT acerca do assunto, que evitam cair na armadilha montada pela direita, que pretende transformar as condenações de alguns filiados em condenação de todo o Partido. Na minha opinião, Dirceu não percebe que a tarefa de defender o PT não deve ser confundida com a tarefa de defender os condenados pelo STF. Em terceiro lugar e mais importante, eu teria enfrentado este tema ainda em 2005, assumindo a responsabilidade política pelos erros cometidos. Se tivéssemos feito isto, estaríamos todos nós, ele inclusive, em melhor condição, agora.
PG13 – Então você acha que estes atos não ajudam ao Partido?
Valter Pomar – Como disse, acho que o Dirceu tem o direito de se defender. E acho que os militantes que se sentem solidários a ele, podem e devem participar. Mas na minha opinião política, estes atos não ajudam o Partido, não ajudam o governo e não ajudam os condenados. O PT deve continuar denunciando os atropelos cometidos pelo STF, deve continuar prestando solidariedade aos condenados, sem que isto implique em deixar de reconhecer os graves erros que foram cometidos. Mas a defesa do PT passa pela ação do Partido em torno dos grandes temas da pauta nacional. Quem quer e precisa colocar este tema no centro da pauta é a direita, não nós.
PG13 – Qual é a posição da AE a respeito da reforma agrária? Qual é a avaliação da corrente sobre a atuação do governo nesta área?
Valter Pomar – Somos totalmente a favor da reforma agrária. Tanto antes, quanto agora. Seja para combater a inflação, seja por segurança alimentar, seja para democratizar a propriedade e o poder, a reforma agrária é fundamental. O desempenho dos nossos governos, nesta área da reforma agrária estritamente falando, é medíocre. O correto seria que a reforma agrária tivesse a mesma importância e a mesma qualidade que a política agrícola, o apoio aos assentados e aos pequenos produtores.
PG13 – Financiamento Público de campanha é fundamental para que?
Valter Pomar – Para que haja democracia. Hoje, a eleição é deformada pelo poder do dinheiro. Não há democracia que resista a isto. E, como a grana chama grana, o investimento das empresas na democracia gera leis e governos em favor das empresas doadoras, gerando também corrupção. A corrupção é um efeito colateral inevitável do financiamento privado empresarial das campanhas eleitorais.
PG13 – Qual é a pauta prioritária para o PT no próximo período? Na sua avaliação em que devemos centrar nossas lutas?
Valter Pomar – Politicamente falando? Reforma política e democratização da comunicação. O PT tem que aproveitar este ano, aproveitar o PED, aproveitar seu Congresso, para debater com a sociedade brasileira sobre os grandes temas de nosso país, sobre o balanço de nossos governos, sobre os desafios futuros e sobre os grandes obstáculos políticos a este futuro, hoje: a influência do poder econômico nas campanhas eleitorais e a deformação informativa e comunicacional imposta pelos monopólios da mídia.
PG13 – E com a classe trabalhadora qual deve ser a nossa relação?
Valter Pomar – O PT continua sendo o Partido preferido pela maior parte dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras. E também somos o partido preferido da maior parte dos militantes sociais. O problema é que a pauta da mobilização social, no sentido amplo da palavra, não apenas reivindicativo, não ocupa um lugar central na agenda das direções partidárias. Ao lado deste problema, que vem dos anos 1990, há um problema novo: o surgimento de uma nova classe trabalhadora, geracionalmente e sociologicamente, isto que alguns chamam indevidamente de nova classe média. O PT precisa buscar este setor, organizá-lo, mobilizá-lo, impedir que a direita o hegemonize. Em especial a juventude, com destaque para a juventude trabalhadora, que tem que ser reconquistada pelo PT. E para isto precisamos de uma conduta muito forte, que vai desde o funcionamento e postura do PT e da Juventude Petista, passando por fortalecer nosso agir cultural, as politicas de governo etc.
PG13 – E com os países da América Latina, da Europa que encontra-se em crise e EUA?
Valter Pomar – O PT tem uma política internacional bastante ativa, mas os recursos humanos e materiais disponíveis são ínfimos perante a imensidão da tarefa. Na secretaria de relações internacionais do PT temos, contando dirigentes e funcionários, sete pessoas. Quando contamos isto para os chineses ou para os franceses, eles não conseguem acreditar: seus departamentos de relações internacionais contam com mais gente. Se o PT quiser ampliar sua influência internacional, precisamos conhecer mais, elaborar mais, difundir mais o que fazemos e ter presença física mais intensa em todo o mundo. Não são tarefas difíceis em si, apenas exigem recursos, empenho e paciência para formar novos quadros. Felizmente, embora o PT estrito senso tenha pouca gente envolvida, o petismo no sentido amplo da palavra é muito presente na vida internacional, através dos nossos quadros que atuam na área, seja em movimentos sociais, ONGs, nas universidades e centros de pesquisa, governos e parlamentos. Este petismo internacionalista é fundamental para o PT e muitas vezes é o que suplemente a debilidade do aparato partidário.
PG13 – O que é ser socialista e defender o PT?
Valter Pomar – É fazer o que fazemos. Claro que quando eu vou a algumas atividades, onde a mesa de debate é composta apenas por organizações de ultra-esquerda, uma mais radical que a outra, é difícil. Mas quando eu lembro que o Brasil real é completamente diferente da composição daquela mesa de debate, quando eu lembro que a esquerda brasileira detém apenas 30% do parlamento nacional, quando eu lembro o ódio que a burguesia, a direita e o PIG têm contra o PT, quando eu penso no papel que o PT e o governo brasileiro jogam no mundo, quando eu penso no quanto melhorou a vida do povo nesses dez anos, aí eu acho que defender o PT é uma das coisas mais fáceis e necessárias.
De maneira similar, quando vou a reuniões dominadas por gente acrítica e burocratizada, que acham que está tudo 100% bem, que tem como horizonte máximo administrar, fica difícil. Mas basta mudar de ambiente, para ver que há dezenas ou centenas de milhares de petistas que não querem apenas governar, querem transformar o país e o mundo. Que não aceitam o neoliberalismo e o capitalismo como horizontes intransponíveis. E que não entraram no PT para fazer carreira, para ter cargos, mas sim para organizar e potencializar sua militância. Nestas horas, eu continuo achando válida uma opinião que eu tinha nos anos 80, ou seja, que o petismo pode ser o socialismo adequado às condições brasileiras. A conferir, pois esta história ainda está sendo escrita.
Divulgada a programação do 2º Paraná Blogs
2 de Fevereiro de 2013, 22:00 - sem comentários ainda2º Encontro de Blogueir@s, Redes Sociais e Cultura Digital do Paraná
PROGRAMAÇÃO
SEXTA-FEIRA, 12 DE ABRIL
14h00 Oficina: Blogoosfero - plataforma livre para autonomia da blogosfera brasileira, com Sérgio Bertoni, da Blogoosfero Foundation
19h00 Abertura oficial do #2ParanáBlogs - Encontro de Blogueiros, Redes Sociais e Cultura Digital do Paraná.
Debate: Democratização das Comunicações. Nada além da Constituição!
Convidados:
●Leonardo Boff
●Altamiro Borges
●Marcela Bomfim
SÁBADO, 13 DE ABRIL
09h00 Desconferência: Marco Civil da Internet e os direitos dos internautas.
Convidados:
●Deputado João Arruda, presidente da Comissão Especial do Marco Civil da Internet na Câmara Federal
●Tarso Cabral Violin, do Blog do Tarso
●Sérgio Bertoni, do Blogoosfero
11h30 Intervalo para almoço
13h00 Debate: Comunicação e Democracia
Convidados:
●Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania
●Vito Gianotti, do Núcleo Piratininga de Comunicação
●Cláudio Ribeiro, advogado e ativista político
●André Vieira, do #ParanáBlogs
15h00 Desconferência: Blogoosfera paranaense e a liberdade de expressão
Convidados:
●Joice Hasselmann, do Blog da Joice (Curitiba)
●Esmael Morais, do Blog do Esmael (Curitiba)
●Cesar Minotto, do Olho Aberto Paraná (Laranjeiras do Sul)
●Ronildo Pimentel, do Boca Maldita (Foz do Iguaçu)
●Hermerson Baptista, do Viva Samas (São Mateus do Sul)
●Cristiano Lima (São José dos Pinhais)
●Luiz Skora, do Polaco Doido (Curitiba)
18h00 Debate: Ativismo nas Redes Sociais
Convidados:
●Senador Roberto Requião
●Conceição Oliveira, do Blog da Maria Frô
●Cleverson Lima, do Blog Rodopiou
DOMINGO, 14 DE ABRIL
09h00 Oficina: “Monetização de blogs: Como tornar seu blog rentável”, com Robson Guimarães da Poolblique Comunicação
10h00 Trabalhos em grupo
12h00 Plenária final
II Encontro de Blogueir@s, Redes Sociais e Cultura Digital do Paraná
paranablogs@gmail.com
blogoosfero.com/paranablogs
facebook.com/paranablogs
Poolblique - Assessoria de comunicação
(41) 9626-4933
Fonte: ParanaBlogs
Blogueiro/Secretário Municipal cria blog para democratizar planejamento da cidade
26 de Janeiro de 2013, 22:00 - sem comentários aindaO blogueiro Hemerson Baptista, do Blog VivaSamas.net, foi recentemente empossado Secretário Municipal de Planejamento de São Mateus do Sul, PR.
Hemerson que já mantém seu blog (http://vivasamas.net) hospedado com domínio próprio no Blogoosfero, resolveu adotar esta plataforma livre de blogs e redes sociais, desenvolvida em software 100% brasileiro, para democratizar o processo de planejamento da cidade. Criou então o blog Plano Cidadão de São Mateus do Sul
http://blogoosfero.cc/plano-cidadao-sao-mateus-do-sul
cujo objetivo é Democratizar o processo de planejamento de São Mateus do Sul, bem como facilitar o acesso à informação e ampliar a participação popular nas decisões de governo e no desenvolvimento da cidade.
No blog, Hemerson disponibiliza também Softwares Livres, tais como o OpenProj, que permite à população por a mão na massa, criar (elaborar), compartilhar e gerenciar projetos em parceria com o poder público.
A iniciativa coloca São Mateus do Sul na vanguarda da autonomia tecnológica e já a transforma num case de bom uso dos recursos públicos e de democratização do acesso às informações ao usar ferramentas desenvolvidas em Software Livre e abrir espaço para que a população possa participar do planejamento da cidade.
Liberdade e Autonomia são importantes para o desenvolvimento de São Mateus, do Paraná e do Brasil!
Fonte: paranablogs