Um amigo que sabe das coisas costuma dizer: “não existe Salieri sem Mozart”. Uma referência ao músico invejoso que vivia às turras com o gênio Mozart na velha Áustria. FHC e os tucanos são Salieri. Arrebentam-se de inveja do gênio que é Lula. Se o lulismo se apagar, o tucanismo pode morrer abraçado com ele.
Ciro Gomes foi um leal combatente ao lado de Lula, nos tempos mais difíceis – quando parte do PT se enfiou debaixo da cama depois da denúncia do Mensalão em 2005.
Cid Gomes, irmão dele, teve a coragem de ir ao Congresso e cravar na testa de Eduardo Cunha: “achacador”!
Os dois têm uma trajetória controversa. Trocaram de partido várias vezes. Mas nos últimos 12 anos jamais trocaram de lado.
Cid e Ciro anunciaram o ingresso no PDT – que desde a morte de Brizola em 2003 perdeu força e identidade. Clique aqui para saber mais.
Está evidente que um dos dois será candidato a presidente em 2018. É mais um sinal de que a polarização PT/PSDB está encerrada.
Ciro (ou Cid?) pode até vir a ser o candidato apoiado por parte do bloco que hoje gravita em torno do lulismo. Mas o mais provável é que esse bloco se desfaça.
A próxima eleição (seja em 2018, ou antes disso se prosperar o golpe parlamentar contra Dilma) deve ser parecida com a de 1989: um quadro fragmentado.
O PSDB mesmo ameaça se estilhaçar. Há 3 projetos pessoais em disputa: Aécio pode ficar com a legenda tucana, Alckmin pode sair pelo PSB e Serra pelo PMDB (com apoio de Temer).
E a direita amalucada pode, sim, viabilizar uma candidatura de Bolsonaro ou Caiado – seguindo as pegadas da Frente Nacional na França e de outros grupos de tinturas fascistas mundo afora.
Pela esquerda, pode-se viabilizar uma nova frente – com partes do ex-PT, do PSOL e outras forças.
E ainda haverá espaço para candidaturas como a de Ciro/Cid.
Lula sobreviverá até 2018? Está fora do páreo? Hum, nada disso está definido.
Os tucanos apostam em “fechar” o PT, e esmagar Lula com apoio da Globo. Acham que assim chegarão ao poder. Podem ser surpreendidos pela história.
Um amigo que sabe das coisas costuma dizer: “não existe Salieri sem Mozart”. Uma referência ao músico invejoso que vivia às turras com o gênio Mozart na velha Áustria.
FHC e os tucanos são Salieri. Arrebentam-se de inveja do gênio que é Lula.
Se o lulismo se apagar, o tucanismo pode acabar-se junto.
A orquestra pode acabar nas mãos de um oportunista de direita?
Ou, num quadro menos pessimista, pode-se construir uma alternativa que não ponha em risco a soberania do país. Ciro e Cid representam essa possibilidade.
A bandeira de Brizola estará em boas mãos.
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