Mino Pedrosa revela ainda que José Serra emprega amante como funcionária fantasma
O jornalista Mino Pedrosa, que já trabalhou na Istoé de Brasília, acaba de fazer duas revelações bombásticas:
– o verdadeiro pai de Thomaz, filho da jornalista Miriam Dutra (que a Globo mandou para o exterior para evitar um escândalo durante o governo do PSDB), não seria FHC mas sim Jorge Murad – marido de Roseana Sarney;
– a irmã de Miriam, Magrit Schmidt, apontada como funcionária fantasma no gabinete do senador José Serra (PSDB-SP), teve um longo relacionamento amoroso com Serra, ao mesmo tempo em que esteve casada com o lobista Fernando Lemos – operador do PSDB que ajudou a alocar recursos da empresa Brasif pra manter Miriam no exterior.
No Maranhão, a notícia já foi parar nas manchetes de jornal, como se vê ao lado.
Mas além dos aspectos de folhetim de segunda categoria, há alguns fatos a reforçar…
1 – Se a informação de Mino Pedrosa for verdadeira, Serra encontra-se na incômoda situação de empregar uma amante (ou ex-amante) como funcionária de gabinete, mantendo a cidadã em casa, para tocar “um projeto secreto”, como informou o próprio senador paulista.
Serra, em 2010, fez uma campanha presidencial movida pela “discussão de valores”: trouxe líderes religiosos e até a mulher oficial da época, Monica Serra, para espalhar que Dilma era “abortista”. Hoje, pela nota de Mino, escancara-se a hipocrisia do senador.
Mais que isso: está claro que o moralismo do PSDB, a preocupação com a “coisa pública”, é uma miragem. Que moralista é esse que emprega amante, pra faturar dinheiro público sem aparecer no trabalho?
Em tempo: Miriam Dutra já confirmou a pelo menos uma jornalista brasileira, nesta terça-feira, que a irmão dela Magrit foi mesmo “amante de Serra”.
2 – A informação sobre o filho de Miriam Dutra precisa ser tratada com cuidado.
Há, claramente, uma tentativa (por parte de jornalistas atucanados) de desqualificar Miriam. Num país machista, por que se revela agora que o verdadeiro pai é Jorge Murad? Para desqualificar qualquer afirmação que Miriam possa fazer – isso está evidente.
Ora, o que interessa não é a vida privada dela com FHC, mas o fato de o então presidente ter usado a Brasif (empresa que ganhou espaços públicos nos aeroportos para operar lojas de freeshop, durante o governo do PSDB) para enviar dinheiro à ex-amante.
Mais que isso: Miriam estaria disposta a mostrar documentos e apresentar informações sobre contas de FHC no exterior. Estaria disposta, também, a mostrar que a Globo foi sócia do PSDB e da dupla ACM/Bornhausen na operação de mantê-la escondida no exterior.
Miriam já avisou que tem material pesado contra FHC e a Globo. A direção de Jornalismo da emissora chegou a procurá-la, numa tentativa de acalmar os ânimos. Tudo foi inútil.
Ao tucanato e seus aliados midiáticos, interessa por isso desqualificar Miriam, apostando no machismo brasileiro.
Quem conversou com a ex-jornalista da Globo nos últimos dias (e esse blogueiro conhece uma jornalista que falou durante 1 hora com ela) diz que a ex-amante de FHC não vai se acovardar.
Miriam já perdeu tudo: o emprego, muitas amizades e até as relações com os filhos estão estremecidas. Por isso, o caminho dela é sem volta: vai revelar tudo que sabe sobre o esquema Globo/FHC/Brasif.
Abaixo, o texto de Mino Pedrosa…
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Há segredos que levamos para o túmulo, outros não.
por Mino Pedrosa, no site Quid Novi
Muito tem se falado e muito ainda se há de falar sobre o caso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a ex-jornalista global Miriam Dutra, cujo pivô da história é o filho da repórter Tomás Dutra Schimidt, de 23 anos, assumido por FHC forçadamente em 2009, mesmo tendo dois exames de DNA negativado em 2011.
A pergunta que apimenta mais este folhetim é: quem seria o verdadeiro pai de Tomás?
E outra pergunta vem a reboque: Porque Miriam Dutra jamais revelou quem é o verdadeiro pai de Tomás?
Este repórter revela o nome do pai do rebento e a verdade deste segredo de alcova, ouvido nas cozinhas das duas famílias envolvidas no desenrolar desse novelo. Durante um ano foi assessor da Campanha à Presidência da República de FHC convivendo 24 horas com o candidato. Quanto a família Sarney, ajudou na candidatura ao Governo do Maranhão e a pré-candidatura à Presidência da República, construindo um laço de amizade com a família.
O nome do pai de Tomás é Jorge Francisco Murad Junior, ou Jorge Murad ou ainda Jorginho, marido da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney.
Agora fica mais claro enxergar a verdade.
Em março de 1992, no gabinete do então senador Fernando Henrique Cardoso, na presença de vários servidores, inclusive Eduardo Jorge Caldas Pereira, numa antessala lotada, a jornalista global Miriam Dutra anunciou uma gravidez recente.
Indagada pelo senador sobre quem seria o pai, a jornalista disparou em alto e bom som insultos a FHC e deixou o gabinete aos prantos fazendo o senador ir atrás para acalmá-la. O caso entre os dois era sabido há vários anos. Mas a surpresa do filho deixou Fernando Henrique refém a partir daquela data.
A bomba não só estourou na família de FHC como também na de outra família importante na política nacional. A filha do presidente Sarney flagrou, no bolso do paletó de seu marido, Jorge Murad, um bilhete que revelava uma intimidade de um relacionamento clandestino que Murad mantinha até uma garçonière, para encontros fortuitos, com uma jornalista global que cobria os fatos da Presidência da República. Teria sido este bilhete, o motivo real da separação de Roseana e Murad quando Sarney era o dono da faixa presidencial.
O que FHC não sabia até agora é que dividiu a alcova com Murad durante alguns anos. Com o caso vindo à tona, fica fácil entender porque Miriam relutava em fazer o teste de DNA de Tomás. Mas Murad sempre soube que compartilhava o leito da jornalista com FHC.
O caso de FHC e Miriam também nunca foi segredo para os peões da Fazenda Córrego da Ponte, em Buritis de Minas, nos arredores de Brasília, comprada por FHC em sociedade com Sérgio Motta. O casal passava os finais de semana em liberdade com a natureza. Se inspirando na história da aristocrata anglo-saxã, Lady Godiva, Miriam costumava cavalgar nos prados de Buritis, até uma pequena queda d´água, vestindo somente botas e montando no pelo de uma égua, estimulando o imaginário do intelectual Fernando Henrique.
Numa manobra estratégica, FHC, o então deputado José Serra e o diretor da Rede Globo em Brasília, Alberico Santa Cruz, viabilizaram Miriam Dutra como correspondente internacional em Lisboa, na recém-inaugurada SIC em Portugal.
Em março de 1994, Fernando Henrique decide sair candidato à Presidência da República e vai a São Paulo pegar o aval com sua esposa Ruth Cardoso. Na saída de seu apartamento em Higienópolis, em São Paulo ,FHC convoca a imprensa e anuncia estar com “pneu lameiro em seu jeep” pronto para enfrentar qualquer escândalo.
Durante a campanha dona Ruth Cardoso vai conhecer a fazenda de Buritis de Minas e depara-se com as botas de montaria e o chicotinho que Miriam usava para suas cavalgadas. A socióloga se aborrece com o candidato e se acidenta. Dias depois reaparece com o braço na tipoia. Este assunto publicado após um ano, em matéria deste jornalista na Revista Isto É, foi muito comentado no Palácio do Planalto e assumido por FHC perante Aluísio Nunes Ferreira, então ministro da Justiça; e outras autoridades.
Não é de hoje, que os presidentes recebem mimos milionários de empreiteiros. A exemplo do sítio do ex-presidente Lula, em Atibaia, no interior de São Paulo, agora sob os holofotes da imprensa e na mira da Justiça, a Fazenda Córrego da Ponte, de FHC foi também presenteada com uma pista de pouso para aeronaves de grande porte, tais como o boing presidencial. A pista construída a 500 metros da porteira da fazenda, no meio da mata, feita pela Camargo Correia, foi denunciada na Revista Isto É, também por este jornalista durante o mandato de Fernando Henrique.
Também foi denunciada a compra de um apartamento em Brasília com sobra de campanha para Luciana Cardoso, filha de FHC, aumentar o imóvel que morava.
Desde o momento do anuncio da gravidez de Miriam, FHC passou a refém de adversários políticos e dos tubarões da mídia. Foram duras as penas para manter o segredo a sete chaves. José Serra, Sergio Mota e Alberico Santa Cruz foram fiéis escudeiros para guardar a história.
Não se pode esquecer de um personagem com destaque nesta trama: o jornalista e empresário Fernando Lemos, cunhado de Miriam Dutra, casado com Margrit Dutra Shimidt, com quem dividia o leito com José Serra. Fernando usava de seu prestígio junto ao presidente para fechar grandes negócios e aumentar a mesada da cunhada e de Tomás, que ele já sabia ser filho de Murad e Miriam. Fernando Lemos para demonstrar sua relação com o presidente telefonava para o Palácio da Alvorada e colocava em viva voz sua conversa informal com a autoridade máxima do país, na frente de empresários com quem negociava seus serviços.
Tempos depois, Fernando separou-se de Margrit, deixando Serra usufruir do romance vez por outra. Hoje a jornalista está lotada no gabinete de Serra, em função privilegiada e proibida pelo regimento do Senado: “trabalhando em casa”. Fernando Lemos faleceu em 2012.
Outro personagem importante nesta história é o ex-senador e ex-governador de Santa Catarina Jorge Bornhausen. Articulador político de vários governos desde a ditadura militar, Bornhausen convenceu Antônio Carlos Magalhães e todos os caciques do PFL a apoiarem a candidatura de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República em 1994. O alemão também era um dos donos da Brasif S.A., empresa que contratou Miriam Dutra com contrato fictício a pedido de FHC, ‘’para desenvolver pesquisas sobre os Free-Shoppings.”
Bornhausen também viveu momento de chantagem por filho bastardo. Engravidou uma jovem que foi presenteada com um apartamento para evitar o escândalo político e atrapalhar a carreira do articulador. A mãe da jovem procurou a mulher de Bornhausen e revelou o romance secreto. Para perdoar o marido, a esposa do ex-senador exigiu uma mudança repentina para Portugal. O cacique conseguiu, com seu prestigio, o cargo de embaixador do Brasil em Lisboa, até que o incêndio fosse apagado.
Com a intenção de voltar ao Brasil, Miriam arrancou de FHC um apartamento de frente para o mar em Santa Catarina, intermediado por Fernando Lemos e Jorge Bornhausen. Mas a jornalista nunca voltou, mas continuou até agora colocando FHC na parede. O rumo dessa história está apenas começando. Tucanos acusam o PT de estar por trás da “motivação” de Miriam Dutra e fazem Lula lembrar do debate na TV em 1989, quando o ex-presidente Fernando Collor tinha na manga um dossiê sujo e rasteiro envolvendo o passado do metalúrgico. Este novelo ainda tem muita lã para desenrolar. É só aguardar.
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