Ex-vendedora será indenizada por cobrança de metas via WhatsApp
20 de Setembro de 2018, 11:16
Para a 5ª turma do TRT da 3ª região, a estipulação e cobrança de metas de produtividade configurou situação vexatória e humilhante.
Uma empresa de telefonia deve pagar R$ 2 mil, a título de danos morais, a uma ex-vendedora em virtude de cobranças indevidas das metas estipuladas feitas por meio de grupo de WhatsApp. A decisão é da 5ª turma do TRT da 3ª região, ao entender que a estipulação de metas e a cobrança delas culminaram em situação vexatória e humilhante para a trabalhadora.
- Processo: 0010224-34.2018.5.03.0009
Aprovada greve da Cargill em Ilhéus
14 de Setembro de 2018, 11:19
Em assembleia realizada nos dias 13 e 14 de setembro de 2018, em frente aos portões da multinacional Cargill Agrícola S/A empresa moageira de cacau ,localizada na Rodovia Ilhéus Uruçuca Km 08,Distrito Industrial de Ilhéus-Bahia, os trabalhadores rejeitaram a proposta patronal final. O sindicato deliberou colocar a categoria em estado de greve com paralisação prevista para o dia 05 de outubro de 2018, a partir das 15hrs.o motivo do impasse é a diferença de apenas R$15,00 no ticket Alimentação
, a Cargill tem cerca de 283 trabalhadores gerando um custo com a diferença deste ticket no valor de R$4.245,00 mês e ano um valor total de R$50.940,00 ,só a logística para empresa evitar a greve ficaria na casa de de 200 mil reais e a greve em curso algo em tono de 900 mil reais,acreditamos que a CARGILL não queira dar este prejuízo em seus acionistas.
TRABALHADORES DA CARGILL EM ILHÉUS PREPARAM GREVE PARA O DIA 05
13 de Setembro de 2018, 16:20
Assembleia na Cargill Agrícola hoje dia 13/09/2018 trabalhadores com o termino no dia 14/09/2018 decidem através do voto a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho ou Indicativo de Greve, o único ponto em discussão é apenas o Ticket Alimentação, lembramos que a Cargill Agrícola já pratica o valor do Ticket Alimentação abaixo do praticado pelas demais empresas do mesmo segmento a cerca de 3 anos causando o maior descontentamento entre os seus funcionários, lembramos ainda que se trata de um beneficio que tem ajuda do governo federal e a diferença é apenas R$ 15,00, a Cargill tem 283 trabalhadores gerando um custo com a diferença de R$ 4.245,00 mês, e, ano um Total de R$ 50.940,00 mesmo diante dos números apresentados e após varias tentativas de negociação, com a reprovação da Proposta apresentada pela empresa aos seus trabalhadores os prepostos da empresa se mantém irredutíveis, tivemos uma Mediação no dia 12/09/2018 no MTE de Ilhéus e a empresa fez descaso dos trabalhadores dizendo que não há nenhuma possibilidade de conceder um reajuste no Ticket alimentação na proporção que os trabalhadores pedem, por conta da sustentabilidade do negocio, restando então para os trabalhadores apenas uma opção GREVE.
Condenação por jornada exaustiva dispensa provas de prejuízo para empregado
13 de Setembro de 2018, 11:44Permitida a reprodução mediante citação da fonte.
Secretaria de Comunicação Social
Tribunal Superior do Trabalho
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secom@tst.jus.br
Armazenamento de inflamáveis gera adicional de periculosidade a industriário
13 de Setembro de 2018, 11:39Permitida a reprodução mediante citação da fonte.
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Nova forma de manejo aumenta produtividade do cacau
12 de Setembro de 2018, 8:04Cosme Rangel Mota colhe 204 arrobas por hectare, uma marca histórica para plantações de cacau sem irrigação (foto: acervo pessoal) Nem no auge da lavoura cacaueira, nas décadas de 70 e 80, foram vistos pés tão cheios em um pomar. Naquela época a produtividade média era de 45 arrobas por hectare.
O Sítio Rangel também se destaca se comparado com a atual produtividade da maioria dos produtores rurais da Bahia, que ainda se recupera das consequências da vassoura de bruxa e tira em média 30 arrobas por hectare. A produção do Rangel chega a ser 580% superior à esta média.
O resultado só é comparável às lavouras mais tecnificadas do Extremo Sul da Bahia, que já aplicam tecnologia de ponta e possuem um sistema de produção diferenciado, com uso de irrigação.
Cosme Mota mantém apenas 4 hectares plantados. Uma parte ainda está em crescimento. Nos 2,5 hectares já produtivos ele deve colher mais de 450 arrobas nesta safra, a terceira do ano.
O desempenho tem sido tão excepcional que o sítio, no povoado de Serra Grande, virou referência de produtividade e se transformou numa espécie de “ponto turístico”.
Quase toda semana aparecem visitantes no local para ver a produção. “Tem gente que não acredita, vem para tirar a dúvida. Chegam até turmas de universidades e pesquisadores. O pessoal só acredita vendo de perto. Nós ficamos contentes com isso”, pontua o agricultor.
Um bom vizinho
A produção começou a aumentar depois que o vizinho de Cosme, o estudante de Agronomia da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) Tales Amauri Rocha, de 24 anos, fez uma proposta ao agricultor em 2014. Naquele ano, o cacauicultor tinha registrado uma das piores safras do pomar e os pés estavam definhando.
A parceria previa que o produtor rural cederia o pomar como campo experimental. Em contrapartida o estudante universitário aplicaria um conjunto de técnicas de manejo voltadas para melhorar a produção. “Eu sou filho e neto de agricultores. Sou apaixonado pela cultura do cacau e sempre quis fazer algo para ajudar os produtores da região, que sempre sofreram com as pragas e doenças da lavoura. Apostei todas as minhas fichas no cacau. Ele acreditou na minha ideia”, diz o estudante.
A estratégia envolveu um conjunto de técnicas de melhoria da qualidade do pomar, desde a forma de nutrir o solo, a adubação, a poda, até mudanças no período do ano em que seriam feitas as principais intervenções nas árvores.
O pomar fica no Vale do Jiquiriçá, região onde o solo geralmente tem alta saturação de alumínio. Por isso, a primeira ação envolveu a correção de solo. "O alumínio impede o crescimento da raiz, depois do tratamento de solo com gesso e o fortalecimento da raiz, conseguimos que a planta suportasse mais o verão. Ela conseguiu captar mais água em maiores profundidades, abaixo de 60 centímetros", explica Tales.
Depois o tratamento contou com alterações na nutrição dos cacaueiros. “Usamos fertilizantes de alta tecnologia, revestidos por uma molécula orgânica, que permitem a liberação gradual dos nutrientes ao longo do ano. A planta consegue absorver mais quando eles são liberados aos poucos”, acrescenta o estudante.
Bio estimulantes
A biotecnologia também entrou em ação para estimular a florada e o combate às doenças. “Usamos bio estimulantes que ajudam a planta a gastar menos energia, inclusive em situações provocadas pelo calor, que estressa o cacau. São substâncias como aminoácidos, produtos orgânicos oriundos de plantas, como as algas que se desenvolvem em ambientes inóspitos. Delas extraímos substâncias e moléculas como a citosina e a auxina, que auxiliam no crescimento da raiz”, argumenta. Para completar a estratégia, a poda tradicional foi substituída pelo método circular, criado pelo pesquisador capixaba Francisco Durão, na qual a árvore fica em forma de taça. Esta técnica deixa a planta mais baixa, com os ramos mais grossos para suportar a carga e permite a inserção correta de luz solar, crucial para a realização da fotossíntese. De acordo com os técnicos, a poda circular é capaz de triplicar o metabolismo da planta.
Todo o pomar também foi substituído por clones de novas variedades resistentes à vassoura de bruxa lançadas pela Ceplac (Comissão Executivo do Plano da Lavoura Cacaueira).
De 2014 para cá, o dono do sítio viu a produção inicial de 80 arrobas por hectare aumentar gradativamente até atingir as atuais 204 arrobas. São 155% a mais. Hoje o produtor obtém até 75 frutos por pé, um volume 4 vezes maior do que os pomares tradicionais. Nos últimos 3 anos, Tales Rocha já aplicou o método em outros seis pomares de cidades diferentes, com resultados igualmente bem-sucedidos, acima de 150 arrobas por hectare. Agora, em 2018, ele viu crescer também o número de clientes, de 6 para 42 produtores rurais. A experiência se espalha por pomares nos municípios de Valença, Mutuípe, Jiquiriçá, Grapiúna e Ituberá.
“Eu pensava em começar este trabalho de consultoria depois de formado, mas as portas foram se abrindo. As oportunidades começaram bem antes do que eu imaginava. Eu sempre acreditei que conseguiria, só precisava de alguém que acreditasse neste manejo. A primeira pessoa que acreditou foi minha mãe, depois Cosme”, finaliza o estudante, que deve concluir o curso de agronomia em dezembro de 2018.
Lucros
A tecnologia é mais cara. O custo de produção chega a ser seis vezes maior do que o tradicional. Mas os especialistas garantem que resultado vale a pena. Além de ver o pomar frutificar com intensidade, o cacauicultor viu os lucros se expandirem e ultrapassar os R$ 12 mil por hectare. “É um bom negócio, porque apesar do investimento de quase R$ 9 mil em insumos, ele consegue um faturamento maior na produção. Ele gasta 45% e fatura a outra parte. Cerca de 65% fica para o produtor rural depois que ele paga todas as despesas, inclusive a mão de obra. É um resultado excelente”, avalia Toni Fontes, instrutor e consultor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que acompanha a gestão do projeto.
Cadeia produtiva
A cadeia do Cacau é essencial para o Produto Interno Bruto brasileiro. Ano passado injetou mais de R$ 23 bilhões na economia do país, através da produção e beneficiamento das amêndoas. Não é à toa que o cacaueiro sempre foi conhecido como a árvore dos frutos de ouro. O setor reúne na Bahia mais de 30 mil produtores rurais. A maioria é de pequeno porte e cultiva menos de 50 hectares. Por causa das doenças que atingiram as lavouras, o segmento viu a produtividade média cair de forma avassaladora nas últimas décadas.
Os resultados obtidos no Sítio Rangel se concretizam num momento também histórico: os 30 anos da chegada da vassoura de bruxa nos pomares do estado. “Isso é mais um exemplo que evidencia que o emprego de tecnologia, da gestão, e do manejo adequado do cacau são aliados da rentabilidade e da produtividade. Reforça a tese de que a cacauicultura é viável”, afirma Guilherme Moura, vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) e Presidente da Câmara Setorial do Cacau junto ao Ministério da Agricultura.
O endividamento total do setor chega a R$ 2 bilhões segundo dados da Faeb. O valor foi acumulado depois de planos públicos malsucedidos de recuperação.
Em agosto deste ano, para tentar resolver a questão, duas das principais entidades que representam o setor se uniram pela primeira vez para aprovar na Câmara Federal a Medida Provisória 842/18. A MP destrava crédito para a lavoura e torna possível a equalização das dívidas.
A Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e o Instituto Pensar Cacau (IPC), historicamente divergentes nas propostas de solução para o problema, agora defendem a mesma estratégia. A MP está em tramitação na Câmara e ainda precisa passar pelo Senado antes da sanção presidencial.
fonte:https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/nova-forma-de-manejo-aumenta-produtividade-do-cacau/
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