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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Pela democratização da Mídia. Notícias, informações.

ONG da Globo garfou R$ 2,9 milhões dos cofres públicos às custas da UNE

9 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O jornalão O Globo critica convênios e patrocínios à UNE (União Nacional dos Estudantes) bem acima do tom.

Mas o que o jornalão não conta, é que a ONG da Globo, Fundação Roberto Marinho, usando da lei de incentivo à cultura, garfou R$ 2,9 milhões do dinheiro público dos impostos, para fazer a "Memória da UNE" (Ver PRONAC nº 030926 no Ministério da Cultura), quando queria melhorar um pouco sua imagem de empresa filhote da ditadura.

Clique na imagem para ampliar



Por sinal, é difícil compreender como um site relativamente modesto, e que deveria ter o respaldo técnico da TV Globo na produção de vídeos, conseguiu consumir tanto dinheiro:

Clique na imagem para ampliar

http://www.mme.org.br

O que os amigos leitores que são webmasters ou webdesign acham?

Que tal o jornalão fazer uma reportagem a respeito, abrindo com transparência a prestação de contas?

Detalhes sórdidos

Apesar do "site" ser feito com dinheiro público e com informações que pertencem à História da Brasil, a Fundação Roberto Marinho registrou todos os direitos autorais em seu nome.

Na proposta apresentada ao Ministério da Cultura, a ONG da Globo queria que os cofres públicos pagassem:

- R$ 5.000,00 para "coquetel"
- R$ 37.800,00 para compra de computador Pentium.

Este itens foram vendidos.



Nem FHC aguenta mais a grande mídia

9 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


O debate sobre a regulamentação da mídia passou a ser uma das discussões mais atrativas a FHC. 

Nesse domingo, ele, pela grande mídia, escrevendo no Globo e no Estadão, sendo reproduzido pelas mídias regionais, se mostra entendiado. Reclama que falta o contraditório. Onde faltam controvérsias, meu caro FHC? Justamente, na mídia que o acolhe. 

Os argumentos devem ser os que são favoráveis e os que são desfavoráveis. Mas, quem diz que a grande mídia, que enche de tédio o ex-presidente, acolhe o seu oposto? 

Não há os dois lados em confronto, para que leitores e leitoras se informem e tomem partido. O que ocorre por parte do poder midiático oligopolizado é uma cruzada destinada a veicular apenas o seu lado, não o do outro. MANIPULAÇÃO. 

Ainda não foi possível, seja no Estadão, seja no Globo etc, o debate aberto entre diversas tendências, a favor ou contra a regulamentação/desregulamentação do poder midiático. Sua desregulamentação seria ou não conveniente? 

Ora, mentes sofisticadas, como a de FHC, se irritam, enquanto a sociedade, que não vai vendo correspondência entre a sua vida real e aquela que tenta construir no abstrato o poder midiático, para sustentar ponto de vista ideológico sem utilidade concreta, também, fica de saco cheio. 

Por isso, claro, a grande mídia vai perdendo leitores e leitoras. Não dá para enganar o tempo todo todo o tempo.


Por Cesar Fonseca no Independência SulAmericana


O que deixa preocupada a gente conservadora que comanda a grande mídia nacional é que de tanto ela falar sozinha, para dentro do seu umbigo, para os seus interesses de classe, acaba incomodando os próprios interesses que julga representar.


Deixa, por isso, de ser útil.


O artigo de FHC , no Globo, nesse domingo, que leio aqui na praia da bela Barra, no Rio, é o sintoma dessa preguiça que a elite passa a ter de si mesma.
Não tem autocrítica, não se abre para o contraditório.
Assista, por exemplo, cara leitora, caro leitor, a um programa de debate do William Wack, no Globo News Painel.


Já está enchendo o saco.


Só se vê o ponto de vista que interessa ao patrão global.
Não há a controvérsia.


São pontos de vistas semelhantes que se intercambiam como se estivesse havendo entre eles uma polêmica.
Algo meramente aparente.
É tudo complementação em torno de uma nota só.
Não há coragem para o confronto de idéias.
Não comparece a eletricidade criativa, que se viu no debate político entre Hollandé e Sarkozy, cara a cara, sem mediação, energia humana a fluir.


Isso é consideerado terror por aqui.


Nem FHC aguenta mais a grande mídia nacional na qual escreve e da qual mereceu mesuras para governar sob o comando do FMI e do Consenso de Washington.
FHC é um tremendo gozador, isso sim.


De um jeito bem dele, diz que falta o contraditório, e sugere essa iniciativa, justamente, no veículo onde as divergências ideológicas não ocorrem por falta do outro lado.
Haveria um tapa de luva mais explícito do que esse?


O fato é que a grande mídia está se envenando no próprio discurso, porque as respostas prontas que os pontos de vistas que ela defende deixaram de ser úteis.
A crise do sistema capitalista é a crise da ideologia capitalista, cujo suprassumo é o utilitarismo ideológico cínico.


“Tudo que é útil é verdadeiro. Se deixa de ser útil, deixa de ser verdade”, diz, cinicamente, Keynes, suprassumo do utilitarismo cínico inglês.


A grande mídia e o seu utilitarismo estão sendo ultrapassados porque estão sem utilidades para vender, no compasso da bancarrota financeira global.


Não pode enfrentar a verdade – dizer que o capitalismo está em crise, que deixou de ser útil.
O capital, sob o utilitarismo financeiro especulativo, deixou de se reproduzir na especulação.


Precisa da produção, mas os consumidores precisam ser o povo, cuja ascensão incomoda essa elite, pois coloca-se em cena a repartição da riqueza, tema incômodo às mentes conservadoras, abaladas psicologicamente pela crise global.


O sistema deixou, portanto, de ser útil, de acordo com o próprio ponto de vista dos que elaboraram o conceito de utilidade como verdade que se desmoraliza na bancarrota do capital.


FHC, marxista teórico, que fugiu da prática do marxismo, sabe muito bem o que está acontecendo.


Finge de morto.


O tédio fernandista somente é curado com a ausência dele do país, para sentir outros ares, ao participar, brilhantemente, de diversas iniciativas internacionais, relacionadas às atividades de ex-presidentes que não tem mais o que fazer senão ensinar.
Nem ele está suportando viver sob comando de um poder midiático ideologicamente monoglota oligopolizado que o neoliberalismo fracassado deixou de herança.


Logo, ele, poliglota cultural!


Não é à toa, portanto, que os comentaristas conservadores se desesperam com a discussão em torno do destino da mídia.


Sobretudo, têm medo do debate, não se abrem às razões que estão levando ao emburrecimento próprio.


O tédio de FHC se explica.


Quando ele reclama da falta do contraditório, justamente, no veículo, O Globo, onde a controvérsia é proibida, estaria ou não favorendo a regulamentação do poder midiático, visto que o que está aí, desregulamentado, trabalha para impedir a liberdade de expressão que o entedia?



As mulheres e os noventa anos do comunismo no Brasil - Primeira parte

7 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


O subtítulo dado por Maria Elena Bernardes à biografia da comunista Laura Brandão foi “a invisibilidade na política”. De fato, existe uma dívida da historiografia brasileira em relação à história da participação das mulheres nas lutas sociais em nosso país no século XX, especialmente sobre o papel desempenhado pelas militantes comunistas.
Por Augusto Buonicore* e Fernando Garcia**
Fonte: grabois.org
Neste livro somos informados sobre a primeira mulher que ingressou no Partido Comunista do Brasil, ainda no ano da sua fundação. Chamava-se Rosa de Bittencourt, “uma operária que desde os sete anos trabalhava numa fábrica de linhas, em Petrópolis, Rio de Janeiro, tornou-se uma combativa líder sindical, participou das lutas do Bloco Operário Camponês (BOC). Vendia o jornal A Classe Operária de porta em porta e gabava-se em declarar-se comunista. Em 1930, Rosa foi delegada no Congresso Mundial da Mulher, na URSS, onde representou a mulher trabalhadora brasileira”, afirmou Maria Elena. Esta referência foi encontrada numa anotação feita por Eloísa Prestes, a partir de informação prestada por Astrojildo Pereira, depositada no Arquivo Edgard Leuenroth – Unicamp.
Olga Benário Prestes, revolucionária alemãA única comunista que conseguiu certo destaque na história brasileira foi Olga Benário. Mesmo assim, num primeiro momento, foi mais conhecida como mulher do Cavaleiro da Esperança. Só posteriormente lhe foi dada a dimensão devida, enquanto liderança comunista e revolucionária. No Brasil, coube à biografia escrita por Fernando Moraes esse mérito. O livro Olga foi um sucesso de crítica e de público, conseguindo ir às telas brasileiras com o mesmo êxito. Contudo, ela não teve participação orgânica no interior do Partido Comunista do Brasil, então PCB.
As mulheres da primeira geração comunista
Embora fossem sub-representadas nas direções das organizações operárias – quer socialista quer anarquista –, as mulheres não foram elementos passivos diante da exploração e opressão patronal. Inúmeras e importantes greves operárias tiveram as mulheres como protagonistas. A de 1917 em São Paulo, por exemplo, começou no Cotonifício Crespi, onde a mão de obra era predominantemente feminina. Um dos símbolos mais fortes daquele movimento foi, justamente, a foto de uma mulher discursando numa das assembleias plebiscitárias ocorridas durante aqueles dias turbulentos. Um jornal paulista comentaria indignado: “Os agitadores tomaram conta do Brás, paralisando toda vida comercial e industrial, assaltando veículos (...). Um bando de mocinhas, infelizes operárias de fábricas, tomou conta de três bondes”.
Contudo, entre os 9 delegados que fundaram o PC do Brasil – e os seus 73 membros iniciais – não existia nenhuma mulher. Os dois congressos seguintes também não conheceriam a participação feminina. Este fenômeno, é claro, não se restringia aos comunistas, era um problema crônico das organizações sociais e políticas brasileiras daquela época. No Brasil as mulheres não tinham direito ao voto e eram desprovidas de vários direitos civis.
A primeira comunista a ter certa projeção – embora alguns afirmem que nunca tenha se filiado ao PCB – foi Laura Brandão. Poetisa, conhecida nos salões literários da antiga capital da República. Como seu companheiro, Octavio Brandão, ela também passou pelas fileiras do anarquismo. Mais tarde, colaborou na criação e na redação do jornal A Classe Operária, órgão oficial do PC do Brasil. Ela gostava de dizer que tinha quatro filhas: “Sáttva, Vólia, Dionysa e A Classe Operária”. Envolveu-se no apoio a várias greves operárias e nas campanhas eleitorais dos comunistas. Exilada com toda a família depois da Revolução de 1930, foi locutora da Rádio Moscou e acabou morrendo na URSS durante a ocupação alemã àquele país.
No Programa mínimo apresentado pelo Bloco Operário – frente de esquerda criada pelos comunistas em janeiro de 1927 – constava: implantação do voto feminino, proteção efetiva às mulheres operárias, licença remunerada às operárias grávidas de 60 dias antes e 60 dias depois do parto. Reivindicações que estavam longe de ser incorporadas pelos partidos das classes dominantes.
Em 22 de julho de 1928, o Bloco Operário e Camponês (BOC) criou o Comitê Eleitoral das Mulheres Trabalhadoras. Brandão afirmou que esta foi “a primeira associação de massas femininas surgida no Brasil, sob a influência do PCB”. Estranhamente, ele diz que seus fundadores foram Minervino de Oliveira, Octávio Brandão, Joaquim Nepomuceno... e Laura Brandão.
Apesar do “vício de origem”, além de Laura, podemos constatar a presença de mulheres como Isaura Casemiro Nepomuceno, Rosa Bittencourt, Erecina Borges de Lacerda, Sylvia Carini, Margarida Pereira e Maria Lopes. Conhecemos todos esses nomes porque na apuração dos votos da eleição para intendentes (vereadores) do Rio de Janeiro, em novembro de 1928, todas elas foram presas e conduzidas à Polícia Central – os jornais deram grande destaque na época.
Entre seus objetivos do Comitê Eleitoral das Mulheres Trabalhadoras estavam: a conquista de um maior número de aderentes entre “as operárias, as domésticas, as mulheres que vivem do próprio trabalho”; a luta pelo sufrágio feminino e para colocar no Parlamento “mulheres pobres que saibam defender os interesses das mulheres trabalhadoras de todo o Brasil”. As mulheres tiveram uma participação destacada no processo eleitoral, embora não pudessem ser eleitoras ou candidatas.
Os vereadores comunistas, eleitos pelo BOC, Octávio Brandão e Minervino de Oliveira, se destacariam na defesa dos interesses femininos. Ao lado do Comitê das Mulheres trabalhadoras, se colocaram na linha de frente em apoio às telefonistas da Light, ameaçadas pela introdução de telefones automáticos que dispensam as funcionárias.
Uma representante desse comitê, Maria Lopes, faria parte da direção do BOC. Contudo, a única referência biográfica que Brandão nos dá é que ela era “esposa do operário metalúrgico José Vicente Lopes”. Possivelmente, seja a mesma Maria Lopes, conhecida líder operária nos primeiros anos do século XX. Em 1906 este nome aparece assinando um manifesto às trabalhadoras de São Paulo, publicado no jornal anarquista A Terra Livre, no qual são denunciadas as péssimas condições de trabalho das operárias têxteis.
Após a eleição, a organização mudaria o nome passando a se chamar Comitê das Mulheres Trabalhadoras, perdendo assim o seu caráter fundamentalmente eleitoral. “O Comitê das Mulheres Trabalhadoras, nas palavras de Brandão, fez trabalho importante nas portas das fábricas e oficinas, nos bairros operários e subúrbios pobres. Pela primeira vez no Brasil, em 1928, em nome do Bloco Operário e Camponês, simples mulheres do povo fizeram discursos aos operários, chamando-os à organização e à luta. Entre elas, Maria Lopes e Isaura Nepomuceno”. Lembramos apenas que as mulheres já haviam se destacado, inclusive, como oradoras, em várias manifestações operárias nas duas primeiras décadas daquele século.
Criaram-se Comitês de Mulheres no Rio de Janeiro e em Niterói – pretendendo que se espalhassem por outros recantos do país. Estas entidades pioneiras se envolveram numa campanha para criar comitês femininos, especialmente nas fábricas têxteis, e estiveram por trás da formação da sessão feminina da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), criada em 1929. Essas pioneiras tiveram de vencer enormes dificuldades, bem maiores que as enfrentadas pelos homens.
A mesma repressão da qual foi vítima o BOC – e os sindicatos comunistas – se abateu sobre o Comitê das Mulheres Trabalhadoras. Um relatório feito um ano após sua fundação nos dá conta de que a sede da entidade foi invadida três vezes e várias de suas militantes presas e humilhadas.
Em fevereiro de 1930, alguns meses antes da revolução, uma circular do Comitê Central pede para que durante a mobilização do 8 de março de 1930 se levantem as reivindicações “imediatas e especiais” das mulheres: salário igual para trabalho igual; dia de 6 horas; repouso pago dois meses antes e dois meses depois do parto; proteção ao trabalho feminino; creches junto aos locais de trabalho; licença para amamentar os filhos de meia hora, cada três horas; direito de voto e direitos de família iguais ao dos homens. Conclama a “aproveitar toda a agitação para chamar às fileiras do Partido, da Juventude e de suas organizações auxiliares, as companheiras que melhor se revelarem”.
Mas, quantas mulheres existiam no Partido Comunista do Brasil naqueles primeiros anos? Uma carta do responsável pelo trabalho de mulheres do Comitê Central endereçada às camaradas da Sessão Feminina da Comissão Executiva da Internacional Comunista, assinada simplesmente por Francisco, dá conta de que existiriam 20 mulheres filiadas ao Partido até 31 de agosto de 1929.
Possivelmente esse número se refira apenas ao Rio de Janeiro, pois no começo da referida carta, Francisco diz: “limitamo-nos, por enquanto, a vos informar o trabalho realizado na região do Rio de Janeiro, fornecendo-vos um relatório mais minucioso, logo que nos chegue às mãos dados sobre as outras regiões”. Em novembro, o Comitê Central, reatualizando os dados, afirma existir 50 mulheres. Segundo ele, isso representaria menos de 3% do total de militantes. Assim, podemos constatar o quanto era pequena a participação feminina no interior do Partido Comunista naqueles primeiros anos.
Mesmo os Comitês das Mulheres, que eram para ser entidades de massa, tinham dificuldades em agregar novas aderentes. O Comitê de Niterói tinha 60 membros, a maioria delas têxteis. Existia um comitê na cidade de Caruaru (PE) com 73 filiadas. Apesar de limitada, podemos dizer que esta foi a principal iniciativa visando a organizar as mulheres, especialmente as mulheres trabalhadoras, até aquele momento.
Em 28 de setembro de 1929 uma nova carta, assinada por Francisco, endereçada à Seção Feminina da IC, afirmava que “não havia nenhuma mulher no CC, pois ao tempo da escolha deste, no 2º Congresso, não existiam mulheres dentro do Partido”. Com certeza, estava se referindo ao 3º Congresso, realizado entre dezembro de 1928 e janeiro de 1929, que elegeu aquele Comitê Central. Deste, como dos anteriores, não havia participado nenhuma delegada. Tudo indica que, ao contrário do que afirmava o dirigente comunista, já existiam algumas mulheres militando nas bases partidárias.
Numa ata de reunião do Comitê Central Restrito – datada de 24 de novembro de 1929 –, Oswaldo, da comissão de trabalho entre as mulheres, fala da existência da camarada Elsa, que atuava na frente do trabalho feminino e teria muitas tarefas. Ela deveria ser uma das participantes daquela reunião, mas ausentou-se dando uma justificativa. Ficamos sem saber se era uma convidada da reunião ou membro efetivo do CC.
Erecina e Inês: Por um lugar ao sol na direção comunista
Outras fontes no dão conta de que a primeira mulher a ingressar no Comitê Central – após insistência da Internacional Comunista – foi a paraense Erecina Borges de Lacerda – mais conhecida por Cina. Esposa do dirigente Fernando de Lacerda, seu nome aparece entre as jovens presas no final de 1928. Segundo um artigo, ela foi membro da direção nacional entre janeiro de 1930 e agosto de 1932. Por outro lado, Dulles afirma que a reorganização do CC só se deu em janeiro de 1932.
Leôncio Basbaum, que foi dirigente do Partido naquela época, apresentou a sua versão. “Fui contra a sua convocação (para o CC) por achar que era muito nova no Partido, cerca de um ano, na ocasião, e não tinha condições nem qualificações para um cargo de responsabilidade. Ficou então resolvido que assumisse apenas um cargo técnico: seria responsável pelo secretariado e pelo serviço burocrático em geral, o que lhe dava, todavia, uma importância tremenda, como se verificou depois. Ela fazia a correspondência, mantinha contatos com as direções regionais, guardava o arquivo, expedia cartas para o exterior, e para isso tinha todos os endereços necessários. Mas nenhuma participação política”.
Assim, ela teria entrado como uma espécie de funcionária – assessora – do Comitê Central. Continua ele: numa reunião “Cina alegou que tinha direito de voto, ‘por ser proletária’. Como todos sabiam que vinha de uma família de classe média, educada em Paris, casada com um médico e exercendo atividades domésticas e, portanto, nada tinha de operária, ela alegou que ajudava o marido, costurava suas camisas e tinha um avô que fora camponês. O ambiente era propício, ela ganhava outra vez: fora promovida a operária”. Ou seja, para desgosto de Basbaum, Cina ingressou, com plenos direitos, no Comitê Central.
Ela foi acusada de ser uma das maiores defensoras do obreirismo na direção do Partido. Teria chegado mesmo a advogar que todos os operários filiados deveriam ter o direito de participar e votar nas reuniões do Comitê Central. Certa ocasião, quando perdeu uma votação, teria chorado. Basbaum narrou sua reação intempestiva e preconceituosa: “Então com raiva exclamei: ‘Isso, camaradas, não é comunismo, é mulherismo!’. Creio que era o que ela esperava ou queria, nessa base, me acusou de ‘ser contra as mulheres’ e ter ‘um conceito burguês sobre as mulheres e o comportamento feminino’”. O próprio autor da ofensa seria forçado a reconhecer o erro cometido. Numa carta, escrita na época, afirmou: “embora com boas intenções, minha atividade revelava que eu estava ainda imbuído de preconceitos pequeno-burgueses”. De qualquer forma, ainda em 1932, Cina foi excluída do Comitê Central e voltou a ser encarregada do serviço de secretaria da direção nacional. Mais tarde trabalharia em Moscou e nos Estados Unidos.
Também teve um papel destacado no Brasil a comunista Inês Guralsky – instrutora da Internacional Comunista e companheira de Augusto Guralsky, secretário do Bureau Sul-Americano daquela organização. Segundo Heitor Ferreira Lima, ela “era sectária e autoritária como seu marido, muito preocupada na luta contra o prestismo entre nós, mas sem nada conhecer dos nossos assuntos nem de nosso passado”. Inês chegou ao Brasil em fevereiro de 1931.
Basbaum teve sobre ela uma avaliação menos negativa. “Era uma criatura simpática”, disse ele. As razões dessa simpatia são fáceis de entender. Numa das reuniões do CC – entre fevereiro e março de 1931 – Basbaum teria relativizado as críticas à Revolução de 1930 – considerada pela maioria como uma simples quartelada: “Minhas palavras não foram bem recebidas. Somente a camarada Rosa (como era conhecida Inês) e mais dois ou três me apoiaram, embora sem muito entusiasmo (...). Por fim, a camarada Rosa propôs que eu fosse convidado para participar do CC, do qual eu havia sido excluído quando não estava presente, em novembro do ano anterior, quatro ou cinco meses atrás. O que foi aceito”. Isso mostra a autoridade dessa mulher junto àquele órgão dirigente dos comunistas brasileiros.
Pela ata da Conferência Nacional do PCB, ocorrida em 1934, podemos constatar a presença de, pelo menos, duas mulheres: Antônia e Rosa. Não sabemos quais os nomes verdadeiros delas. A Rosa de 1934, possivelmente, seja ainda Inês Guralsky.
Estranhamente no período fortemente marcado pelo esquerdismo e o obreirismo, entre 1929 e 1933, inúmeros intelectuais ingressaram no Partido Comunista. As razões disso estavam ligadas à existência de uma profunda crise do capitalismo e da ideologia que, até então, lhe dava sustentação: o liberalismo. Por outro lado, a URSS, que vinha resistindo à crise, parecia, aos olhos de parcelas avançadas da intelectualidade, como uma alternativa societária a ser experimentada. Em nosso país acrescentava-se a existência de certo clima revolucionário – não completamente esgotado em 1930 – e o desencantamento com os caminhos que vinham sendo trilhados pelo governo Vargas. No caso da mulher uma outra coisa impulsionava suas ações: o crescimento do feminismo e a perspectiva da conquista do direito ao voto.
Patrícia Galvão, a PaguEm 1931 aderiu ao Partido Comunista a jovem intelectual modernista Patrícia Galvão. Ela, inclusive, foi uma que se empolgou com obreirismo e se envolveu em inúmeras greves operárias. Dentro desse espírito escreveu o livro Parque Industrial. Companheira de Osvaldo de Andrade, tinha uma coluna intitulada “Mulher do Povo” no jornal Homem do Povo. Foi detida pela polícia diversas vezes; a mais longa prisão foi entre 1935 e 1940. Ainda na década de 1930 foi expulsa do Partido e tornou-se simpatizante do trotskismo.
Na mesma época a escritora Raquel de Queiroz entrou para o PCB no Ceará. Mas logo se afastou – dizendo que o Partido pretendia controlar sua produção literária – e, também, se aproximou do trotskismo. Ironicamente, gostava de dizer que ficou no Partido apenas por 24 horas. Alguns anos depois apoiou o golpe militar e até o final da vida defendeu a derrubada de Jango, embora ainda se dissesse trotskista.
Tarsila do Amaral, um das principais expressões do modernismo brasileiro, também ingressouOperários, de Tarsila do Amaralnas fileiras comunistas em 1931. Seu ato foi influenciado pelo marido, o médico Osório César. Ela, como Caio Prado Jr., fazia parte da alta sociedade paulista. Visitou a URSS, onde participou de exposições. Chegou a ficar presa por um mês durante a Revolução Constitucionalista, acusada de subversiva. Logo ao sair da prisão, achando que se comportara muito mal, resolveu abandonar a militância política. Desse período de engajamento nasceu a obra Operários.

Por fim, temos a jornalista e escritora paraense Eneida Moraes. Sua trajetória é um pouco diferente da das anteriores, pois ficaria um tempo maior atuando no movimento comunista brasileiro. Ingressou em 1932 e logo foi presa. Na sua casa foi encontrado um mimeógrafo e farto material de propaganda do Partido Comunista. Entrou na lista da polícia como perigosa agitadora. Foi novamente presa após o levante da Aliança Nacional Libertadora em 1935.
As mulheres e a Aliança Nacional Libertadora
Em julho de 1935 uma expressiva reunião de jovens, realizada no Sindicato dos Comerciários, visando a preparar o I Congresso da Juventude Proletária e Estudantil de São Paulo, foi dissolvida violentamente pela polícia. Todos os participantes foram presos. Entre eles estava Genny Gleizer, uma garota de apenas 17 anos. Ela era uma judia de origem romena. Os órgãos de repressão – e setores conservadores da imprensa – buscaram apresentá-la como perigosa agente do comunismo internacional. Um tribunal, mancomunado com o governo Vargas, decidiu pela sua expulsão do país e a sua entrega ao governo fascista da Romênia. Desde então se iniciou uma grande campanha pela sua libertação.
Foi transferida de prisão em prisão, entre São Paulo e Rio de Janeiro, para despistar o público e evitar os processos visando a soltá-la. Os jornais antifascistas davam matérias defendendo sua liberdade. Atos públicos foram realizados. Inúmeros jovens se ofereceram para casar com Genny, esperando com isso salvá-la da deportação. Entre eles, Paulo Emílio Salles Gomes, futuro crítico de cinema. Às vésperas da expulsão, ela se casou com o jornalista de A Plateia, Arthur Piccinini. De nada valeu o esforço, pois, depois de três meses de prisão, ainda em outubro, ela foi expulsa do país. Um fato, porém, iria livrá-la do trágico destino. Graças à ajuda do capitão e da tripulação que a conduziam, Genny pôde ser resgatada quando aportaram na França.
Os outros dois casos de deportação feminina – de Olga e Elise Berger – não tiveram a mesma sorte. Elas foram conduzidas do Brasil diretamente para seu destino na Alemanha, sem escalas por outros portos europeus.
Podemos dizer que o Partido Comunista só adquire certa expressão de massa junto às mulheres – incluídas as das camadas médias – com o surgimento da Aliança Nacional Libertadora (ANL) em janeiro de 1935. Este movimento de caráter antifascista e anti-imperialista galvanizou amplos setores sociais. Muitos que, num primeiro momento, haviam apoiado o governo Vargas aderiram a ela. Foi, também, uma resposta democrática ao crescimento do integralismo, versão tupiniquim do nazifascismo.
Dentro desse espírito de época, em maio de 1935, numa reunião no Sindicato dos Bancários, foi criada a União Feminina do Brasil (UFB). Na ocasião, foi eleita para a sua presidência a educadora Armanda Álvaro Alberto, que havia sido uma atuante militante do movimento anticlerical e assinado o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Não era comunista, mas ardorosa patriota e antifascista.
O programa desta entidade feminina era bastante próximo ao da ANL, mas tinha uma tônica maior nos problemas enfrentados pelas mulheres brasileiras. Rapidamente, veio a se tornar o principal canal de expressão das mulheres progressistas de nosso país. A sua ação no meio feminino ajudou a fortalecer e democratizar a ANL, ampliando sua base social.
 
Segundo seu manifesto inaugural, a UFB nasceu da iniciativa de um “grupo de trabalhadoras manuais e intelectuais” e seu objetivo era lutar “pelos direitos políticos e civis das mulheres” e, também, pela sua “igualdade econômica” e “elevação do seu nível cultural”. Procurava, assim, romper com a disjuntiva existente até então entre as feministas – que lutavam apenas pela igualdade jurídica formal – e aquelas que, subestimando este aspecto, só se envolviam nas reivindicações de ordem econômica de classe. Isso permitiria a construção de uma entidade que abarcasse operárias e trabalhadoras das camadas médias da sociedade.
Numa assembleia, com um único voto contrário, as mulheres da UFB decidiram pela adesão à ANL. Neste dia, conforme um relatório policial, Beatriz Bandeira usou a palavra para dizer: “Lutar pelos direitos populares pela própria dignidade humana e particularmente pelos direitos das mulheres na sociedade, significa lutar contra o ‘fascismo’ que na sua denominação brasileira de integralismo é a expressão da brutalidade requintada, da negação de todos os direitos do homem e a destruição de todas as conquistas femininas”. A advogada Maria Werneck de Castro foi indicada para representar a entidade junto ao Diretório Nacional da ANL.
Além das citadas acima, militaram nas fileiras da UFB a psiquiatra Nise da Silveira; a jornalista Eugênia Moreira; Eneida de Moraes; Rosa Meirelles; Sara de Mello; Raquel Gertel; entre outras. Muitas delas eram militantes comunistas e outras adeririam ao Partido no curso da luta política contra o fascismo e a repressão getulista.
A imprensa conservadora desde o primeiro momento colocou a UFB na sua alça de mira. OGlobo trouxe uma matéria intitulada “Eva agitadora” na qual afirmava: “A União Feminina é um disfarce do Partido Comunista”. O jornal católico reacionário A Ordem escreveu: “Há um mau feminismo, o da mulher que esquece suas grandes qualidades próprias e quer ser homem, julgando-se a eterna escrava do lar, quando na realidade é e deve ser a rainha, na concepção cristã. E esta luta inglória por falsos direitos, que antes constituem servidões estava no programa da UFB, carregado ainda por cima, pelas tonalidades rubras da ‘aliança’ dos comunistas”.

Em 11 de julho de 1935 a Aliança Nacional Libertadora foi proibida pelo governo. Ato que teve por base a Lei de Segurança Nacional aprovada em março daquele mesmo ano. Poucos dias depois – 19-07 – o Decreto n. 243, assinado por Getúlio Vargas, afirmaria que a União Feminina do Brasil estaria exercendo “atividade subversiva da ordem política e social” e estabeleceu que deveriam se “fechados por seis meses, os núcleos, sedes, ou escritórios da União Feminina do Brasil”, e que se “baixará instruções no sentido de ser promovido, sem demora, o cancelamento do registro civil da mesma sociedade”. O motivo alegado era seu vínculo com a extinta ANL.
Armanda Alberto, presidente da UFB, protestou contra o fechamento da entidade. Questionada sobre as razões da adesão à ANL, respondeu: “Simples, a União é nacionalista e anti-integralista sem que isso, no entanto, importe em pública profissão de fé comunista. Estando a Aliança Nacional Libertadora dentro do nacionalismo do nosso programa resolvemos apoiá-la contra o integralismo, porque este, como o nazismo e o fascismo é a negação total dos direitos da mulher”.
Após o malogrado levante armado tentado pela ANL, recrudesceu a repressão contra todos os opositores ao governo, especialmente os comunistas. Segundo Fernando Moraes, os porões do navio Dom Pedro I, recentemente transformados em presídio, tiveram como primeiras “hóspedes”: Maria Werneck de Castro, Catharina Landeberg, Amanda de Alberto Abreu. Todas dirigentes da União Feminina do Brasil.
O regime de Vargas não poupou as mulheres, que foram tratadas de maneira igual aos seus companheiros. Presas em massa, amontoadas em celas insalubres, muitas chegaram a ser seviciadas e deportadas. Um exemplo desse tratamento iníquo foi o de Elise Berger, barbaramente torturada na Polícia Especial e depois, como Olga, enviada para a Alemanha onde morreu num campo de concentração.
Outra vítima das atrocidades da polícia do Estado Novo foi a comunista Ida D’Amico, esposa do dirigente nacional Sebastião Francisco. Presa em 1940, brutalmente seviciada, acabou se suicidando poucos depois de sair da prisão. Também foi torturada Patrícia Galvão, entre outras.
Ficou famosa a sala 4 do Pavilhão dos Primários, anexo da Casa de Detenção do Rio de Janeiro. Ali ficaram presas: Maria Werneck de Castro, Nise da Silveira, Eneida de Moraes, Rosa Meirelles, Beatriz Bandeira, Antonia Venegas, Eugênia Álvaro Moreyra, Francisca Moura, Armanda Álvaro Alberto, Valentina Barbosa Bastos, Haidée Nicolucci e Catharina Besouchet.
Elas testemunharam a chegada de Olga Benário ao presídio e a assistiram durante a primeira fase de sua gravidez. Lideraram protestos para que a companheira de Prestes pudesse ser atendida adequadamente pelos médicos e depois contra a ameaça de expulsão do país. Cenas que são descritas por Fernando Moraes no seu livro Olga. A maioria delas foi solta às vésperas da decretação do Estado Novo, quando o ministro da Justiça José Carlos Macedo resolveu libertar todos os presos sem culpa formada.
As mulheres comunistas em busca de caminhos
As mulheres se envolveram em todas as campanhas cívicas que ocorreram no Brasil nos primeiros anos da década de 1940, como a luta pela decretação de guerra as potências nazifascistas, pelo envio de tropas brasileiras para combater em solo europeu e pela anistia aos presos e exilados políticos. Contudo, nenhuma delas participou da conferência clandestina que reorganizou o Partido em 1943, que ficaria conhecida como Conferência da Mantiqueira. Nenhuma viria a compor o novo Comitê Central eleito naquela ocasião.
No período final do Estado Novo os comunistas organizaram os comitês democráticos ou populares, que dariam base para a grande expansão partidária daqueles anos de abertura política e de conquista da legalidade. Neste processo teve início o trabalho de organização das mulheres trabalhadoras e dos bairros populares.
O prestígio do Partido Comunista do Brasil estava no seu auge. Com a legalização, ocorrida em 1945, transformou-se, pela primeira vez, num Partido de massas. Chegou a ter 200 mil membros. Entre eles se encontravam milhares e mulheres de mulheres. Embora ainda minoritárias, sua presença já se fazia sentir.
Nas eleições de 1945 o PCB conseguiu cerca de 10% do eleitorado, elegendo um senador e 12 deputados federais. No entanto, nenhuma mulher foi eleita para o congresso nacional. No geral, apesar dos avanços, poucas foram lançadas candidatas para deputada federal, estadual ou mesmo vereadora. Contudo, algumas mulheres comunistas conseguiram se eleger nas eleições subsequentes.
Adalgisa Cavalcante, que havia sido candidata derrotada à Câmara Federal em 1945, elegeu-se a primeira deputada estadual de Pernambuco em janeiro de 1947. Cassada um ano depois, continuou ativa na sua militância sendo presa diversas vezes. Zuleika Alambert, aos 24 anos, ficou na suplência da chapa comunista, mas acabou assumindo uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo. Sua base eleitoral era a cidade portuária de Santos. Ela foi secretária-geral da Juventude Comunista e se transformou numa das principais dirigentes dessa frente partidária.
Algumas comunistas também se elegeram vereadoras. Arcelina Mochel elegeu-se no antigo Distrito Federal e chegou a ser líder da maior bancada daquela casa legislativa, composta de 18 vereadores. Entre eles também se encontrava outra mulher: Odila Schmidt. A militante Elisa Kaufman foi eleita na cidade de São Paulo. Maria Olímpia Carneiro elegeu-se em Curitiba (PR) e Salvadora Lopes Peres, líder operária, em Sorocaba (SP), embora tenha sido impedida de tomar posse. Vera Pinto Telles, eleita primeira suplente, acabou assumindo uma cadeira na Câmara Municipal de Campinas (SP). Ainda não sabemos o número exato de comunistas eleitas naquele período.
Embora tenha crescido o número de mulheres no interior do PC do Brasil, elas continuavam sub-representadas nos seus órgãos dirigentes. A III Conferência Nacional do PCB, realizada em 1946, elegeu um novo Comitê Central. Dos 44 membros eleitos – como efetivos e suplentes – não havia nenhuma mulher. Este passou a ser um grave problema de ordem política e ideológica que deveria ser superado. Por isso, nesta conferência foi tomada a decisão de criar comitês de bases femininos.
Um grande passo no trabalho feminino dos comunistas foi dado com a fundação, em julho de 1947, do jornal Momento Feminino. Ele tinha um subtítulo que hoje pode parecer estranho a uma feminista: “um jornal a serviço do seu lar”.
O historiador Jorge Ferreira afirmou: “Mesmo que, aos olhos de hoje, um modelo feminino como este tenha um caráter conservador, exaltando a maternidade, a abnegação, a moralidade exemplar (...), é necessário considerar que o projeto comunista incentivava a participação da mulher na luta política, novidade para época, ajudando-a a libertar-se da opressão social e a afirmar-se como mulher e cidadã”. Continua ele: “Não é difícil imaginar o grau de discriminação social sofrido pelas militantes naquela época. Lembremos que o discurso anticomunista ressaltava particularmente a falta de valores morais dos revolucionários, sugerindo a promiscuidade e a licenciosidade sexual no interior do Partido. As mulheres, sobretudo, as jovens militantes, tinham que suportar as difamações acintosas sobre sua vida privada e principalmente sobre sua conduta sexual”.
Momento Feminino, sob a direção da incansável Arcelina Mochel, se constituiria no principal órgão da imprensa feminina naqueles anos. Tornou-se um instrumento agregador e organizador das mulheres comunistas e progressistas brasileiras. O jornal impulsionou a criação de comitês femininos em bairros e sindicatos. Num artigo no Momento Feminino fala-se na existência de 43 núcleos funcionando. Entre eles estava a Associação Feminina do Distrito Federal, dirigida pela militante Antonieta Campos da Paz.
O resultado de todo esse trabalho foi a criação da Federação de Mulheres do Brasil (FMB) em 1949. À frente desse esforço estavam nomes como Ana Montenegro, Arcelina Mochel e Alice Tibiriçá, que foi a primeira presidenta da entidade. Alice morreria no ano seguinte de sua eleição. Para seu lugar foi indicada a educadora Branca Fialho, que chegou a ser vice-presidente da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM). As duas não eram filiadas ao Partido Comunista do Brasil. Arcelina Mochel, como secretária-geral, representava as comunistas na direção da entidade.
A Federação congregou organizações femininas de 11 estados brasileiros. Uma das grandes campanhas que a entidade se envolveu foi contra a carestia de vida, pelo controle dos preços dos produtos essenciais. Foi em resposta a essa reivindicação que o governo Vargas criou a Sunab (Superintendência Nacional de Abastecimento). Uma vitória das comunistas brasileiras.
As mulheres, dirigidas pela sua federação, também participaram das campanhas “O Petróleo é Nosso!” e pela paz mundial, contra a proliferação das armas atômicas. Um informe dado no IV Congresso do PCB dá conta de que somente as organizações femininas tinham arrecadado quase 1 milhão de assinaturas para o Apelo de Estocolmo. Elas foram ativas na luta contra o envio de soldados brasileiros para combater na Coreia.
Durante o governo Dutra três heroínas comunistas se destacariam. Zélia Magalhães, assassinada em 15 de novembro de 1949, durante um comício organizado pelo PCB; Angelina Gonçalves assassinada numa manifestação de Primeiro de Maio, na cidade gaúcha de Rio Grande em 1950;  Elisa Branco, presa e condenada a três anos de prisão simplesmente por abrir uma faixa onde se lia “Os soldados, nossos filhos, não irão para a Coreia”. Ela se tornaria um símbolo internacional e ganharia o prêmio Stalin da Paz.
Mas existiam aquelas comunistas que não podiam ter nenhum trabalho que lhes dessem projeção política, pois viviam na clandestinidade. Refiro-me, entre outras, às militantes que eram companheiras de dirigentes partidários, como Maria Prestes, Edíria Amazonas, Renée Carvalho e Clara Charf. Elas tiveram um papel importante no apoio ao funcionamento do Comitê Central, cuidando dos aparelhos, fazendo os contatos entre dirigentes e mesmo dando aulas nos cursos Stalin e Lênin. Ao lado dessas, centenas outros de nomes femininos desapareceram da história. Viveram e morreram clandestinas.
As mulheres também participavam dos atos ousados realizados pelo Partido naqueles anos de clandestinidade. Em 1949, quando se realizavam as comemorações dos 70 anos de Stalin um grupo de alpinista – tendo entre eles Elza Monnerat – escalou o morro Dois Irmãos no Rio de Janeiro e escreveu na rocha o nome do dirigente soviético. Um feito que agitou a antiga capital do país. As jovens comunistas não ficavam atrás dos seus companheiros em matéria de coragem e ousadia.
Nas grandes mobilizações operárias que sacudiriam o país, no final da década de 1940 e início de 1950, as mulheres comunistas tiveram uma grande participação. Na greve dos 300 mil que parou a capital paulista – e foi uma das mais importantes do período – se destacaram as figuras de Maria Sallas, Orondina Silva e Adoracion Vilar. Graças a esse movimento grevista foram criados departamentos femininos nos sindicatos dos têxteis, metalúrgicos e gráficos.
Tentou-se ampliar e fortalecer as organizações de bases femininas no interior do Partido, cujas tarefas fundamentais eram “mobilizar e organizar as mulheres partindo das suas reivindicações específicas, das lutas contra a carestia, pelo congelamento de preços em defesa da infância e elevando-as até às lutas democráticas e emancipadoras”. A direção critica a tentativa de transformar essas organizações de bases em aparelhos apenas voltados para o trabalho de apoio, como colar cartazes e angariar fundos.
Levando-se em conta as dificuldades vividas pelas mulheres naquela época, podemos dizer que foi significativo o número delas integradas aos cursos Stalin e Lênin, ministrados em grande escala nos primeiros anos da década de 1950. Muitas militantes, como Edíria Carneiro, seriam transformadas provisoriamente em professoras das escolas partidárias.
Algumas mulheres seriam incluídas nas três turmas que fizeram o curso de aprofundamento do marxismo-leninismo na URSS, com a duração de dois anos. Essas medidas sinalizavam uma preocupação maior em formar quadros femininos para o trabalho de direção política, superando um problema estrutural na construção do partido desde a sua origem.
Houve uma grande mobilização brasileira para a participação na Conferência Latino-Americana de Mulheres, realizada em agosto de 1954. Neste período, conforme afirma Olga Maranhão, surgiram mais de 30 organizações de massa femininas e vários sindicatos realizaram assembleias para eleger suas delegadas para aquela conferência. Ainda neste ano ocorreu um Ativo nacional do PCB sobre o trabalho feminino.
A questão da mulher: o tema entra na pauta dos comunistas
Este crescimento do movimento feminino e a inserção das comunistas nele levariam a uma pequena – mas significativa – mudança na composição das direções partidárias. Isso se refletiria no IV Congresso do PCB, realizado no final de 1954. Nele, pela primeira vez, as mulheres teriam alguma participação (9,3% dos delegados) e seriam eleitas para o Comitê Central. Entre os membros efetivos do CC ficariam Lourdes Benaim, doméstica – Paulo; Arcelina Mochel, professora, Rio; Zuleika Alambert, professora, São Paulo. Na suplência: Orondina Silva, tecelã, São Paulo; Olga Maranhão, doméstica, Rio; Maria Salas, tecelã, São Paulo e Iracema Ribeiro, professora, Rio.
Outra novidade é que duas mulheres apresentariam informes especiais naquele conclave. Iracema Ribeiro: O trabalho feminino – dever de todo partido e Olga Maranhão: Ganhar milhões de mulheres para o Programa do Partido. Alguma coisa parecia estar mudando e para melhor.
No seu informe Iracema Ribeiro afirmava: “é muito pequeno ainda o número de mulheres membros do Partido (...) o que demonstra que não extirpamos ainda das nossas fileiras os preconceitos burgueses com relação à Mulher (...). O Partido deveria encarar mais seriamente a necessidade de promoção de quadros femininos”. Essa promoção estaria se processando de uma maneira demasiadamente lenta. “As nossas direções ainda procuram ater-se as alegações de timidez das camaradas, ou a problemas de outra ordem, sem promovê-las com audácia”, dizia ela.
Para superar essa situação, propõe, entre outras coisas: “1º O trabalho feminino deve deixar de ser tarefa apenas das Organizações de Base e das Seções do Trabalho Feminino para se transformar em tarefa de todo o Partido. 2º Todos os Comitês de Zonas e Comitês Distritais devem ter encarregados do trabalho feminino. O trabalho feminino deve ser incluído entre as tarefas permanentes dos Comitês de Zona, dos Comitês Distritais e das Organizações de Base. 3º Elaborar com urgência uma resolução do Comitê Central sobre o trabalho feminino”.
Os meses que se seguiram ao IV Congresso foram de intenso trabalho e reflexão sobre o futuro do “trabalho feminino” no interior do Partido. Entre 19 e 21 de março de 1955, em reunião do pleno ampliado do Comitê Central, três intervenções especiais foram realizadas: As eleições de1955 e as tarefas do Partido, de Luiz Carlos Prestes; Ganhar milhões de brasileiros para a lutacontra a guerra atômica, de Maurício Grabois; e Melhorar, intensificar e ampliar o trabalho do Partido entre as mulheres, de Iracema Ribeiro.
Nele, Iracema expõe a situação da mulher brasileira tendo como centro a mulher trabalhadora e a dona-de-casa; como essa mulher vinha participando das jornadas democráticas daquele período. Bate duro nas dificuldades e debilidades que o Partido apresenta para incorporar essas mulheres em todos os níveis de sua ação e nos órgãos de direção. Levanta, com muita propriedade e como já havia feito no IV Congresso, a necessidade de “transformar o trabalho feminino num dever de todo o Partido, aumentar os efetivos femininos do Partido, intensificar a formação e promoção de quadros para o trabalho entre as massas femininas”.
Escreve Iracema: “O principal motivo das debilidades na atuação dos comunistas entre as massas femininas reside na profunda subestimação do trabalho feminino. Não é o conjunto do Partido que desenvolve atividade entre as diversas camadas da população feminina. O trabalho recai sobre um reduzido número de companheiras (...). Há resistência entre nós a considerar e incluir o trabalho entre as mulheres como uma das principais tarefas do Partido”.
Continua ela: “é preciso termos em conta os inúmeros preconceitos feudais e burgueses sobre a mulher, ainda existentes nas fileiras do Partido Comunista. É evidente que os portadores dessas ideias retrógradas, por melhores militantes e dirigentes que sejam, não agem no interesse do Partido e da Revolução. Enfraquecem nossa causa, enfraquecem o Partido, enfraquecem a luta revolucionária pela democracia e pelo socialismo. As falsas concepções de superioridade do homem sobre a mulher e do homem como ‘senhor’, a subestimação pela formação e promoção de quadros femininos e o menosprezo do trabalho do partido entre as mulheres são males que devem ser combatidos e eliminados em nosso Partido. Assim, nosso partido aparecerá em toda parte ante as mulheres como realmente é: o partido da emancipação, da liberdade, da dignidade e da felicidade das mulheres” (Voz Operária, n. 307).
Na mesma edição do jornal Voz Operária é publicada uma resolução do Comitê Central intitulada “Sobre o trabalho do Partido Comunista do Brasil entre as mulheres”, cujo conteúdo é quase o mesmo da intervenção feita por Iracema Ribeiro. Politiza o termo “emancipação da mulher”, colocando que ela “estava na dependência direta da vitória do povo brasileiro em sua luta para libertar nossa pátria do jugo do imperialismo norte-americano e para substituir o regime de latifundiários e grandes capitalistas por um regime democrático-popular, conquistando um governo democrático de libertação nacional” (VO, n. 307).
Do ponto de vista partidário, diagnosticou-se que a resistência em se colocar o trabalho entre as mulheres como uma de nossas principais tarefas refletiria “a influência da ideologia burguesa nas nossas fileiras, revelaria oportunismo”. Eram nítidos os avanços que vinham ocorrendo nas elaborações teóricas e políticas dos comunistas sobre o “problema das mulheres” no Brasil.
No ano seguinte se realizaria um encontro nacional de mães e a I Conferência Nacional das Mulheres Trabalhadoras. Esta reunião, ocorrida entre 18 a 20 de maio, reuniu centenas de delegadas – a maioria era composta de operárias – e elegeu suas representantes para a Conferência Mundial de Trabalhadoras em Budapeste. As comunistas estiveram na vanguarda de todos esses eventos.
A culminância deste processo se dá, no final de maio de 1956, com a realização da V Conferência Nacional do Partido Comunista do Brasil – também intitulada 1ª Conferência Nacional Sobre o Trabalho do Partido entre as Mulheres. O informe principal foi Despertar para a luta e organizar as grandes massas femininas, assinado por Luiz Carlos Prestes. Haveria mais três informes especiais: Por um amplo trabalho de agitação e propaganda entre as mulheres, apresentado por Carlos Marighella; O trabalho com as Organizações de Bases Femininas: Condições para um amplo movimento feminino de massas, por Sérgio Holmos; eRenovar e melhorar nossos métodos de trabalho entre as mulheres, por Iracema Ribeiro. A abertura dos trabalhos coube a Marighella e o discurso de encerramento a João Amazonas.
No Presidium de Honra da Conferência figuravam os nomes de Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo, Olga Benário, Zélia Magalhães e Angelina Gonçalves. No final dela, foram aprovadas duas resoluções: sobre o trabalho do partido entre as mulheres e a respeito de questões de organização e propaganda.
Alguns dias depois da Conferência, o jornal Voz Operária publicou uma síntese da intervenção de Prestes. “Em seu informe à Conferência Nacional sobre o trabalho do Partido entre as mulheres, Luiz Carlos Prestes colocou diante de todos os comunistas o importantíssimo problema da emancipação da mulher. Esta não é uma tarefa fácil. A própria palavra emancipação não será facilmente compreendida pela maioria das mulheres. Emancipar-se significa livrar-se da tutela de alguém, libertar-se. A luta pela emancipação da mulher compreende um trabalho imediato, mas que será contínuo e prolongado. Este trabalho representa hoje, fundamentalmente, a luta contra o atraso e a miséria. A emancipação da mulher brasileira terá início quando ela começar a compreender que é possível ter uma vida mais justa, mais feliz e humana. Despertando para a luta, a mulher irá conquistando dia a dia a sua emancipação através da conquista de pequenas coisas: uma casa higiênica para morar, um salário digno capaz de garantir o sustento do lar, uma creche ou casa maternal para deixar seu filho bem cuidado durante as horas de trabalho fora do lar, leite, carne e pão em fartura e ao alcance de sua bolsa, etc.”.
Continua ele: “A emancipação da mulher significa, ainda, a luta contra o atraso. Mais da metade das mulheres brasileiras está privada de conhecer as coisas belas da vida, não pode ler contos de amor ou conselhos de beleza, desconhece o que se passa pelo mundo. O fato de aprender a ler e a escrever constitui um passo adiante na luta pela emancipação da mulher. Sabendo ler as mulheres poderão não só votar ou ser eleitas – direito que deveria ser assegurado a todos os analfabetos –, mas estarão melhor habilitadas para defenderem seus direitos, participarem mais ativamente da vida econômica, social e política do país e mais facilmente caminharem no caminho de sua completa emancipação” (VO, n. 376).
Percebe-se, com os olhos de hoje, que ainda não havia uma clara conceituação para o termo “emancipação da mulher”; assim como era nítida a confusão entre atuação no “movimento feminino” e o trabalho interno partidário entre as mulheres. Apesar desses problemas, os avanços saltam aos olhos.
A crise do Partido Comunista e a questão das mulheres
Esse foi, ao mesmo tempo, o auge e o início de um rápido declínio da temática feminina no interior do PCB. Todo trabalho que vinha se acumulando desde, pelo menos, a Tribuna de Debates do IV Congresso, em 1953, até a realização da IV Conferência, em 1956, foi desmontado após a grave crise interna que acometeu o Partido, sobretudo após o XX Congresso do PCUS.
No segundo semestre de 1956, a seção “Página Feminina” do Voz Operária deixou de existir. A Declaração de Março de 1958, que se anunciava como a “modernização” do PC do Brasil, não cita em nenhum momento a palavra “mulher” ou “feminino”; inexistem textos na Tribuna deDebates do V Congresso (1960) tratando do tema; é drasticamente reduzido o número de mulheres no Comitê Central eleitas naquele congresso – passando de sete para uma única camarada: Zuleika Alambert; a resolução do V Congresso parece reduzir tudo à estaca zero ao afirmar: “Maior atenção deve ser dedicada ao trabalho de massas entre as mulheres, que podem ser reunidas nos mais variados tipos de organização, especificamente femininas ou não para a luta em torno de reivindicações, tais como o amparo à criança, o combate à carestia, a abolição de desigualdades de direitos, a melhoria das condições de vida nos bairros etc.”.
Em 22 de janeiro de 1957, Juscelino Kubitschek assinou um decreto discricionário que afirmava: “Art. 1º Fica suspenso, pelo prazo e seis meses, o funcionamento da Federação de Mulheres do Brasil, com sede no Distrito Federal e das organizações a ela filiadas em todo o Território Nacional; Art. 2º O Ministério Público Federal promoverá imediatamente (...) a competente ação de dissolução das entidades referidas no artigo primeiro; Art. 3º Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário”. Termos muito próximos aos usados por Vargas quando fechou a União Feminina do Brasil.
Os comunistas não esboçaram qualquer reação diante desse ato arbitrário. Na mesma época, sem apoio, chegava ao fim o jornal Momento Feminino. O novo núcleo dirigente, que começou a se formar em 1957, também fechou a União da Juventude Comunista.
Mesmo o PC do Brasil, reorganizado em 1962, não conseguiu retomar no mesmo patamar a discussão sobre a questão da mulher, esboçada nos meado dos anos 1950. Além de muito pequeno, travava uma luta titânica pela própria sobrevivência diante do poderoso PC Brasileiro, que passaria a ser conhecido como Partidão. Na Conferência Extraordinária, que reorganizou o Partido, só se tem notícia da participação de uma mulher, Elza Monnerat. Esta passaria a compor o novo Comitê Central e continuaria a ser uma estrela solitária até a realização do VI Congresso do PCdoB, realizado entre 1982 e 1983. Mas esta já é outra história.
* Augusto Buonicore é historiador e secretário-geral da Fundação Maurício Grabois, autor do livro Marxismo, história e revolução burguesa: encontros e desencontros.
** Fernando Garcia é historiador e responsável pelo Centro de Documentação e Memória (CDM) da Fundação Maurício Grabois.

Fontes
Coleção de Documentos e correspondências da Internacional Comunista (IC) – Asmob/ CEDEM [CDM/ Grabois]; http://www.grabois.org.br/portal/cdm
Coleção do jornal Voz Operária, n. 307 a 376.
Coleção do jornal A Classe Operária – 2ª e 3ª fases (1928-53).
Revista Problemas n. 64, dezembro de 1954 a janeiro de 1955.

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BUONICORE, Augusto & GARCIA, Fernando. “Elisa Branco, heroína internacional da paz”, in Portal da Fundação Maurício Grabois, 2010: http://grabois.org.br/portal/cdm/noticia.php?id_sessao=30&id_noticia=3020
BUONICORE, Augusto. “60 anos do Massacre de Rio Grande”, in Portal da Fundação Maurício Grabois, 2010: http://fmauriciograbois.org.br/portal/cdm/noticia.php?id_sessao=30&id_noticia=967
BUONICORE, Augusto. “Simplesmente Edíria”, in Portal Vermelho, 2012:  http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=11&id_noticia=171908
CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. “Guerreiras anônimas: por uma história da mulher judia”, in sítio Projeto Integrado (PROIN) Arquivo Público do Estado e USP, 2008.
FERREIRA, Jorge. Prisioneiros do Mito – Cultura e imaginário político dos comunistas no Brasil (1930-1956), Maud e EdUFF, 2002.
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KAREPOVS, Dainis. A Classe Operária Vai ao Parlamento – o Bloco Operário e Camponês no Brasil (1924-1930), São Paulo: Alameda, 2006.
KINOSHITA, Dina Lida. “As mulheres do PCB/PPS”, in Portal do PPS, 2008 http://mulheres.pps.org.br/portal/showData/145587
LIMA, Heitor Ferreira. Caminhos percorridos: memória de militância, São Paulo: Brasiliense, 1982.
MORAES, José Damiro de. “Armanda Álvaro Alberto: Pensamento e ação nos anos 1930”, texto apresentado no IV Congresso Brasileiro de História da Educação – Texto Eixo Temático – Intelectuais, pensamento social e educação, FE/Unicamp, s/d.
MORAIS, Fernando. Olga, São Paulo: Alfa-Ômega, 1985.
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ONGs - USAID à serviço da CIA/EUA na AL

6 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Serviço de Inteligência do EUA para desestabilizar os países
(ONGs)
Uma ONG da Costa Rica recebeu U$400 mil em 2009 para participar em operações sujas da USAID em Cuba e possivelmente milhões de dólares a mais para estas mesmas tarefas de desestabilização e subversão na ilha orientadas pela CIA e realizadas sob a fachada dos “direitos humanos”.

O fato podemos deduzir dos últimos dados publicados pelo investigador norteamericano Tracey Eaton – em seu site, Along the Malecon – que se surpreende pela forma com a qual o denominado “Instituto Interamericano de Direitos Humanos” (IIDH) e a USAID ocultam o destino e o uso que se deu aos generosos subsídios recebidos anualmente desta agência norteamericana conhecida por sua relação com a CIA.

“O prêmio inicial, de 17 de abril de 2009, mostra claramente que Cuba está como o principal lugar de atuação. No jargão do governo federal, é o lugaar onde o serviço é feito”, escreve Eaton. “Mas eu vi referência à Cuba, uma vez nas cinco listas relacionadas no site do governo, USASpending.gov”.

“Me intrigava ver que a USAID em 2009 outorgou mais de U$1,5 milhões”a IIDH, confessa o jornalista que foi chefe em Havana como correspondente de um importante diário do Texas.

O IIDH, premiado pela USAID com milhões de dólares, radicada em São José, Costa Rica (“Da cafeteria Spoon, Los Yoses, 100 metros ao oeste e 25 metros ao sul. Casa branca do lado esquerdo. San Pedro de Montes de Oca, San José, Costa Rica: - Telefone: (506) 2527 1681 e 2527 1672).
O diretor da ONG de Roberto Cuéllar, enviou uma mensagem aos participantes na última Assambléia Geral da OEA, em Cochabamba, Bolívia na qual fala dos nobres propósitos de sua organização, mas omite falar de seus nem tão nobres operações na Ilha caribenha.

Entre suas atividades anunciadas em outros países, a ONG menciona um curso para os instrutores da Polícia da Colômbia e outro para funcionários norteamericanos, sempre sobre o tema dos DDHH.

Bastante suspeito, o IIDH não aparece na página da web da USAID, como um dos sócios atuais da agência em Cuba. No sitio USASpending.gov, não há detalhes do contrato. O trabalho se descreve como “ajuda ao desenvolvimento”.

Comenta Eaton: “Maior clareza aumentaria a transparência dos programas da USAID nas Américas e diminuiria as suspeitas de que a agência está fazendo um trabalho semi-clandestino em Cuba”.

Semi-clandestino? O caso do contratista norteamericano Alan Gross, beneficiário de outro generoso contrato da USAID, demonstrou que as tarefas confiadas pela USAID não são inocentes.

A IIDH reconhece em seu site receber “apoio”, além da USAID, da Agência Sueca de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (ASDI),Embaixada Real da Dinamarca, a Real Embaixada da Noruega, a Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional e a Embaixada do Reino dos Países Baixos.

O papel das ONGs na América Latina como no resto do mundo é, com frequência, objeto de controvérsias nas quais seu trabalho é assimilado, em grande parte, pelos objetivos de serviços de inteligência.

EUA inverte dezenas de milhões de dólares a cada ano na desestabilização e subersão em Cuba com seu secular propósito de anexar a ilha. A USAID é um dos instrumentos recorre ano após anos para realizar seus planos imperialistas.

Tradução livre

Fonte: Aporrea.org 



Quem está por trás das atrocidades na Síria?

6 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


EUA ameaça que vai promover uma resolução no Conselho de Segurança da Onu para que aprove o uso da força militar contra Síria. O diretor do Centro de Estudos sobre a Globalização, Michel Chossudovsky denuncia que o conflito na Síria foi iniciado e é alimentado precisamente pelos EUA e seus aliados.


Síria recebeu uma advertência: o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, disse que a nação norteamericana busca uma resolução mais enérgica para a crise na Síria. Segundo Geithner, a solicitação dos EUA, irá ao Conselho de Segurança da ONU para que autorize o uso da força para por fim ao regime do Governo sírio. Geithner expressou o sentimento de seu país num discurso de abertura na reunião dos Amigos da Síria, realizada em Washington.

O diretor do Centro de Estudos sobre a globalização, Michel chossudovsky está convencido de que os EUA apoiam os chamados “esquadrões da morte”que operam contra o regime de Bashar al Assad da Síria.

“Quando Hillary Clinton acusa o Governo de Bashar al Assad de cometer atrocidades temos que refletir e esclarecer quem está por trás destas atrocidades. São grupos armados, mercenários e a maioria são estrangeiros, são “esquadrões da morte”, apoiados pelos EUA. E depois os EUA disseram que há que ter uma saída para a crise. É uma contradição”, comentou Chossudovsky à RT – Notícias.

O cientista declara que “esta guerra foi iniciada pelos EUA e seus aliados”. “Temos que entender que a desestabilização da Síria é para uma mudança de regime pela operação da OTAN e com o pretexto humanitário que pode levar a uma guerra regional do leste do Mediterrâneo até a fronteira da China. As consequências da ação militar por parte da OTAN que será avaliada pelas Nações Unidas ou seja fora do Conselho de Segurança terá um impacto tremendamente grave sobre a segurança mundial. E é certo que a Rússia e a China estão muito preocupadas com essa situação”, disse.

Os líderes da Rússia e China chamaram Damasco e a oposição para empreender um diálogo. No entanto, ambos se manifestaram contra a ingerência das forças estrangeiras nesse país. As declarações foram feitas como resultado da visita oficial do presidente russo, Vladimir Putin, em Pequim.

Rússia convocou uma reunião com os membros do Conselho de Segurança da ONU e dos estados mais influentes da região. O chefe da diplomacia russa, Serguéi Lavrov, declarou que “ao contrário das reuniões sob o lema de “Amigos da Síria”, o objetivo deste encontro consistiria em que as partes externas concordem em realizar de forma honesta o plano de Kofi Annan, já que foi respaldado por todos. Rússia e China tem um entendimento comum e que é extremamente importante nesta etapa, quando há muitos que com suas palavras e ações subversivas e desejariam minar o plano de Kofi Annan”


Fonte: RT-Notícias <--para assistir o vídeo



Chile: Animalistas y ambientalistas reciben al rey de España con Marcha de los elefantes

5 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Santiago de Chile, junio 6 - Tal como ya lo habían anunciado los animalistas en Chile, habrá varias demostraciones de repudio durante la visita del rey Juan Carlos tras protagonizar uno de los escándalos más vergonzosos de su reinado: La quebradura de su cadera mientras se encontraba en Safari de caza de elefantes en África a expensas del Estado Español.

Una de estas actividades es La Marcha de los Elefantes, organizada por animalistas de Antofagasta, una de las escalas del monarca. La manifestación convocada para las 17:00 horas de hoy en la Plaza Colón, será realizada con máscaras artesanales de elefante y ropa gris para emular a estos grandiosos animales.

El grupo en Facebook manifiesta en su llamado:  ”¿Sientes impotencia por el sufrimiento de los animales? Este es el momento de hacerlo notar. Marcha en contra de la Injusticia. SE la voz de los sin voz. Marcha por los elefantes y por todos los animales que mueren en manos del que se siente mas poderoso”.

Por su parte los animalistas de la capital de Chile agrupados en la Comisión Funa al monarca español se reunieron ayer al mediodía frente al monumento a Salvador Allende,próximo al Palacio de La Moneda, mientras el Rey se encontraba reunido con Piñera. Esto también vendría ligado a una protesta en repudio a la inversión de capitales españoles en empresas del rubro energético que mantienen a muchos ambientalistas hace ya varios años en íe de lucha y que ven en esta visita un afán lobbista del rey de España.

Fonte: aporrea.org



Rio+20 Contra a mercantilização da vida

5 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Movimentos sociais de ALBA rumo à Rio+20

Diferentes ações se realizaram em 5 de junho em resposta ao chamado mundial contra a mercantilização da vida, em defesa da justiça social e ambiental, numa tentativa de recomposição do capitalismo imperial através da economia verde e as causas estruturais que geraram as múltiplas crises globais.


Na América Latina e Caribe, um modelo de desenvolvimento, contruído a partir da hegemonia do mercado, tentam impor sobre nossos povos como uma nova fase de recolonização continental. Após décadas de neoliberalismo, o extrativismo primário exportador e o agronegócio, sustentam a inserção da região num ciclo de produção, circulação e consumo em grande escala e respaldar um único modo de vida cada vez mais distante da soberania, da cultura agrária e outros saberes ancestrais dos povos.

Brasil - Indígena Kalapalo fazendo beiju


As diferentes iniciativas de 05 de junho, as portas da Reunião dos Povos por justiça social e ambiental que se realizará no Rio de Janeiro, Brasil de 15 a 23 de junho de 2012, mostrará a resistência e as propostas dos movimentos e organizações de Nossa América, algumas já evidenciadas em nossa constate luta contra os megaprojetos, os conflitos das minerações como o de Cajamarca, ocorrem no Perú, a defesa de nossos bens comuns, de nossos territórios e em diferentes campanhas pela soberania alimentar e pelo reconhecimento da economia solidária, comunitária e cooperativista.

No dia mundial do meio ambiente, também nos mobilizamos por nossa integração, entendendo que a resistência focalizada, setorial não conseguirá deter este modelo predador e de criminalização, a não ser a unidade e a solidariedade entre as distintas lutas que levarão adiante nossas causas comuns.

Bolívia - indígena cocaleira e a neta, plantação de coca


Nesse sentido, difundimos várias ações que como parte da Articulação dos Movimentos Sociais da ALBA, se realizaram no México, El Salvador, Honduras, Cuba, Uruguai, Perú, Argentina, Venezuela, Brasil, Colômbia que colocarão de pé Nossa América, nesta jornada de mobilização global.

Mobilização global contra a mercantilização da vida em defesa dos bens comuns.



Vazou documentos Bilderberg: "O nacionalismo é perigoso"

5 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Leia também 

Club Bilderberg toma decisiones estratégicas en EEUU y Europa

e as informações deixadas por Castor Filho nos comentários.
Paul Joseph Watson
Prison Planet.com 
quarta-feira 6 de junho, 2012
Documentos vazados da conferência de 1966 do Grupo Bilderberg exclusivamente obtido por Infowars trair como até mesmo já em cinco décadas atrás senadores norte-americanos estavam sendo doutrinados com a crença de que "o nacionalismo é perigoso" por elitistas da Bilderberg, além de união superior dirige conspirações por trás de seus membros 'faz com titãs do capitalismo e da indústria.
Vazou documentos Bilderberg: Nacionalismo é perigoso
Documentos que vazaram das reuniões previamente ilustraram como o Grupo Bilderberg, ao contrário do mito de mídia gerado que a confabulação representa uma loja inofensivo falando, define o consenso para as decisões políticas às vezes, décadas de antecedência.
Um exemplo claro é a reunião de Bilderberg de 1955, realizada em Garmisch-Partenkirchen, na Alemanha Ocidental.Documentos lidos pela BBC e posteriormente liberada por Wikileaks divulgar como os membros do Bilderberg estavam discutindo a criação da moeda única euro quase 40 anos antes de ter sido oficialmente introduzida no 1992 Tratado de Maastricht.
Os documentos obtidos por Infowars são da reunião do Grupo Bilderberg, que teve lugar em Wiesbaden, na Alemanha no final de março 1966 .. Os arquivos estão marcados como "pessoal e estritamente confidenciais", e "não para publicação, no todo ou em parte." Eles consistem de agenda Bilderberg para confab daquele ano, juntamente com notas escritas à mão feitas por Democrática senador dos EUA para Oklahoma Fred R. Harris , que participou da reunião.
Os participantes na conferência de 1966 incluía figuras bem conhecidas, tais como David Rockefeller, Zbigniew Brzezinski, e John J. McCloy, que serviu na Comissão Warren e foi membro do grupo de política externa da criação de anciãos chamado "Os Reis Magos".
Harris tinha sido apenas no cargo por menos de dois anos antes que ele foi convidado para a Confab Bilderberg, sugerindo que ele estava sendo sondado para preparação potencial para maior escritório. O ex-senador ainda está vivo e trabalha atualmente como professor de ciência política da Universidade do Novo México.
Incluídas nos documentos é o convite oficial Harris recebeu do príncipe Bernhard dos Países Baixos, Bilderberg fundador e membro do partido nazista alemão. A carta é assinada pessoalmente pelo príncipe.
A parte mais alarmante de preocupação Harris notas escritas à mão um discurso proferido durante o confab Bilderberg por um membro do Partido Comunista tempo e líder sindical Walter Reuther P., que era politicamente ativo da década de 1930 até sua morte em 1970.Reuther era uma força de liderança nas Trabalhadores Unidos do automóvel (UAW) e mais tarde ajudou a criar a Confederação Internacional dos Sindicatos Livres.
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Conservador ícone Barry Goldwater, uma vez caracterizada Reuther como uma "ameaça mais perigosa que o Sputnik ou qualquer coisa Rússia Soviética poderia fazer a América". Reuther também apareceu na lista da revista Time das 100 pessoas mais influentes do século 20.
Os documentos mostram que, mesmo já em 1966, como representantes da União Reuther, que se chamavam socialistas, estavam vendendo os seus membros em favor de secretamente planejando com os corretores de poder Bilderberg, muitos dos titãs whomwere do capitalismo e da indústria - ilustrando como a esquerda / paradigma político direito é uma fraude.
Além disso, os senadores, como Harris foram sendo doutrinados por elitistas da Bilderberg que a soberania nacional deve acabar e ser substituído por um sistema de governo global.
Notas de Harris, feitas enquanto Reuther estava dando sua apresentação, revelam como Bilderberg estavam em pânico sobre a relevância declínio da OTAN e buscou fabricar uma nova ameaça de elevar a sua importância.
"A OTAN está em apuros porque medos comuns são reduzidos", escreve ele.
A principal ameaça para o gol Bilderberg de estabelecer um governo global é claro em notas de Harris.
"Nacionalismo é perigoso", escreve ele.
Em uma carta enviada a Reuther Harris poucas semanas após a conferência, o senador agradece a cabeça União, escrevendo: "A Conferência Bilderberg me deu uma oportunidade real de aprender e ampliar meus horizontes. Um dos destaques memoráveis ​​da reunião foi a oportunidade de conhecer e conversar com você. "
Teremos revelações mais surpreendentes desses documentos vazados nos próximos dias.
Ver as imagens dos documentos abaixo (clique para ampliações).
Vazou documentos Bilderberg: Nacionalismo é perigoso
Vazou documentos Bilderberg: Nacionalismo é perigoso
Vazou documentos Bilderberg: Nacionalismo é perigoso
Vazou documentos Bilderberg: Nacionalismo é perigoso
Vazou documentos Bilderberg: Nacionalismo é perigoso
Vazou documentos Bilderberg: Nacionalismo é perigoso
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Vazou documentos Bilderberg: Nacionalismo é perigoso
Vazou documentos Bilderberg: Nacionalismo é perigoso
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Paul Joseph Watson é o editor e escritor de Planet.com Prisão . Ele é o autor de Order Out Of Chaos. Watson também é um regular preenchimento do host para o Alex Jones Show e Notícias Infowars noite.



192 municípios são pré-selecionados para projeto de Cidades Digitais

5 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Segunda etapa, de classificação, será iniciada após o prazo de recebimento de recursos à decisão.
A Secretaria de Inclusão Digital (SID) do Ministério das Comunicações divulgou, nesta terça-feira (5), os municípios habilitados para a concorrência no projeto-piloto para implantação de Cidades Digitais. Das 263 cidades que apresentaram proposta, 192 foram habilitadas e participarão da segunda etapa do processo que, ao final selecionará 80 municípios.
Fonte: Instituto TELECOM
Na região Centro-Oeste, foram selecionadas as cidades satélite de Brasília – Estrutural, Paranoá e Sobradinho II – o município goiano de Nerópolis; as cidades de Santo Antônio do Leste, do Mato Grosso, e Ponta Porã, do Mato Grosso do Sul.

A região Nordeste teve 105 projetos selecionados, sendo 13 da Bahia: Guanambi, Guaratinga, Igrapiúna, Itaberaba, Itabuna, Ituberá, Jandaíra, Juazeiro, Lauro de Freitas, Nilo Peçanha, Piraí do Norte, Uruçuca e Vitória da Conquista.

No Ceará, foram pré-selecionadas 14 cidades: Araripe, Barreira, Brejo Santo, Crateús, Icapuí, Jaguaruana, Maracanaú, Milhão, Miraíma, Quixeramobim, São Gonçalo do Amarante, Varjota e Viçosa do Ceará. No Maranhão, foram duas: Bom Jesus das Selvas e São José de Ribamar.

Mais 32 cidades da Paraíba foram selecionadas: Água Branca, Aguiar, Alagoinha, Belém do Brejo da Cruz, Cabaceiras, Cachoeira dos Índios, Caraúbas, Condado, Congo, Esperança, Itaporanga, Lagoa de Dentro, Lagoa Seca, Maturéia, Monte Horebe, Monteiro, Nova Floresta, Nova Olinda, Olho d’Água, Pocinhos, Pombal, Queimadas, Santa Teresinha, São Bento, São João do Rio do Peixe, São José de Espinharas, São José do Brejo da Cruz, São José dos Cordeiros, São Mamede, Sumé, Teixeira e Tenório.

Em Pernambuco, com maior participação, 39 municípios foram escolhidos: Abreu e Lima, Águas Belas, Alagoinha, Angelim, Arcoverde, Belo Jardim, Bodocó, Bom Conselho, Brejão, Caetés, Calçado, Canhotinho, Capoeiras, Casinhas, Correntes, Iati, Ibirajuba, Inajá, Itaíba, Jucati, Jupi, Jurema, Lagoa do Ouro, Lajedo, Manari, Palmeirinha, Panelas, Paranatama, Pedra, Pesqueira, Quipapá, Saloá, Sanharó, São Benedito do Sul, São Bento da Una, São João, Tacaimbó, Terezinha e Venturosa.

No Piauí foram quatro cidades: Inhuma, Regeneração, Santa Cruz dos Milagres e São José do Divino. E no Rio Grande do Norte, duas: São João do Sabugi e São Rafael.

Na região Norte foram selecionadas 18 cidades. Duas no Acre: Jordão e Xapuri. Cinco no Amazonas: Coari, Humaitá, Japurá, Manacapuru e Manaquiri. Na Amapá, uma: Serra do Navio. Outras nove no Pará: Conceição do Araguaia, Curuçá, Goianésia do Pará, Itaituba, Marituba, Paragominas, Trairão, Tucuruí e Uruará. E mais uma no Tocantins: Presidente Kennedy.

A região Sudeste teve 29 cidades pré-selecionadas. Duas no Espírito Santo: Cariacica e Ibatiba. Seis em Minas Gerais: Conselheiro Lafaiete, Frei Inocêncio, Mariana, Nepomuceno, Pimenta e Rio Acima. No Rio foram cinco: Engenheiro Paulo de Frontin, Maricá, Natividade, São Gonçalo e São José do Vale do Rio Preto.
Em São Paulo foram escolhidas 16 cidades: Araçatuba, Bady Brassit, Casa Branca, Descalvado, Flórida Paulista, Guararapes, Guarulhos, Iperó, Jales, Lourdes, Penápolis, Presidente Epitácio, Santa Gertrudes, Santo Anastácio, Santo Antônio da Alegria e Socorro.

Na região Sul foram 34 cidades, 17 delas no Paraná: Apucarana, Assis Chateaubriand, Bandeirante, Cruzeiro do Oeste, Dois Vizinhos, Ibiporã, Iguatu, Inajá, Moreira Sales, Palmas, Quatro Barras, Realeza, Santa Cecília do Pavão, Santa Cruz de Monte Castelo, São Miguel do Iguaçu, Tibagi e Toledo.

No Rio Grande do Sul, foram 16 municípios: Boqueirão do Leão, Cacequi, Candelária, Canudos do Vale, Cruzeiro do Sul, Entre-Ijuís, Forquetinha, Jari, Marques de Souza, Não-Me-Toque, Nova Bassano, Progresso, Santo Ângelo, São Borba, São Miguel das Missões e Serio. Em Santa Catarina, uma: Joaçaba.

A Secretaria de Inclusão Digital abrirá prazo de cinco dias para que sejam apresentado eventuais recursos à seleção. Depois começa a segunda etapa, de classificação dos projetos.



Navio do Brasil grava 320 invasões aéreas de Israel no Líbano

5 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


O navio de guerra brasileiro da missão de paz da ONU no Líbano registrou 320 invasões do espaço aéreo libanês por aviões militares de Israel nos últimos seis meses.
Segundo a diplomacia israelense, os voos têm caráter defensivo. Seu objetivo seria coletar informações sobre supostos foguetes do Hezbollah que poderiam atingir Israel.
Fonte: BBCBrasil

As 320 invasões aconteceram entre novembro de 2011 e maio de 2012, segundo o contra-almirante Wagner Lopes de Moraes Zamith, comandante da Força Tarefa Naval da ONU . Em média, elas representam mais de 12 invasões por semana.Contudo, esses voos militares violam a resolução do Conselho de Segurança da ONU que estabeleceu um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah em 2006 e proíbe forças armadas estrangeiras de entrar no Líbano sem autorização do governo.
Os voos suspeitos foram registrados pelo radar da fragata brasileira "União" e também gravados em imagens pela tripulação. Foram flagrados principalmente aviões de caça, de reabastecimento e "drones" - os aviões militares não tripulados.
"As violações de espaço aéreo são frequentes. Nosso navio tem capacidade de detectar essa atividade aérea. Inclusive isso é uma atividade subsidiária nossa que é muito bem-vinda pela Unifil (missão de paz da ONU no Líbano)", afirmou Zamith à BBC Brasil.

Radares

Os sobrevoos irregulares de Israel sobre áreas libanesas acontecem ao menos desde a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano em 2000.
Eles são registrados pela ONU por meio de um radar terrestre instalado no quartel general da Unifil em Naqoura, no norte do país.
Porém, segundo Zamith, o equipamento não tem alcance adequado para monitorar a região próxima à fronteira com Israel.
O posicionamento da fragata brasileira durante missões no litoral sul do Líbano desde o fim do ano passado ampliou a capacidade de detecção da missão e possibilitou o atual registro de flagrantes.

Reação

Avião de carga e reabastecimento Hércules, israelense
Avião israelense de reabastecimento e carga, Hércules C-130, sobrevoa Hebron
Depois de captadas, as informações sobre os voos suspeitos são analisadas pela Unifil - que verifica se de fato houve violação do espaço aéreo.
Em seguida, a missão faz protestos formais ao Conselho de Segurança da ONU, exigindo que as IDF (Forças de Defesa de Israel) parem com os abusos.
"Esses voos violam a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU. Eles estão minando nossa credibilidade junto à população do sul do Líbano", afirmou à BBC Brasil Andrea Tenenti, o porta-voz da Unifil.
Segundo ele, a ação diplomática é a única reação possível da Unifil, pois seu mandato não permite o uso da força para impedir as violações israelenses - a menos em caso de ataque a capacetes azuis.
A Força Tarefa Naval da ONU existe desde 2006. Desde que o Brasil assumiu o comando da frota no ano passado, um único incidente envolvendo forças navais das Nações Unidas e aviões de Israel foi registrado, em 2011.
Um caça israelense invadiu o espaço aéreo libanês e sobrevoou um navio de guerra da esquadra internacional. Na linguagem naval, esse tipo de ação é considerada atitude hostil.
A ONU entrou em contato com Israel e o caso foi tratado como um mal-entendido.

Defesa de Israel

Segundo o diplomata Alon Lavi, porta-voz da embaixada israelense no Brasil, foi o Hezbollah quem violou a resolução do Conselho de Segurança da ONU com violência praticada dentro do Líbano.
Segundo ele, Israel teria informações de inteligência segundo as quais o grupo extremista xiita estaria estocando foguetes em áreas libanesas.
Outro motivo para os voos seriam "ameaças abertas" feitas por líderes do Hezbollah de atacar cidades israelenses.
"Israel tem a obrigação de obter informações de inteligência sobre esses foguetes porque eles estão apontados para a nossa população de novo", disse.
"É por isso que Israel tem feito voos no espaço aéreo do Libano, mas não temos propósitos ofensivos. A prova disso é que nenhum lugar no Líbano foi ameaçado ou atacado", disse.
Segundo ele, apesar de não haver registro de ataques recentes do Hezbollah, os voos israelenses continuam acontecendo com o caráter de monitoração.
Já para o diplomata Jimmy Douaihy, encarregado da embaixada libanesa, os voos violam a soberania do Líbano. Segundo ele, não há sentido na afirmação de que eles ocorrem em defesa contra o Hezbollah.
"Há tropas das Nações Unidas lá (sul do Líbano). Eles é que monitoram a área e não levantaram esse tipo de atividade", afirmou.
Ele também afirmou que as violações da soberania libanesa por Israel ocorreriam também pelas fronteiras terrestre e marítima. "Desde 2006 foram mais de 10 mil violações. Acontece quase todo dia. Já apresentamos várias queixas ao Conselho de Segurança (da ONU)", disse.

Ciclos

O contra-almirante Zamith afirmou que os voos israelenses têm características de ações de reconhecimento. Segundo ele, a atividade israelense no espaço aéreo libanês varia de acordo com a conjuntura política da região.
"As situações aqui são cíclicas, às vezes pioram e às vezes melhoram. Obviamente, nos momentos em que a situação do entorno regional se agrava, a tendência é que essas atividades aéreas também aumentem proporcionalmente", disse.
Lavi afirmou, por sua vez, que a relação entre as forças de Israel e os militares brasileiros atuando no Líbano é "muito boa e próxima".



Retirada dos canais sírios dos satélites Nilesat e Arabsat constitui uma violação da liberdade de imprensa

5 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Agencia Sana

Fady Marouf
Damasco, SANA

Tradução: Pátria Latina

O Conselho de Ministros disse que a decisão do Conselho da Liga Árabe, em pedir que as empresas que administram os satélites "Arabsat" e "Nilesat" parem de veicular a propagação dos canais de satélites na Síria, é uma violação sem precedentes da liberdade de imprensa e é contra as leis de radiodifusão e regulamentação e é um passo que vai um longo caminho desde a ética da mídia.

Na reunião desta terça-feira (05), o Gabinete denunciou a decisão da Liga Árabe e solicitou ao Ministério da Informação a tomar todas as medidas para lidar com esta decisão para assegurar a permanência da disseminação de canais de satélite sírios.
Da mesma forma, o Conselho de Ministros pediu ao Ministério da Informação para continuar a coordenação e decisão dos procedimentos administrativos e judiciais com as empresas "Arabsat" e "Nilesat" e obrigá-los a não aceitar aos ditames políticos e comprometer-se com acordos e contratos assinados com os sírios, de acordo com as leis existentes sobre satélite radiodifusão.

O ministro da Informação disse que o governo possui alternativas para garantir a continuidade da transmissão de todos os canais, afirmando em comunicado à imprensa após a reunião que o objetivo desta decisão é ausência da realidade do que está acontecendo de eventos em opinião pública síria em favor de canais que transportam todos os métodos de fabricação e enganos da mídia.
Além disso, o Governo aprovou a atribuição de um fundo de 500 milhões de libras sírias para a reabilitação e restauração de instalações de serviços e edifícios públicos e privados na cidade de Homs, e também para ajudar famílias afetadas.

Em seguida, o Conselho aprovou o projeto de lei sobre a criação e licenciamento de ONGs, e a fundação de um órgão da administração pública conhecida como a "Comissão Nacional para as ONGs", que têm filiais em diferentes províncias.

Fonte: Iranews



Argentina aborta instalación de base del Comando Sur de Chaco

5 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



comando-sur


FRANCISCO OLASO / PROCESO – La Cancillería y el Ministerio de Defensa cancelaron el acuerdo que el gobernador de Chaco, Jorge Capitanich, había sellado con representantes diplomáticos y militares estadunidenses.

El proyecto había sido presentado públicamente como un centro de ayuda humanitaria para hacer frente a catástrofes naturales o epidemias. El sitio elegido para su emplazamiento fue el aeropuerto de Resistencia, capital de la provincia. En su predio se construyeron dos edificios, financiados por el Comando Sur, que depende del Ministerio de Defensa de Estados Unidos.

La inauguración estaba prevista para fines de mayo. Pero encontró el rechazo abierto de la población chaqueña, que suponía la instalación de una base militar encubierta, con el objetivo primordial de controlar recursos naturales estratégicos. La misma idea parece haber guiado la acción discreta y firme del gobierno de Cristina Fernández de Kirchner.

Jorge Capitanich es un aliado de la presidenta. Su disposición para complacer los intereses estratégicos de Estados Unidos acabó colisionando, sin embargo, con las posiciones de Argentina dentro del Mercado Común del Sur (Mercosur), la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) y la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (Celac), bloques regionales que excluyen a Estados Unidos.

Reprendido por el gobierno central, Capitanich tuvo que dar un giro de 180 grados. El pasado 22 de mayo, aclaró que las instalaciones en el aeropuerto de Resistencia servirán de sede permanente a la Defensa Civil. Ese mismo día envió a la Legislatura un proyecto para modificar la Ley de Defensa Civil de la provincia. En él se prohíbe expresamente la injerencia de cualquier Estado extranjero en caso de emergencias y catástrofes.

“Esto obedece sin dudas a una directiva dada desde el gobierno central”, dice a Apro Elsa Bruzzone, asesora del Ministerio de Defensa de Argentina. “Fue un tirón de orejas a un funcionario que se ha excedido en sus atribuciones, ya que ningún gobernador puede firmar un convenio con el Comando Sur, cualquiera sea la índole del mismo.”

Bruzzone explica que, además, “pendía sobre Capitanich un pedido de juicio político por parte de la Legislatura provincial”, que la reacción de todas las organizaciones sociales, culturales y políticas en la provincia fue enorme, y “hubo también mucha repercusión en los países de la Unasur y en el resto de los pueblos hermanos del Continente”, dijo.

Curiosamente, los grandes medios nacionales casi no cubrieron el tema. Clarín y La Nación –los principales diarios del país– no pierden oportunidad de criticar aspectos de la gestión de este gobernador “kirchnerista”. Han explotado las desventuras de Capitanich con su exmujer, la exministra de Salud provincial, Sandra Mendoza. La disputa conyugal tuvo por escenario varias veces el espacio de la gestión pública. En el caso del “centro de ayuda humanitaria”, sin embargo, los grandes medios guardaron silencio.

El diario Tiempo Argentino consultó sobre la decisión del gobierno a Gabriel Fuks, titular de Cascos Blancos de la Cancillería, según una nota que publicó el pasado 27 de mayo. “El principio consiste en evitar, bajo el paraguas de las urgencias humanitarias, la injerencia de potencias militares extranjeras”, sostuvo Fuks. “Con la imagen humanitaria muchas veces se enmascaran políticas de intervención”, dijo. “No es algo nuevo. Se suele usar lo humanitario, como Caballo de Troya, para establecer otra relación.”

Previamente, el gobierno nacional había vetado el ingreso del equipo tecnológico, las computadoras, los radares y el sistema operativo para el funcionamiento de la base en Chaco. Hoy se discute la devolución de los 3 millones de dólares que el Comando Sur donó para las instalaciones.

Agua

“En los últimos años del siglo XX y los primeros del XXI, Estados Unidos incrementó las presiones sobre los gobiernos argentinos para que permitieran la instalación de una base descubierta en la provincia argentina de Misiones”, dice Elsa Bruzzone. “El lugar elegido era San Ignacio, que es uno de los puntos más importantes de carga y descarga del Acuífero Guaraní. Ésta es la cuarta reserva de agua subterránea del mundo, que comparten Argentina, Brasil, Paraguay y Uruguay”.

Licenciada en historia, miembro del prestigioso Centro de Militares por la Democracia (Cemida), Bruzzone es autora del libro Las guerras del agua (2008). “Entonces los estadunidenses agitaban el fantasma de la presencia de células terroristas en la zona de la Triple Frontera –prosigue–, cuando todos los informes elaborados por el Departamento de Estado de Estados Unidos sobre el terrorismo en el mundo lo desmienten cada año”.

Explica: “Como no lograron ese objetivo, reflotaron un convenio firmado en 2006 entre ambos gobiernos, para intentar entrar por la puerta de servicio.”

El convenio bilateral se llama “Programa de Fortalecimiento del Sistema Provincial de Emergencias”. Fue impulsado por el Comando Sur y la embajada estadunidense y aprobado por el Ministerio del Interior, “como un aporte a los programas sociales del gobierno”.

La estratégica ubicación de Chaco, y la receptividad de su gobernador, dieron alas al proyecto del Comando Sur. Ya en 2007, siendo candidato a la gobernación, Capitanich se reunió con el embajador de Estados Unidos, Earl Anthony Wayne, y le expresó que él “no compartía el sentímiento antinorteamericano de la población argentina”, según revelaron en 2011 cables de Wikileaks.

En marzo de 2008, se llevó adelante en Resistencia una jornada de capacitación para el personal de Defensa Civil de la provincia. Fue impartida por consultores designados por la embajada de Estados Unidos. Se tocaron temas relacionados con la organización y el funcionamiento de un centro de emergencias.

El embajador Wayne visitó la provincia el 13 de agosto de 2008, para presidir junto al gobernador “la ceremonia de cierre de un programa civil de capacitación para la prevención, mitigación y superación de desastres naturales”, según informó la página web de la embajada estadunidense en Argentina.

“Defiendo una alianza estratégica (con Estados Unidos) y estoy dispuesto a luchar por esa idea”, le dijo Capitanich a una delegación de legisladores estadunidenses que visitó Chaco en septiembre de 2010, según refleja Chacoonline, portal del gobierno de la provincia.

En diciembre de 2011, el gobernador recibió al coronel Edwin Passmore, máximo representante del Comando Sur en Argentina. Los antecedentes de Passmore no reflejan viículo alguno con la ayuda humanitaria. Participó en la invasión a Afganistán, fue asesor de inteligencia en Irak y terminó expulsado de Venezuela en 2008 por actividades de espionaje.

Passmore era, además, el encargado de recibir, en el aeropuerto de Buenos Aires, el avión militar estadunidense que “intentó ingresar un cargamento no declarado de armas de guerra, equipos de comunicación encriptada, programas informáticos y drogas narcóticas y estupefacientes”, según informó el diario Página 12 el 13 de febrero pasado. El material supuestamente se usaría en una jornada de capacitación a la Policía Federal. Fue retenido durante meses por el gobierno argentino, lo que generó un incidente diplomático.

La donación del “centro de ayuda humanitaria” despertó grandes sospechas entre la población de la provincia. El Comando Sur no es precisamente una organización solidaria sin fines de lucro. Como unidad militar, dependiente del Ministerio de Defensa estadunidense, enfoca su acción en el continente latinoamericano, con excepción de México. Por otra parte, existen numerosas organizaciones civiles, argentinas e internacionales, que se orientan hacia la acción social y humanitaria, y que en caso de necesidad podrían cooperar en en este tipo de tareas.

Resistencia

El pasado 2 de abril, día en que se conmemoraron 30 años de la guerra de Malvinas, y el 25 de mayo último, día en que Argentina festeja su primer gobierno patrio, Resistencia fue escenario de dos marchas multitudinarias. Los manifestantes transitaron los 10 kilómetros que separan la Casa de Gobierno del Aeropuerto. Cantaban consignas de rechazo al acuerdo del gobierno provincial con el Comando Sur de Estados Unidos.

“No se trataba de una base militar, aunque los fondos para la construcción salieron del fondo de asistencia humanitaria del Comando Sur”, dijo el 27 de mayo Alfredo Forti, secretario de Relaciones Internacionales del Ministerio de Defensa, al periódico Tiempo Argentino. “Aunque el convenio no preveía presencia militar, podría haber dejado una puerta abierta para un tipo de capacitación”, señaló.

Elsa Bruzzone se basa justamente en este punto para afirmar que la de Chaco iba a ser una base militar encubierta. “Las bases descubiertas operan a la luz del día –dice–. Las encubiertas se esconden detrás de estos centros de ayuda humanitaria o en instalaciones cercanas a algún aeropuerto”, explica. “Edifican una construcción que más o menos parece civil, pero que la pueden transformar en militar cuando se le requiera, porque tienen una pista que permite el aterrizaje de aviones de gran porte.”

Según estudios del Cemida, en el aeropuerto de Resistencia pueden aterrizar aviones militares con cargas pesadas, como los C-130 Hércules, C-17 Globemaster III y C-5 Galaxy.

“Dentro de los nuevos conceptos ‘flexibles’ del Pentágono sobre bases militares, hay un borde difuso en las actividades militares y civiles, lo que maximiza la confusión de la opinión pública”, escribió el politólogo Carlos Pereyra Mele, profesor de la Universidad de la Patagonia, en un texto difundido el 27 de marzo por Argenpress.

En el caso de estas bases se presenta un “componente humanitario visible al público, estructurado sobre actividades que la sociedad visualiza como ‘justas’ y en su beneficio, de modo tal que pueda justificarse una interacción bilateral”, según explican Bruzzone y José Luis García en su artículo El Comando Sur en el Chaco, publicado el 28 de marzo también por Argenpress.

“Pero hay, además, un componente no visible que se encuadra en los objetivos estratégicos afines a los intereses de Estados Unidos y muchas veces contrapuestos a los del país asistido, conducidos por un comando militar”, agrega.

Es posible que al principio la base militar encubierta opere sin personal militar. Pero una estructura de este tipo puede transformarse rápidamente en una instalación castrense formidable y muy difícil de eliminar.

Cuando ha sido alcanzada cierta aceptación social y un nivel de organización aceptable –según explica el citado artículo de Bruzzone y García–, la base puede convertirse en un Centro de Seguridad Cooperativa (CSL), que coordina la lucha contra las drogas, con poca o nula presencia permanente de los estadounidenses; pero ante una supuesta “amenaza”, por parte de un “enemigo común”, el centro puede pasar a ser Base de Operaciones Principales (MOB), con fuerzas operativas permanentes; o bien Base de Operaciones de Avanzada (FOB), que además incluye fuerzas para operaciones especiales.

Estados Unidos suele aprovechar estas bases para realizar operaciones militares encubiertas. Se vigilan y espían los sistemas de armas y fuerzas militares del país anfitrión, y sus vecinos. Se realizan acciones de infiltración, relevamiento, influencia y control sobre las fuerzas armadas y la población civil. Adicionalmente se monitorea y controla satelitalmente toda la región.

–¿Qué reacciones ha habido frente al tema dentro del ejército argentino? –se le pregunta a la asesora del Ministerio de Defensa.

–El ejército argentino ya no es el de la dictadura; no está formado en la hipótesis del enemigo interno. Hace unos años la fuerza elaboró el proyecto Ejército Argentino en el horizonte 2025, que en parte fue tomado por el ministerio de Defensa.

“Argentina tiene como hipótesis de conflicto susceptibles de transformarse en hipótesis de guerra la defensa de sus recursos naturales.” dice Bruzzone. Pone como ejemplos el Acuífero Guaraní, los minerales e hidrocarburos. “Lo que ha quedado perfectamente explicitado es que la agresión va a venir de un enemigo extraregional, extracontinental, que esta fuera de la Unasur y la Celac”, sostiene. “No se les nombra, pero sabemos ciertamente que se están refiriendo a Estados Unidos y a la OTAN.”

Emergentes

El liderazgo de Brasil en el subcontinente preocupa a Estados Unidos. La frustrada base en Chaco hubiera contribuido al cerrojo que ya sufre el gigante sudamericano. El país está rodeado por más de 20 bases de Estados Unidos, instaladas con el pretexto de la lucha contra el narcotráfico.

Una vez más, para Bruzzone lo que está en juego es el control de recursos naturales estratégicos. “La Amazonia, que es el mayor pulmón del planeta, tiene el 25% de las reservas mundiales de agua dulce, la mayor fuente de biodiversidad, y no olvidemos que el 80% de los medicamentos que se producen en el mundo están elaborados en base a plantas de los bosques y las selvas”, sostiene

Entre los minerales estratégicos cita el neobio, el titanio o el tugsteno, que se utiliza en la tecnología aeroespacial y en la industria militar. Hay también grandes riquezas hidrocarburíferas. “Estados Unidos ha utilizado la Iniciativa Regional Andina y el Plan Colombia para sembrar de bases toda la frontera amazónica”, dice la asesora.

La base inaugurada el 5 de abril de 2012 en Concón, Chile, es un centro de entrenamiento para las fuerzas de paz de la ONU. Fue construida con 500 mil dólares aportados por el Comando Sur. Apunta, según la analista, a la estrategia de control y militarización del Océano Pacífico que desarrolla Estados Unidos.

La estrategia incluye a México, Colombia, Perú, Chile, y también a Corea del Sur y los Tigres asiáticos. “El objetivo final es cercar a China, país que ellos perciben como el gran oponente en este siglo XXI, el enemigo que tiene visos de ser la gran potencia hegemónica”, dice Elsa Bruzzone. “Se toma posición enmascarada en el paraguas de la ONU –advierte –. Detrás de las misiones de Naciones Unidas desembarcan los soldados de la OTAN, los marines estadounidenses, no precisamente para preservar la paz sino para hacer pie y quedarse.”

Fuente: http://www.proceso.com.mx/?p=309423



Quem te viu, Quem TV

4 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


 No dia 5 de junho de 1983, há exatamente 29 anos, estreava aquela que seria a primeira pedra no sapato da toda poderosa Rede Globo, a TV Manchete, fundada no Rio de Janeiro pelo empresário gráfico ucraniano, naturalizado brasileiro,  Adolpho Bloch.  A Manchete entrou no ar cheia de novidades.
Para começar, o cenário de seu principal telejornal foi o primeiro a ter como fundo imagens de monitores com os profissionais da técnica trabalhando ao vivo. Além disso, o design futurista do ambiente , incomodou o visual  tradicional e monocromático dos telejornais da Globo que passou a olhar com olhos mais preocupados para a nova emissora que estava nascendo em berço de ouro.
Sua sede no Russel também foi motivo de comentários e de curiosidade. Afinal, ela ficava num ponto privilegiado do Rio. Na praia do Flamengo bem em frente a um dos principais cartões postais da cidade maravilhosa, o Pão de Açucar. Todas as empresas Bloch já funcionavam no prédio e a TV passou a ter alguns andares dedicados às suas instalações.
Em 1984, um ano depois de sua estréia,  a Manchete teve uma importante vitória em seu objetivo de incomodar a supremacia da Globo. A emissora dos Bloch conseguiu a exclusividade da transmissão dos desfiles das escolas de samba no ano de inauguração do Sambódromo,  depois que a Globo desistiu por não aceitar as regras impostas pelo governo Leonel Brizola.
E a Manchete não parou mais. Foi destaque em novelas como Pantanal e fez a diferença botando uma programação diferenciada  no ar, de musicais a noticiários, programas esportivos,  entrevistas,  debates e até humorísticos. Tudo com acabamento esmerado e conteúdo de qualidade. Seus funcionários eram de uma dedicação memorável. Vestiam a camisa da Manchete com orgulho e garra de estarem enfrentando, e incomodando,  o Golias do Jardim Botânico.
Mas o tempo passou, vieram dificulades financeiras e administrativas e a emissora dos Bloch acabou fechando suas portas no dia 5 de maio de 1999 para tristeza tanto dos telespectadores quanto de quem trabalhava lá. Muitos ficaram sem receber e foram à justiça reclamar seus direitos sem sucesso.
Em novembro do mesmo ano de  1999, os empresários Amilcare Dalevo e seu sócio Marcelo de Carvalho assumiram a concessão da emissora do Russel, levando a sede para São Paulo,  deixando os funcionários da ex- Manchete no Rio a ver navios. Os novos donos alegam que nunca assumiram o compromisso de bancar o passivo trabalhista da emissora.
E o que era Manchete virou Rede TV. Depois de muitas promessas, próprias de quem está iniciando algum projeto, a Rede TV não aconteceu. A emissora investiu numa sede com tecnologia de ponta, tornando-se uma das mais modernas do país. Seu conteúdo, entretanto, só conseguia alguns pontos de audiência com uma programação de baixo nível. Ninguém é capaz de se lembrar de algum programa de qualidade na Rede TV. Pra se ter uma ideia, seu programa de maior audiência e faturamento era o Pânico. Era, porque agora o programa se transferiu para a Bandeirantes. Inventou um tal de Saturday Live, mas tudo indica que não vai decolar, segundo análise da mídia especializada.
Na busca pela audiência a qualquer preço, a Rede TV não faz por menos, apela para o baixo nível, mesmo sabendo que as experiências anteriores não deram certo. Abriu espaço para um terror de audiência, um tal de “Sexo a Três”. Pode alguma emissora séria ter um programa com esse nome?
O que vai acontecer com a Rede TV ninguém sabe.   Mas é preciso que o público saiba qual o critério de concessão de canais de televisão.  Tem o governo  poderes para cobrar qualidade de programação das emissoras, com punição que pode ir até a cassação do canal?  Pelo visto, se existe alguma cláusula nesse sentido, ela é ignorada pelas autoridades. 
É uma pena que, ao olhar para trás e lembrar do que foi a Manchete, o público e  todos aqueles que nela trabalharam só tenham a lamentar o triste destino do que foi um grande projeto de televisão.



NO IRÃ, NEM TUDO É O QUE PARECE

3 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Economia do país segue e ritmo forte mesmo após sanções; país é envolto por estereótipos que pouco refletem a realidade.
 
Agência Efe

 
01/06/2012 - 15h56 |Opera Mundi  Pedro Chadarevian | São Paulo
 


O Irã pensa grande. Apesar dos boicotes e pressões internacionais, o país segue o curso de uma ousada estratégia de desenvolvimento. A meta é estar entre as 15 maiores economias do planeta antes de 2020. A valorização do preço do petróleo explica apenas em parte este sucesso. A economia iraniana vem se diversificando e passou praticamente incólume pela crise global.
 
Por trás desta expansão impressionante está um modelo que combina elementos socialistas, herdados da Revolução de 1979, com as reformas de mercado promovidas pelo atual presidente logo em seu primeiro mandato. Um processo amplo de privatizações reduziu a presença do Estado na economia, abrindo espaço para investidores externos, mantendo, contudo, uma participação importante para o capital nacional, estatal e privado. O setor automobilístico do país, por exemplo, tem tecnologia predominantemente nacional, é o quinto mais pujante do planeta.
 
Como nenhum processo de desenvolvimento se dá sem o apoio fundamental na evolução da qualidade de vida da população, vale a pena uma rápida incursão sobre este tema. Não há dúvidas que a alta qualificação da mão-de-obra contribui diretamente para a situação econômica recente. O país, desde a ruptura com o regime dos xás, investiu pesadamente em educação. A ponto de liderar em 2011 o ranking dos países com maior crescimento na produção científica no mundo. O estado de bem-estar social é também um dos mais evoluídos da região, capaz de reduzir o nível de pobreza a míseros, com o perdão do trocadilho, 12% (no Brasil, o índice atualmente se situa em torno dos 20%).
A repercussão política destas condições materiais excepcionais é evidente. No Irã, que mantém, apesar das pressões externas, a estabilidade democrática, não parece haver hoje qualquer sinal de contaminação do ambiente revolucionário do norte da África.
O modelo atual de desenvolvimento se embasa em uma retórica antiimperialista, buscando ultimamente aliados inclusive na América Latina, como Hugo Chávez (Venezuela) e Rafael Correa (Equador). Mas se a política externa ajuda a legitimar o regime, a enorme influência que mantêm os aiatolás – com status de verdadeiro poder moderador no interior do Estado – produz uma massa crescente de descontentes, em especial entre segmentos da intelectualidade.
Para entender melhor a realidade complexa desta sociedade em frenética transformação, oOutra Economia escutou o filósofo cearense Daniel Marcolino, que acaba de defender uma tese de mestrado na Universidade de São Paulo sobre a estética do cinema iraniano. Para realizar a sua pesquisa, passou dois meses imerso no país persa, e conta agora com exclusividade para os leitores do Opera Mundi esta experiência, esclarecendo aspectos da vivência dos iranianos que vão muito além da imagem estereotipada difundida pela grande imprensa.

* * * * *

NO BRASIL, A INFORMAÇÃO QUE NOS CHEGA SOBRE O IRÃ PASSA, EM GERAL, PELO OBSCURO FILTRO DA MÍDIA OCIDENTAL, QUE QUER NOS FAZER ACREDITAR NOS RISCOS DE UM REGIME TIRANO, TOTALITÁRIO, ATRASADO E COM INTENÇÕES ESTRITAMENTE BÉLICAS E EXPANSIONISTAS. LENDO O SEU TRABALHO DE MESTRADO [“A DILUIÇÃO DO AUTOR NA TRILOGIA DE KOKER DE ABBAS KIAROSTAMI”], NOS DAMOS CONTA QUE A INTENSA VIDA CULTURAL NA CAPITAL DO PAÍS, TEERÃ, APRESENTA UMA REALIDADE QUE VAI MUITO ALÉM DESSE ESTEREÓTIPO, E MUITAS VEZES CONTRARIANDO TOTALMENTE ESSA VISÃO PRECONCEITUOSA.

Não só no Brasil, mas em todo o Ocidente (exceção feita a alguns países na América do Sul e Central) e mesmo no Oriente, em parte dele, a informação é fabricada, não só pela mídia, mas por todo um conjunto de canais que elaboram formas de reconstrução do ser-Outro Oriente. Disso já nos falava muito bem Edward Said.

O que é novo nessa construção a partir de 1979 é que o Irã é elevado à categoria de inimigo número 1 do mundo. O Irã passa a representar o atraso determinante para o mundo. Essa posição liderada pelo Irã ameaçaria a paz mundial, porque tem a ideia beligerante dos persas. Ora, os EUA e seus aliados provocaram as maiores guerras do final do século XX, invadiram o Iraque, apoiando-o antes quando era de seu interesse em uma guerra contra o Irã, o que fortaleceu o poder religioso local.

Antes disso, já havia reforçado esse mesmo poder quando do golpe promovido por eles junto aos ingleses em 1953, ocasião em que o primeiro ministro Mohamed Mossadegh estatizou a empresa de petróleo que estava nas mãos de britânicos, passando às aos iranianos. Isso se deu em 1951 e já em 1953 acontecia o golpe.

Foi uma interferência criminosa em assuntos nacionais por parte dos EUA e Reino Unido, países que hoje lideram sérias sanções econômicas que afixiam as forças produtivas do país. Como então agora se surpreender e atribuir ao próprio Irã a “invenção” de um governo teocrático? Não estamos dizendo que esse golpe tenha diretamente gerado o governo que aí está, mas certamente o inconformismo da população com a situação de sua extrema pobreza na era Pahlevi encontrou na religião suporte para reivindicar mudanças.


FALA-SE ABERTAMENTE EM POLÍTICA NAS RUAS DE TEERÃ HOJE? OS TEMAS DA ATUALIDADE REGIONAL, COMO AS REVOLUÇÕES DA PRIMAVERA ÁRABE, OS EXERCÍCIOS MILITARES DE ISRAEL NO GOLFO PÉRSICO, OS ATENTADOS CONTRA OS CIENTISTAS IRANIANOS, SÃO COMENTADOS NOS MEIOS INTELECTUAIS?

Fala-se sobre política, e muito. É um dos tópicos recorrentes nas conversas e os iranianos não têm receio de criticar o governo. Todos esses tópicos da atualidade regional são, sim, debatidos. Mas cabe lembrar que o acesso à informação é limitado.

Há muitos sites censurados e as mídias impressa e televisiva são controladas pelo Estado. Por outro lado, é muito fácil driblar a censura. Os programas anti-filtros são populares e basta olhar os telhados de Teerã para ver uma grande quantidade de antenas parabólicas, que captam sinais de emissoras do mundo todo. Nos meios intelectuais, em geral, o acesso à informação é maior, além de ser um grupo que viaja para países estrangeiros e mantém redes de contato.

Existe no Irã uma vontade das pessoas de mostrarem-se diferentes do modo como o governo se posiciona. Muitos deles dizem que, no Irã, há uma vida pública, cuja expectativa do governo é, em certa medida, satisfeita, e outra privada, muito diferente.

Ainda dizem: o governo é uma coisa, o povo, outra. Isso na intenção de demarcar diferenças entre as declarações do presidente e o que o povo pensa e como eles vivem, em referência à vida privada que levam no Irã.

 
PELO SEU DISCURSO, AHMADINEJAD POSICIONA-SE, IDEOLOGICAMENTE, PRÓXIMO ÀS CORRENTES DA ESQUERDA BOLIVARIANA DA AMÉRICA LATINA. EM RECENTE PASSAGEM PELO EQUADOR, FEZ DURAS CRÍTICAS AO IMPERIALISMO NORTE-AMERICANO E AO NEOLIBERALISMO. EXISTE A PERCEPÇÃO DE UM GOVERNO AHMADINEJAD PROGRESSISTA  EM RELAÇÃO ÀS SUAS POLÍTICAS SOCIAIS E ECONÔMICAS?

Essa aproximação não é ideológica, mas estratégica. O discurso é ideológico, pois seriam nações anti-imperialistas, anti-Estados Unidos, principalmente. Mas o contexto e a história são muito distintos. O governo de Ahmadinejad é progressista em relação às políticas sociais. Aliás, desde a Revolução há uma melhora significativa nos indicadores sociais. A expectativa de vida ao nascer, por exemplo, era inferior a 60 anos em toda a década de 1970 e hoje é de 74 anos.

A situação econômica é prejudicada pelo bloqueio econômico, que é uma questão muito séria, mas mesmo assim a situação não é ruim se comparado aos nossos índices aqui no Brasil. Na esfera cultural, o problema no Irã são as restrições às liberdades individuais, as estratégias que a população tem de ter para conseguir, por exemplo, usar a Internet livremente. Mas, fora isso, há uma efervescência cultural impressionante e as praças estão sempre cheias de pessoas, famílias, jovens, crianças. Isso é espetacular como as ruas são tomadas pelas pessoas.

OUTRO ESTEREÓTIPO EM VOGA NA MÍDIA OCIDENTAL É EM RELAÇÃO À POSIÇÃO DA MULHER NA SOCIEDADE IRANIANA ATUAL. LENDO O SEU TRABALHO, PERCEBEMOS QUE A REALIDADE IRANIANA MAIS UMA VEZ CONTRARIA ESTA CONCEPÇÃO DE DOMINÂNCIA MASCULINA ABSOLUTA NO PAÍS. PODE-SE CONSIDERAR QUE AS MINORIAS SEXUAIS NO IRÃ CONSEGUIRAM TAMBÉM CONQUISTAS APÓS A REVOLUÇÃO?

Se você considerar as mulheres como minoria sexual, sim. Mas cabe lembrar que antes da Revolução elas já eram tratadas de maneira diferente no Irã, em comparação, por exemplo, com muitos países árabes. No ano passado, uma mulher foi presa na Arábia Saudita por dirigir. No Irã, elas não só dirigem, como podem abrir seu próprio negócio, trabalhar, pedir divórcio.


Cerca de 65% dos estudantes universitários são mulheres. Até mesmo na controversa questão do uso do véu em público o Irã se diferencia. A obrigação é cobrir a cabeça, mas não se obriga o uso do chador (manto preto que cobre todo o corpo) ou da burca.

Há casos em que a polícia se incomoda com mulheres que deixam muito cabelo à mostra, mas comparado com países árabes, o Irã é, sem dúvida, mais liberal. Agora, se em minorias sexuais você incluir os homossexuais, a situação é diferente, pois há mais medo de se expor.

Mesmo assim, são conhecidos os lugares de “pegação”, inclusive com informação constando em guia internacional, e as festas particulares.
 
 


 Fábrica de produção de aço em Isfahan: sanções não diminuíram produtividade em diversos setores da economia persa
 
 
 
Irán produziu 600 mil veiculos de passeio em apenas 4 meses de 2012
O desenvolvimento da industria eletroeletronica do Irã é o maior da região
 
 
Grupo de flamenco iraniano "Andaluzia" se apresenta em Teerã e derruba alguns mitos sobre a condição da mulher no país
Mulher iraniana e sua forma própria de se vestir
 


 



Evo Morales - discurso de abertura da OEA na Bolívia

3 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Evo Morales exhorta a Latinoamérica a implementar nuevas políticas alimentarias

El presidente boliviano, Evo Morales, abogó hoy por la unidad de los países de América Latina, al inaugurar la Cumbre Social paralela a la 42 Asamblea General de la Organización de Estados Americanos (OEA) en Tiquipaya, departamento de Cochabamba. Morales habló, también, sobre el deterioro del sistema capitalista. teleSUR
El presidente de Bolivia, Evo Morales, exhortó este domingo a las naciones de América Latina a implementar nuevas políticas alimentarias que cubran las necesidades de los pueblos de la región. Durante el inicio de la Cumbre Social, el Mandatario andino dijo que es necesario que "compartamos experiencias" y que se deje a un lado el sistema capitalista "que se derrumba" para que no falte el alimento.

"Debemos implementar nuevas políticas alimentarias, produzcamos para que no falte alimento en el pueblo boliviano y en pueblo latinoamericano, debemos compartir experiencias para que no falte el alimento", declaró Morales, quien encabezó este domingo los actos de la Cumbre Social que se realiza en la ciudad de Tiquipaya (centro boliviano) paralela a la 42 Asamblea General de la Organización de Estados Americanos (OEA). 

El Mandatario expresó que "lamentablemente" en la región "existe todavía un sistema capitalista, que se derrumba, pero que nos ha dejado clases de políticas", que han afectado a Latinoamérica. 

Morales resaltó que su gobierno cambió la política alimentaria y actualmente Bolivia tiene "una producción del 50 por ciento de alimentos en el mercado interno y nuestra meta es producir el 100 por ciento de trigo para el mercado interno". 

"Quiero decirles que tenemos la obligación como movimientos sociales de proponer una nueva política, por la vida, a todos los pueblos del mundo", agregó. 

También enfatizó que es urgente implementar una segunda política de cómo recuperar y nacionalizar los recursos naturales para que "estén con el pueblo y bajo la administración del Estado", así como los servicios básicos, energía, agua, luz y telecomunicaciones que a su parecer "no pueden ser de negocios privados, sino del servicio del Estado".

"Es importante desarrollar una nueva tesis política para todos los sectores que habitan el planeta" y que incluya "el tema de la Madre Tierra y el tema del agua como un derecho fundamental en el mundo y que Naciones Unidas ya lo ha declarado así", subrayó el jefe de Estado boliviano. 

Exhortó a los pueblos de la región a "recuperar nuestros valores y la forma de vivencia en colectividad entre los seres humanos y la Madre Tierra. Tengo confianza que estos movimientos sociales son un gran aporte a los Estados y naciones". 

Más de dos mil representantes de organizaciones sociales latinoamericanas participan en la Cumbre Social paralela a la 42 Asamblea General de la (OEA), que será inaugurada en Tiquipaya en la tarde de este domingo.

Esta cumbre congrega a delegaciones y representaciones de Perú, Chile, México, Argentina, Chile, Ecuador, Brasil, Venezuela y Bolivia entre otros países y según datos oficiales, los participantes se agruparán en cinco mesas de trabajo, en las que se debatirá temas tales como: seguridad y soberanía alimentaria, cambio climático, seguridad ciudadana, integración de los pueblos y la profundización de la democracia deliberativa y participativa en las Américas. 

Además, analizarán temas de interés hemisférico como el reclamo de Argentina sobre las Islas Malvinas y la demanda marítima de Bolivia a Chile, así como el pedido de despenalización del acullico (masticado) de coca promovido por Bolivia. 

Las cinco mesas de trabajo entregarán conclusiones sobre esas temáticas, que serán canalizadas el próximo 5 de junio al secretario general de la OEA, José Miguel Insulza, a fin de que sean tomadas en cuenta como parte de las resoluciones de la 42 Asamblea de ese organismo multilateral, que congrega a 34 países. 

El corresponsal de teleSUR en Bolivia, Freddy Morales informó este domingo que 32 de 34 países que congrega la OEA acordaron ya que en las conclusiones que entregarán a Insulza se incluya la palabra soberanía para que sea tomada en cuenta en la declaración final. 

Reportó que en este acuerdo faltó el pronunciamiento de Estados Unidos y Canadá.
Fonte: Telesur