Assista aqui ao vivo o evento “Mídia e democracia nas Américas”
18 de Setembro de 2015, 17:33Entre hoje (18) e domingo (20) de setembro de 2015, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e a Agência Latino-Americana de Informação (Alai), do Equador, promovem o Seminário Mídia e Democracia nas Américas. O encontro reunirá autoridades e especialistas internacionais para discutir o cenário político, o papel da mídia e a luta pela democratização da comunicação no continente.
A atividade ocorre no San Raphael Hotel (Largo do Arouche, 150), no centro de São Paulo. As inscrições são limitadas e podem ser feitas pelo formulário abaixo. O valor é de R$ 100, sendo que estudantes pagam a metade (R$ 50). Formulário de adesão: (clique aqui). Informações para pagamento: contato@baraodeitarare.org.br.
Assista ao vivo no site do Barão de Itararé, aqui.
Hospedagem
Para os participantes que não residem em São Paulo e optarem por hospedagem, o Hotel San Raphael, que sediará o Seminário, oferecerá descontos na diária. Mais informações sobre a promoção podem ser consultadas pelo e-mail contato@baraodeitarare.org.br.
PROGRAMAÇÃO
18 de setembro – sexta-feira
18h – Cerimônia de abertura
19h – A urgência da democratização dos meios de comunicação
– Ricardo Berzoini – ministro das Comunicações;
– Venício Lima – professor aposentado da Universidade de Brasília;
– Edson Lanza – Relator Especial para Liberdade de Expressão na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (*);
19 de setembro – sábado
9h – As experiências do Uruguai e Argentina
– Néstor Busso – ex-presidente do Conselho Federal de Comunicação da Argentina;
– Sergio De Cola – ex-diretor do Conselho Nacional de Telecomunicações do Uruguai;
14h – As experiências da Bolívia, Equador e Venezuela
– Osvaldo Leon – coordenador da Agência Latino-americana de Informação (Alai-Equador);
– Tania Valentina Dias – Vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela;
– Amanda Dávila – ex-ministra das Comunicações da Bolívia;
17h – As experiências do Chile, México e Cuba
– Javiera Olivares – presidenta do Colegio de Periodistas do Chile ;
– Luis Hernández Navarro – editor do jornal La Jornada (México);
– Iroel Sanchez – blogueiro cubano
20 de setembro – domingo
9h – As experiências dos Estados Unidos e Canadá
– Andres Conteris – Democracy Now (EUA);
– Edgard Rebouças – pesquisador da Universidade do Quebec em Montreal (UQAM)
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Seja mestre ou doutor em Políticas Públicas pela UFPR
16 de Setembro de 2015, 1:16Estão abertas as inscrições para o Mestrado ou Doutorado em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Paraná, até 19 de outubro de 2015. Mais informações aqui.
O programa é multidisciplinar, nas áreas do Direito, Ciência Política, Economia, entre outras.
Estou fazendo o doutorado no programa, com tese sobre democratização da mídia, sob orientação da Prof.ª Dr.ª Eneida Desiree Salgado, e recomendo!
Tarso Cabral Violin – advogado, professor de Direito Administrativo na graduação e pós-graduação em várias instituições, autor do Blog do Tarso, mestre em Direito do Estado pela UFPR e doutorando em Políticas Públicas na UFPR
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Ministério Público do Paraná: Fábio Camargo Conselheiro do Tribunal de Contas
5 de Setembro de 2015, 4:45Sem comentários, apenas veja o Parecer do Ministério Público do Estado do Paraná, clique aqui.
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“A privatização de cadeias trata o preso como mercadoria e o sistema carcerário como um mercado lucrativo”
4 de Setembro de 2015, 12:44Da Abong
Para a assessora do programa de Justiça da Conectas Vivian Calderoni, a terceirização dos presídios segue a lógica de encarceramento em massa e da violação dos direitos humanos
O Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo – 607.700 presos/as -, atrás apenas da Rússia, China e Estados Unidos. Em 20 anos (1992-2012), essa população aumentou em 380% e o País só tende a encarcerar mais. Se a taxa de prisões continuar no mesmo ritmo, um em cada 10 brasileiros/as estará atrás das grades em 2075. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Justiça em junho deste ano.
Atualmente existem no Brasil 22 penitenciárias privadas que têm seus serviços terceirizados para grandes empresas e uma penitenciária masculina, fruto de parceria público-privada (PPP), localizada em Ribeirão das Neves, no Estado de Minas Gerais.
Silvia Patrícia Costa, conselheira penitenciária do Estado do Tocantins e membro do Centro de Direitos Humanos de Palmas (CDHP), afirma que, por trás da privatização, existem interesses políticos e econômicos que “comprometem a população alvo de criminalização que são os jovens, negros e periféricos.”
O presídio privado é construído pelo Estado e sua administração é feita por empresas terceirizadas. Já na parceria público-privada é de responsabilidade da empresa desde sua licitação e projeto.
Vivian Calderoni, assessora do programa de Justiça da Conectas, conta que a aposta nas prisões como principal ferramenta para inibir a violência só faz com que ela aumente porque a ressocialização dos/as internos/as não acontece. “O sistema ignora qualquer padrão ético e de dignidade humana e rompe com todos os valores de uma sociedade que se pretende democrática. Essa lógica é altamente discriminatória e seletiva, pois escolhe a dedo e em massa qual classe social deve ser encarcerada”, afirma.
Terceirização das cadeias
De acordo com o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário Brasileiro recentemente publicado, a privatização total ou parcial do sistema é a melhor aposta para o fim da crise em que os presídios se encontram.
Maus-tratos e violência; falta de condições materiais, de acesso a saúde, educação, defesa e trabalho; e superlotação das prisões brasileiras são problemas que os/as deputados/as creem que serão resolvidos com a terceirização das cadeias.
Viviane afirma que “o encarceramento em massa é agravado com o modelo de privatização de presídios, que trata o preso como mercadoria e o sistema prisional como um mercado lucrativo em expansão a ser explorado.” Ela conta que a construção de um presídio privado para homens e mulheres está sendo negociada em Resende, no Rio de Janeiro, além da criação de uma cadeia feminina na Paraíba, que seguirá os mesmos moldes.
Para Silvia Patrícia, “o sistema prisional brasileiro está sucateado e falido, então é passada a falsa imagem de que a grande solução é a privatização dos serviços e das unidades prisionais.”
Presídio de Ribeirão das Neves
Existem aproximadamente 200 presídios privados no mundo todo, sendo que metade está localizada nos Estados Unidos. Foram essas penitenciárias que moldaram a PPP de Ribeirão das Neves, que teve seu contrato assinado em 2009, na gestão do então governador Aécio Neves (PSDB).
O complexo de cinco unidades, resultado da parceria entre os Gestores Prisionais Associados (GPA) e o Estado mineiro começou a ser construído em 2013 com um orçamento de R$ 280 milhões. O presídio se assemelha às cadeias dos Estados Unidos, que têm sistema de vigilância eletrônica e celas com aberturas automáticas.
A PPP prevê assistência jurídica, odontológica e médica, além de funcionários/as contratados/as pela própria empresa. Cada preso custa R$ 2,7 mil mensais do Estado, 66% a mais do valor gasto com os presídios públicos. Então, na prática, é muito mais caro terceirizar.
Das 3.336 vagas da PPP de Ribeirão das Neves, pelo menos 90% devem estar sempre ocupadas, de acordo com uma das cláusulas do contrato firmado pelo prazo de 27 anos. “Quanto mais se encarcera, mais rentabilidade tem o negócio. O Estado mantém as unidades abarrotadas, sempre dentro da cota, para cumprir seu contrato”, explica Silvia Patrícia.
O presídio seleciona os/as presos/as: não podem fazer parte de facções criminosas, nem ter cometido crimes hediondos, para que o andamento do projeto seja efetivo. “É uma forma de camuflar os resultados negativos da privatização dos presídios e vender ao público uma imagem de que a terceirização é a solução para a ressocialização do preso”, acredita a conselheira penitenciária.
Redução da Maioridade Penal
A Proposta de Emenda à Constituição 171/93 (PEC da maioridade penal) foi aprovada pela Câmara dos Deputados mês passado e agora segue para dois turnos de votação no Senado. O texto prevê a redução da maioridade nos casos de crimes hediondos – como estupro e latrocínio – e para homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.
O deputado Rogério Rosso (PSD) apresentou o Projeto de Lei 1958/15 (PL), que sugere a criação de “Centros de Ressocialização Juvenil” por meio da PPP, que tem forte aprovação dos/as deputados/as a favor da redução.
“Pode-se dizer que a redução da maioridade penal, o aumento do tempo de internação de adolescentes e a privatização dos presídios servem ao mesmo propósito de encarceramento em massa”, explica Viviane.
Ela acrescenta que não faz sentido apostar em um mercado sem trabalhar por sua ampliação, o que, neste caso, significa privar cada vez mais pessoas da liberdade: “a redução pode ser vista como um meio para um objetivo maior que obedece a interesses econômicos, especialmente com a privatização, que aumenta a população carcerária e o lucro das empresas.”
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Evento de Direito Administrativo em homenagem ao Professor Romeu Bacellar na UFPR
31 de Agosto de 2015, 4:37Entre os dias 14 e 17 de setembro de 2015 ocorrerá o seminário internacional “Direito Administrativo e suas Transformações Atuais: Homenagem ao Professor Romeu Felipe Bacellar Filho”, no Salão Nobre do Prédio Histórico da UFPR, realizado pelo Centro Acadêmico Hugo Simas (CAHS), NINC/UFPR e NUPESUL/UFPR, da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná.
O evento conta com a coordenação científica dos Professores Daniel Wunder Hachem e Emerson Gabardo e reunirá grandes nomes do Direito Administrativo nacional em uma homenagem ao Prof. Romeu Bacellar, em razão de sua aposentadoria do cargo de Prof. Titular de Direito Administrativo da UFPR.
Entre os palestrantes estão Celso Antônio Bandeira de Mello, Clèmerson Merlin Clève, Odete Medauar, Weida Zancaner, Marçal Justen Filho, Angela Cassia Costaldello, Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Ingo Wolfgang Sarlet, entre vários outros grandes juristas.
O advogado e professor Tarso Cabral Violin, autor do Blog do Tarso, participar da banca de avaliação dos comunicados científicos e dos artigos jurídicos (Prêmio Prof. Romeu Felipe Bacellar Filho), que será realizada no dia 16/09, à partir das 14hrs, na Faculdade de Direito da UFPR, conforme regulamento (clique aqui). Bacellar foi orientador de Tarso no mestrado em Direito do Estado na UFPR.
Inscrições:
Alunos UFPR: inscrição gratuita, bastando preencher o formulário. Concluída a inscrição, será encaminhado um e-mail de confirmação da inscrição.
Estudantes de outras instituições: R$25,00 (vinte e cinco reais), pagos através do site PagSeguro.
Profissionais: R$50,00 (cinquenta reais), pagos através do site PagSeguro.
Para estudantes de outras instituições e profissionais, pedimos, também, a gentileza de preencherem o formulário disponível clicando aqui. Concluída a inscrição e confirmado o pagamento, será encaminhado um e-mail de confirmação da inscrição.
Para os inscritos que comparecerem a 75% dos painéis, será disponibilizado um certificado de 30 horas complementares.
Maiores informações www.ninc.com.br
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Crítica: Narcos do Netflix
31 de Agosto de 2015, 4:37Narcos é uma série estadunidense do Netflix cuja estreia foi no último dia 28 (sexta), sobre o Cartel de Medelín e Pablo Escobar, com a primeira temporada com 10 capítulos, todos já disponíveis, em língua inglesa e espanhola.
Produzido e dirigido por José Padilha (Tropa de Elite), com o brasileiro Wagner Moura no papel principal, Boyd Holbrook e Pedro Pascal (Oberyn Martell de Game of Thrones).
Costumo queimar minha língua. Há anos dizia que não assistiria mais enlatados norte-americanos, pois já via muitos filmes no cinema e em casa. Com a queda de qualidade dos filmes e aprimoramento das séries, fui convencido a assistir House of Cards, até porque trata do tema do jornalismo e político, e poderia até ser interessante para minha tese de doutorado, que tratará sobre a democratização dos meios de comunicação. Assistir as três temporadas e adorei. Depois de muito insistência também fui convencido a assistir Game of Thrones. Assisti as cinco temporadas e amei.
Antes de ser convencido a assistir Narcos, como gosto do Padilha e do Moura, decidi tirar o sábado e domingo, entre brincadeiras com a filha, corrida e passeios com a família, para assistir a toda a temporada.
Não é uma série tão boa quanto Cards e Thrones, mas é acima da média.
Fora algumas falhas de produção, como por exemplo utilização de computadores e máquinas modernas de fotocópia no início dos anos 1980, a séria foi bem dirigida e Moura quase deixou Escobar mais humano. Pascal também está ótimo. A narração feita por um policial faz lembrar Tropa de Elite.
Se haverá um segunda temporada? Veja a primeira e descobrirá. Recomendo!
Tarso Cabral Violin – advogado, professor universitário, autor do Blog do Tarso e fã do cinema
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Tarso debateu sobre as OS na CBN Goiânia com o Prof. Dr. Fabrício Motta
29 de Agosto de 2015, 12:35O advogado e professor de Direito Administrativo em Curitiba, Tarso Cabral Violin, autor do Blog do Tarso, debateu hoje (29.08.2015) com o professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG), Fabrício Motta, sobre as Organizações Sociais (OS).
Ouça aqui: www.cbngoiania.com.br
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Requião na TV Brasil ataca o neoliberalismo
27 de Agosto de 2015, 20:32O programa Espaço Público desta semana recebeu o senador pelo PMDB do Paraná e ex-governador Roberto Requião, considerado um dos mais influentes senadores da atualidade e conhecido pela sua independência de opinião.
Com um ponto de vista desenvolvimentista e nacionalista fala sobre a crise política no país, a atuação da oposição, critica o neoliberalismo e discute ainda o governo Dilma (PT).
Apresentado por Paulo Moreira Leite, o Espaço Público tem nesta semana a participação dos jornalistas Luciana Lima, do Portal iG, e Paulo Totti, da Agência Brasil.
Veja o programa com a entrevista:
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Candidatura própria do PT na eleição para prefeito de Curitiba em 2016
26 de Agosto de 2015, 12:30Você sabia, por mais que a TV, rádio e grandes portais da internet digam o contrário, que existem pessoas filiadas ao Partido dos Trabalhadores que não são corruptas, que não aceitam a corrupção, que lutam por um país melhor, mais democrático, mais justo, com uma sociedade civil mais articulada e um Estado realmente Social, Democrático, Republicano, Desenvolvimentista e de Direito, como prevê a Constituição de 1988?
Pois é, esses petistas pretendem lançar candidatura própria na eleição para prefeito de Curitiba em 2016. A batalha vai ser difícil? Sem dúvida, internamente no partido há os que preferem que o partido apoie outra chapa de centro ou de centro-esquerda. Se internamente a ideia for vencedora, será fácil a eleição? Claro que não. Mas esses petistas estão dispostos a mostrar que o PT ainda pode ser uma opção para a esquerda, centro-esquerda, e para quem quer uma cidade centrada no ser humano e um país menos desigual.
Qual sua opinião sobre essa proposta?
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Moro: “Lava-Jato não vai mudar o Brasil”
26 de Agosto de 2015, 0:29Hoje (25) teve início o XVI Congresso Paranaense de Direito Administrativo, realizado pelo Instituto Paranaense de Direito Administrativo, na OAB Paraná.
Na abertura o Presidente do IPDA, Edgar Guimarães, e o Prof. Dr. Romeu Felipe Bacellar homenagearam Adilson Abreu Dallari, nome do evento.
Na primeira conferência do evento, com o tema “Crimes contra a Administração Pública”, o Juiz Federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, justificou seus mais de 100 decretos de prisão cautelar na Lava Jato, dizendo que no “mãos limpas” na Itália foi mais de 800. O Juiz confessou que não conhece o Direito Administrativo atual, mas disse que a lei de licitações brasileira tem muita coisa boa. Para ele a legislação penal brasileira é um “belo avião que não voa”, informou que o “mãos limpas” não melhorou a corrupção na Itália e que o Berlusconi surgiu na Itália depois dessa operação. Moro tem dúvidas se o que ele está fazendo na operação vai melhorar o país e acabou não tratando do seu processo na palestra. Entende que a presunção de inocência com quatro instâncias como no Brasil é um desastre. Informou que no caso do Banestado, com diretores que fizeram operações fraudulentas na época do governador Jaime Lerner, não transitou em julgado até hoje, com várias prescrições e com demoras injustificadas no STF. Moro entende que a presunção de inocência, como no direito comparado, deveria ser com relação à prova; que nos EUA e França a regra é a prisão depois da decisão de 1ª Instância; que talvez essa regra para o Brasil seja um exagero, mas defende pelo menos em 2ª instância. Informou que há um número absurdo de processos no STJ e STF; e concluiu pela melhoria das nossas instituições e que nosso sistema deve servir as pessoas: “o sistema deve funcionar, sem demoras”.
Amanhã o evento continua, veja a programação aqui.
Às 14h o 3º Painel, com o tema Administração Pública no Legislativo: Sempre as mesmas promessas e nenhuma transformação, será mediado pelo advogado e professor Tarso Cabral Violin, autor do Blog do Tarso, com os debatedores Eneida Desiree Salgado, Fernando Gustavo Knoerr, Guilherme de Salles Gonçalves e Paulo Ricardo Schier.
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O vácuo – Verissimo
21 de Agosto de 2015, 12:22O Globo de ontem
O vácuo
Os manifestantes contra o governo sabem o que não querem — a Dilma, o Lula, o PT no poder —, mas ainda não pensaram bem no que querem
Houve um tempo em que os cachorros corriam atrás dos carros. Era uma cena comum: vira-latas perseguindo carros, latindo, como se quisessem expulsar um intruso no seu meio. Às vezes viam-se bandos de cães indignados, perseguindo carros que passavam, e dava até para imaginar que um dia conseguiriam alcançar um, dos pequenos, pará-lo, cercá-lo e… E o quê? Comê-lo? Nunca ficou claro o que os cachorros fariam se alcançassem um carro. Era uma raiva sem planejamento. (Hoje, a cena de cachorros correndo atrás de carros é rara. Os cachorros modernizaram-se. Renderam-se ao domínio do automóvel. Ou convenceram-se do seu próprio ridículo).
Os manifestantes contra o governo sabem o que não querem — a Dilma, o Lula, o PT no poder —, mas ainda não pensaram bem no que querem. Se conseguirem derrubar o governo, que cada vez mais se parece com um Fusca indefeso sitiado por cães obsoletos, o que, exatamente, pretendem fazer com o vácuo? A política econômica atual é um sonho neoliberal. Seu oposto seria uma volta à politica econômica pré-Levy? Dependendo de como for impedida a Dilma, o vácuo pode ser preenchido pela ascensão do vice-presidente (tudo bem), pelo eleito num novo pleito (seja o que Deus quiser) ou pelo Eduardo Cunha (bate na madeira). O que os manifestantes preferem? A raiva precisa de um mínimo de previsão.
Uma parte dos manifestantes não tem dúvida do que quer. Da primeira grande manifestação de 2013, passando pelas duas deste ano, o que mais cresceu e apareceu foi a linha Bolsonaro, que pede a volta da ditadura militar e lamenta, abertamente, que os militares não tenham matado a Dilma quando tiveram a oportunidade. Por sinal, o Fernando Henrique talvez se lembre que o Bolsonaro disse a mesma coisa a seu respeito. Mas, enfim, as guerras fazem estranhos aliados.
Sugiro a quem se preocupa com o momento nacional que faça um pouco de arqueologia histórica para manter as coisas em perspectiva. Procure na imprensa da época a reação causada pela marcha da família com Deus pela liberdade contra a ameaça comunista. Também foi uma manifestação enorme, impressionante. E foi o preâmbulo do golpe de 64, e dos 20 anos negros que se seguiram e hoje tanta gente quer ver de novo. Pode-se argumentar que os tempos eram outros, tão distantes que os cachorros de então ainda corriam atrás de carros, e a luta era outra. Mas o triste é que ainda é a mesma luta.
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Já está em pré-venda a 3ª edição do livro do Tarso sobre Terceiro Setor
21 de Agosto de 2015, 12:22A obra Terceiro Setor e as Parcerias com a Administração Pública: uma análise crítica, já está em sistema de pré-venda no site da editora Fórum (clique aqui).
A presente obra é fruto da dissertação de Mestrado em Direito do Estado pela Universidade Federaldo Paraná. Nela, o Professor Tarso Cabral Violin (advogado, consultor, professor e palestrante nas áreas do Direito Administrativo, Direito do Terceiro Setor, licitações e contratos administrativos, Gestão Pública e Políticas Públicas e autor do Blog do Tarso) realiza uma análise crítica do ideário do “terceiro setor”, no contexto do neoliberalismo e do gerencialismo, e aprofunda o tema das parcerias entre a Administração Pública e as entidades da sociedade civil sem fins lucrativos; criticando as ONGs, que de contestadoras passaram, em sua maioria, a ser “parceiras” do Estado, como substitutas dele; informando os questionamentos que existem quanto ao próprio termo “terceiro setor”; defendendo a sociedade civil organizada, mas não como autor responsável pelas questões sociais.
Baseando-se em autores como Antonio Gramsci, Carlos Nelson Coutinho, Carlos Montaño, Celso Antônio Bandeira de Mello, Romeu Felipe Bacellar Filho, Cármen Lúcia Antunes Rocha, Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Sílvio Luís Ferreira da Rocha, Boaventura de Souza Santos, entre outros, o autor estuda o Estado, a sociedade civil, os serviços sociais, o princípio da subsidiariedade, a Administração Pública (patrimonialismo, burocracia e gerencialismo), o Estado ampliado gramsciano, os movimentos sociais e, por fim, esmiúça temas jurídicos como as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos (associações, fundações, etc.), entidades paraestatais, organizações sociais, organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs), parcerias com o “terceiro setor” (contratos administrativos, convênios, contratos de gestão e termos de parceria), a relação entre as licitações e o “terceiro setor”, a terceirização e a privatização via “terceiro setor” e a Ordem Social da Constituição. Portanto, a presente obra é essencial para os estudiosos do “terceiro setor”, seja em seu aspecto jurídico ou não, assim como para os interessados no Direito Administrativo, principalmente em temas como as licitações e os acordos de vontade firmados entre a Administração Pública e o “terceiro setor”.
A 3ª edição, além de atualizada, trata da nova Lei das Organizações da Sociedade Civil – OSC, a Lei 13.019/2014; assim como comenta a Decisão do STF na ADIn 1.923, sobre a Lei das Organizações Sociais (Lei 9.637/98). Em 2011, o autor foi honrado com a indicação pela Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e com o convite da Secretaria Geral da Presidência da República para participar como debatedor do Simpósio Internacional Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, que foi o embrião da Lei das OSC.
Tarso Cabral Violin é advogado, consultor, professor e palestrante nas áreas do Direito Administrativo, Direito do Terceiro Setor, licitações e contratos administrativos, Gestão Pública e Políticas Públicas e autor do Blog do Tarso
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Veja agora os atos pré-democracia com comentários do Blog do Tarso
20 de Agosto de 2015, 12:20Hoje em Curitiba o ato em defesa da Democracia terá início às 11h na Praça Santos Andrade, na frente do Prédio Histórico da UFPR, o símbolo da cidade.
A TV 15, em parceria com os Blogs do Esmael e do Tarso, vai televisionar o evento e fazer comentários ao vivo sobre o evento, com o jornalista Esmael Morais, o advogado e professor Tarso Cabral Violin, o jornalista Cesar Setti e outras personalidades do mundo político. Veja ao vivo aqui.
O ato tem apoio da Associação dos Blogueiros e Ativistas Digitais do Paraná – ParanáBlogs.
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Crime, autoritarismo e privatização
19 de Agosto de 2015, 20:19O historiador inglês Tony Judt, já falecido, em 2010 parece até que previu as manifestações que estão ocorrendo no Brasil em 2015 de moradores de condomínios de luxo que, ao justificarem a sonegação criminosa de impostos, dizendo que seria uma “legítima defesa”, e defenderem o suposto criminoso deputado Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados, e ao mesmo tempo propondo o golpe militar e a morte de Dilma, Lula e demais brasileiros de esquerda.
Judt, na imperdível obra “O mal ronda a terra”, editora objetiva, ao criticar as privatizações no âmbito da Administração Pública, também o fez quando chamou de “privatização da vida cotidiana”, alertando que as pessoas que vivem em condomínios fechados contribuem ativamente para o enfraquecimento e a corrosão do espaço público e, quando deixamos de valorizar o que é público em benefício do particular, encontraremos com o tempo dificuldade para entender as razões para valorizar a lei, o bem público por excelência, e passaremos a privilegiar a força.
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Cursos de Gestão Pública agora também no Ordem Mais
19 de Agosto de 2015, 16:19Atuando na preparação de candidatos para concursos públicos e exame de ordem há seis anos e com número expressivo de aprovações na área, o Curso Ordem Mais vem somar a sua experiência em concursos e exame de ordem a área de Gestão Pública. A partir deste mês o Curso passa a atuar em um novo projeto na prestação de serviços para Gestão Pública, sob o título “Mais Gestão Pública”, com lançamento de cursos para servidores públicos em diversas áreas.
Planejamento Urbano dia 27/8
O novo trabalho inicia nos dias 27 e 28 de agosto com o curso de Plano Diretor e Planejamento Territorial Urbano. O curso irá abordar procedimentos práticos e legais para elaboração de Plano Diretor Municipal (passo a passo das diretrizes para elaboração e implementação do Plano Diretor Municipal).
O curso será realizado na sede do Ordem Mais e ministrado pela Professora Ana Paula Liberato, advogada, consultora jurídica ambiental coordenadora da especialização em direito ambiental da PUC-PR; supervisora do Instituto Ambiental do Paraná em convênio com a Faculdade Dom Bosco e ex-supervisora do Instituto Ambiental do Paraná em convênio com a PUC/PR.
Informações
A sede do Ordem Mais fica em local de fácil acesso, no Centro de Curitiba, Rua Barão do Rio Branco, 538. Maiores informações serão obtidas através do e-mail – coordenacao@ordemmais.com.br ou pelo telefone (41) 33.22.40.40, falar com Claudia ou Thomas.
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