Crítico da proposta de Reforma da Previdência apresentada pelo atual governo federal – que de tão impopular sequer foi votada -, o Senador do Time do Trabalho, Jaques Wagner, apresentou nesta quarta-feira (12) a sua proposta para o sistema previdenciário brasileiro. Em entrevista ao TVE Notícias, da TV Educativa, Wagner propôs o custeio por meio dos lucros e dividendos, e não mais.

No modelo atual, explicou Wagner, a carga recai toda em cima dos trabalhadores e em empresas que mais empregam. Indústrias intensivas em tecnologia/com pouca mão de obra e serviços como bancos – com grandes ganhos – contribuem bem menos. “Com essa estrutura, não conseguimos implantar o modelo de solidariedade previsto na Previdência”, afirmou.

Wagner criticou o projeto do governo atual, que não dialogou com a sociedade. Inspirado no modelo dos governos Lula, defendeu a realização de fóruns com empresas e trabalhadores para discutir previdência e questões trabalhistas.

Na entrevista, o Senador de Todos Nós foi perguntado sobre outros temas. Na Educação, se mostrou favorável à revogação da Reforma do Ensino Médio, que retirou disciplinas do currículo. Já na política, Wagner disse que vai lutar no Senado pela redistribuição do tempo de televisão.

Aprovada sua proposta, o programa eleitoral gratuito será redividido entre partidos que apresentem candidatos. Com isso, acabaria as coligações com legendas que deixem de apresentar chapas para negociar o tempo de TV.

Porta de entrada

No final da tarde desta quarta-feira (12), Wagner participou do encontro do Time Correria com as Mulheres, junto com o governador Rui Costa e o vice, João Leão. Com o tema “Lugar de mulher é onde ela quiser”, o evento serviu para apresentar as propostas do Programa de Governo Participativo (PGP) do governador e candidato à reeleição Rui Costa.

Para o Senador de Todos Nós, as mulheres têm papel essencial na política, realizando uma “aguerrida, simpática e alegre” militância. Responsável, quando foi governador, por aprimorar o acolhimento do estado às mulheres, Wagner renovou o compromisso de apoiar a luta contra a misoginia e violência de gênero, entre outras pautas. “Chegando ao mandato de Senador, o movimento de mulheres da Bahia e do Brasil terão comigo uma porta de entrada no Senado e também com à Câmara e o governo”, declarou.

Fotos: Mila Cordeiro

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