Por Altamiro Borges
No seu oposicionismo militante, a Folha tucana deu destaque na semana passada para uma tendenciosa matéria sobre o programa Minha Casa, Minha Vida. O título da "reporcagem" era bombástico: "Dilma multiplica viagens e entrega casas sem água e luz". Uma das entrevistadas - Fabiana Oliveira Lita, de Vitória da Conquista (BA) - já anunciou que processará o veículo por danos morais. Beneficiada pelo programa, ela afirma que a entrevista foi manipulada e que a jornal agiu de má fé. Já a ombudsman da Folha confirmou neste fim de semana o grave erro do jornal. Reproduzo abaixo as duas contestações:
No seu oposicionismo militante, a Folha tucana deu destaque na semana passada para uma tendenciosa matéria sobre o programa Minha Casa, Minha Vida. O título da "reporcagem" era bombástico: "Dilma multiplica viagens e entrega casas sem água e luz". Uma das entrevistadas - Fabiana Oliveira Lita, de Vitória da Conquista (BA) - já anunciou que processará o veículo por danos morais. Beneficiada pelo programa, ela afirma que a entrevista foi manipulada e que a jornal agiu de má fé. Já a ombudsman da Folha confirmou neste fim de semana o grave erro do jornal. Reproduzo abaixo as duas contestações:
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No escuro e a seco
No escuro e a seco
Por Suzana Singer, ombudsman da Folha
A Folha acusou a presidente Dilma de entregar casas sem água nem luz no interior da Bahia. O jornal mostrou, na quarta-feira, que parte das moradias inauguradas em Vitória da Conquista, no programa Minha Casa Minha Vida, estavam no escuro e a seco. Os moradores usavam velas à noite e enchiam baldes nas casas dos vizinhos.
Bastava ler o "outro lado" para concluir que a acusação não fazia sentido. O Ministério das Cidades explicou que as casas foram entregues com instalações elétricas e hidráulicas e que cabia ao beneficiário do programa pedir a ligação dos serviços às empresas de distribuição do Estado.
Acontece o mesmo com quem compra um imóvel sem ajuda federal: é a pessoa que, depois de receber as chaves, aciona o fornecimento de água, luz, gás, telefone.
Os casos relatados indicavam que nem havia um problema exagerado de demora na entrega desses serviços. Apenas uma dona de casa esperava a instalação de luz havia oito dias, três a mais que o prazo dado pela companhia elétrica.
Diante das explicações dadas pelo governo e pelas concessionárias de serviços estaduais, o jornal deveria ter derrubado a reportagem. Não adianta registrar burocraticamente o "outro lado", como prega o "Manual da Redação", mas insistir numa acusação vazia.
A Redação não concorda. "A informação de que as casas foram entregues sem água nem luz é relevante por mostrar a pressa com que o governo tem organizado essas inaugurações, por motivos obviamente eleitorais. O objetivo da reportagem era mostrar isso e não culpar a presidente pela falta de água e luz", diz a editoria Poder.
Se era assim, por que o título dizia "Dilma multiplica viagens e entrega casas sem água e luz"? Em plena campanha (alguém duvida que já começou?), é preciso ser mais rigoroso com as denúncias envolvendo qualquer um dos candidatos. Do contrário, o jornal estará apenas fornecendo matéria-prima para os programas eleitorais de 2014.
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Reação de Fabiana Oliveira Lita, publicada no Blog do Paulo Nunes.
Foi vinculado nesta semana no jornal Folha de São Paulo e reproduzido no Blog conquistense da Resenha Geral uma reportagem com o título “Dilma multiplica viagens e entrega casas sem água e luz”. Na matéria, a funcionária pública Fabiana Oliveira Lira é citada na abordagem da ausência da ligação de energia elétrica nas unidades habitacionais entregues pela presidente Dilma na última terça-feira, 15, em Vitória da Conquista-BA. Segundo conta Fabiana, em entrevista ao programa “Conquista Meio Dia”, da rádio Brasil FM, ela sequer sabia que se tratava de uma reportagem e o repórter usou de má fé e expôs sua imagem sem o seu consentimento na referida matéria.
“Quando eu recebi a chave da casa no dia 9, eu em seguida dei entrada no pedido da luz e da água, eles me disseram que eu tinha o prazo de cinco dias úteis pra efetivar a ligação. Quando o entrevistador apareceu na minha casa, a luz não estava ligada, mas ainda estava no prazo, e ele ( o entrevistador) usou isso de má fé nessa informação”, disse.
De acordo com informações da Coelba, concessionária do serviço de energia elétrica na Bahia, a solicitação deve ser feita pelo próprio morador da unidade residencial. A Coelba já registrou 1.070 solicitações de ligação deste empreendimento em Vitória da Conquista (BA). Destas, 562 unidades foram ligadas e as demais o serão até sábado (19). Uma agência móvel está no local para facilitar o atendimento e realizar cadastros na tarifa social de energia.
Fabiana, nova moradora do empreendimento Jequitibá, disse que pretende acionar o jornalFolha de São Paulo por danos morais devido ao uso de sua imagem. “Eu não sabia que era um repórter, que era uma reportagem, fiquei sabendo quando fui à Coelba ontem, pois agora todos me conhecem como ” a denunciante”, (…) pretendo acionar a Folha por danos morais sim, porque isso está me gerando grandes transtornos, eu morava de aluguel, era para ser um momento de alegria, porque pela casa eu só tenho a comemorar, agora por essas palavras erradas deles ( Folha de São Paulo) , fui prejudica dessa forma”, declarou.
A moradora diz ainda que também vai pedir direito de resposta e que não autorizou a exposição de sua imagem. “Eu disse que na minha casa tinha água, e eu disse a ele que a luz ainda estava no prazo de ligar, eu cheguei a falar bem da casa , mas os elogios não foram publicados, então eu me sinto lesada, me sinto prejudicada, eu não sabia que era uma reportagem, que era um repórter, não sabia de nada, então eu quero sim o direito de resposta, porque o que esta escrito ali não foi nada do que eu falei”, e conclui. “Eu sou pessoa anônima, não sou pessoa pública pra minha imagem tá sendo usada dessa forma”, finaliza.
Bem, todos sabem que é de responsabilidade do próprio usuário de pedir a ligação da luz e da água para a concessionária do serviço quando muda para uma casa nova. Menos a Folha, é claro. Ela está mais preocupada em macular a imagem do maior programa de habitação popular que o Brasil já viu.
A Folha acusou a presidente Dilma de entregar casas sem água nem luz no interior da Bahia. O jornal mostrou, na quarta-feira, que parte das moradias inauguradas em Vitória da Conquista, no programa Minha Casa Minha Vida, estavam no escuro e a seco. Os moradores usavam velas à noite e enchiam baldes nas casas dos vizinhos.
Bastava ler o "outro lado" para concluir que a acusação não fazia sentido. O Ministério das Cidades explicou que as casas foram entregues com instalações elétricas e hidráulicas e que cabia ao beneficiário do programa pedir a ligação dos serviços às empresas de distribuição do Estado.
Acontece o mesmo com quem compra um imóvel sem ajuda federal: é a pessoa que, depois de receber as chaves, aciona o fornecimento de água, luz, gás, telefone.
Os casos relatados indicavam que nem havia um problema exagerado de demora na entrega desses serviços. Apenas uma dona de casa esperava a instalação de luz havia oito dias, três a mais que o prazo dado pela companhia elétrica.
Diante das explicações dadas pelo governo e pelas concessionárias de serviços estaduais, o jornal deveria ter derrubado a reportagem. Não adianta registrar burocraticamente o "outro lado", como prega o "Manual da Redação", mas insistir numa acusação vazia.
A Redação não concorda. "A informação de que as casas foram entregues sem água nem luz é relevante por mostrar a pressa com que o governo tem organizado essas inaugurações, por motivos obviamente eleitorais. O objetivo da reportagem era mostrar isso e não culpar a presidente pela falta de água e luz", diz a editoria Poder.
Se era assim, por que o título dizia "Dilma multiplica viagens e entrega casas sem água e luz"? Em plena campanha (alguém duvida que já começou?), é preciso ser mais rigoroso com as denúncias envolvendo qualquer um dos candidatos. Do contrário, o jornal estará apenas fornecendo matéria-prima para os programas eleitorais de 2014.
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Reação de Fabiana Oliveira Lita, publicada no Blog do Paulo Nunes.
Foi vinculado nesta semana no jornal Folha de São Paulo e reproduzido no Blog conquistense da Resenha Geral uma reportagem com o título “Dilma multiplica viagens e entrega casas sem água e luz”. Na matéria, a funcionária pública Fabiana Oliveira Lira é citada na abordagem da ausência da ligação de energia elétrica nas unidades habitacionais entregues pela presidente Dilma na última terça-feira, 15, em Vitória da Conquista-BA. Segundo conta Fabiana, em entrevista ao programa “Conquista Meio Dia”, da rádio Brasil FM, ela sequer sabia que se tratava de uma reportagem e o repórter usou de má fé e expôs sua imagem sem o seu consentimento na referida matéria.
“Quando eu recebi a chave da casa no dia 9, eu em seguida dei entrada no pedido da luz e da água, eles me disseram que eu tinha o prazo de cinco dias úteis pra efetivar a ligação. Quando o entrevistador apareceu na minha casa, a luz não estava ligada, mas ainda estava no prazo, e ele ( o entrevistador) usou isso de má fé nessa informação”, disse.
De acordo com informações da Coelba, concessionária do serviço de energia elétrica na Bahia, a solicitação deve ser feita pelo próprio morador da unidade residencial. A Coelba já registrou 1.070 solicitações de ligação deste empreendimento em Vitória da Conquista (BA). Destas, 562 unidades foram ligadas e as demais o serão até sábado (19). Uma agência móvel está no local para facilitar o atendimento e realizar cadastros na tarifa social de energia.
Fabiana, nova moradora do empreendimento Jequitibá, disse que pretende acionar o jornalFolha de São Paulo por danos morais devido ao uso de sua imagem. “Eu não sabia que era um repórter, que era uma reportagem, fiquei sabendo quando fui à Coelba ontem, pois agora todos me conhecem como ” a denunciante”, (…) pretendo acionar a Folha por danos morais sim, porque isso está me gerando grandes transtornos, eu morava de aluguel, era para ser um momento de alegria, porque pela casa eu só tenho a comemorar, agora por essas palavras erradas deles ( Folha de São Paulo) , fui prejudica dessa forma”, declarou.
A moradora diz ainda que também vai pedir direito de resposta e que não autorizou a exposição de sua imagem. “Eu disse que na minha casa tinha água, e eu disse a ele que a luz ainda estava no prazo de ligar, eu cheguei a falar bem da casa , mas os elogios não foram publicados, então eu me sinto lesada, me sinto prejudicada, eu não sabia que era uma reportagem, que era um repórter, não sabia de nada, então eu quero sim o direito de resposta, porque o que esta escrito ali não foi nada do que eu falei”, e conclui. “Eu sou pessoa anônima, não sou pessoa pública pra minha imagem tá sendo usada dessa forma”, finaliza.
Bem, todos sabem que é de responsabilidade do próprio usuário de pedir a ligação da luz e da água para a concessionária do serviço quando muda para uma casa nova. Menos a Folha, é claro. Ela está mais preocupada em macular a imagem do maior programa de habitação popular que o Brasil já viu.
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