Para antropólogo evangélicos espalham ódio
16 de Julho de 2015, 12:59Antropólogo afirma que evangélicos espalham “ódio, fobia e vingança” na sociedade brasileiraO professor de antropologia Ronaldo Almeida, da Unicamp, afirmou que o comportamento social dos evangélicos é permeado por ódio, fobia e vingança, e que isso explica casos como o da agressão à menina candomblecista (atribuída, sem provas, a pentecostais) e o apoio à redução da maioridade penal.
Segundo Almeida, os dois exemplos acima são manifestações de conservadorismo que refletem um cenário geral da sociedade brasileira.
Ele pontuou em entrevista ao IG que o ódio pode ser notado na reprovação dos evangélicos à homossexualidade e outras religiões; a fobia pode ser percebida no apoio que muitos brasileiros dão à legislação mais permissiva em relação ao porte de armas; e por último, a vingança, que seria o motivo pelo desejo da redução da maioridade penal.
“No Brasil, o que se consolida é o pluralismo no interior do cristianismo, cujo movimento principal são católicos se tornando evangélicos. Esse aumento do contingente vai além dos templos, se reflete no âmbito da política, da economia, da mídia”, teoriza o professor, sugerindo que essa mudança de pensamento da sociedade é um reflexo direto do crescimento dos evangélicos.
Segundo Almeida, erros políticos teriam funcionado como combustível para o crescimento da representatividade dos evangélicos na política. O professor também criticou a gestão do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM).
“Em 2010, o José Serra [candidato à presidência do PSDB] colocou o pastor Silas Malafaia para atacar a Dilma [à época candidata do PT] sobre o tema do aborto. Foi o início. Depois, com Dilma já no poder, o PT fez aquela besteira de entregar a Comissão de Direitos Humanos para o PSC. O presidente, como todos sabem, foi o deputado Marco Feliciano. Na comissão de Direitos Humanos, esses religiosos acharam um espaço para lidar com temas morais. E essa comissão, que antes cuidava das minorias, como a causa indígena, começou a ter uma pauta moralista, a travar uma disputa pela moralidade pública, a replicar aqui temas do fundamentalismo norte-americano, como o ensino religioso e o criacionismo”, criticou.
Em outro trecho da entrevista, Almeida diz que as lideranças evangélicas fazem apologia à violência de forma indireta, como forma de estabelecer seus próprios paradigmas: “Na questão religiosa, os fundamentalistas acabam por fomentar a ação violenta. O que não é novidade: basta lembra que o episódio do pastor da Igreja Universal que chutou uma imagem foi em 1995. É a cultura de demonizar o outro, de vilipendiar as outras religiões. Tem uma coisa cínica no Malafaia: na prática, ele diz: ‘o Estado laico tem de garantir que eu posso demonizar o outro’. É o oposto da noção clássica do protestantismo: de liberdade individual. Mas, no fundo, o que a bancada evangélica mostra são expressões de coisas mais profundas da sociedade: conservadora, violenta, hierárquica e desigual”, resumiu.
fonte Notícia Gospelmais
Países do Mercosul fecham acordo para incentivar cultura
16 de Julho de 2015, 12:42Governos de municípios e estados dos países integrantes do Mercosul fecham nesta quinta-feira (16) um acordo de cooperação na área de cultura.
A ideia é criar uma integração entre as cidades com troca de artistas, patrocínios e festivais conjuntos. O assunto é tema do Foro Consultivo de Municípios, Estados Federados, Províncias e Departamentos do Mercosul (FCCR), reunido hoje em Brasília.
Outro tema da reunião foi a criação de consórcios públicos com ações que ultrapassem os limites das fronteiras de países do Mercosul. Segundo o subchefe de Assuntos Federativos da Presidência da República, Olavo Noleto, o tema ainda será muito debatido porque é preciso harmonizar a legislação de cada país para que seja colocado em prática. “Esse debate ainda está [distante] porque as leis de cada país são muito diferentes. A gente tem que chegar a um acordo detalhado”, disse.
O vice-presidente da República, Michel Temer, participou da abertura do evento. Ele destacou que os municípios têm a mesma dimensão constitucional dos estados e da União. Temer acrescentou que o foro cumpre o que determina artigo da Constituição brasileira, que prevê a integração nas nações latino americanas nas áreas econômica, política e cultural.
Da Agência Brasil
Dom Cunha I acelera retrocesso
15 de Julho de 2015, 15:35Votação da minirreforma eleitoral confirma que retrocesso está em ritmo acelerado
De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho
A votação da minirreforma eleitoral na noite desta terça-feira (14), confirma que o retrocesso está em ritmo acelerado. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, PMDB/RJ, comandou mais um episódio de retrocesso na política brasileira ao conseguir aprovar o projeto de Lei, PL, PL 735/13, que trata da minirreforma eleitoral.
Vários pontos aprovados servem de motivo para acreditar que não avançamos nesse assunto, pelo contrário, retrocedemos e muito. Para se ter uma ideia, suas excelências modificaram um item da Lei que suspendia o repasse do fundo partidário para os partidos que tivessem suas contas rejeitadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, TSE. O repasse só será suspenso ao partido que não prestar contas, um estímulo às práticas corruptas.
Cunha e seus asseclas aprovaram também um aumento de 70% nos gastos em campanhas para prefeitos e vereadores, em cidades com até 10 mil habitantes. Esta foi a votação mais apertada da noite, eles ganharam por uma diferença de apenas um voto, 194 votaram favoravelmente e 193 votaram contra. O cacique peemedebista anunciou o resultado quase que gargalhando.
E a lista de imoralidades continua. Para um parlamentar ser cassado, por compra de votos, por exemplo, não será mais aceito pela justiça o testemunho de uma pessoa, ou gravações de conversa privada, ambiental ou telefônica feita por um dos partícipes sem o conhecimento do outro ou sem prévia autorização judicial.
O financiamento privado de campanha permaneceu intacto, com um agravante. As empresas agora poderão doar até 2% do seu faturamento bruto, o que significa que grandes grupos que possuem mais de um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, CNPJ, poderão doar até R$ 160 milhões para as campanhas eleitorais.
Um pequeno ponto que foi aprovado atenuou o estrago que essa camarilha está fazendo ao país. A empresa que tiver obra em um Estado não poderá fazer doações para os cargos de governador e deputado estadual, entretanto, poderão fazer doações ao cargos à presidência da república. Isto foi um contraponto à proposta feita pelo deputado Henrique Fontana, PT/RS. Fontana propôs que as empresas que fizessem doações não poderiam participar de licitações para obras públicas. A proposta foi rejeitada pelo plenário.
A mais recente bravata de Eduardo Cunha foi declarar, recentemente, que se for indiciado pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, na operação Lava Jato, vai atacar o governo da presidenta Dilma instalando inúmeras Comissões Parlamentares de Inquéritos, CPIs.
Secretário admite superbactéria em oito hospitais
15 de Julho de 2015, 13:04Novo áudio vazou do GDF e secretário de Saúde admite que superbactéria atinge oito hospitais
De Brasília
Joaquim Dantas
Para o Blog do Arretadinho
Em um áudio publicado no canal do Correio Braziliense do You Tube, o secretário de Saúde do Distrito Federal, João Batista de Souza, admite que o micro-organismo Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase, KPC, já afeta oito hospitais no Distrito Federal, entre públicos e particulares.
No áudio o secretário afirma que não se pode politizar o assunto porque este não é um problema exclusivo do DF, mas mundial. Batista parece desdenhar de sua interlocutora quando ela afirma que o problema poderia ter sido evitado. De forma zombeteira ele afirma que a previsão de casos na Europa para 2030 é de 390 mil, entretanto, ele admite que o problema no DF poderia ter sido minimizado.
Os hospitais infectados são: Santa Lúcia, Santa Helena, Santa Luzia, Sarah Kubitschek e no Hospital Regional de Ceilândia, HRC. O secretário afirma no áudio que “Tem um paciente que está lá [HRC] desde setembro do ano passado com KPC. No HUB, tive oito casos só em outubro de 2014”, comentou.
No DF oito pessoas que foram infectadas pela bactéria morreram este ano. Uma pessoa infectada segue internada no Hospital de Santa Maria:
KPC por Drauzio Varella
A “superbactéria”, foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2000, depois de ter sofrido uma mutação genética, que lhe conferiu resistência a múltiplos antibióticos (aos carbapenêmicos, especialmente) e a capacidade de tornar resistentes outras bactérias. Essa característica pode estar diretamente relacionada com o uso indiscriminado ou incorreto de antibióticos.
A KPC pode causar pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas cirúrgicas, enfermidades que podem evoluir para um quadro de infecção generalizada, muitas vezes, mortal.
Sintomas
Os sintomas são os mesmos de qualquer outra infecção: febre, prostração, dores no corpo, especialmente na bexiga, quando a infecção atinge o trato urinário, e tosse nos episódios de pneumonia.
Diagnóstico
A confirmação do diagnóstico se dá por meio de um exame de laboratório que identifica a presença da bactéria em material retirado do sistema digestivo. Infelizmente, nem todos os hospitais estão suficientemente aparelhados para realizar esse exame.
Prevenção
A prevenção é fundamental no controle da infecção hospitalar. Por isso, todos os pacientes portadores da bactéria KPC, mesmo que assintomáticos, devem ser mantidos em isolamento.
Lavar as mãos com bastante água e sabão e desinfetá-las com álcool em gel são medidas de extrema eficácia para evitar a propagação das bactérias. Esses recursos devem ser utilizados, tanto pelos profissionais de saúde que lidam com os doentes, como pelas visitas.
Outras formas de prevenir a propagação das bactérias incluem o uso sistemático de aventais de mangas compridas, luvas e máscaras descartáveis, sempre que houver contato direto com os pacientes, a desinfecção rotineira dos equipamentos hospitalares e a esterilização dos instrumentos médico-cirúrgicos.
Tratamento
Existem poucas classes de antibióticos que se mostram efetivas para o tratamento das infecções hospitalares pela bactéria KPC. Daí, a importância dos cuidados com a prevenção.
Recomendações
Lave as mãos com frequência, especialmente antes e depois de entrar em contato com pessoas doentes;
* Só tome antibióticos se forem prescritos sob orientação médica;
* Saiba que a maioria das infecções respiratórias não é causada por bactérias, mas, sim, por vírus sobre os quais os antibióticos não exercem nenhum efeito;
* Mantenha as visitas afastadas dos pacientes infectados;
* Higienize as mãos com álcool gel, sempre que possível;
* Esteja atento à nova regulamentação da Anvisa sobre o uso dos antibióticos;
*Procure reduzir ao mínimo necessário as visitas e consultas nos hospitais.
Confira:
Netanyahu diz que acordo nuclear iraniano é “erro histórico”
14 de Julho de 2015, 17:30Benjamin Netanyahu diz que acordo nuclear iraniano é “erro histórico”O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou hoje (14) que o acordo nuclear iraniano é "um erro histórico para o mundo".
Benjamin Netanyahu abriu uma conta na rede social Twitter, escrita em persa, para criticar o acordo sobre o dossiê nuclear iraniano, concluído hoje em Viena. "O objetivo é estabelecer uma comunicação direta com os iranianos, doutrinados a odiar Israel desde a Rvolução Islâmica de 1979", disse um assessor do gabinete do primeiro-ministro israelense.
"Queremos dizer, em persa, a verdade aos iranianos sobre o acordo e explicar que os milhões de dólares que o regime iraniano conseguirá com a negociação servirão para financiar o terrorismo e armas e não para construir escolas ou hospitais", acrescentou.
Para Netanyahu, Israel, inimigo do Irã, é totalmente contra um acordo sobre o programa nuclear iraniano. Segundo ele, isso não impedirá Teerã de fabricar a bomba atômica."Enquanto o espetáculo com o Irã continua, o país está prestes a fabricar a bomba nuclear e dispõe de milhões de dólares para o terrorismo e ataques", escreveu Netanyahu em uma das mensagens publicadas no Twitter.
Da Agência Lusa