Novo pacote econômico aumenta IVA de 18% para 21%, corta do orçamento e deixa servidores sem salário extra com objetivo de economizar € 65 bilhões
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, anunciou nesta quarta-feira um novo pacote econômico com medidas de austeridade para enfrentar a recessão. Em discurso no Parlamento, Rajoy disse que as perspectivas econômicas para 2013 são piores do que se previa e anunciou um aumento do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), que atinge as vendas, de 18% para 21% no tipo geral.
No caso do tipo de IVA reduzido, cobrado sobre alguns produtos, o aumento será de 8% para 10% – por outro lado, será mantido em 4% percetual cobrado do imposto para produtos de primeira necessidade, como alimentos básicos.
Além disso, o orçamento do governo sofrerá um corte de 3,5 bilhões de euros. Os funcionários públicos receberam ainda uma má notícia extra: o subsídio de Natal, equivalente ao 13º salário no Brasil, foi cancelado este ano – mas o governo promete compensar o pagamento em 2015, por meio dos fundos de pensão.
Ao todo, o governo espanhol espera economizar 65 bilhões de euros em dois anos e meio, o equivalente a 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB). “Sei que as medidas anunciadas não são agradáveis, mas são necessárias”, afirmou Rajoy, que ainda qualificou o panorama para a economia espanhola como “sombrio” em meio à crise do euro.
Perspectivas – Durante seu discurso na Câmara dos Deputados espanhola, Rajoy afirmou que “tudo aponta que a situação recessiva continuará, ainda mais perto de 0%” – o crescimento esperado do PIB espanhol é de apenas 0,2% este ano. O chefe do Executivo assegurou que as novas medidas são parte das obrigações assumidas pela Espanha com a União Europeia.
“Na situação atual da Espanha, crescer e criar empregos não é possível. Atravessamos a segunda recessão mais grave de nossa história, com um decréscimo da atividade econômica próximo a 2%”, assinalou o premiê.
Rajoy também anunciou que os novos desempregados verão reduzido o valor de seu auxílio a partir do sexto mês, embora será mantido o período máximo de 24 meses de duração da ajuda. A reforma prevê também a redução do número de empresas públicas e uma diminuição de 30% do número de vereadores.
(Com agência EFE)
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