Em um post recente descrevia uma luta entre dois meninos imitando aquilo que acontece, ou melhor não acontece na Globo. Veja Galinhos de Briga
Por Renato Rovai, em seu blog:
Ontem de madrugada ao abrir o twitter vi quase toda a minha Time Line comemorando a vitória de Anderson Silva, mas a TV Globo ainda anunciava a transmissão da luta para daqui a pouco.
Só depois de quase 1 hora Galvão Bueno iniciou a transmissão do replay sem que fosse registrado que a luta já havia se encerrado. Ao contrário, o narrador teve o desplante de mandar um “voltamos ao vivo”, como se tudo acontecesse em tempo real.
Acompanhar a trollagem pelo twitter passou a ser muito mais interessante do que assistir a luta. Internautas utilizaram o #GloboFail e o #aovivonaglobo para ironizar a picaretagem. Fatos históricos passaram a ser citados como se estivessem sendo transmitidos ao vivo na TV. Entre eles, a chegada do homem à lua e a queda do muro de Berlim.
A piada mais recorrente, porém, era de que o brasileiro Anderson Silva já estava em casa assistindo “ao vivo” a transmissão de sua vitória com a narração de Galvão Bueno.
O episódio seria apenas cômico se não fosse ilustrativo do nível em que chegou a TV brasileira. A Globo usa recorrentemente de mentiras para ludibriar seus telespectadores e o faz achando que ainda estamos nos anos 80, 90, quando a internet era coisa de cientistas.
Mas o mundo mudou bastante no que diz respeito ao acesso à informação.
Ao abrir o twitter hoje pela manhã vi que no TT Brasil o termo que liderava era o #ChupaSonnen, nome do americano falastrão derrotado por Anderson Silva. E o segundo era #GloboFail . Isso no momento em que acontecia a transmissão ao vivo da prova de F1, em Silverstone.
Ou seja, ao fim e ao cabo um evento bobo como o UFC acaba sendo importante para ajudar a desmascarar a forma como essa emissora lida com seus telespectadores.
Mas há algo que precisa ser dito. Se a Globo é picareta, Galvão Bueno consegue ser ainda pior. Soltar um “voltamos ao vivo” em transmissão de replay é ir além. Se ficasse quieto o narrador ainda poderia alegar que fez seu trabalho e que a emissora era a responsável pela tentativa de ilusionismo comunicativo. Mas que nada, ele quis ser sócio da farsa.
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