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Mecanismos para difusão do audiovisual brasileiro são discutidos no programa Expressão Nacional

11 de Julho de 2013, 16:31 , por Imprensa Comissão de Cultura - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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O Brasil possui 2,5 mil salas de cinema, mas o monopólio do cinema norte-americano, muitas vezes, impede que a produção local – ou mesmo os filmes de outros países que não possuem tanta verba para publicidade – chegue à população. Na última terça-feira (9), o programa Expressão Nacional, da TV Câmara, tratou desse tema e também discutiu as políticas para a difusão do audiovisual brasileiro.

 

De acordo com o deputado Stepan Nercessian (PPS/RJ), integrante da Comissão da Cultura da Câmara dos Deputados, o cinema brasileiro para conseguir disputar espaço nas salas de exibição precisa ser uma obra prima – o que não acontece, por exemplo, com as produções norte-americanas, que contam com produção maciça e investimentos extraordinários em publicidade e distribuição.

“É essencial a gente investir na indústria cinematográfica no país. Não podemos mais fazer o cinema de forma artesanal, pois a pressão sobre as produções nacionais são muito grandes. Aqui todo cineasta é obrigado a produzir uma obra de arte para ter espaço nos cinemas, diferentemente do que acontece nos Estados Unidos, onde a produção é enorme. Eu acredito na quantidade. Acho que com quantidade chegamos à qualidade e por isso precisamos investir”, destacou.

Para Paulo Schmidt, vice-presidente da Associação Brasileira de Produção de Obras Audiovisuais, outro ponto que coloca em desvantagem a produção nacional é a quantidade de recursos existentes para divulgação e distribuição dos filmes no país. “O investimento em massa em propaganda é desleal. A distribuição para a gente é muito difícil. Você chega num cinema e de 10 salas, mais da metade está passando os blockbusters. Não temos espaço mais para esse cinema arte”, afirmou.

A França tem brigado pela garantia de espaço para exibição de seus filmes no cinema e na televisão nas discussões do novo acordo de livrecomércio entre Estados Unidos e Europa. No Brasil, porém, o mercado audiovisual ainda não tem esse nível de atenção. As discussões ainda estão na modificação da Lei Rouanet – principal forma de viabilizar as produções nacionais na atualidade – e na construção de políticas para melhorar o investimento e a distribuição dos filmes nacionais, além da abertura de cinemas em todos os estados.

O deputado Artur Bruno (PT/CE), da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Audiovisual, e Leopoldo da Silva Filho, secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura também participaram do debate.

 

Confira a íntegra deste Expressão Nacional.


Tags deste artigo: expressão nacional tv câmara audiovisual

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