Estação digital Juarina é oportunidade de crescimento para comunidade no Tocantins

Estação digital Juarina, no Tocantins, foi inaugurada em 2008.

A estação digital Juarina localizada no Tocantins está atuando desde 2008 em sua comunidade. Quando foi inaugurada não tinha cursos profissionalizantes apenas o acesso gratuito à internet. Em 2010, com a parceria da Escola da Juventude do Tocantins, passou a dar curso básico em informática presencial e através de uma plataforma de Educação à Distância, aplicou cursos onde o aluno somente tinha acesso através de carteirinha e senha. Além dos cursos básicos e a distância, a estação digital aplica oficinas trimestrais de Projeto Comunitário que busca melhorar a sustentabilidade da comunidade.

Com mais de 200 alunos atendidos na estação digital é necessário ter uma boa conexão de internet, para que os mesmos não desanimem ou desistam dos cursos que vêm agregar valor a sua vida profissional.

Zilma Martins, de 32 anos, moradora de Juarina-TO, atua como educadora social na estação. Para ela é um prazer imenso ajudar sua comunidade levando conhecimento. Esses aprendizados mudaram até mesmo sua forma de pensar tornando-a mais autoconfiante.

Dentro da estação digital Zilma pôde implementar, junto com dois amigos, os cursos de Cidadania, Auxiliar Administrativo, Cerâmica, Direitos Humanos e Montagem e Manutenção de Computadores. Para Zilma a inclusão digital trouxe para os jovens a oportunidade profissional que estava faltando na região. ”A comunidade tem a chance de pesquisar, se atualizar, acessar as redes sociais e estudar para concursos”, finalizou Zilma.

Zilma diz que são notáveis as mudanças nos alunos que freqüentam a estação. Exemplo disso é o aluno Fábio Júnior, que no período de formação se destacou bastante. “Um rapaz simples, humilde, morava na zona rural e sempre foi dedicado nos estudos. Hoje Fábio é quem faz a manutenção dos computadores na estação digital”, contou orgulhosa Zilma.

Fábio Júnior, ex-aluno da estação, hoje faz manutenção nos computadores da estação digital.

“Além da oportunidade de ter uma profissão na área de manutenção de computadores aqui dentro da estação digital, também adquiri conhecimento, ganhei experiência e cresci profissionalmente, aqui na estação. Ser aluno da estação me abriu muitas portas”, declarou Fábio Júnior.

 

Por: Patrícia Mariana B. Silva

17/01/2013

Tecnologias sociais promovem transformação social nas comunidades

PAIS – Produção Agroecológica Integrada, uma tecnologia social certificada em 2001

Uma das novas estratégias da Fundação Banco do Brasil (FBB) para as estações digitais é estimular que esses espaços de inclusão digital repliquem as Tecnologias Sociais certificadas pela instituição. Mas o que são essas tecnologias? São produtos, técnicas ou metodologias (que sejam efetivas e reaplicáveis) desenvolvidas na interação com a comunidade e que representam efetivas soluções de transformação social.

É um conceito que remete para uma proposta inovadora de desenvolvimento, considerando participação coletiva no processo de organização, desenvolvimento e implementação. Está baseado na disseminação de soluções para problemas voltados a demandas de alimentação, educação, energia, habitação, renda, recursos hídricos, saúde, meio ambiente, dentre outras.

As Tecnologias Sociais podem aliar saber popular, organização social e conhecimento técnico-científico. São exemplos dessas tecnologias: o clássico soro caseiro (mistura de água, açúcar e sal que combate a desidratação e reduz a mortalidade infantil); as cisternas de placas pré-moldadas que atenuam os problemas de acesso a água de boa qualidade à população do semi-árido, a Produção Agroecológica Integrada e Sustentável – PAIS ( uma horta circular de meio hectare, disposta em um sistema que integra um galinheiro central, irrigação por meio de gotejamento e um quintal), entre outras.

“Para a Fundação Banco do Brasil as Tecnologias Sociais são reaplicáveis, ou seja, não são passíveis de serem reproduzidas exatamente no mesmo modo em comunidades diferentes. O conceito das Tecnologias Sociais requer a participação ativa das comunidades. A cada vez que são implementadas, são de forma ligeiramente diferente, adaptadas às condições materiais e culturais da comunidade. Essa reaplicação das Tecnologias Sociais é feita adicionando os saberes populares locais, que se incorporam a essas tecnologias”, explicou Diego Rêis, da gerência de Articulações, Parcerias e Tecnologias Sociais da FBB.

Tecnologia social das Cisternas de Placas Pré-Moldadas

Banco de Tecnologias Sociais

Com intuito de reunir e facilitar a disseminação das tecnologias sociais, a Fundação Banco do Brasil disponibiliza na internet um banco de Tecnologias Sociais com informações e fotos das tecnologias certificadas no âmbito do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Desde 2001, quando foi realizada a primeira edição do prêmio, já são cerca de 504 tecnologias registradas no site: http://www.fbb.org.br/tecnologiasocial.

O Banco de Tecnologias Sociais integra soluções que podem ser conhecidas e consultadas por tema, área de atuação, entidade executora, público-alvo, região, estado. O banco de dados contempla informações sobre problemas solucionados, municípios atendidos, recursos necessários para implementação, entre outros detalhamentos das tecnologias sociais certificadas.

Tecnologia social Axébusu leva uma biblioteca ambulante para crianças e adolescentes que moram nas ruas

Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social

Criado em 2001, é um instrumento de identificação, seleção, certificação, promoção e fomento de tecnologias que apresentem respostas efetivas para diferentes demandas sociais e possam integrar o Banco de Tecnologias Sociais. O Prêmio é realizado de dois em dois anos para permitir a alternância entre os períodos de captação e disseminação de soluções.

A participação no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social é aberta às instituições legalmente constituídas no País, de direito público ou privado, sem finalidades lucrativas.

As tecnologias inscritas passam por um processo de triagem, que inclui as fases de certificação, seleção das finalistas, julgamento das vencedoras e premiação, observados os critérios e parâmetros estabelecidos no Regulamento do Prêmio.

“Na edição 2011 foram 27 finalistas e todas elas recebem material promocional para divulgação de suas ações. As nove  Tecnologias Sociais premiadas também receberam R$ 80 mil. Esse valor que deve ser utilizado em atividades de aperfeiçoamento ou reaplicação da Tecnologia Social, desde que atendidos os normativos específicos da FBB”, completou Diego Rêis, da gerência de Articulações, Parcerias e Tecnologias Sociais da FBB.

Saiba mais sobre as 504 Tecnologias Sociais certificadas pela FBB no site: http://www.fbb.org.br/tecnologiasocial.

Por: Ana Carolina Silva

15/01/2013