Colaboração e Liberdade: estratégias de desenvolvimento tecnológico nacional
2 de Agosto de 2016, 21:00 - sem comentários aindaPor Sérgio Luís Bertoni *
Um desafio está colocado para nós, brasileiros, neste início da era do capitalismo informacional: aceitar a condição de consumidores de tecnologias e informação alheia ou nos transformarmos em produtores autônomos e soberanos das mesmas.
No capitalismo informacional, a produção material está assumindo um papel secundário nos processos produtivos, sendo apenas uma consequência da aplicação de tecnologias e conhecimentos.
A chamada produção imaterial ou de bens intangíveis (tecnologia e conhecimento) vai asumindo um papel predominante e quem dominá-los, dominará todo o processo econômico e social. Prova disso é o valor de mercado e o poder de compra de uma empresa de tecnologia como o Google, muitas vezes superior ao valor de mercado da maior montadora de automovéis, que é um exemplo clássico da era industrial. Além disso a saúde financeira das empresas de tecnologia e informação fariam o combalido sistema financeiro internacional passar vergonha, se a tivesse...
Se no obscurantismo da idade média, as catedrais estavam no centro de toda a organização social, política e econômica, assim como na era industrial estavam as industrias e no capitalismo financeiro os bancos, no capitalismo informacional tudo vai se organizando em torno dos produtores de conhecimento, tecnologia e informação.
Portanto, se nos contentarmos com a condição de meros consumidores de tecnologia e conhecimento, nos contentaremos com a indigna posição de dominados e agravaremos ainda mais as mazelas nacionais. À exclusão social e econômica, estaremos adicionando a exclusão digital e do conhecimento.
Para superar esta condição, antes mesmo que ela esteja consolidada, precisamos romper com o complexo de viralatas que ainda reina em nossas mentes e corações.
Precisamos ser ousados e passar à condição de produtores de tecnologias e provedores de serviços tecnológicos e informacionais.
Precisamos criar infraestruturas tecnológicas nacionais públicas e abertas que garantam o acesso de todas as camadas da população aos novos serviços proporcionados pelo desenvolvimento tecnológico e informacional.
Precisamos, inclusive, ter servidores e repositórios públicos nacionais para armazenamento seguro de toda a informação, conhecimento e tecnologia produzidos no país. Aliás, a segurança de nossos dados pessoais e coletivos, das tecnologias que produzimos, assim como a sua integridade, são questões tanto de segurança nacional, como de preservação cultural, de nossas crenças e sabedorais autóctonas.
Note-se que falamos de infraestrutura pública e não estatal, porque entendemos que esta mudança de condição, este deixar de ser consumidor de tecnologia e conhecimento para tornar-se produtor dos mesmos, só é efetivamente possível e inclusivo se houver ampla colaboração entre comunidades, governos, sociedade civil, sindicatos, movimentos sociais, empresas públicas e privadas. Esta colaboração só pode existir em um ambiente livre e colaborativo, onde todos os que participam do mesmo, preservadas suas especialidades e capacidades, igualmente são tratados como sujeitos do processo de desenvolvimento.
A condição de igualdade e protagonismo dos agentes a qual nos referimos no parágrafo anterior não existe no mundo da propriedade intelectual privada, no mundo do copyright como ele é atualmente concebido. No mundo da propriedade intelectual privada, quem a detém, quem detém uma patente, está num patamar superior aos demais e, conforme legislação em vigor, possui determinados direitos reservados que lhe permite, inclusive, indisponibilizar o uso da mesma.
Para sobreviver nesta nova selva do capitalismo informacional precisamos de um projeto de desenvolvimento tecnológico nacional que junte iniciativas e evite a concorrência danosa entre irmãos, ou seja, aquela concorrência que leva a dispersão de energias e de trabalho. Não se propõe aqui reinventar rodas, mas sim juntar as partes que hoje se desenvolvem em separado e criar sinergias que possibilitem o desenvolvimento conjunto delas. E isso, mais uma vez, só é possível em um ambiente de colaboração.
Um exemplo bem prático do que estamos falando é o Blogoosfero, a plataforma livre e colaborativa desenvolvida em parceria pela Blogosfera Progressista e o Movimento do Software Livre.
De um lado, @s chamad@s Blogueir@s "Suj@s" realizavam seu trabalho de produção de informação e em defesa da Liberdade de Expressão usando as ferramentas disponíveis. Porém, começaram a sofrer ataques cibernéticos e, o mais grave, a sofrer censura. Posts e blogs foram retirados do ar, muitas vezes de forma arbitrária e completamente sem sentido. Sentiram, então, a necessidade de ter uma blogosfera "blindada" que pudesse protegê-l@s contra estes tipos de ataques.
De outro lado, o Movimento do Software Livre, mais especificamente a Colivre - Cooperativa de Tecnologias Livres da Bahia, desenvolvia o Noosfero, uma ferramenta livre e segura para administração de blogs e redes sociais, testada em ambientes de produção críticos tais como campanhas eleitorais e fóruns de software livre.
Se @s blogueir@s tentassem desenvolver algo do zero, reinventando a roda, levariam anos para conseguir produzir uma ferramenta própria que já poderia estar ultrapassada quando de seu lançamento. Porém, ao estabelecer a colaboração com o Movimento do Software Livre, trocar informações e experiências, foi possível criar o Blogoosfero em apenas 4 meses de trabalho de desenvolvimento e disponibilizá-lo ao público em maio de 2012. no 3º Encontro Nacional de Blogueir@s, realizado em Salvador, BA.
Esta colaboração entre Blogosfera Progressista e Movimento do Software Livre tem ajudado às duas comunidades a entender as demandas e ensejos alheios e a apoiar-se mutuamente nas demandas de cada movimento, assim como criar sinergias no desenvolvimento de novas funcionalidades da plataforma. Ou seja, antes mer@s usuári@s de tecnologias para blogs, @s blogueir@s podem hoje também participar do desenvolvimento de uma tecnologia nacional!!!
Muitos são os entes da República Federativa do Brasil (públicos e privados) que planejam desenvolver algo parecido com o já feito pelo Blogoosfero. Mas infelizmente o fazem de forma isolada, sem colaboração. Além de atrasar os processos de desenvolvimento, isso gera um gasto desnecessário de trabalho e inteligência. Somos um país pobre que não pode se dar ao luxo de desperdiçar os parcos recursos que tem.
Se tais iniciativas passarem a colaborar e trabalhar em conjunto juntando as boas práticas e experiências já estabelecidas, podemos dar um salto tecnológico incrível em pouquíssimo tempo.
A resposta para o desafio colocado no início deste artigo está no desenvolvimento de tecnologias nacionais livres e colaborativas, juntando as boas práticas, iniciativas e experiências já existentes e criando sinergias que potencializem os resultados do trabalho e da inteligência nacional. Ou, em uma palavra, Colaboração!
* Sérgio Luís Bertoni é Mestre em Filosofia pela Universidade Estatal de Moscou M.V. Lomonossov, Coordenador de TIE-Brasil, Blogueiro "Sujo" e Progressista, Ativista Digital e Presidente da Fundação Blogoosfero.
Um homem a frente do seu tempo já entendia o perigo da privatização do conhecimento
31 de Julho de 2016, 21:41CONSUMIDORES CONSUMÍVEIS, NÃO! SOMOS CIDADÃOS!
14 de Julho de 2016, 5:27O modo de vida capitalista gira basicamente em torno do consumo.
Ou seja, você é mais valorizado quanto mais poder de compra tem.
O desastre acontece quando se chega ao ponto de tratar seres humanos como objeto de consumo.
O conceito de mão-de-obra é praticado como se as pessoas fossem coisas a serem consumidas no processo de produção ou de prestação de serviços.
Enquanto não se tratar indivíduos como cidadãos em igualdade de condições, estaremos exercendo a barbárie de forma requintada.
Conheço casos de trabalhadores rurais, por exemplo, que se submeteram por longo tempo a serviço pesado.
Sem registro em carteira e sem que seus patrões temporários recolhessem as contribuições previdenciárias.
Prejudicaram sua saúde até a incapacitação física.
Quando precisaram do apoio do Estado, tiveram que correr atrás dos direitos sem perspectiva de alcançá-los.
E ficaram em condições ainda piores.
Já não servem mais para o trabalho.
Foram descartados pelo "mercado".
TRABALHO DE BASE É LIBERTAÇÃO DO POVO
13 de Julho de 2016, 12:52O cidadão que se habilita a fazer trabalho de base está efetivamente ajudando a libertar o povo dos maus políticos.
Meu camarada Sabchuk e eu temos conversado com são-mateuenses das mais variadas classes sociais.
A esmagadora maioria fala da necessidade de renovação na Prefeitura e na Câmara.
Ou seja, todos sabemos onde é necessário chegar porém, para que a transformação se concretize, precisamos conhecer a maneira correta de trabalhar.
É através da chamada consciência de classe que construímos o melhor método.
E essa consciência só se consegue pelo trabalho de base.
Começa-se com pequenas conversas de troca de ideias.
Depois da aproximação, já se pode combinar novas conversas com objetivo de discutir problemas da comunidade e as possíveis soluções.
É na discussão que se amadurecem as relações entre as pessoas.
É no debate que as pessoas amadurecem, se conscientizam e constroem uma vida melhor para todos.
Amigos que fizemos ontem (12/7) na Vila Bom Jesus: Joel e Pedro.
EDUCAR É PRECISO. MAS COMO?
11 de Julho de 2016, 0:00O Brasil Novo vai acabar com a farra do petróleo é nosso.
Sabe aquela história de que uma montanha de dinheiro da exploração da camada de pré-sal seria destinado para a educação e para a saúde públicas?
Bem, esqueça.
A grana vai mesmo alimentar os cofres das petroleiras internacionais - e os bolsos de políticos e parlamentares brasileiros, é claro, porque ninguém é de ferro.
Mas vamos supor que nossos congressistas sejam acometidos por algum tipo de vírus que lhes devolva a vergonha na cara e eles mantenham a lei do petróleo do jeito que está.
Isso seria suficiente para, daqui a não sei quantas gerações, com massivos investimentos em educação, transformar a sociedade brasileira, formada majoritariamente por pessoas que creem que o mundo foi formado a partir do estalar de dedos de uma divindade, que acreditam com fervor absoluto no que dizem os apresentadores do Jornal Nacional, que balançam a cabeça em sinal de aprovação a cada "bandido bom é bandido morto" que ouvem dos Datenas da vida, em um ambiente no qual predomine o senso crítico, a lógica, o conhecimento histórico, a sensatez, enfim?
Não creio.
O processo educativo é complexo.
Começa em casa, passa pela escola, continua no dia a dia, na massa informativa que a gente recebe quando liga a televisão, acessa a internet, lê os jornais, vai à igreja - vive a vida.
Uma coisa depende da outra, o mecanismo que move a sociedade é interdependente.
De toda maneira, algo precisa ser feito com a máxima urgência, para que o Brasil, país que tem uma das populações mais ignorantes do planeta, seja, ao menos, habitável. (Carlos Motta)
POR QUE USAR SOFTWARE LIVRE?
8 de Julho de 2016, 18:19More precisely, free software means users of a program have the four essential freedoms:
- The freedom to run the program as you wish, for any purpose (freedom 0).
- The freedom to study how the program works, and adapt it to your needs (freedom 1). Access to the source code is a precondition for this.
- The freedom to redistribute copies so you can help your neighbor (freedom 2).
- The freedom to improve the program, and release your improvements to the public, so that the whole community benefits (freedom 3). Access to the source code is a precondition for this. From https://www.gnu.org/
ENTREVISTA DA GAZETA INFORMATIVA PUBLICADA NA EDIÇÃO DE 2 DE JUNHO
6 de Junho de 2016, 21:50Partido Comunista do Brasil lança pré-candidato a prefeito em São Mateus do Sul
Em São Mateus do Sul, até o momento, nove políticos declararam-se pré-candidatos à prefeito em outubro deste ano, sendo eles: advogado e diretor da rádio Cultura Sul FM, Emerson Bacil, pelo PTB; o atual vice-prefeito Clóvis Distéfano (PSC); o ex-prefeito Francisco Luiz Ulbrich, o Tiquinho (PMDB); o ex-prefeito Luiz Adyr Gonçalves Pereira (PSDB); o vereador Luiz Cesar Pabis (PT); o ex-secretário de Planejamento Hemerson Baptista (PCdoB); os vereadores Miguel Paulo Ferreira (PRB) e Omar Picheth (PDT); e a educadora Telma Staniszewski (PP). Todos os candidatos terão o mesmo espaço no jornal, onde poderão informar suas ideias. Em reportagem especial, a pré-candidata Telma foi a primeira ser apresentada. Nesta edição você confere a reportagem com Hemerson Baptista.
O cenário só deve se afunilar com a realização das convenções partidárias, entre 20 de julho e 5 de agosto, a partir das quais efetivam-se a escolha dos candidatos e as decisões sobre coligações. Boa parte dos pré-candidatos, no entanto, já vêm divulgando suas ideias, principalmente pelas redes sociais. O partido político mais antigo do Brasil, o PCdoB fundado em 1922, se formou em São Mateus do Sul somente no final de 2013. Mas já neste ano se apresenta com pré-candidato a prefeito. Trata-se de Hemerson Baptista da Silva Cardoso, empregado da Petrobras que mora na cidade há 10 anos. Nasceu em Caxias do Sul e, ainda criança, a família mudou-se para Porto Alegre, capital gaúcha, onde viveu até seus 24 anos. Morando em Joinville, prestou concurso público para a Petrobras em 2004 e conseguiu a primeira colocação entre mais de 400 concorrentes para o cargo de técnico de contabilidade. Em pouco mais de um ano na companhia, foi convidado a assumir a função de supervisor na SIX a partir de janeiro de 2006, quando se mudou para São Mateus do Sul. Casado, com dois filhos, completa 44 anos de idade no próximo dia 21 de setembro, mesmo dia do aniversário do município. Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), se especializou em Gestão Pública e Responsabilidade Fiscal. Passou a se envolver diretamente na política como ativista digital, quando manteve o blog Vivasamas no qual escrevia artigos de opinião. Nas eleições passadas, foi candidato a vereador pelo Partido dos Trabalhadores. Participou no primeiro ano do atual governo municipal a frente da Secretaria de Planejamento. Em 2013 ajudou a fundar o Partido Comunista do Brasil em São Mateus do Sul, sendo o atual presidente do diretório municipal. A Gazeta Informativa entrevistou Hemerson Baptista sobre sua pré-candidatura a prefeito. Confira:
Gazeta Informativa (GI) – Por que você é pré-candidato a prefeito?
Hemerson Baptista (HB): Me disponho a esse desafio porque acredito que fora da política não há possibilidade de melhorar nossa vida em sociedade. Por gostar muito de política, mas principalmente por acreditar que ainda podemos construir um mundo melhor para todos, que me sinto motivado para ajudar nessa construção. Com minha pré-candidatura, espero incentivar muito mais cidadãos a participarem da política com ética e senso humanitário.
GI – Por que você saiu do governo Ledur?
HB: Foi uma decisão difícil, pois havia me disposto a estruturar uma área fundamental para o sucesso de qualquer administração pública: o planejamento. Encontrei um setor zerado em estrutura. Ajudei a dar um pouco de organicidade à secretaria, mas ao tentar colocar o planejamento como área estratégica da Prefeitura, creio que alguns interesses político-partidários foram ameaçados. Passei a identificar armadilhas que o próprio sistema me colocava. Quando me vi tendo que restringir as ações da secretaria apenas a execução de tarefas corriqueiras, como inclusão de dados e emissão de relatórios contábeis, então decidi voltar ao meu trabalho na Petrobras. Mas apesar de pouco tempo, consegui emplacar coisas importantes para o município, como por exemplo, a elaboração e aprovação da Lei nº 2.226/2013 que instituiu método de planejamento participativo em São Mateus do Sul.
GI – Por que você mudou de partido e por que o PCdoB?
HB: Com a experiência vivenciada na Prefeitura e no relacionamento com a Câmara, percebi que a maioria dos políticos não trabalha em cima de embates ideológicos. Olham exclusivamente o lado prático porque é mais fácil se eleger quando se trabalha apenas com o senso comum dos cidadãos. Assim ficamos reféns de um sistema de troca de favores. E isso eu creio que seja muito ruim, porque os reais objetivos das ações políticas ficam obscuros. Para ajudar na difusão dessa ideia, de que precisamos fortalecer o embate ideológico democrático, foi que decidi mudar para o PCdoB. Eu quis abrir um outro campo de esquerda em São Mateus. E o PCdoB é um partido que possui sólida formação política, e sempre esteve do lado certo da História, a favor da soberania do país, a favor da justiça social e da liberdade democrática.
GI – Quais são seus objetivos na política?
HB: Acredito que todos nós somos seres políticos a partir do momento que sentimos a necessidade de se organizar minimamente para poder viver bem em sociedade. Portanto, meu objetivo na política é ser um bom exemplo de como cada cidadão pode agir em benefício da coletividade. Quanto mais gente consciente do seu papel político, melhor será nosso convívio humano, mais harmonia e respeito teremos em nosso dia-a-dia. Como a minha formação profissional é na área administrativa, creio que sou capaz de colaborar bastante na minha comunidade através da política, liderando o executivo municipal.
GI – Na sua visão, quais são os principais problemas de São Mateus do Sul? O que deve ser feito para solucioná-los?
HB: Poderia listar aqui alguns problemas que são comuns à grande parte dos municípios brasileiros, mas prefiro dizer que todos eles decorrem basicamente da falta de uma visão estratégica das lideranças políticas. Digo isso porque é notória a ausência em São Mateus de um planejamento de longuíssimo prazo. Acho importante pensarmos o município daqui 30, 40 anos. Só assim podemos começar a solucionar os problemas estruturais, que são os verdadeiros entraves para o desenvolvimento tanto do ponto de vista econômico, quanto principalmente no aspecto social.
GI – Qual sua visão sobre a situação atual do Brasil? E do Paraná?
HB: Infelizmente estamos passando por uma instabilidade política sem precedentes, que pode resultar em um enorme retrocesso nos direitos conquistados pelas pessoas mais pobres. É um verdadeiro tiro no pé retirar esses direitos, porque se os pobres melhoram sua condição financeira, a economia como um todo melhora também. Mas há também a necessidade de valorizar a cultura, a educação das classes menos favorecidas. Esse golpe de estado está servindo para redirecionar as riquezas do Brasil para os grandes detentores de capital, megaempresas estrangeiras. O Paraná também se ressente de uma crise que acredito ser provocada pelo próprio governo do Estado, que a meu ver tenta esconder da opinião pública seríssimos problemas éticos e de competência administrativa.
GI – Qual seria sua primeira ação a frente da Prefeitura?
HB: Conclamar os servidores públicos a se unirem no trabalho de reestruturação administrativa da Prefeitura. Conquistar a confiança e o comprometimento do pessoal no sentido de transformar a realidade do serviço público. Desde a pré-campanha já estaremos apresentando nossas ideias. Caso a candidatura se confirme e venhamos a ser escolhidos, a maioria dos servidores, se não a totalidade, já terá conhecimento das tarefas de reorganização construídas com transparência. O objetivo desse trabalho é um só: transformar a Prefeitura num local onde todos os trabalhadores sentem orgulho de estarem servindo a população, pois terão reconhecimento profissional, oportunidades de crescimento e remuneração justa. Enfim, um ambiente harmonioso em que as pessoas se sintam felizes com seu trabalho e ao mesmo tempo saibam da sua grande responsabilidade por ajudar São Mateus a ser cada vez melhor para se viver.
GI – Fique à vontade para suas considerações finais.
HB: Agradeço a Gazeta Informativa pela oportunidade de poder amplificar nossas ideias. O papel da imprensa é importantíssimo para a cidadania. Acredito firmemente que São Mateus do Sul terá uma eleição diferente nesse ano, para melhor. Os cidadãos estão mais conscientes, mais questionadores, e por isso os candidatos serão mais exigidos. Dessa forma, podemos qualificar a política. Evitar esse processo extremamente ruim para a sociedade, que é a criminalização da política. Todos nós, candidatos ou não, somos convidados a dar nossa contribuição naquilo que eu chamo de renovação da cidadania. Este será o mote da nossa campanha. Renovar a cidadania significa repensar nosso papel na comunidade, de atores sociais, de agentes de valorização humana. Todos queremos um lugar melhor para viver. Somos plenamente capazes de construir esse lugar aqui mesmo, agora mesmo.
Pré-sal viável e recordista é o verdadeiro motivo do Golpe de Estado Jurídico-Parlamentar
6 de Junho de 2016, 10:52Produção no pré-sal ultrapassa 1 milhão de barris/dia e é novo recorde
Da Agência Brasil
A produção de petróleo nos campos operados pela Petrobras nas áreas do pré-sal, nas Bacias de Santos e Campos, atingiu novo recorde no último dia 8 de maio, superando 1 milhão de barris por dia de óleo equivalente (petróleo e gás natural) a um novo recorde. A empresa não informou o recorde anterior, nem a data em que foi registrado.
A informação foi dada em nota divulgada na sexta-feira (3) pela Petrobras, adiantando que mais de 70% deste total dizem respeito à parcela da empresa nas aéreas envolvidas. Com a nova marca, obtida nos campos localizados nas duas bacias, o petróleo do pré-sal brasileiro já responde por cerca de 40% da produção de petróleo no país, hoje estimada em 2,9 milhões de barris por dia.
O resultado foi alcançado menos de dez anos após a descoberta destas jazidas em 2006, e menos de dois anos depois de atingida a produção de 500 mil barris por dia, em julho de 2014. Na avaliação da Petrobras, “isso comprova não só a viabilidade técnica e econômica do pré-sal, como também a sua alta produtividade. Em termos comparativos, o primeiro milhão de barris diários de petróleo produzido pela Petrobras só foi alcançado em 1998, decorridos 45 anos de criação” da estatal.
A empresa ressalta que o recorde foi obtido com a contribuição de apenas 52 poços produtores, o que comprova “o excelente retorno dos investimentos no pré-sal: é importante ressaltar que o primeiro milhão de barris produzido por dia pela companhia, em 1998, foi obtido com a contribuição de mais de 8 mil poços produtores”.
“Os projetos de produção do pré-sal são, hoje, a principal aposta e foco de investimentos da empresa por sua importância estratégica e alta rentabilidade”, afirma a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes. Para ela, “eles são a garantia, junto aos demais projetos do nosso portfólio, de maior previsibilidade para as nossas metas e curva de produção”.
Alta produtividade
A Petrobras ressalta, ainda, que o volume expressivo produzido por poço no pré-sal da Bacia de Santos, em torno de 25 mil barris de petróleo por dia, está muito acima da média da indústria e que, dos dez poços com maior produção no Brasil, nove estão situados nessa área. “O mais produtivo está localizado no campo de Lula, com uma vazão média diária de 36 mil barris de petróleo”.
Capacidade instalada
Hoje, já operam no pré-sal da Bacia de Santos sete sistemas de produção de grande porte, interligados a plataformas flutuantes que produzem, estocam e exportam petróleo e gás. São os FPSOs (unidades de produção semi-submersíveis que exploram, estocam e escoam petróleo e gás natural) Cidade de Angra dos Reis, em operação desde 2010, no campo de Lula; Cidade de São Paulo (desde 2013 operando no campo de Sapinhoá); Cidade de Paraty (desde 2013 no campo de Lula); Cidade de Mangaratiba (desde 2014 também no campo de Lula, área de Iracema Sul); Cidade de Ilhabela (desde 2014 no campo de Sapinhoá, área Norte); Cidade de Itaguaí (2015, no campo de Lula, área de Iracema Norte); e Cidade de Maricá, desde 2016 no campo de Lula, área de Lula Alto.
Há ainda outros oito sistemas de produção operando tanto no pré-sal, quanto no pós-sal da Bacia de Campos. Seis dessas unidades já estavam produzindo no pós-sal, mas, como apresentaram capacidade disponível de processamento, viabilizaram a rápida interligação de novos poços perfurados nas camadas mais profundas do pré-sal.
Duas outras unidades foram implantadas para operar prioritariamente no pré-sal - os FPSOs Cidade de Anchieta (2012) e a plataforma P-58 (2014), ambas para a produção nos campos de Jubarte, Baleia Azul e Baleia Franca.
Custos competitivos
Na avaliação da Petrobras, o pré-sal brasileiro é reconhecido como um dos mais competitivos entre as novas fontes de petróleo atualmente em desenvolvimento no mundo, em função da alta produtividade dos poços, do baixo custo de extração e da aplicação de tecnologias de produção inovadoras desenvolvidas tanto pelo estatal como por seus parceiros.
“A combinação de novas tecnologias com a aceleração da curva de aprendizado técnico, com foco em custos e produtividade, torna os projetos do pré-sal altamente rentáveis para a companhia”. Assim, o custo médio de extração, em decorrência desses fatores, também vem sendo reduzido gradativamente ao longo dos últimos anos.
Passou de US$ 9,1 por barril de óleo equivalente (óleo + gás) em 2014 para US$ 8,3 em 2015, e atingiu um valor inferior a US$ 8 por barril no primeiro trimestre deste ano. “Um resultado bastante significativo se comparado com a média da indústria, que oscila em torno dos US$ 15 por barril de óleo equivalente”.
Expansão do sistema
A Petrobras informou que, ainda no início do terceiro trimestre deste ano, entrará em operação, também na Bacia de Santos, um novo sistema de produção, interligado ao FPSO Cidade de Saquarema, a ser instalado no campo de Lula, área de Lula Central. Essa plataforma terá capacidade para processar até 150 mil barris de petróleo por dia e comprimir 6 milhões de metros cúbicos de gás natural.
Outro grande sistema, conectado ao FPSO Cidade de Caraguatatuba, será instalado no campo de Lapa, ainda no terceiro trimestre deste ano, com capacidade para produzir até 100 mil barris/dia de petróleo e comprimir até 5 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Até 2020, estão previstos 12 novos sistemas de produção no pré-sal da Bacia de Santos, finalizou a Petrobras.
Em outras palavras, o Pré-Sal é o melhor negócio em petróleo no planeta atualmente. Reservas fartas, custo de produção baixo e óleo de qualidade. Por isso, eles deram o Golpe de Estado Jurídico-Paralmentar. Por isso Serra foi nomeado ministro de relações exteriores do governo golpista, pois como é de conhecimento público eles prometeram entregar o Pré-Sal para os Estados Unidos.
Leia também:
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WikiLeaks revela ingerência norteamericana em assuntos internos do Brasil
P.S.: Trechos em azul e vermelho são destaques desta redação
UMA VISÃO ESTRATÉGICA PARA SÃO MATEUS DO SUL
6 de Maio de 2016, 21:40Minha pré-candidatura a prefeito é apenas um dos meios pelo qual será apresentado um projeto estratégico para São Mateus do Sul.
Participo de um grupo de cidadãos interessados em atuar pelo bem coletivo.
Estas pessoas são os primeiros líderes desse movimento. Surgirão muitos outros durante a caminhada.
Vejo um líder como alguém que inicia uma tarefa, ou que possui algum ideal, e diante disso passa a motivar os outros para que caminhem junto com ele, e não atrás dele.
As lideranças do projeto vão coordenar e facilitar ações coletivas em benefício de toda a população.
Portanto, se trata também de um projeto de cidadania, pois requer a participação intensa dos moradores.
Na verdade, eles serão os atores principais no processo.
Uma missão, uma visão e um mapa
Não basta querer mudar.
É necessário saber o que se quer, onde se quer chegar, o que se quer ser, enfim, construir nossa visão de futuro.
E para isso, é fundamental se imbuir de uma missão.
A missão representa o motivo da existência de uma organização.
Ou, como nesse caso, é a razão de ser do grupo de cidadãos que está à frente do projeto.
Cabe ressaltar que esse grupo não é fechado. Ao contrário, é um grupo dinâmico e elástico em constante desenvolvimento.
É importante que as pessoas tenham clareza da missão e da visão do projeto, pois assim a definição dos caminhos a seguir se torna mais simples.
Quando começa a execução desse plano?
O horizonte de tempo para esse início de trabalho é o próximo quadriênio que coincide com o novo mandato para os poderes executivo e legislativo.
Porém, várias ações já estão sendo executadas pela equipe. São tarefas estruturantes que dão impacto direto no projeto. E muitas outras serão iniciadas ainda neste ano.
Participe conosco PELA RENOVAÇÃO DA CIDADANIA EM SÃO MATEUS DO SUL!
Valeu! Um forte abraço e até mais!
MOVIMENTO PELA RENOVAÇÃO DA CIDADANIA EM SÃO MATEUS DO SUL
5 de Maio de 2016, 21:35Eleição municipal: o que nos espera?
Os preparativos da campanha eleitoral novamente atiçam os ânimos dos possíveis candidatos e militantes.
Desta vez, a se considerar o clima político conflituoso em que vivemos atualmente no país, a reação dos eleitores frente às costumeiras abordagens para conquista do voto poderá ser bastante desagradável ao candidato pedinte.
Em âmbito nacional, retrocessos à vista
As graves atribulações por que passamos neste momento histórico envolvem a criação de uma nova correlação de forças políticas notoriamente prejudicial às classes mais pobres.
A História nos coloca o dever da luta pela liberdade democrática e pela preservação de direitos conquistados a duras penas pelos trabalhadores.
Essa batalha cívica não pode se restringir em Brasília, centro geográfico do poder da República. Ela deve ser travada aqui mesmo em nosso município.
Necessidade urgente: formação da consciência de classe
A cidadania plena surge através da consciência de classe.
Impossível supor que os moradores de determinado lugar se mobilizem em prol de benefícios coletivos sem antes se reconhecerem como grupos sociais definidos por afinidades culturais e de poder econômico.
O poder político originado dessa conscientização coletiva confere à comunidade a possibilidade de dirigir ela própria o seu destino.
Os detentores do poder formal e burocrático dos cargos eletivos, sob esse ponto de vista, devem trabalhar os mecanismos da administração pública para atingir os objetivos que a comunidade definiu democraticamente.
A renovação da cidadania é agora!
Somos chamados a agir nas comunidades para motivar o surgimento de novas lideranças políticas.
Há muita gente que pensa no bem coletivo, mas ainda não encontrou oportunidade de se organizar afirmativamente.
É hora de criarmos espaços democráticos e participativos e através deles fomentar o debate.
Assim aprendemos a pensar estrategicamente o município.
E assim construímos uma sociedade mais justa e fraterna.
Participe conosco PELA RENOVAÇÃO DA CIDADANIA EM SÃO MATEUS DO SUL!
Valeu! Um forte abraço e até mais!