Ir para o conteúdo
ou

Thin logo

partido pirata

 Voltar a Blog
Tela cheia Sugerir um artigo

Uma avaliação da participação do Partido Pirata na Campus Party

4 de Fevereiro de 2013, 22:00 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
Visualizado 36 vezes
  1. Piratas do PR na CPBR: Esse relato é crítico e autocrítico, irá focar mais nas pendências e no que deu errado do que no que deu certo, se é possível avaliar assim. Fui o único integrante da coordenação do Partido Pirata do Estado do Paraná, mas especificamente da cidade de Curitiba, a ir na Campus Party. A decisão foi de súbito e infelizmente os outros integrantes não puderam comparecer ao evento por questões profissionais. Outro pirata que foi no evento foi o Thomaz, que já tinha agendado a sua ida antes da possibilidade dos convites. Acredito que deveríamos ter feito uma reunião prévia, pois poderíamos amarrar ações e atividades no evento que, apesar dos pesares, é muito bom para marcar contatos e fazer um network. No mais, achei razoável a participação do Partido Pirata na Campus Party pelos motivos a seguir.
  2. Relação do Partido Pirata com a CPBR: Não sei qual o tipo de relação que o Partido Pirata possa ter com a organização da Campus Party, mas acho ela muito superficial e o discurso de que a agremiação foi fundada no evento e que os primeiros encontros foram feitos nesse espaço algo de cunho clientelista. Quem insiste nessa afirmação ou exalta isso, ao meu ver, não tem a menor noção do que é um movimento político ou as responsabilidades de criar um partido político – o que é muito diferente de uma associação cultural ou um centro acadêmico. Acho necessário que os Piratas tenham bem claro qual o tipo de intervenção feita nesse evento. Na primeira edição do Podcast Campus Piratas, o Wladimir deixou bem claro que o evento é contraditório e que ele é um espaço de disputa e intervenção. No mais, as declarações e aparições na mídia apenas reforçam que o Partido Pirata é uma mera expressão da Campus Party, sem vida própria fora do evento. O que não é verdade. Para essa edição, acredito eu, não aconteceu uma preparação adequada e achei péssimo o papel de mediador que o Leandro Chemalle (não o culpo, mas eu particularmente nunca iria me dispor a fazer essa função sozinha e com todos os empenhos e problemas decorrentes) desempenhou no que se refere os convites e a “programação pirata” no evento. Acredito que uma participação no evento e uma disputa ou demarcação de posição deva ser melhor estruturada e pensada com mais tempo. Penso que poderia ter tido uma conversa do GT Nacional, enquanto coletivo, com a organização do evento. Tenho certeza que poderíamos ter conseguido um espaço melhor, eu mesmo consegui uma atividade em um dos palcos principais. O evento já passou e agora o que cabe é uma avaliação crítica dessa participação e do vínculo que o Partido Pirata possa ter com esse e outro evento, além da relação com outros movimentos, como por exemplo o FEMEN – existiu alguma discussão a respeito dessa aproximação? Se sim, onde tem a deliberação? Tirando isso, é importante que exista um local para deliberação e encaminhamento dentro do Partido Pirata em âmbito nacional, não vejo e nunca vi isso. Não sei quais as deliberações dos Piratas quais os encaminhamento a serem feitos. O que se tem são as reuniões no Hangout, que na maioria das vezes são enfadonhas e tediosas. Ao que parece, cada um faz o que quer e marca compromisso aleatoriamente sem consultar ninguém. Ao menos, o GT Nacional foi coerente ao vetar Convenção dos Piratas de SP (estado e capital) durante a Campus Party. No mais, espero que o GT Nacional não decepcione no que se refere a uma participação do Partido Pirata em uma próxima Campus Party, ainda mais com a de Recife que irá ocorrer daqui uns meses. É preciso uma discussão ampla sobre isso.
  3. O coletivo de Sampa: São Paulo e Rio de Janeiro são as localidades que dão a cara nacional para qualquer movimento ou agremiação política. Isso é inevitável e nessas duas regiões, ao que parece, os coletivos estão desarticulados. O Coletivo da cidade de São Paulo ainda não fez a sua convenção e se formalizou, não vi organicidade e boa parte das pessoas que estavam na CPBR ainda estavam conhecendo o Partido Pirata. Não vi um papel de anfitrião por parte desse coletivo com os Piratas que vieram de outra região. Aliás, boa parte das pessoas que deram o nome na lista sumiram. Tinha mais gente na nossa bancada de outras localidades ou sem vínculo com os Piratas do que o Coletivo de Sampa. Até queria dar nome aos bois, mas nem m lembro ou nem sei de quem faz realmente parte dos Piratas. No sábado não veio quase ninguém do coletivo de SP e teve muita gente que ficou curtindo o evento enquanto algumas pessoas cuidavam da banca dos piratas. Nem vou entrar no mérito do discurso sobre o Partido, porque isso ainda nem existe. O que é lamentável. Ainda em relação a imagem nacional do movimento (se é que isso existe) ou quem irá dar declarações sobre os Piratas, acho necessário se pensar isso nacionalmente para evitar esse centralismo em SP e Rio, onde os coletivos não tem atividades e nem funcionam de fato.
  4. A fragmentação da CPBR e a sua compra pela Telefônica: Esse ano a parte de desenvolvimento e software livre estava vazia. Boa parte da comunidade boicotou o evento e com razão. Além do preço exorbitante, o perfil do evento tem mudado e para pior, dando mais espaço para as webcelebridades e ao discurso reacionário de “inovação” e “empreendedorismo”. No mais, as intervenções feitas, em especial nas discussões sobre o Marco Civil foram muito importantes. Além disso muitas pessoas fizeram uma parada na banca dos piratas para conversar e trocar contatos. Por exemplo: João Caribé, Rubens Menezes, Rainey Reitman, Tatiane Dias, Celio Turino, entre outros e outros. Além de pessoas que apareciam de madrugada para conversar sobre o Partido e o movimento. Rolaram várias cobranças, e isso é muito bom, de gente pedindo atuação dos Piratas e uma campanha para a sua legalização via crowdfunding, que vai ser tocada nos próximos dias. E isso rolou graças aos contatos feitos na bancada. Ao que se refere ao Bar Camp, só temos que lamentar o seu esvaziamento e a forma como eram agendadas as atividades por parte da organização do evento. Sobre um encontro para trocar experiência dos coletivos representados no evento, o ambiente fragmentado e caótica da Campus Party não permite isso. Temos que ter um evento próprio para isso e com um tempo adequado, em um local calmo.
  5. Banca Pirata + Empreendedorismo Pirata: Com todos os problemas e limitações decorrentes da falta de um planejamento para o evento, a Banca Pirata foi a experiência mais positiva. Acredito que faltou definir uma equipe e um banco de horas para quem iria cuidar do material. No mais, fica o destaque e o agradecimento para a Iara que ajudou e muito nas vendas e ao Miguel que fez a contabilidade nesse ambiente caótico. Precisamos fechar uma dinâmica menos desgastante para essa banca. Querendo ou não, o comércio e material do partido tem um significado político forte, pois as pessoas estão antes de comprar uma camiseta, fazendo uma adesão a um posicionamento político. Outra coisa que rolou e que eu achei muito interessante é o chamado “empreendedorismo pirata”. Ou seja, alguns piratas fizeram um material – camisetas e etc – e deixaram ele a venda na banca, pedindo apenas para repassarem o custo. Ainda rolou um escambo entre o material do Partido Pirata e do Kopimismo. Temos um bom fornecedor que acertou nas estampas e propiciou uma boa palheta de cor e um bom preço, mas que por falta de tempo não conseguiu uma boa qualidade na primeira leva de camisetas. Temos que pensar a Banca Pirata como uma política de financiamento local e nacional do Partido.
  6. Sobre a necessidade de um encontro Pirata e uma política de aliados: Após essa experiência eu vejo como uma necessidade urgente de realizarmos um encontro pirata e de preferência na metade do ano. Algo que seja antes ou depois de algum evento grande na área de tecnologia, tem o FISL em POA. Além disso, existe a possibilidade de se criar uma política de aliados, para mantermos uma boa rede de contatos para atividades e campanhas. Em relação a isso, acredito que seja estratégico uma aproximação com o João Caribé, José Milagre e Celio Turino. No caso do Celio, vejo como estratégico o uso da plataforma Alteridade.com para financiar as nossas atividades e campanhas. No mais, encerro aqui a minha avaliação e espero críticas e considerações ao que foi escrito.

Fonte: http://social.partidopirata.org/pr/blog-piratas-do-parana/uma-avaliacao-da-participacao-do-partido-pirata-na-campus-party

0sem comentários ainda

    Enviar um comentário

    Os campos realçados são obrigatórios.

    Se você é um usuário registrado, pode se identificar e ser reconhecido automaticamente.