Não faz muito tempo, durante a campanha eleitoral de 2010, lembro que seguidamente eu alertava meus familiares e amigos de que Beto Richa seria uma péssima escolha para o estado do Paraná. Não apenas por ele ser tucano ou por suas posturas típicas de um piá-de-prédio crescidinho, não mesmo. Beto foi prefeito da minha cidade durante seis anos e nesse tempo todo, não fez nada de relevante para a cidade – talvez apenas a meia linha verde. Em compensação, a cidade virou um balcão de negócios. Foi durante sua gestão que o ICI firmou seus contratos mais lucrativos e mais lesivos ao município. Também foi durante a gestão Richa o período em que a máfia dos radares mais lucrou na cidade e também, foi nessa época, em que os contratos de locação de veículos, coleta de lixo e transporte público mais custaram aos cofres municipais sem que isso revertesse em qualquer benefício para os curitibanos.
Pois é. Em 2010 eu já previa que o governo de Richa no comando do estado do Paraná seria ruim, mas nem no pior cenário imaginado, esperava que fosse tão ruim quanto está.
Richa conseguiu o impensável, transformou um estado rico e produtivo, num estado produtivo e quebrado. A situação é tão calamitosa que não se tem dinheiro em caixa para garantir o 13º do funcionalismo do estado foi preciso fazer um empréstimo junto a bancos internacionais para garantir o pagamento. As obras estão paradas em todos os cantos e fornecedores sem pagamento, o executivo e legislativo que só sabem de fazer esquemas para tentar engordar os cofres, quase sempre, tentando dar o drible-da-vaca nas normas e legislações vigentes (como no caso dos depósitos judiciais, Caixa Único, tarifaço do Detran, o Tudo Aqui e, mais recentemente, a tentativa de se terceirizar novos médicos do estado através do Funeas (Fundação Estadual de Saúde).
O governo Richa é um fiasco muito pior do que qualquer um poderia prever.
Onde se pensou que os atendimentos da polícia militar seriam tão seriamente comprometidos pela falta de combustível nas viaturas ou corte das linhas telefônicas por falta de pagamento?
Daí, nem é de se admirar que crimes que chocaram a sociedade como o caso Tainá e outros tantos, permaneçam sem solução.
Nem vou continuar por que não é educado bater em quem já está caído e diversas informações a respeito do caos no atual governo do estado pipocam em todos os veículos de imprensa do Paraná e do Brasil.
A questão é:
Apesar do evidente fracasso administrativo do Choque de Gestão do governo Richa, ele é candidato a reeleição em outubro de 2014.
Infelizmente no Brasil, as eleições não são vencidas por aquele candidato que se mostra mais competente, aquele com as melhores propostas e melhores soluções. Por aqui, as eleições são vencidas por aqueles grupos e candidatos com a melhor campanha de marketing, com a melhor propaganda e com a maior quantidade de cabos eleitorais remunerados.
Nesse aspecto, Richa, sem nenhuma dúvida, é o candidato mais forte para as próximas eleições. Ele tem a máquina do estado, tem ampla maioria na ALEP, tem mais de 4.000 comissionados no estado trabalhando para sua reeleição. Muito mais importante, tem o apoio e adesão de grupos econômicos poderosos, o dinheiro não vai faltar na campanha e contra os outros candidatos que se apresentaram para o pleito até aqui (Gleisi, Requião ou Pessuti) Richa ainda é franco favorito.
Sinceramente, gostaria que Richa desistisse de seus planos de reeleição. Para quê? Pelo salário de R$ 26,7 mil/mês, pelos salários de R$ 20 mil de seu irmão e esposa como secretários de estado?
Ora, Richa não precisa disso, está com a vida feita, além disso, sua mulher tem posses, tem um bom patrimônio, é rica. Richa é governador, mas como ele mesmo admitiu, “Não Trabalho Aqui.”
Governador pare com isso. Desista, vai curtir a vida, praticar automobilismo, viajar pelo mundo, conhecer novas pessoas de seu elevado nível social. Deixe a gentalha paranaense ser governada por quem está de fato preocupado com eles.
Sim, talvez o governador tenha a preocupação de deixar o estado nas mãos de qualquer um dos concorrentes que se apresentaram até agora. Concordo, nenhum deles se apresenta como uma boa alternativa.
Mesmo assim, é uma preocupação irrelevante. Basta colocar qualquer um para disputar a eleição no seu lugar. Sugiro até, que se lance para o governo do estado, Toni, um labrador de dois anos.
Tenho certeza que com Toni como governador:
Pior do que está não fica!
Polaco Doido
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