Renata Giraldi e Carolina Gonçalves
Enviadas especiais da Agência Brasil
O Riocentro, que é um centro de convenções localizado em uma área isolada da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, transformou-se nos últimos quatro dias em uma espécie de cidade. O local é uma das regiões mais vigiadas e seguras da cidade. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) provocou mudanças radicais na região – com alterações no trânsito, no policiamento e na criação de uma infraestrutura própria.
Somente ontem (16), um sábado de sol no Rio, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que mais de 32,8 mil pessoas passaram pelo Riocentro para participar, direta ou indiretamente, da conferência. A estimativa é que os números aumentem nos próximos dias, quando mais autoridades participarão da Rio+20 e com a cúpula dos chefes de Estado e de Governo.
Ao redor do Riocentro, com instalações de 100 mil metros quadrados e estrutura montada para receber as autoridades, as delegações dos 193 países e os participantes das discussões, está proibido estacionar e demorar no desembarque de passageiros. Há policiais militares, agentes da Polícia Municipal e soldados do Exército fazendo a segurança.
Na área interna do Riocentro, além dos policiais e militares brasileiros, há também os agentes de segurança da ONU. Criteriosos, os agentes estrangeiros não fazem concessões. Todos que têm acesso ao evento, por meio de crachás, devem respeitar as normas – cada crachá dá acesso a um pavilhão do centro de convenções, do total de cinco.
A imprensa deve ficar no Pavilhão 3 e só pode circular para deixar o local quando há autorização e em direção ao setor de transportes. Dos dias 20 a 22 são esperados os 115 chefes de Estado e de Governo, entre eles a presidenta Dilma Rousseff e os presidentes François Hollande (França), Raúl Castro (Cuba) e Mahmoud Ahmadinejad (Irã). Segundo policiais, haverá reforço no sistema de segurança.
Assim como as salas dos pavilhões são tomadas por reuniões com discussões sobre o documento final do evento, os corredores também guardam verdadeiras passarelas de diversidades de trajes, línguas e costumes.
No Pavilhão 2, no qual estão os restaurantes, quiosques de alimentação e um mercado, há opções para agradar um leque significativo de paladares. Durante as refeições, num palco montado entre estandes gastronômicos, grupos de diversas origens apresentam um pouco da música e costumes tradicionais de alguns países presentes na Rio+20.
No Pavilhão 1, que é a entrada principal para a conferência, há manifestações em forma de desenhos e produções artesanais, que estão expostas na área. A voz da sociedade civil ganha traços e cores no registro de mensagens universalmente compreendidas sobre o que esperam do mundo.
Edição: Andréa Quintiere
Acompanhe a cobertura multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) na Rio+20.
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