Renata Giraldi
Enviada especial
Rio de Janeiro – As negociações em busca de acordo para o texto final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) podem levar horas apenas na tentativa de consenso sobre uma expressão. Isso ocorreu hoje (14) com um dos grupos de negociadores, que, depois de duas horas, não conseguiu fechar o impasse em torno da definição do significado de “economia verde”.
Tentando apressar as negociações e buscar o consenso para elaborar o texto final, os líderes das negociações marcaram duas reuniões. Uma ocorrerá por volta das 18h desta quinta-feira e a outra, amanhã (15). O diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável, Assuntos Econômicos e Sociais da Rio+20, Nikhil Seth, evitou antecipar hoje o que pode ocorrer se os negociadores não fecharem um acordo sobre os principais temas. Ele admitiu, porém, que a possibilidade de não se chegar a um acordo existe.
Isso ocorre porque os representantes de países desenvolvidos e em desenvolvimento não têm a mesma compreensão sobre vários aspectos mencionados no documento negociado e que será assinado pelos 115 chefes de Estado e de Governo na próxima semana. As dificuldades envolvem desde o sentido distinto das expressões em cada idioma até percepções ideológicas e impactos políticos e econômicos.
Em meio às sutilezas que cercam as cerca de 200 páginas do documento final, seis aspectos, apontados como fundamentais, instigam os negociadores e impedem os avanços nas articulações pelo fim das divergências. As pendências cercam as definições sobre metas, tecnologias, financiamentos, capacitação de pessoas para execução de programas relacionados ao desenvolvimento sustentável, compreensão sobre o significado de economia verde e novas instituições.
Acompanhe a cobertura multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) na Rio+20.
Edição: Nádia Franco
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