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Cúpula dos Povos

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11 de Junho de 2012, 21:00 , por Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Cobertura da Empresa Brasil de Comunicação da Rio+20

Dilma terá encontros privados com líderes da França, China e Turquia

18 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaFoto: Wilson Dias Oliveira/ABr

Por Renata Giraldi e Carolina Gonçalves

Foto: Wilson Dias Oliveira/ABr

Dilma tem encontros com líderes logo na quarta de manhã

A presidenta Dilma Rousseff vai se reunir com oito a dez presidentes e primeiros-ministros estrangeiros assim que chegar ao Rio de Janeiro, vindo da Cúpula do G20, reunião que se realiza no México. Na relação de nomes confirmados estão o presidente da França, François Hollande, e os primeiros-ministros da China, Wen Jiabao, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, também pediu audiência, mas ainda não há confirmação se sua solicitação será atendida. Segundo assessores, a agenda da presidenta ainda está sendo fechada.

Dilma chega ao Rio na próxima quarta-feira (20) pela manhã. Ela vem direto da cidade de Los Cabos, no México, onde participa da reunião do grupo que reúne as maiores economias mundiais. Apesar da longa viagem, ela determinou a seus assessores que marquem as audiências bilaterais pela manhã para que possa dedicar-se exclusivamente à Rio+20 a partir da tarde.

Ontem (17), a presença do presidente iraniano no Brasil gerou protestos de manifestantes em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro. Para eles, Ahmadinejad prega um discurso repleto de ódio e discriminação. O Brasil é considerado um parceiro diferenciado pelos iranianos.

No governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil ajudou a negociar, junto com a Turquia, o fim das resistências ao Irã por meio da implementação de um plano de paz, que não foi aceito pela comunidade internacional. Nos últimos anos, os iranianos vêm sendo alvos de sanções internacionais por suspeitas de que seu programa nuclear tenha fins armamentistas.

Defensor das discussões sobre desenvolvimento sustentável, Hollande, que vem pela primeira vez como presidente ao Brasil, também quer tratar da venda de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). A francesa Dassault, fabricante do Rafale, a sueca Saab, que fabrica o Gripen, e a norte-americana Boeing, do F-18 Super Hornet, disputam a venda.

Com a Turquia, o Brasil tem uma relação estreita que se refere a várias negociações no Oriente Médio. No governo Lula, os turcos também intermediaram as reuniões em busca do fim do impasse envolvendo as restrições internacionais ao Irã. Foi mediado um texto para a venda de urânio enriquecido, mas a comunidade internacional rejeitou o acordo.

Já na conversa com o premiê chinês, Dilma deverá reforçar a atuação do Brics (grupo formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul), além de temas bilaterais. Atualmente, os chineses são os principais parceiros do Brasil.

Em maio, Jiabao disse para a presidenta que a China quer ampliar e aprofundar as relações com a América Latina. A China superou os Estados Unidos, em 2009, tornando-se a principal parceira comercial do Brasil. O comércio entre os dois países cresceu 35,2% em 2011, alcançando os US$ 84,5 bilhões.

Edição: Lana Cristina



Ex-presidenta da Irlanda crê em metas para o desenvolvimento sustentável

18 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaFoto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Por Carolina Gonçalves e Renata Giraldi

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Ao lado de FHC, a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson concede entrevista na Rio+20

Diante das poucas horas que faltam para a conclusão do texto debatido entre negociadores de mais de 190 países que participam da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, a ex-presidenta da Irlanda Mary Robinson disse hoje (18) que ainda é possível esperar que a conferência estabeleça metas concretas para a implementação do desenvolvimento sustentável.

Os negociadores brasileiros e estrangeiros esperam fechar até o fim da noite de hoje (18) o texto final. As delegações estão divididas em três sessões de trabalho para tratar de temas mais divergentes. O documento preliminar que traz os pontos convergentes aponta para uma tendência de exclusão das propostas que ainda geram conflitos. Os representantes de 193 países se esforçam para elaborar um texto conciso a tempo de ser entregue aos 115 chefes de Estado e de Governo, no próximo dia 20.

Mary Robinson, que também ocupou o cargo de alta comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), disse que o documento preliminar, que reúne pontos já acordados entre as delegações, não é satisfatório. Segundo ela, a sociedade espera um esforço efetivo pelo estabelecimento das metas desse novo padrão de desenvolvimento.

O modelo defendido pela primeira mulher a ocupar a presidência da Irlanda inclui compromissos dos líderes mundiais como o empoderamento das mulheres e investimentos em fontes de energia limpa.“O debate sobre energia é crucial para o desenvolvimento sustentável. O comprometimento com esse tema pode significar menos impactos sobre a biodiversidade e interromper os riscos provocados pelas mudanças climáticas”, disse.

Até ontem (17), divergências sobre temas que envolvem compromissos com recursos financeiros ainda persistiam. Os países desenvolvidos continuam resistentes a assumir essas responsabilidades, alegando dificuldades internas causadas pela crise econômica internacional. A justificativa ameaça também a reafirmação de compromissos firmados durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio92, ocorrida há 20 anos

“O que foi decidido em 92 foi uma compreensão total das necessidades dos povos e do planeta, com o estabelecimento de compromissos como a Agenda21 e as convenções (de Mudanças Climáticas e de Biodiversidade)”, lembrou Mary Robinson. Os acordos foram firmados, mas a implementação ainda não atingiu as expectativas do encontro realizado há duas décadas, segundo ela.

“Compreendo que, no meio de uma crise, os países têm diferentes preocupações. Não podemos ignorar o momento financeiro, mas não é uma boa ideia recuar [em relação aos compromissos]. Fazer o certo em relação ao desenvolvimento sustentável também pode fazer com que as economias voltem a crescer”, disse Mary Robinson.

Edição: Lana Cristina



Texto final da Rio+20 pode ser concluído na madrugada desta terça

18 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaFoto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Por Renata Giraldi e Carolina Gonçalves

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Luiz Alberto Figueiredo, secretário executivo da delegação brasileira na Rio+20

No comando das negociações do texto da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, a delegação do Brasil quer finalizar o documento até o final da noite de hoje (18). Mas a União Europeia pressiona para concluir apenas amanhã. A estimativa dos negociadores é finalizar o texto nesta madrugada. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, prepara-se para anunciar o fim dos trabalhos.
A tendência, segundo os negociadores, é fechar um documento, no qual seja fortalecido o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) sinalizando para que futuramente seja criado um órgão independente, detalhando a proteção das águas oceânicas e uma espécie de bloco destinado aos financiamentos, mas sem cifras precisas.

O texto, segundo os negociadores, deverá encerrar até 2013 os debates sobre a possibilidade de criar um fundo específico para o desenvolvimento sustentável. Inicialmente, o Brasil e vários países em desenvolvimento defendiam a criação do fundo, começando com US$ 30 bilhões e podendo chegar a US$ 100 bilhões, em 2018. Porém, os países ricos vetaram a proposta alegando dificuldades econômicas internas.

O secretário executivo da delegação do Brasil, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse hoje estar otimista e, que apesar de ainda haver divergências, é possível chegar ao consenso e obter um texto final avançado. Ele comparou as negociações com uma partida de jogo de futebol:

“O tempo regulamentar terminou com o fim do comitê preparatório [16]. Estamos na prorrogação, que nunca tem o tempo mais longo que o tempo permitido. Temos de fechar o texto antes da chegada dos chefes de Estado [e governo]”, disse o embaixador, referindo-se às reuniões de cúpula, que vão de 20 a 22 de junho.

O diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável, Assuntos Econômicos e Sociais da Rio+20, Nikhil Seth, apelou hoje para que todos representantes dos 193 países presentes na conferência cooperem com as negociações em busca de um consenso e do fim das controvérsias. Segundo ele, o Brasil conduz “muito bem” as negociações.

“Os [negociadores] brasileiros levaram a uma dinâmica muito boa, ainda há ajustes pequenos que poderão ser feitos, mas estou muito otimista. O texto foi muito bem-recebido por todos. Apelo para todas as delegações para que se unam e se esforcem [por um acordo final]”, disse Seth.

Até o final desta noite, quatro grandes grupos ainda discutem os temas considerados polêmicos. Há debates sobre as fontes de financiamentos para a implementação das metas fixadas, as definições referentes à regulamentação das águas oceânicas, o fortalecimento do Pnuma e o detalhamento relativo à economia verde.

Em relação ao Pnuma, Figueiredo Machado disse que foram feitas duas alterações, incluindo o fortalecimento do programa e a possibilidade de ele ser ampliado e se tornar, no futuro, um organismo autônomo. A delegação brasileira defendia a criação imediata de um órgão independente incorporando o Pnuma, nos moldes da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ao mencionar o item meios de implementação, que se referem aos mecanismos de financiamentos, o texto deverá fazer citações diretas sobre fontes múltiplas (privadas, públicas e organismos internacionais). Mas, ao que tudo indica, segundo os negociadores, não haverá menções diretas sobre cifras específicas.

Edição: Rivadavia Severo



Mulheres fazem manifestação contra modelo de economia verde

17 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaFoto: Marcello Casal Jr./ABr

Da Agência Brasil

Foto: Marcello Casal Jr./ABr

Protesto da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil na Rio+20

A Marcha Mundial das Mulheres no Brasil promoveu hoje (18) uma manifestação no Largo da Carioca, no centro da capital Fluminense. O ato começou com uma caminhada pelas principais vias da região central da cidade, começando no Sambódromo, passando pela Avenida Presidente Vargas, provocando um engarrafamento de 8 quilômetros, segundo a Companhia de Tráfego do Rio (Cet-Rio).

Após a manifestação no Largo da Carioca, elas seguiram para o Parque do Flamengo, onde está sendo realizado a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Com bandeiras e cartazes, as mulheres criticavam o modelo de economia verde defendido na conferência.

“Nós temos que mudar esse modelo, porque o capitalismo é baseado justamente no lucro, e esse mecanismo vai explorar cada vez mais a natureza e o trabalho de homens e mulheres”, disse Nalu Faria, coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil.

No Largo da Carioca, as mulheres promoverem debates e atividades culturais referentes aos temas discutidos na Rio+20. O Batalhão de Choque da Polícia Militar, a Guarda Municipal e agentes da Cet-Rio acompanharam a caminhada, mas nenhum incidente foi registrado.

Edição: Aécio Amado



Partidos verdes exigem engajamento de líderes na agenda sustentável

17 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Por Vladimir Platonow

Os líderes mundiais devem se comprometer com uma agenda ambiental sustentável, sob pena de verem aumentar nas ruas a mobilização popular. A advertência é de representantes de partidos verdes de 36 países, reunidos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20.

O coordenador internacional da Federação Mundial dos Partidos Verdes, Jean Rossiaud, ressaltou que é hora dos governantes agirem. “Basta com esse modelo que vai nos levar à catástrofe e ao fracasso. Estamos convencidos que o problema é muito maior do que imaginávamos em 1992. Agora é o momento da ação”, enfatizou Rossiaud.

A senadora do Partido Verde da Austrália Larissa Waters lamentou as ausências de importantes líderes mundiais na Rio+20. “Eu estou muito desapontada que vários líderes não levaram a Rio+20 mais a sério, pois é uma conferência crucial. É uma vergonha que esses líderes não tenham vindo. Eu entendo que eles pudessem ter outros compromissos, mas nada é mais importante que o futuro deste planeta”, disse Larissa.

A ambientalista Pilar Barraqueta, integrante do partido espanhol EQUO, que reúne cerca de 50 grupos verdes, criticou os avanços obtidos até o momento na Rio+20. “Estou vendo as negociações com desesperança. Viemos com muitas ilusões, porque pensamos que estávamos mais avançados e vimos que os governos e a indústria continuam com o poder de decidir.”

O presidente nacional do PV, deputado federal José Luiz Penna (PV-SP), disse que o sucesso da Rio+20 não deverá ser medido pelo documento final, mas pelo significado da mobilização popular. “Não vejo possibilidade de fracasso. O fato de estarmos juntos pensando no futuro é importante sempre. Aqui está fervilhando ideias e, certamente, sairão diretrizes importantes”, avaliou Penna.

Para a deputada estadual do PV do Rio de Janeiro Aspásia Camargo, seria importante a inclusão do conceito do Produto Interno Bruto (PIB) verde, no documento final da conferência. “Nós queremos a contabilidade ambiental, o PIB verde. Atualmente, o PIB mede a produção de um país, que pode ser a mais destrutiva possível. Se derrubarem uma floresta, isso conta como positivo. O que nós queremos é que o PIB inclua a preservação dos recursos naturais como um fator de riqueza. Porque se destruirmos uma floresta hoje, pode ser que o PIB aumente. Mas daqui a dez anos, vamos estar com esse terreno desertificado e o PIB vai cair”, disse Aspásia.

Os representantes dos partidos verdes pretendem entregar aos líderes mundiais, que estarão reunidos a partir da próxima quarta-feira (20) no Riocentro, um documento intitulado Resolução a Respeito da Cúpula Rio+20. Entre outras recomendações, os verdes sugerem a transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) em uma Organização Mundial de Meio Ambiente, com orçamento próprio e maior poder de decisão.

Edição: Lana Cristina



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