Documento deve ser finalizado hoje, excluindo polêmicas
17 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindapor Renata Giraldi e Carolina Gonçalves
Os negociadores brasileiros e estrangeiros na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, querem fechar até o fim da noite de hoje (18) o texto final. Três sessões de trabalho, começando às 10h e seguindo até as 22h, estão programadas. A tendência, segundo eles, é excluir as propostas conflitantes, como está no rascunho fechado sábado (16), e manter recomendações gerais.
Chefiados pela delegação do Brasil, os representantes de 193 países se dedicam a elaborar um texto conciso, preciso, claro e abrangente, de acordo com os negociadores. Até o começo da conferência, o documento tinha 200 páginas, depois passou para 80 e há três dias foi resumido a 50.
O secretário executivo da Rio+20, Luiz Alberto Figueiredo Machado, negou ontem a hipótese de que um documento sem conclusões seja entregue aos 115 chefes de Estado e de Governo, no próximo dia 20. De acordo com ele, há apelos de várias delegações para que um texto negociado chegue às mãos dos líderes para que discutam os assuntos de forma ampla.
No entanto, até ontem (17) à noite as divergências permaneciam, principalmente sobre as questões envolvendo definições de recursos, metas específicas, o conceito de economia verde e a transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) em organismo autônomo.
Os países desenvolvidos, liderados pelos Estados Unidos, o Canadá, a Austrália e o Japão, alegam dificuldades internas causadas por numerosos fatores, inclusive a crise econômica internacional, para assumir responsabilidades pontuais com o repasse de recursos. Desde sábado, foi retirada a discussão sobre a criação de um fundo, de US$ 30 bilhões, para garantir a execução de propostas relativas ao desenvolvimento sustentável.
Também há divergências sobre as propostas referentes à proteção dos oceanos, pois os norte-americanos resistem à regulação de águas internacionais, alegando questões de segurança interna. Mas o embaixador brasileiro disse que é possível ainda buscar um consenso e incluir o tema no texto a ser finalizado hoje.
No rascunho de 50 páginas obtido pela Agência Brasil, foram excluídos os assuntos polêmicos e mantidas as recomendações gerais sobre o desenvolvimento sustentável com inclusão social e erradição da pobreza e da fome. Para a delegação brasileira, o texto apresenta avanços. “O texto não só impede retrocessos como traz avanços em várias áreas, como criar objetivos de desenvolvimento sustentável”, disse o embaixador. “Isso não é pouca coisa.”
Edição: Graça Adjuto
Hoje é dia de conferir a disposição de luta das mulheres na Rio+20
17 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Mara Régia
Mulheres de todo o mundo estão reunidas no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, para lutar por seus direitos e justiça socio-ambiental. Elas fazem parte da Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20, organizado pela sociedade civil
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Prevenção contra catástrofes da natureza será discutida durante a Rio+20
17 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaNos últimos 40 anos, mais de 3 milhões pessoas morreram vítimas de desastres naturais. A prevenção é um dos sete pontos que a ONU definiu como essenciais para serem discutidos durante a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável.
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Reunião discute futuro da Rádio Cúpula dos Povos
17 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaDa redação
Agentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tentaram interceptar, no início da tarde deste domingo (17), as transmissões da Rádio Cúpula dos Povos. A Rádio é uma iniciativa da organização da Cúpula, evento que acontece no Aterro do Flamengo, paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
No final da tarde, integrantes de organizações sociais e representantes da Rádio Cúpula dos Povos se reuniram com a Anatel e com o Ministério das Comunicações para discutirem uma alterativa para viabilizar às transmissões da rádio até o final do evento, que será no próximo dia 22.
O diretor de fiscalização do Ministério das Comunicações, Octávio Pieranti, relatou que a Anatel atuou na sua competência identificando uma interferência naquela localidade e entendeu que ela deveria sair do ar. De acordo com o diretor do Minicom, os representantes da Anatel argumentaram que a rádio poderia interferir nas operações da Aeronáutica.
Ainda segundo Pieranti, “a Anatel tem feito um bom trabalho durante a Rio+20 para garantir a segurança do evento e fez o que lhe cabe”. Contudo, ressalta que é do interesse do Minicom garantir que a Rádio Cúpula dos Povos se mantenha em operação, de forma adequada.
Amanhã pela manhã uma equipe se reunirá na sede do Ministério em Brasília para ver a possibilidade de a Rádio Cúpula dos Povos operar em uma frequência que esteja livre na cidade do Rio de Janeiro, por tempo determinado.
Uma das hipóteses que está sendo analisada é a de consignar uma licença temporária para Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que é uma empresa pública e poderá ficar responsável por garantir o funcionamento da rádio em segurança.
Para João Brant, representante do Coletivo Intervozes e do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), que participou das negociações na tarde de hoje, a reunião foi positiva e mostrou uma posição importante do Ministério das Comunicações em resolver a questão. “Esperamos que amanhã a Rádio volte ao ar e que a gente possa ver garantido o direito à comunicação dos participantes da Cúpula dos Povos”.
O transmissor foi desligado depois da reunião e, de acordo com Pieranti, no final da manhã desta segunda-feira (18), o Ministério deverá anunciar um resultado. Participou também da reunião o secretário-executivo do Ministério das Comunicações Cézar Alvarez.
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Fórum de Mídia Livre destaca importância do direito à comunicação na luta ambiental
17 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Juliana Maya
Comunicadores, blogueiros, educadores e representantes de movimentos sociais de diversos países estiveram reunidos na Universidade Federal do Rio de Janeiro discutindo a liberdade de expressão e o direito à comunicação. Durante o 2º Fórum Mundial de Mídia Livre, eles definiram as propostas que vão ser encaminhadas à Plenária de Convergência da Cúpula dos Povos sobre Bens Comuns. O objetivo é inserir o direito à comunicação nas agendas dos movimentos sociais que participam da Cúpula, evento paralelo à Rio+20.
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