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Cúpula dos Povos

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11 de Junho de 2012, 21:00 , por Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Cobertura da Empresa Brasil de Comunicação da Rio+20

Ainda há tempo para salvar a Rio+20, diz Marina Silva

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva disse acreditar que ainda há tempo hábil para um acordo nas negociações, o que vai garantir o sucesso da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Ela participou neste sábado (16) de um ato organizado pelo Comitê em Defesa das Florestas e Desenvolvimento Sustentável contra o Código Florestal, na Cúpula dos Povos, que contou com a presença de diversas lideranças ambientais e representantes do Legislativo.

“O Brasil tem todas as condições de protagonizar um esforço para que façamos uma avaliação verdadeira do que foi feito ou não. Buscar mediar, junto com os demais países, que a crise econômica não pode deixar em segundo plano a crise ambiental. Há tempo, até porque agora a prerrogativa de fazer essa mediação está entregue ao Brasil. É a grande oportunidade de revisitarmos os compromissos e corrigirmos os rumos.”

Segundo Marina Silva, o sucesso da conferência está nas mãos de todos os líderes do planeta, mas o Brasil tem um papel importante.”Nós não podemos tirar responsabilidade deles, mas o país anfitrião tem uma responsabilidade maior.”

Perguntada se estava otimista ou pessimista com os rumos da conferência, Marina disse que está persistente. “Cobro que o Brasil continue sendo o país que lidera pelo exemplo. Nós fizemos isso em Copenhague. O Brasil constrangeu os que queriam fazer menos podendo fazer mais quando assumiu metas de redução de dióxido de carbono.”

Sobre o evento que havia participado, contra o Código Florestal aprovado pelo Congresso Nacional e vetado em parte pela presidenta Dilma Rousseff, a ex-ministra do governo Lula fez questão de esclarecer que não se tratava de um ato de oposição política.

“Nós não estamos aqui em uma atitude de oposição. É em uma atitude de quem tem posição. E a nossa é que o Brasil não pode perder a chance de continuar avançando na agenda do desenvolvimento sustentável. Não pode mudar sua legislação em nome do lucro imediato, fazendo tábula rasa dos esforços de mais de 30 anos de diferentes governos.”

Edição: Andréa Quintiere



“Crise não pode ser pretexto para retrocesso ambiental”

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome fez uma breve avaliação do primeiro dia de programação da Arena Socioambiental, espaço criado pelo governo federal para diálogos com a sociedade civil, “Foi muito produtivo. Conseguimos levantar os grandes temas que estarão presentes nos debates durante toda a semana, como energia, acesso a água, combate a pobreza, preservando meio ambiente”. Segundo a ministra, o Brasil não pode abrir mão de um modelo de desenvolvimento com inclusão, nem aceitar a crise como justificativa para retroceder na pauta ambiental.



Confira depoimentos de participantes da Cúpula dos Povos

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A equipe EBC na Rede está presente na Cúpula dos Povos para registrar as manifestações da sociedade civil paralelas à Conferência da ONU. Abaixo, você confere histórias, ações e recados desse espaço marcado pela diversidade.

Lindén e Sissa Pagels

As suecas Louisse Lindén e Sissa Pagels apresentam projeto voltado para o público jovem em defesa do meio ambiente e falam da experiência de participar da Rio +20. “Nós criamos uma site para jovens que queiram se engajar e lutar pela causa ambiental, cuidar do planeta”, diz Louisse.

Daniella Hiche

A representante da Comunidade Bahái no Brasil e participante dos Major Groups da Rio+20 explica como funcionam esses grupos de articulação entre sociedade civil e organismos internacionais e qual sua importância na construção das propostas na Rio+20. “O papel dos majorgroups é trazer um pouco do olhar, da leitura, da contribuição da sociedade civil para os temas que estão sendo debatidos na Conferência”, esclarece Daniella.

Adriano Bezerra

Adriano Bezerra fala da técnica de produção de móveis e utilitários domésticos sustentáveis, produzidos com materiais reaproveitados. “Desenvolvi há 3 anos uma técnica inovadora que eu a chamo de modelos de entressados de quadrados e colunas”.

José Sergival 

Sanfoneiro José Sergival declama cordel da campanha nacional pela liberdade de expressão, na Cúpula dos Povos.

André Luis dos Santos

O manifestante André Luis dos Santos, de Minas Gerais, protesta contra o uso abusivo das reservas naturais na Rio +20: “Estados Unidos não está aqui, a China não estará aqui, a Inglaterra também não estará, estarão aqui só os países que sofrem mesmo com o meio ambiente, nós temos que mudar, nós temos que convencer o mundo que agora é a hora. O planeta não aguenta mais esse absurdo de desmatamento”.



Fundo financeiro deve ficar fora do documento final da Rio+20

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindafigueiredo machado

Foto: Agência Brasil

Sem acordo, o documento final da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) deve excluir a possibilidade de criação de um fundo para a sustentabilidade a partir de 2013. A exclusão é analisada pelos negociadores como vitória dos países ricos, liderados pelos Estados Unidos, pelo Canadá, pela Austrália e pelo Japão, que se opunham à proposta. O rascunho do texto tem 56 páginas. O documento inicial continha 80 páginas.

Pela proposta em discussão sobre a criação do fundo, defendida pelo Brasil e por vários países em desenvolvimento, a meta era que as nações assumissem o compromisso de instituir um mecanismo de financiamento, começando com US$ 30 bilhões a partir de 2013, até chegar a US$ 100 bilhões em 2018, com o objetivo de garantir instrumentos para o desenvolvimento sustentável.

No entanto, a proposta não foi adiante porque, liderados pelos Estados Unidos, pelo Canadá, pela Austrália e pelo Japão, representantes de várias delegações alegaram que o momento econômico e político atual é desfavorável ao debate sobre elevação de recursos. O desconforto, segundo os negociadores, tem diferentes motivações, como os impactos da crise econômica internacional e as disputas políticas internas – os Estados Unidos em campanha eleitoral, por exemplo.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, justificou a redução de páginas como sendo resultado da “compilação de propostas” consensuais. O secretário executivo da delegação do Brasil na Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, acrescentou que foram retiradas repetições e duplicações.

Porém, negociadores que acompanham os debates reiteraram que o rascunho, que circula hoje (16) nas salas do Riocentro, local que concentra as discussões políticas, será menos específico do que o desejado pelos representantes dos países em desenvolvimento e mais amplo, como defendiam as delegações dos países ricos.

O segundo capítulo do texto preliminar será dedicado aos compromissos políticos. Patriota disse que será a reafirmação das metas fixadas há duas décadas, na Rio92. Segundo ele, neste capítulo estarão as responsabilidades comuns e diferenciadas. Na prática, essa parte do texto refere-se ao que países desenvolvidos e em desenvolvimento devem assumir como objetivos em áreas distintas, inclusive mudanças climáticas.

Apesar de haver um texto preliminar já pronto, o chanceler disse que as negociações prosseguirão, pois há várias pendências que ainda dificultam um acordo geral. De acordo com ele, os negociadores intensificarão as reuniões até a noite de segunda-feira (18). O chanceler acrescentou ainda que a expectativa é construir um documento final próximo de um consenso total antes do dia 19.

Edição: Andréa Quintiere



“Nossa geração não deixa a dever às anteriores”

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O atual presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, afirmou que a Rio+20 serve de exemplo do crescente protagonismo da juventude brasileira e de outros povos presentes no Rio de Janeiro para a conferência da ONU. “Nossa geração não deixa nada a dever às anteriores. Ela mantém a tradição de ser combativa e querer participar das decisões de seu país”. No vídeo, Iliescu fala ainda das atividades nas quais se insere a UNE na Rio+20.



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