“Há 20 anos governantes discutem as mesmas coisas”, diz Greenpeace
14 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO diretor de Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, falou na tarde dessa sexta-feira sobre a campanha da ONG para consolidar a Lei do Desmatamento Zero. Adário afirmou que, com pressão popular, mesmo um Congresso Nacional formado por maioria ruralista pode aprovar a proposta. “Um congresso cheio de gente acusada de corrupção aprovou a Ficha Limpa”, observou.
O projeto de lei precisa de 1,5 milhão de assinaturas, das quais 330 mil já foram recolhidas. “A expectativa é chegar ao número até dezembro de 2013, mas com mobilização da sociedade podemos alcançar isso muito antes”, afirmou.
Adário também criticou o ritmo das negociações oficiais da Rio+20. Para o ativista, as discussões entre governos são as mesmas há 20 anos. “Da Cúpula dos Povos podemos mostrar que a pressão social é suficiente para que eles adotem outros comportamentos, pois as ações são mais importantes que as palavras”.
Sistema para rastrear embalagens usadas será divulgado na RIO+20
14 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Mauro Roberto Pena
Um sistema que permite a empresas fazer o rastreamento de suas embalagens já usadas pelo consumidor, será divulgada na Rio+20 no próximo dia 20.
O projeto da empresa Aequalis oferece suporte para entidades que necessitem de controle de seus resíduos. Elas podem registrar suas embalagens no sistema chamado Banco Eco, destinando um valor de incentivo a ser restituído ao consumidor que der a destinação da mesma para os pontos de coleta autorizados.
A embalagem ao dar entrada na entidade de recicláveis, por meio do sistema do Banco Eco será computada a baixa dessas embalagens certificando o devido fim em conformidade com a lei de resíduos sólidos. Com essa certificação é emitido um selo de sustentabilidade junto ao certificado de destinação correta de resíduos. O conceito do Banco Eco foi desenvolvido pelo Presidente da Associação de Catadores de Botucatu/SP, Mauro Roberto Pena.
Saiba mais sobre este sistema e sobre a pelstra de divulgação na RIO+20 no link: http://www.loopes.com.br/portal/index.php/atuacao/94-loopes-via-aequalis-vai-a-rio-20.html
Negociações formais devem terminar em impasse, diz embaixador
14 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaEm coletiva de imprensa concedida na tarde desta sexta-feira, 15 de junho, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado afirmou que as negociações formais da Conferência, que se encerram hoje, às 23 horas, devem terminar em impasse.
A partir deste sábado o Brasil assume a presidência da Rio+20 e passa a procurar líderes de maneira informal para que o documento avance. “Não é hora de colocar verbos em tela. É hora de fechar o texo”. Segundo o embaixador, que é secretário executivo da delegação brasileira, o país vai imprimir novo ritmo nas negociações para garantir que a proposta seja arrematada até a chegada dos chefes de Estado e de Governo.
Europeus querem texto final concreto e conciso, diz comissário da UE
14 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Carolina Gonçalves e Renata Giraldi
O comissário de Meio Ambiente da União Europeia (UE), Janez Potocnik, cobrou hoje (15) o engajamento das delegações que participam da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, para a construção de um documento final conciso e com propostas que tenham condições de serem executadas. Segundo ele, os europeus querem trabalhar em favor da mudança do modelo de desenvolvimento sustentável no planeta.
Evitando polemizar sobre os temas divergentes, Potocnik disse que os europeus estão dispostos a colaborar com os compromissos firmados durante a conferência. “Estamos prontos [para negociar]. As propostas são boas. Mas queremos chegar a um posicionamento concreto. Se tiver que colocar dinheiro, vamos colocar. Mas não podemos falar em valores porque esses valores estão em negociação”, disse.
Uma das principais divergências em discussão na Rio+20 envolve questões relacionadas à inclusão de mais recursos. O Brasil e alguns países em desenvolvimento querem a criação de um fundo para o desenvolvimento sustentável começando com US$ 30 bilhões, a partir de 2013, chegando a US$ 100 bilhões, em 2018.
No entanto, os negociadores dos Estados Unidos, do Canadá, da Austrália, do Japão e alguns da Europa resistem à proposta. A alegação predominante são as dificuldades internas enfrentadas por esses países devido aos impactos da crise econômica internacional e as limitações orçamentárias dos japoneses desde os acidentes nucleares de 2011.
“É preciso deixar claro que não estamos em um bom momento econômico. A crise econômica afetou todos os países do continente e afetou outros países”, disse Potocnik. “Somos o único continente que obriga todos os países a manter um mínimo de energia renovável, de forma que, no volume global, tenhamos pelo menos 20% da matriz alimentadas por fontes [renováveis].”
O esforço, no terceiro dia da conferência, é para conseguir consenso sobre a maior parte do texto final, pois apenas um quarto do documento tem acordo. O documento deve ficar pronto até o dia 19, véspera da reunião de cúpula dos 115 chefes de Estado e de Governo – nos dias 20 a 22 de junho.
A estratégica brasileira é esgotar as negociações em busca de consenso até às 23 horas de hoje. Se a tática não der certo, como tudo indica, segundo os negociadores, foi definido um plano B. A ideia é que os grupos trabalhem, a partir do fim de semana, debruçados sobre os temas-chave que não tiverem consenso.
Inicialmente, estão programados quatro grandes grupos de trabalho: o que tratará dos meios de implementação, que são as definições de metas para curto, médio e longo prazo; o que vai discriminar as ações para a governança global; o que vai definir as metas relativas ao desenvolvimento sustentável em si, como água e energia, além das propostas relativas à economia verde.
Edição: Lana Cristina