Sempre ouvi dizer que é na crise que surgem as melhores idéias e, nesta sexta, a Itália, país sede do catolicismo, que atravessa uma das maiores crises da história, deu uma prova de que isso é verdade. Vejam só:
O governo italiano anunciou medidas que vão acabar com as mordomias tributárias para propriedades pertencentes à Igreja Católica, o que deve colocar até 600 milhões de euros a mais nos cofres públicos do país europeu.
Em dezembro, o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, pediu aos italianos que fizessem sacrifícios para salvar o país da crise da dívida que afeta boa parte do continente europeu.
Horas após a aprovação do pacote, mais de 130 mil pessoas aderiram a uma petição online exigindo o fim dos privilégios tributários para a Igreja, que é dona de muitos locais que gozam de isenção tributária por serem parcialmente ocupados por freiras e padres, ou por simplesmente terem uma capela. A nova lei elimina essa brecha, que isentava de impostos muitos estabelecimentos predominantemente comerciais. O pacote deve ser votado na semana que vem pelo Senado e deverá, depois, seguir para a Câmara.
Aqui no Brasil, muitas igrejas movimentam quantidade de dinheiro comparável à grandes empresas, só que todas tem a mordomia de não pagar imposto sobre aquilo que arrecadam, pois são considerados “entidades filantrópicas”. Pagam apenas indiretamente, e “não prestam contas” do devido fim que o dinheiro leva, ou você meu amigo – que trabalha 4 meses para pagar imposto – que paga dízimo, sabe realmente para onde vai o dinheiro de sua contribuição?
É claro que não vou generalizar, muitos hospitais, casas de recuperação para dependentes químicos e, diversas outras obras assistenciais são mantidas por igrejas, mas vez ou outra, vemos que lá se vai o dinheiro do dízimo/contribuição em coisas que não necessariamente tem a ver com a moral religiosa e que em seriam desnecessárias. Por exemplo, o carro abaixo que foi adquirido em nome da Igreja universal do Reino de Deus – gastos idiotas da Igreja Universal dariam vários posts – ou o megalomaníaco e monstruoso templo que a mesma igreja está construindo em um bairro de São Paulo, que custará R$360 milhões.
A Igreja Universal do Reino de Deus, liderada pelo controverso Bispo Edir Macedo, anunciou seus planos de construir uma réplica gigante do Templo de Salomão. A estimativa de custo é de R$360 milhões, 55 metros de altura (18 andares), e com lugar para 10. 000 pessoas. O plano também conta com um estacionamento para 1.000 carros, estúdios de TV e rádio, e salas com espaço para 1.300 alunos. A Igreja Universal já gastou em torno de R$ 14,4 milhões para importar pedras de Israel. De acordo com o jornal britânico, The Guardian, o templo será inspirado no Templo do Rei Salomão e contará uma replica da Arca da Aliança no centro do santuário.
Aí vai a pergunta, para abrir o debate: Você leitor o que acha: Igrejas deveriam pagar imposto e terem mais fiscalização sobre suas movimentações?
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