Cacau Gomes achou um livro de Cecília Meireles no lixo, aos 12 anos, e entrou de vez no mundo da poesia. Depois veio Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade. Ficou encantado em meio à sua realidade difícil: morador de extintas palafitas, na comunidade de Brasília Teimosa.
Trabalhou de pedreiro e office boy, o que pode para se virar. Enquanto isso, alimentou um sonho ao longo de 15 anos, fazendo poesia e juntando obras, ora comprando quando podia, encontrando no lixo: “Literatura, rapaz, aqui no Brasil é lixo, né?”. Até que abriu as portas de casa para receber as pessoas da comunidade que queriam ler.
A demanda foi aumentando e ele conseguiu comprar um espaço à esposa de um traficante, que tinha sido assassinado. Hoje a Livroteca Brincante do Pina é referência, é um ponto de leitura do Ministério da Cultura, motivo de transformação para as pessoas, esperança para muitas crianças. É essa a história que o vídeo conta, vale a pena ver.
A imagem não está boa. Mas quem se importa?
Menos um na estante, por sugestão da Meg Thai
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