Por Izaías Almada
Não é a origem de classe social que faz de um cidadão um revolucionário, mas com certeza isso tem ajudado na firmeza ideológica de muitos que jamais abandonam a luta pelos menos favorecidos. Esse é exatamente o caso do cidadão e revolucionário Hugo Rafael Chávez Frias que, ainda menino e ao lado do seu irmão Adan Chávez percorria as ruas de Barinas, descalço, para vender doces que ajudavam no sustento da família.
Sua origem humilde, como a de tantos outros venezuelanos e latino-americanos, levou-o a procurar uma escola militar para fazer seus estudos, pois ali o ensino era gratuito. E uma vez soldado, suboficial e oficial do Exército, percorreu a Venezuela de norte a sul, de leste a oeste, e conheceu a miséria e a pobreza de seus conterrâneos. Diante daquele quadro, prometeu que lutaria e até daria a sua vida para mudar tal situação.
A materialização desse ato se dá com a tomada de consciência na violenta repressão ao “Caracazo”, a revolta popular de 1989 contra o governo neoliberal de Carlos Andrés Perez, e com a insurreição militar de 1992, liderada por Chávez.
Desde então, Chávez dedica sua vida inteiramente à libertação de seu povo e de seu país, destravando as amarras da submissão, da opressão e da miséria em sua querida Venezuela, num exemplo de amor e solidariedade aos países da America Latina.
O ódio com o qual é criticado pelos grupos mais conservadores e reacionários do mundo, em particular os de seu país e de toda a América Latina, é a prova mais cabal e evidente do acerto de sua opção política e ideológica. Chávez é o exemplo mais vigoroso e atual de como continuar a luta por um mundo melhor.
O recente e vergonhoso episódio do jornal El País, que posta uma foto extraída de uma cirurgia como se fosse Chávez, mostra o caráter daqueles que, além de não respeitarem a dor de um ser humano, projetam em suas atitudes o desejo de liquidar não um homem, mas idéias que ele representa.
O site UOL reproduz a foto e no corpo da matéria tem a coragem – assim como fez com a falsa ficha da presidente Dilma – de dizer que a foto não prova nem desmente a notícia falsa. A Folha de São Paulo consegue ser mais cara de pau que o próprio El País.
Que viva Chávez!
Izaías Almada é escritor, dramaturgo e roteirista cinematográfico, É autor, entre outros, dos livros “Teatro de Arena, uma estética de resistência”, da Boitempo Editorial e “Venezuela, povo e Forças Armadas”, Editora Caros Amigos.
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