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Rodrigo Vianna

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Toledo: Dilma avançou, mas eleição não está decidida

21 de Outubro de 2014, 20:15 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Dilma avança, mas Aécio segue forte: ninguém ganha eleição de véspera

Dilma avança, mas Aécio segue forte: ninguém ganha eleição de véspera

O alerta vem de um dos mais sérios analistas de Política na imprensa brasileira. José Roberto Toledo escreve no Estadão. O jornal é conservador e apóia os tucanos. Mas, ao contrário de outros colunistas da chamada “velha mídia”, Toledo não incorpora a opinião dos patrões aos textos que escreve.

O jornalista desenvolveu uma grande capacidade de observar os números das pesquisas e os cenários eleitorais. E, depois das últimas pesquisas a mostrar o avanço de Dilma, Toledo escreve um texto que pode servir de alerta aos petistas mais empolgados.

Dilma (que já tem 4 pontos de vantagem) pode até abir 6 pontos para Aécio nos próximos levantamentos. Mas isso não significa que a eleição esteja definida. Há um debate na Globo. Há fatos inesperados que podem surgir nos próximos dias. E há também o fator abstenção – lembra-nos Toledo.

Não é torcida, é a análise dos fatos. Acompanhem (Rodrigo Vianna).

CRESCIMENTO AJUDA DILMA, MAS ABSTENÇÃO PODE ATRAPALHÁ-LA

por José Roberto Toledo, no Estadão.com

Na reta final da eleição os movimentos do eleitorado tendem a ser mais importantes do que os números. E o crescimento de Dilma Rousseff (PT) identificado pelo Datafolha é semelhante ao captado por outras pesquisas. Embora consistente, o movimento é lento – nada a ver com a rápida queda de Marina Silva (PSB) que acabou beneficiando Aécio Neves (PSDB) no primeiro turno.

Qualquer previsão sobre vitoriosos ou derrotados é precipitada. A diferença entre os dois candidatos a presidente é tão pequena que fatores não aferidos pelas pesquisas – como erro e abstenção do eleitor ou voto no exterior – podem decidir a eleição.

A abstenção tende a ser maior nos Estados onde há mais população rural ou com dificuldade de chegar ao local de votação, como no Norte e Nordeste. Isso se agrava no segundo turno, especialmente nas unidades da Federação onde o governador já foi eleito em 5 de outubro. A abstenção pode crescer nos maiores Estados do Nordeste onde só se escolherá o presidente, como Bahia, Pernambuco e Maranhão. Isso seria problema para Dilma, que tem mais votos nesses locais. Ela pode ter compensações, porém.

Eleitores com baixa escolaridade tendem a errar mais na hora de votar, principalmente no primeiro turno, quando tem que marcar cinco números para cinco cargos diferentes na urna. Os votos nulos foram mais frequentes no Norte e Nordeste. No segundo turno, com apenas um ou dois votos, o erro é menor. Isso pode ajudar a presidente a crescer nessas regiões.

A diferença entre Dilma e Aécio é tão pequena que até feriados podem influenciar no resultado. Vários tribunais regionais federais, do Rio Grande do Sul ao Nordeste, estão antecipando a folga do Dia do Servidor Público para segunda-feira pós-eleição. Se os servidores de tribunais e seus familiares viajarem e não votarem, quem perde mais? Só as urnas dirão.

(fim)

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Fonte: http://www.revistaforum.com.br/rodrigovianna/outras-palavras/toledo-dilma-avancou-mas-eleicao-nao-esta-decidida/

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