Lei sancionada por Putin no final de 2015 determina que orgãos de governo e empresas usem softwares russos e livres

Em vigor desde 1º de janeiro de 2016, a lei determina que os orgãos de governo só podem comprar softwares estrangeiros de código fechado caso não existam similares nacionais ou estrangeiros de código aberto de acordo com os registros russos de softwares produzidos no país.

Inicialmente a migração acontece nos orgãos de governo, depois nas empresas estatais e privadas.

A medida, além de ser uma resposta russa às sanções comerciais impostas pelos EUA e União Européia ao país Euroasiático,  visa garantir a soberania tecnológica russa e economizar 80 bilhões de rublos (cerca de US$ 1,3 bi) anuais gastos pelos país em licenças de uso de tecnologias de informação de código fechado.

Segundo German Klimenko, conselheiro de Putin para questões de desenvolvimento da Internet, "as empresas estrangeiras [de tecnologia] mamam na teta da vaca que nós criamos", referindo-se aos gastos que o estado russo tem com tecnologias de informação estrangeiras.

A companhia estatal Rostelecom, responsável pelas comunicações estatais, desenvolve um sistema de e-mails próprio em substituição ao Exchange Server e Outlook.

A distribuição Astra Linux, desenvolvida por programadores russos, substituirá o Windows.

Microsoft Office será substituído pelo LibreOffice (padrão no Astra Linux) ou pelo multiplataforma (Linux, Mac, Windows, Web, IOS e Android) МойОфис (MeuEscritório) baseado no LibreOffice com suporte padrão ao formato aberto ODF.

Já os bancos de dados estão migrando dos produtos Oracle para PostgreSQL, por ser de código aberto e não haver um análogo russo para banco de dados.

Só em Moscou cerca de 600 mil computadores passarão por este processo de migração de plataformas estrangeiras proprietárias de código fechado para plataformas russas e livres de código aberto.

E o Brasil?

É! o Brasil dos golpistas e dos colonizados vai exatamente no caminho inverso e se entrega às companhias de tecnologia norteamericanas...

Com materiais de Vedomosti.ru, Inosmi.ru, Regnum.ru, Segodnya.ua