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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

10 anos

19 de Janeiro de 2016, 4:25, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

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Dez anos de alegria.

Dez anos de preocupação.

Dez anos de um pouco menos de “coração de pedra” e um pouco mais de sensibilidade.

Dez anos de mais rosa.

Dez anos de tentativas de bons exemplos na área da alimentação, esportes, entre outras.

Dez anos de leituras, estudos, viagens e brincadeiras conjuntas.

Dez anos de aprendizado, de erros e acertos.

Dez anos de muitos beijos e abraços.

Parabéns para a minha amada artista preferida!


Arquivado em:Variedades Tagged: Feliz Aniversário

“As Sufragistas” deve ser assistido por todos que não dão valor ao voto

19 de Janeiro de 2016, 4:25, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

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O ótimo filme inglês “As Sufragistas” foi lançado dia 24 de dezembro de 2015 no Brasil, mas em Curitiba ainda não chegou. Será que nossa cidade não dá valor para um filme que defende a Democracia, a igualdade de gênero e social e a importância dos movimentos sociais?

Suffragette, com as marcantes atrizes Carey Mulligan, Meryl Streep e Helena Bonham Carter, mostra o drama de mulheres que lutavam na Inglaterra, no início do século XX, pelo direito ao voto. Eram mulheres que não tinham poder sobre seus filhos, sofriam assédio sexual no trabalho, ganhavam menos do que os homens e não eram escutadas pela imprensa e pela sociedade. E ainda eram reprimidas pelo governo e pela polícia.

Ao final o filme mostra o nome de vários países e o ano nos quais o voto feminino foi promulgado, inclusive o Brasil.

Em nosso país o voto feminino foi garantido em 1932 com Getúlio Vargas, após a Nova Zelândia, que garantiu o voto das mulheres no século XIX (1893) e alguns outros países, como a Rússia, que com a Revolução socialista de 1917 garantiu o voto feminino.
No Brasil por meio de Decreto 21.076/32, o voto feminino no Brasil foi assegurado,mas somente às mulheres casadas, com autorização dos maridos, e às viúvas e solteiras que tivessem renda própria. Em 1934 as restrições ao voto feminino foram eliminadas, mas a obrigatoriedade do voto era apenas para os homens e, apenas em 1946, a igualdade formal foi total.

Um fato interessante na história é que a professora Celina Guimarães Viana conseguiu seu registro para votar no Rio Grande do Norte, em Mossoró, em 1927. No mesmo estado foi eleita a primeira prefeita do Brasil, em 1929, Alzira Soriano elegeu-se na cidade de Lages. Mas há registros de que uma mulher que conseguiu o alistamento eleitoral logo após a proclamação da República, para participar das eleições da nova Assembleia Constituinte. Ela invocou a “Lei Saraiva”, promulgada em 1881, que determinava direito de voto a qualquer cidadão que tivesse uma renda mínima de 2 mil réis (algumas informações do TRE-ES).

Em 2010 elegemos a primeira mulher presidenta, Dilma Rousseff (PT), mas ainda falta um número maior de mulheres no Parlamento. A Lei 9.100/1995 determinou que pelo menos 20% das vagas de cada partido ou coligação deveriam ser preenchidas por candidatas mulheres, a Lei 9.504/1997 (Lei das Eleições) determinou o percentual mínimo de cada sexo fosse de 25%, e hoje o percentual é de 30%. A Lei n° 12.034/2009 instituiu novas disposições na Lei dos Partidos Políticos (Lei n° 9.096/1995) de forma a privilegiar a promoção e difusão da participação feminina na política.

Mas o caminho é longo para uma igualdade de fato.

É uma pena que muitas pessoas, hoje, principalmente os jovens, não deem valor para o direito ao voto e para a Democracia.

suffragette


Arquivado em:Política Tagged: democracia, Igualdade, mulheres

Não deixe de assistir “O Menino e o Mundo”

18 de Janeiro de 2016, 4:23, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

Se você acha que a garantia de direitos dos trabalhadores, a redução das desigualdades sociais, qualquer crítica ao capitalismo-liberal e a defesa do meio ambiente por um desenvolvimento sustentável é coisa de petista-comunista-bolivariano-lulista, você irá odiar a animação brasileira de 2013 “O Menino e o Mundo”, que está concorrendo ao Oscar 2016 de melhor animação de 2015, exibida nos Estados Unidos da América. É patrocinado pela Petrobras.

Entretanto, se você é um pouco mais esclarecido, sabe a diferença entre esquerda e direita, entre comunismo, socialismo, anarquismo e social-democracia, entre democracia formal e substancial, entre um Estado a serviço das elites e um Estado voltado para a sociedade, entre PT e os demais setores da esquerda e centro-esquerda, não defende os interesses econômicos a qualquer preço, mesmo que contrariando as questões ambientais, sociais, éticas e jurídicas, você deve assistir, junto com uma criança ou adolescente, o desenho brasileiro.

“O Menino e o Mundo”, patrocinado pelo BNDES e pela Petrobras e tem apoio de outros órgãos e entidades estatais, é do diretor paulista Alê Abreu. Concorrerá com “Anomalisa”, “Divertida Mente” (Inside Out), “Shaun, O Carneiro” (Shaun the Sheep Movie) e “Quando Marnie estava lá” (When Marnie was there), e desbancou filmes milionários como “O Bom Dinossauro”, “Home” e “Minions”.

Antes de assistir com a criança explique que é um desenho praticamente sem diálogos. Sugiro, por exemplo, que você faça um desafio e pergunte quais as mensagens que o filme traz para o espectador.

E são muitas as mensagens e denúncias.

Mostra em 1h13min um menino, sentindo a falta do pai, viajando, com muita imaginação, pelo mundo do trabalho, desde o setor agrícola, industrial e comercial, e toda a exploração da elite financeira com os trabalhadores e com os mais fracos.

Outros pontos tratados: O quanto as grandes corporações são contrárias à cultura popular. O quanto o Estado e a polícia podem ser opressores. Os problemas e revoltas nas favelas, no transporte coletivo e no trânsito das grandes cidades. O quanto a Casa-Grande aproveita, e bem, do capitalismo, enquanto que quem está na periferia sofre. Alerta para o poder da sociedade, que unida pode se contrapor a tudo isso. Mostra a mecanização que tira empregos e destroi o meio ambiente. Faz uma crítica ao fascismo, ao consumismo e à publicidade. Sobra até para os telejornais que mostram notícias importantes junto com besteiras, como se tudo fosse objeto de consumo.

Se delicie com as mensagens, o visual, as músicas, entre elas do Emicida.


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Playboy pede Impeachment de Dilma no jogo do Corinthians na terra da Disney

17 de Janeiro de 2016, 20:22, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

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Playboy endinheirado, de São Paulo, corinthiano, com um iPhone 6 (quase R$ 4 mil), óculos Prada (R$ 1.000,00) e camisa oficial do Corinthians (R$ 250,00).

Foi ao jogo Corinthians versus Atlético Mineiro no Torneio da Flórida (estado onde fica a Disney), que está ocorrendo nos Estados Unidos da América, com importantes times de futebol do Brasil e de outros locais do mundo.

Não levou uma bandeira ou faixa do Corinthians ou do Brasil, mas sim uma faixa preta com a frase em amarelo “Impeachment 13/3”, chamando para mais uma manifestação da classe média e da elite financeira do país que ocorrerá em março pelo golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT).

Uma fonte do Blog do Tarso, que estava na Arena em Boca Raton, entrevistou o sujeito, que disse que “no Brasil não pode colocar uma faixa porque não tem Democracia”. E “que aqui aqui tenho liberdade para protestar e no Brasil não tenho”.

O sujeito não deve saber o que foi a Democracia Corinthiana e se o Doutor Sócrates estivesse vivo e se o sujeito o encontrasse na rua, provavelmente gritaria “vai para Cuba!”. Deve conhecer apenas o milionário e obeso Ronaldo, dono de time na Flórida, que apoiou Aécio Neves (PSDB) em 2014 e também não quer mais a Dilma no poder.

O jogo passou ao vivo na TV Globo para milhões de brasileiros. Uma coisa não podemos negar: os golpistas são bons de mídia!

Foto do torcedor endinheirado que quer o golpe contra Dilma. Foto

Foto do torcedor endinheirado que quer o golpe contra Dilma. Foto exclusiva da fonte do Blog do Tarso


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Brasil e Petrobras no Oscar

14 de Janeiro de 2016, 20:15, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

O filme de animação “O Menino e o Mundo”, patrocinado pelo BNDES, pela Petrobras e pelo governo Dilma Rousseff (PT), do diretor paulista Alê Abreu, vai representar o Brasil no Oscar 2016.

Concorrerá com as animações “Anomalisa”, “Divertida Mente” (Inside Out), “Shaun, O Carneiro” (Shaun the Sheep Movie) e “Quando Marnie estava lá” (When Marnie was there). Desbancou filmes milionários como “O Bom Dinossauro”, “Home” e “Minions”.

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O desenho mostra um garoto, pelos olhos de uma criança, uma uma sociedade marcada pela pobreza, exploração de trabalhadores e falta de perspectivas. Tem trilha sonora de Emicida.

Se a Petrobras tivesse sido privatizada pelo governo FHC (PSDB), seria chamada de Petrobrax e não estaria fomentando a cultura brasileira. Ou patrocinaria obras que incentivariam o consumismo infantil e a alienação, que é o que mercado espera de uma nação de consumidores.

A cerimônia do Oscar 2016 ocorrerá no dia 28 de fevereiro.


Arquivado em:Política Tagged: Oscar, Petrobras

Curta sobre menina que sofre intolerância religiosa

9 de Janeiro de 2016, 11:44, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso


Arquivado em:Política Tagged: ateu, Deus, intolerância religiosa

Pós em Licitações e Contratos Administrativos na PUC-PR

9 de Janeiro de 2016, 11:44, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

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A Pontifícia Universidade Católica do Paraná, uma das instituições de ensino superior mais conceituadas do Brasil, acabou de criar o Curso de Especialização em Licitações e Contratos Administrativos com Tópicos Especiais em Direito das Concessões. São coordenadores do curso os professores Vivian Cristina Lima Lopez Valle e Eduardo Iwamoto.

O advogado e professor de Direito Administrativo, Tarso Cabral Violin, autor de livros sobre o tema (entre eles Terceiro Setor e as Parcerias com a Administração Pública: uma análise crítica, pela editora Fórum, já em sua 3ª edição), Consultor Jurídico em Licitações e Contratos Administrativos, e autor do Blog do Tarso, será o responsável pela disciplina “Licitação e Terceirização no Terceiro Setor”.

Segundo Tarso “é essencial que dentro dos debates sobre licitações e contratos administrativos, discutamos o fomento via termos de fomento e de colaboração com Organizações da Sociedade Civil, conforme legislação recente editada e reformulada, e as terceirizações por meio dos contratos de gestão com as Organizações Sociais, tão questionadas por muitas vezes ferirem os ditames constitucionais”.

Maiores informações e inscrições aqui.

Tarso Cabral Violin: "os contratos de gestão com as Organizações Sociais muitas vezes ferem os ditames constitucionais".

Tarso Cabral Violin: “os contratos de gestão com as Organizações Sociais muitas vezes ferem os ditames constitucionais”.


Arquivado em:Direito Tagged: licitações, Pontifícia Universidade Católica do Paraná PUCPR, Tarso Cabral Violin, Terceiro Setor, Vivian Cristina Lima Lopez Valle

Blog do Tarso faz aniversário de 5 anos

9 de Janeiro de 2016, 11:44, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

5anos

O Blog do Tarso foi criado em 1.1.11 com o intuito de ser um instrumento para discutir Política, Direito e Administração Pública, sempre com o intuito de defender o Estado Social, Republicano, Desenvolvimentista e Democrático de Direito, nos termos da Constituição de 1988, de forma crítica ao neoliberalismo, ao gerencialismo, ao fascismo e ao coxismo.

Nesse período de 5 anos o Blog do Tarso se transformou em um dos maiores e mais respeitados blogs sobre Direito e Política do Paraná, e é referência para a blogoosfera progressista no país.

Com isso, claro, incomodamos políticos poderosos, meios de comunicação que veem a blogosfera como um inimigo comercial e pessoas que não aceitam que o Direito e a Política sejam utilizados para fins da redução das desigualdades sociais, garantia da Democracia substancial e de uma República sem privilégios da elite financeira.

Obrigado a todos e a todas que leram, curtiram, seguiram, compartilharam, enviaram textos e informações para o Blog.

Um abraço e um feliz 2016!

Tarso Cabral Violin – advogado em Curitiba, Professor de Direito Administrativo, escritor, mestre e doutorando (UFPR), Vice-Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Direito do Terceiro Setor do PPGD-UFPR, membro das Comissões de Estudos Constitucionais e de Gestão Pública e Controle da Administração Pública da OAB-PR, presidente da Associação dos Blogueiros e Ativistas Digitais do Paraná – ParanáBlogs e autor do Blog do Tarso


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Por um 2016 maravilhoso!

9 de Janeiro de 2016, 11:44, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

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O ano de 2015 foi um ano de conquistas e de perdas pessoais e profissionais, tanto para mim quanto para o Blog do Tarso. Para o Brasil também, ocorreram crises mas também a consolidação de nossas instituições e de nossa Democracia. Sou um otimista por natureza!

As conquistas servem para nos incentivar no caminho e com as perdas devemos aprender, crescer, melhorar.

Que 2016 seja um ano de conquistas, aprendizagem e leveza para todos e para todas!

Um abraço do

Tarso Cabral Violin

Advogado, professor universitário e autor do Blog do Tarso


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Massacre de Curitiba é “esquecido” pela Retrospectiva 2015 da Globo

9 de Janeiro de 2016, 11:44, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

O Massacre do Centro Cívico de Curitiba de 29 de abril de 2015, gerado pelo governo Beto Richa (PSDB) contra professores, estudantes, servidores e cidadãos, foi simplesmente “esquecido” pela Retrospectiva 2015 da TV Globo exibido nesta quarta-feira (30).

Será que é por que o Paraná não existe para essa Rede de TV?

Ou será que é por que a Rede Globo “blinda” governos tucanos, em especial o governador Beto Richa (PSDB)?

A RPC-Globo, que iniciou o ano fazendo oposição sistemática contra Richa, incitando os professores e a população paranaense contra o incompetente governador, semanas depois do massacre e após o aumento nos gastos publicitários do governo do Paraná na velha mídia, simplesmente voltou a poupar o considerado pior governador paranaense de todos os tempos.

A saída para isso se chama: democratização da mídia e liberdade de expressão real, com o fim dos monopólios e oligopólios inconstitucionais dos meios de comunicação.

Maiores informações sobre o Massacre aqui ou nos seguintes posts:

Assista o documentário sobre o Massacre do Centro Cívico de Curitiba


Arquivado em:Política Tagged: Beto Richa, Massacre do Centro Cívico, Rede Globo, RPC

Argentina caminha novamente para o monopólio privado da mídia

26 de Dezembro de 2015, 4:41, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

argentina

Milhares de argentinos estão saindo às ruas nos últimos dias contra as políticas autoritárias e anti-democráticas do novo presidente argentino, de centro-direita, Mauricio Macri. Um dos focos de revolta é a tentativa de Macri de retorno aos privilégios do Clarín, a “Globo argentina”, que é o conglomerado que domina empresas de TV, rádio, jornal e internet que monopoliza as comunicações no país. A palavra de ordem é #LaLeydeMediosNoSeToca. Acompanhe no La Campora.

O presidente neoliberal extinguiu da TV Pública o famoso programa de análise de notícias 678; e interviu por meio de simples decreto, contra legislação aprovada no Congresso argentino, com o intuito de destituir o presidente da presidente da Autoridad Federal de Servicios de Comunicación Audiovisual (AFSCA), Martín Sabbatella, que tem mandato até 2017, conforma a Ley de Medios, e o presidente da Autoridad Federal de Tecnologías de la Información y las Comunicaciones (AFTIC), também com mandato fixo.

Não é possível que um presidente atue contra lei aprovada pelo Congresso Nacional, a não ser que a Argentina vivesse uma ditadura.

Mais informações (em espanhol) na Telesur TV:

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Privatizações via Organizações Sociais (OS) fracassaram

22 de Dezembro de 2015, 0:16, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

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Para quem acompanha a minha vida acadêmica ou mesmo o Blog do Tarso sabe que desde os anos 1990 faço um combate contra as Organizações Sociais – OS, uma vez que elas foram criadas para burlar o concurso público, burlar as licitações, burlar o regime jurídico administrativo e até, pasmem, burlar a própria Lei de Responsabilidade Fiscal.

Nos termos constitucionais, defendo a sociedade civil organizada como espaço de guerra de posição gramsciana, com possibilidade de ser fomentada pelo Estado para a complementação de determinados e excepcionais serviços sociais, mas nunca para fins de privatização em sentido amplo ou terceirização em sentido estrito dos serviços sociais.

Recentemente o Supremo Tribunal Federal entendeu que a Lei das OS federal é constitucional, mas para fins de fomento por meio de contratos de gestão. Continuo entendendo que o STF não autorizou a privatização dos serviços sociais como educação, saúde, cultura, etc.

Nos últimos tempos o modelo de privatização da saúde, educação, cultura e demais serviços sociais mostrou o quanto precariza a Administração Pública, gerando mais corrupção, mais patrimonialismo, mais opacidade, mais exploração dos trabalhadores e mais prejuízos para os cofres públicos.

O Instituto Curitiba de Informática – ICI é exemplo para todo o Brasil de falta de transparência, de burla às licitações e ao concurso público, de enriquecimento de empresários na área de informática e de dependência da Prefeitura de Curitiba com relação a uma entidade privada.

Em São Paulo o Tribunal de Contas do Estado, após estudo, verificou que o modelo das OS na saúde é mais caro, menos eficiente, paga menos para os trabalhadores e mais para os diretores das entidades.

No Rio de Janeiro, há poucos dias, estourou mais um caso de corrupção, com a verificação de superfaturamentos nas OSs da saúde e enriquecimento de diretores das OS que tinham Ferraris e outros sinais de riqueza incompatíveis.

Hoje (21), infelizmente mais um caso de ineficiência das OS veio a tona. O Museu da Língua Portuguesa, privatizado via OS pelo governo de São Paulo (PSDB), foi destruído por um incêndio com a morte de um trabalhador bombeiro civil. Independentemente de quem foi a culpa, todos sabemos que os prejuízos vão acabar sendo arcados pelos cofres públicos estadual e federal ou pela população brasileira, e não pelos donos das OSs, com ligações, inclusive, com a Rede Globo de Televisão.

Tarso Cabral Violin – advogado, Professor de Direito Administrativo, mestre e doutorando (UFPR), vice-coordenador do Núcleo de Pesquisa em Direito do Terceiro Setor do PPGD-UFPR, membro da Comissão de Gestão Pública e Controle da Administração e da Comissão de Estudos Constitucionais da OAB-PR, autor do livro Terceiro Setor e as Parcerias com a Administração Pública: uma análise crítica (Fórum, 3ª ed., 2015) e autor do Blog do Tarso


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Publicado livro “Eficiência e Ética na Administração Pública”

21 de Dezembro de 2015, 20:16, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

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Acabou de ser publicado o livro Eficiência e Ética na Administração Pública: Anais do Seminário Internacional realizado no programa de Pós-Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, pela editora Íthala de Curitiba. Os coordenadores da obra são os Professores Doutores Luiz Alberto Blanchet, Daniel Wunder Hachem e Ana Claudia Santano, com prefácio de Emerson Gabardo.

O advogado e professor de Direito Administrativo, Tarso Cabral Violin, autor do Blog do Tarso, e sua orientadora no Doutorado de Políticas Públicas da UFPR, Eneida Desiree Salgado, também Professora de Direito Constitucional e Direito Eleitoral da UFPR, são co-autores do livro e publicaram o artigo “Transparência e Acesso à Informação: o caminho para a garantia da ética na Administração Pública”, na página 271.

Tenha acesso à obra completa em PDF aqui.


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STF barra golpe de Eduardo Cunha e oposição: Impeachment tem que seguir o ordenamento jurídico

17 de Dezembro de 2015, 19:53, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

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Atualizado às 19h30

O Supremo Tribunal Federal acabou de votar contra os interesses golpistas do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), e da oposição composta pelo PSDB, DEM, Solidariedade e outros partidos de direita que são contrários à redução das desigualdades e defendem a manutenção dos interesses das elites financeiras.

A votação foi 6 X 5 pelo voto aberto, 7 X 4 sobre proibição da candidatura avulsa e 8 X 3 sobre o Senado.

Parabéns Ministros Barroso, Teori Zavascki (fora sua posição pelo voto fechado), Rosa Weber, Fux, Cármen Lúcia, Marco Aurélio, Celso de Mello (apenas com relação ao Senado) e Lewandowski.

A Câmara dos Deputados vai ter que eleger novamente a comissão especial do Impeachment, sem voto secreto e sem candidatura avulsa. E cabe ao Senado instaurar ou não o processo de Impeachment. Apenas com a instauração do Senado a presidenta Dilma Rousseff (PT) seria afastada para a decisão de mérito, pelo próprio Senado.

Desta vez não concordei com os votos dos Ministros Fachin, Toffoli e Gilmar Mendes, e parcialmente com Zavascki e Celso de Mello.


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Lei das OSC é desconfigurada pelo Congresso Nacional

16 de Dezembro de 2015, 3:43, por Feed RSS do(a) Blog do Tarso

Conforme já analisei no meu livro Terceiro Setor e as Parcerias com a Administração Pública: uma análise crítica (Fórum, 3ª ed., 2015), a Constituição Social, Republicana, Desenvolvimentista e Democrática de Direito de 1988 prevê que, em serviços públicos  sociais como educação e saúde, o Estado deve ser o principal prestador, mas é importante a existência de uma sociedade civil organizada e que complemente determinados serviços. Para isso pode ser fomentada pelo próprio Poder Público, mas de forma a seguir os princípios da moralidade, isonomia, publicidade, entre outros princípios constitucionais.

Por isso sempre fui um defensor da Lei 13.019/2014, que trata do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, por não ser contaminada com o neoliberalismo-gerencial da década dos anos de 1990. E tinha orgulho de ter participado do evento inaugural dos debates sobre essas Lei em 2011, em Brasília, como debatedor.

O problema é que o Congresso Nacional, por meio da Lei nº 13.204, de 14 de dezembro de 2015, simplesmente desconfigurou a legislação. Claro que de forma aprofundada apenas tratarei do tema em artigo científico ou na 4ª edição do meu livro.

Mas pretendo comentar rapidamente sobre algumas alterações importantes:

Incluiu no rol das OSCs as cooperativas sociais e as organizações religiosas

Após o lobby das entidades filantrópicas na área da saúde, elas foram retiradas da aplicação do MROSC. Ou seja, voltaram a existir os convênios público-privados na área da saúde, sem a disciplina da Lei das OSC. O intuito é que os convênios utilizados para fins de privatização da saúde, sem licitação, sejam mantidos, com o repasse de bilhões de dinheiro pública para essas entidades poderosas.

Outro absurdo é que os termos de compromisso cultural referidos no § 1o do art. 9o da Lei no 13.018/2014 também não vão mais ser disciplinados pelo MROSC.

O legislador, ao invés de simplificar e diminuir o número de acordos de vontade, apenas complica ainda mais o ordenamento jurídico, tudo para satisfazer feudos da saúde e cultura.

Outra falha foi retirar os termos de parceria com as OSCIPs – organizações da sociedade civil de interesse público (Lei 9.790/99), da aplicação do MROSC. Essa legislação de 1999 nem deveria ter sido mantida, e agora volta a ter vida própria.

Também retirou da aplicação do MROSC os bilhões de dinheiro público que serão repassados para as APAES, demais entidades de atendimento educacional especializado às pessoas portadoras de deficiência e escolas privadas de atendimento especial assistenciais.

A nova lei ainda permite, pasmem, que entidades integradas pelos membros da magistratura, parlamentares, membros do Ministério Público, entre outros servidores, recebam anuidades com dinheiro público sem a aplicação do MROSC.

Por fim, o MROSC não será aplicado às parcerias entre a Administração Pública e os serviços sociais autônomos.

Ou seja, o MROSC foi totalmente esvaziado, em decorrências de setores poderosos de nossa sociedade. Um retrocesso incrível e absurdo.

A nova Lei ainda retirou a obrigação da realização de chamamento público prévio aos termos de colaboração ou de fomento que envolvam recursos decorrentes de emendas parlamentares às leis orçamentárias anuais e os acordos de cooperação.

A nova lei ainda dispensa a realização do chamamento público no caso de atividades voltadas ou vinculadas a serviços de educação, saúde e assistência social, desde que executadas por organizações da sociedade civil previamente credenciadas pelo órgão gestor da respectiva política. Mais um esvaziamento da lei.

Agora será inexigível o chamamento público quando a parceria decorrer de transferência para OSC que esteja autorizada em lei na qual seja identificada expressamente a entidade beneficiária (inclusive subvenção da Lei 4.320/64 e LC 101/2000).

Diminuição de tempo de existência da entidade que vai receber dinheiro público, sendo que antes era sempre três anos.

A lei original dizia que as OSCs não poderiam ser utilizadas para prestação de serviços ou de atividades cujo destinatário era o aparelho do Estado, contratações de consultori, e apoio administrativo. Isso tinha que ser uma obviedade. Esses objetos são contratuais, e não relativos a outros tipos de parceria. Entendo que mesmo com a retirada, esses objetos seguem a Lei de Contratos Administrativos, e não parcerias para fomento ou colaboração.

A nova lei também não exige mais que as OSCs, quando forem gastar dinheiro público, o façam seguindo os princípios da moralidade, impessoalidade, entre outros, de acordo com regulamento. Ou seja, menos controle e mais corrupção nos gastos com dinheiro público.

A nova lei não proíbe mais taxas de administração. Só retrocessos?

A modificação não proíbe mais pagamento de remunerações acima dos valores de mercado. Virou festa?

A nova lei ainda criou mais um caso de dispensa de licitação para os contratos administrativos, ao incluir inciso no art. 24 da Lei 8.666/93: “XXXIV – para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública direta, sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado”.

Por fim, uma alteração importante é que a vigência da lei para a União e estados será em janeiro de 2016, mas para os municípios apenas em 1º de janeiro de 2017.


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