Ir para o conteúdo

Terra Sem Males

Tela cheia Sugerir um artigo
Topo site 800x100

Blog

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Greve dos servidores estaduais do Paraná começa nesta terça (25)

24 de Junho de 2019, 19:46, por Terra Sem Males

Um ato público, nesta terça-feira (25), vai marcar o início da greve organizada por cerca de 30 sindicatos e associações que representam os servidores estaduais. A concentração terá início às 9h, na Praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba.

Outros atos também estão programados nas principais cidades do Paraná. Em Maringá e Foz do Iguaçu a concentração também ocorre às 9h. Será em frente à sede do Núcleo Regional de Educação. Em Cascavel, educadores visitarão escolas e depois se reúnem na sede da APP-Sindicato.

A greve é, principalmente, para cobrar do governo o pagamento da reposição salarial. O funcionalismo está com os rendimentos congelados desde 2016. Segundo o DIEESE, a defasagem já está em 17,02%. De acordo com o economista, Cid Cordeiro, o cálculo do prejuízo aponta que o Estado está deixando de pagar aos trabalhadores o equivalente a mais de dois meses de salário por ano.

A reposição está prevista no artigo 18 da Lei Orçamentária de 2019, aprovada pela Assembleia Legislativa, e a saúde das contas públicas do Estado atende todos os requisitos exigidos na legislação para a revisão dos rendimentos, em especial o superávit de R$ 2,2 bilhões no caixa governo, registrado ao final de 2018.

Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males

Curta o Instagram do Terra Sem Males



Ação no MPF em Curitiba pede saída de Deltan Dallagnol

24 de Junho de 2019, 19:15, por Terra Sem Males

Manifestantes em defesa da liberdade do ex-presidente Lula realizam atos descentralizados nesta segunda-feira, 24 de junho, Dia Nacional de Agitação Lula Livre

No início da tarde desta segunda-feira, 24 de junho, militantes que defendem a liberdade do ex-presidente Lula realizaram uma ação em frente ao Ministério Público Federal (MPF), em Curitiba, sede da Força Tarefa da Lava Jato.
Em pronunciamento num megafone, militantes pediam a saída do procurador Deltan Dallagnol e informaram que este era o primeiro recado ao MPF. Os manifestantes dialogavam com a população que circulavam pela região central de Curitiba.

O ato contou com a participação da vereadora Professora Josete (PT), que falou sobre os vazamentos de áudios dos bastidores da Lava Jato, com diálogos entre o ex-juiz federal Sergio Moro e os procuradores do MPF, revelados pelo The Intercept Brasil, reafirmando o caráter político da prisão do ex-presidente Lula, mantido na sede da Polícia Federal na capital paranaense desde o dia 07 de abril de 2018.

A segunda turma do Supremo Tribunal Federal havia marcado a retomada de julgamento de um habeas corpus de Lula para esta terça-feira (25), mas a pauta foi adiada. Nesta semana, a Vigília Lula Livre, em frente à sede da PF, conta com a participação de caravanas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), reunindo cerca de 400 pessoas para as mobilizações.

Por Paula Zarth Padilha, texto e foto



Nota de solidariedade ao Blog do Ed Wilson

24 de Junho de 2019, 11:57, por Terra Sem Males

Iniciativa de um grupo de professores, profissionais de Comunicação e leitores, a nota de solidariedade (abaixo) refuta os ataques disparados contra este jornalista depois da publicação de uma reportagem sobre desvio de recursos na construção do campus da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), na cidade de Balsas.

A reportagem do Blog do Ed Wilson, baseada em documentos e fontes seguras, revela os detalhes sobre a má gestão do dinheiro público na referida obra.

Após a publicação, surgiram postagens atacando o autor e não o conteúdo. É uma tática antiga e infrutífera. Afinal, quem briga com a verdade e a realidade, sempre perde.

Fico imensamente grato a tod@s que se manifestaram em defesa do Jornalismo.

Veja a nota:

Caro cidadão, jornalista, radialista e professor Ed Wilson

Estamos percebendo o que estão tentando fazer com o seu nome por conta da má prática que se estabelece em algumas instituições em momento de acirramento  de campanhas pela disputa de poder.

Acusaram-no do que não fez. Tentam confundir para não se obrigarem a explicar.

Suas matérias, publicadas no seu blog e em outros meios, sempre demonstram preocupação social, base em fatos e rara qualidade linguística.

Continue assim. A polêmica é própria da política e do jornalismo, mas temos que saber ler (e ver) as coisas e entender que o bom texto prevalece em relação a discursos agressivos baseados no poder financeiro.

Conte com o nosso apoio.

Carlos Agostinho Couto (UFMA)

Saturnino Moreira (UEMA)

Larissa Leda Rocha (UFMA)

Welbson Madeira (UFMA)

José Luís Diniz (ASCOM/MPMA)

Hélder Machado Passos (UFMA)

Marcos Franco Couto (jornalista – Balsas/MA)

Márcia Coimbra  (jornalista – São Luís/MA)

Luís Carlos (Servidor Público Federal)

Antonio Gonçalves (presidente do ANDES)

Marly Dias (UFMA)

Carol Libério (UFMA)

Flávia Moura (UFMA)

Ramon Bezerra (UFMA)

Rose Ferreira (UFMA)

José Reinaldo Martins (jornalista – São Luís)

Tarcísio Ferreira (UFMA)

Sílvio Rogério (UFMA)

Luciene Amorim (IFMA)

Letícia Cardoso (UFMA)

Márcio Monteiro (UFMA)

Danusa Ferreira  (professora rede estadual)

Mayron Regis (jornalista)

Marcellus Ribeiro Alves (secretário estadual da Fazenda )

Paulo César do Vale Madeira (juiz de Direito/ Amapá)

Giovana Pelella (assistente social)

Celijon Ramos (economista)

Carlos Benalves (UFMA)

Juliana Eugênio (jornalista – Imperatriz/MA)

Beto Matuck (cienasta)

Isabel Aquino (jornalista – São Luís/MA)

Josinaldo da Luz (Economista)

Eloy Natan (presidente do Sindicato dos Bancários)

Thaisa Bueno (UFMA/Imperatriz)

Flavia Regina Melo (jornalista, editora do blog Buliçoso)

Emilio Azevedo (jornalista – Vias de Fato)

Moisés Mathias (jornalista)

Daniel Lemos Cerqueira (UFMA/UEMA/UNIRIO)

Prof. Guilherme Ávila (UFMA/Universidade Nova de Lisboa)

Sirliane Paiva (Apruma/UFMA)

Joana Coutinho (UFMA)

Arleth Santos Borges (UFMA)

Maria Mary Ferreira (UFMA)

Ana Maria Lima (UFMA)

Silvana Martins de Araújo (UFMA)

Juliana Carvalho M. Teixeira (UFMA)

Micael Carvalho (COLUN/UFMA)

Cibelle Cristina Lopes e Silva (UFMA)

Lucelma Silva Braga (UFMA)

Marise Marçalina de Castro da Silva Rosa (UFMA)

Ana Paula Ribeiro de Sousa (UFMA)

Maria da Glória Serra Pinto de Alencar (UFMA)

Elena Steinhorst Damasceno (UFMA)

Diana Costa Diniz (UFMA)

Wescley Fernandes (UFMA)

Denise Bessa (UFMA)

Luiz Eduardo Neves dos Santos (UFMA)

Rosana Mendes Eleres de Figueiredo (UFMA)

James Araújo (UFMA)

Claudio Anselmo de Sousa Mendonça (COLUN/UFMA)

Willame Policarpo (jornalista e diretor da rádio comunitária Tropical, de Santa Luzia do Paruá)

Élida Neiva Guedes (UFMA)

Bartolomeu Rodrigues Mendonça (COLUN/UFMA)

Nilton Ericeira (Radialista – DRT 0001895/MA e estudante UFMA)

Paulo Melo Sousa (Jornalista – São Luís)

Junior Catatau (IFMA)

Marcos Figueiredo (UFMA)

Walkir Marinho (jornalista – São Luís)

Joanita Mota Ataíde (professora aposentada – UFMA)

Franklin Douglas (UEMA/IMEC)

Franci Gomes Cardoso (UFMA)

Claudia Santiago (jornalista, Núcleo Piratininga de Comunicação, Rio de Janeiro)

Joka Madruga (repórter fotográfico independente e editor do site Terra Sem Males)



Mais de 400 militantes gritam Bom Dia Presidente Lula, nesta segunda-feira

24 de Junho de 2019, 11:45, por Terra Sem Males

Militantes do MST de várias regiões do Paraná participam na Vigília Lula Livre do “Dia Nacional de Agitação Lula Livre”, em Curitiba-PR, nesta segunda-feira (24).

Clique aqui para saber mais destas atividades.

Confira abaixo diversas fotos desta manhã.

COLABORE COM O JORNALISMO INDEPENDENTE E FAÇA UMA DOAÇÃO PARA RECEBER ESTAS FOTOS EM ALTA RESOLUÇÃO.

Clique aqui para fazer a doação. As fotos serão enviadas, em alta resolução, para o e-mail do doador fornecido no cadastro.

  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males


Caravanas do MST ocupam Vigília em Curitiba aguardando soltura de Lula

24 de Junho de 2019, 11:02, por Terra Sem Males

Julgamento de habeas corpus do ex-presidente foi agendado para esta terça (25) e cerca de 400 militantes do MST realizam atividades na Vigília no Dia Nacional de Agitação Lula Livre

Clique aqui para ver fotos deste ato

Na manhã desta segunda-feira, 24 de junho, quando a Vigília Lula Livre completa 443 dias, cerca de 400 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Paraná, entre acampados e assentados, engrossaram as manifestações pela liberdade do ex-presidente.

As atividades culturais e de formação, como parte de uma agenda de resistência e luta pela liberdade de Lula, acontecem desde o dia 07 de abril de 2018, quando ele foi preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba. Nesta semana, diversas caravanas do MST vieram à Curitiba para aguardar o julgamento de habeas corpus de Lula, agendado pela segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) para esta terça (25). Dos cinco ministros da turma, dois já se posicionaram contra a soltura.

A diferença é que o país vive há duas semanas acompanhando os reflexos da chamada “Vaza Jato”, divulgação de mensagens de telegram trocadas entre procuradores do MPF no Paraná que compõem a Força Tarefa da Lava Jato e o ex-juiz federal Sergio Moro, atualmente ministro da justiça do governo Bolsonaro. As mensagens estão sendo publicadas pelo The Intercept Brasil e foram obtidas por uma fonte.

“Viemos buscar o Lula”
Durante o “Bom Dia Presidente Lula” desta manhã, as diversas brigadas populares do MST no Paraná se enfileiraram, entoaram o hino do movimento e seus motes de resistência. Che Guevara, Teixeirinha, José Martí, Dorcelina Folador, Ulisses Manassás, Carlos Mariguela, Zapata, Quilombo dos Palmares, o nome das brigadas homenageia a luta internacionalista pelo socialismo e pela reforma agrária popular. De acordo com o que foi anunciado pelos militantes, a ocupação do espaço na Vigília nesta semana é para “ajeitar as fileiras da resistência” e “buscar o Lula”.

As ações nesta segunda-feira, 24 de junho, são parte do “Dia Nacional de Agitação Lula Livre”, que, de acordo com o vice-presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller, é uma orientação da coordenação da Vigília Lula Livre pela realização de atos descentralizados por todo o país em defesa da liberdade do ex-presidente. A CUT compõe a coordenação da Vigília junto ao PT, MST e ao MAB, o Movimento dos Atingidos por Barragens.

Ainda nesta manhã, a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, divulgou que o julgamento do habeas corpus de Lula foi colocado como última pauta entre 11 que a segunda turma deve julgar e que foi transferido para o segundo semestre porque não haveria tempo para a mesma sessão.

Por Paula Zarth Padilha

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males



FOTOS | 20 anos do assentamento Contestado

23 de Junho de 2019, 13:20, por Terra Sem Males

Uma grande festa celebrou os 20 anos do assentamento Contestado na Lapa-PR (cerca de 50km de Curitiba), neste sábado (22). A festa iniciou com uma celebração ecumênica seguida de um grande almoço com churrasco. Na sequencia aconteceram apresentações culturais e inauguração do Centro Cultural Casarão.

Confira aqui mais sobre esta festa.

Confira aqui matéria exclusiva do Terra Sem Males sobre o assentamento Contestado.

Abaixo diversas fotos da grande festa.

  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males
  • Foto: Joka Madruga / Terra Sem Males


Assentamento Contestado comemora 20 anos com inauguração de Centro Cultural

21 de Junho de 2019, 12:03, por Terra Sem Males

Comunidade é referência na produção agroecológica e está localizada na Lapa, a 70 quilômetros de Curitiba.

O assentamento Contestado, na Lapa (PR), comemora 20 anos com uma grande festa da colheita, neste sábado (22). A festa terá um ato ecumênico, almoço com churrasco, apresentações culturais, fogueira e baile. O evento também marcará a inauguração do Centro Casarão Cultural, com participação do grupo Mandicuera de Fandango Caiçara e com exposição de fotografia “Olhar ancestral: memória e cultura quilombola”, da fotógrafa Izabelle Neri Vicentini.

A área da comunidade tem três mil hectares, e está localizada a 70 quilômetros de Curitiba, capital do Paraná. É uma área rural que conjuga produção diversificada e preservação da mata. Atualmente, 160 famílias moram na área, sendo 108 assentadas e outras 52 que compartilham o espaço, entre filhos e parentes dos assentados.

O assentamento é sede da Escola Latino Americana de Agroecologia (ELAA), e também de um colégio estadual, uma escola municipal, uma creche (chamada pelos assentados de Ciranda Infantil), uma Unidade Básica de Saúde.

Produção sem agrotóxico

Quando o assunto é produção, a comunidade é reconhecida como referência em produção agroecológica. A cooperativa Terra Livre, criada pelo assentamento, organiza e escoa a produção de 210 sócios – agricultores da própria comunidade e também de Campo Largo, Lapa, Antônio Olinto, São Mateus do Sul, Palmeira, Teixeira Soares e Antonina. Toda semana são entregues 8 toneladas de verduras, frutas, legumes e temperos agroecológicos em 104 escolas, via Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Antes de servir como território de vida e moradia para mais de 530 pessoas, a área estava improdutiva e acumulava dívidas com a União. As terras foram desapropriadas e destinadas à reforma agrária em 1999, após terem sido ocupadas por famílias integrantes do MST.

Dos 3228 hectares a área total, 1.240 são de áreas de proteção ambiental – como reserva legal ou preservação permanente. Todo o território integra os limites da Área de Proteção Ambiental da Escarpa Devoniana.

Histórico da área

Em fevereiro de 1999, no período de repressão do Governo Jaime Lerner, 40 famílias ocuparam a área que pertencia a Incepa. A empresa de Cerâmica acumulava dívidas trabalhista com a União. Como forma de abater os débitos com o Estado, a área foi destinada para a reforma agrária.

No período monárquico, essas terras foram pertencentes ao Barão dos Campos Gerais, além de ser um grande proprietário de terras da região matinha pessoas negras escravizadas nas suas terras. Na antiga casa do barão e sua família, será inaugurado o Centro Cultural Casarão, espaço dentro do assentamento destinado ao âmbito cultura.

O assentamento tornou-se oposto do histórico da área. Hoje é caracterizado pela sua diversidade. Além da produção agroecologia traço marcante do assentamento é possível ainda ter acesso a saúde popular com tratamentos homeopáticos, benzedeiras, escolas que atendem as crianças até o nível superior e o centro cultural com diversas atividades culturais e artísticas.

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males



População de Curitiba manda recado em defesa da aposentadoria na Greve Geral

17 de Junho de 2019, 15:01, por Terra Sem Males

Atos descentralizados paralisaram atividades na última sexta-feira, 14 de junho, contra a Reforma da Previdência e em defesa da educação pública

Milhares de trabalhadores e estudantes ocuparam as ruas de Curitiba e região na última sexta-feira, 14 de junho, dia da greve geral da classe trabalhadora convocada pelas centrais sindicais com a apoio das frentes de mobilização de movimentos populares. As manifestações aconteceram em todo o país e em Curitiba teve início ainda na madrugada, com ações nas ruas, rodovias e locais de trabalho.

Grevistas travaram a saída das garagens de ônibus do transporte público e rodovias federais com queima de pneus e ocupação das estradas com faixas de protesto. Foram feitas ações na BR 277, na altura do centro politécnico da UFPR; na BR 116, no contorno sul, numa ação do Movimento Popular por Moradia com moradores das ocupações da CIC; e na Rodovia do Xisto, ao lado da Repar, em Araucária, onde o Sindicato dos Petroleiros organizou a greve na Petrobrás.

Foi na Rodovia do Xisto que diversas viaturas da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar do Paraná e da Guarda Municipal de Araucária reprimiram a manifestação, que contou com a ação dos movimentos sociais (MST, MAB e Consulta Popular) na queima de pneus: um agente da guarda municipal chegou ao local com uma arma em punho, disparando balas de borracha para dispersar os manifestantes. Um grevista foi atingido no rosto e teve que ser socorrido e levado ao hospital. A repressão não impediu que os trabalhadores mantivessem a rodovia ocupada por cerca de uma hora desde às 8h30.

Trabalhadores metalúrgicos organizados pelo Sindicato de Curitiba também paralisaram atividades nas trocas de turno.

Enquanto essas manifestações ocorriam nos bairros, no Centro Cívico de Curitiba uma grande manifestação era encorpada por servidores públicos estaduais de diversas categorias, como professores, policiais civis, trabalhadores da saúde e do judiciário. A pauta comum contra a Reforma da Previdência uniu as diversas vertentes de representação de trabalhadores. Uma marcha saiu às 11h em direção à Praça Santos Andrade, em frente ao prédio histórico da UFPR e ao prédio central da Previdência Social na capital.

Ainda no centro, as agências bancárias foram paralisadas em greve organizada pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba. Uma ação de lavação de calçada com água e sabão foi realizada na sede do Ministério Público Federal, na Rua Marechal Deodoro, local de trabalho dos procuradores da Operação Lava Jato, alvo de denúncias de atuação combinada entre o coordenador Deltan Dallagnol e o ex-juiz federal Sergio Moro, que ganhou o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro após a operação prender o ex-presidente Lula, que foi impedido de concorrer à presidência em 2018.

Os trabalhadores se mantiveram na Praça Santos Andrade aguardando os manifestantes e realizaram outras duas marchas, em direção à Boca Maldita. A primeira saiu às 15h e a greve geral foi encerrada durante a noite, com a massiva adesão de estudantes e professores universitários.

Por Paula Zarth Padilha

Foto: Joka Madruga/Terra Sem Males



Filme “Chão” leva luta do MST para as telas do Cinema e emociona público

12 de Junho de 2019, 12:27, por Terra Sem Males

Bonés, camisetas e bandeiras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lotaram o cinema de um shopping no Batel, bairro nobre de Curitiba, na noite fria deste domingo (9). A cena rara teve como motivação a estreia nacional do filme “Chão”, que conta com sensibilidade e realismo a história do acampamento Leonir Orback, localizado em Santa Helena, estado de Goiás.

A reação da plateia sinalizou a aclamação do público ao longa. Bom sinal para uma obra que disputa a mostra competitiva do 8º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.   

Na tarde desta segunda-feira (10), a projeção ocupou a Vigília Lula Livre, com a presença de dezenas de cineastas participantes do Festival. Logo após as duas exibições houve um debate com a presença de quatro integrante do MST de Goiás que participaram do filme, além de dezenas de militantes do Movimento do Paraná e militante que compõem a Vigília Lula Livre.

“Estou muito emocionada, muito impactada”, resumiu a diretora do longa, Camila Freitas, logo após o lançamento nacional no cinema. “Foi um encontro maravilhoso, que me deixa muito animada e com a perspectiva de fazer poder um cinema que faça esse encontro entre trabalhadores e trabalhadoras do cinema, cinéfilos e trabalhadores rurais e de movimentos sociais que estão ali na luta de base para transformar esse país tão desigual em que a gente vive”.

Seu Ariulino Alves Morais, conhecido como Chocolate, era um dos Sem Terra emocionados na plateia das duas exibições. Ele vive no assentamento Guanabara, no município de Imbaú (PR), e faz parte do MST desde 1984. Hoje com 76 anos, já foi preso e perseguido por lutar pela terra: “Fiquei muito agradecido e estou muito feliz por nosso Movimento estar hoje em um filme. Passou de um sonho para uma realidade. Estou feliz porque ajudei a começar o Movimento, e muito grato por ver vocês terem documentado essa luta, que começou bem dizer há 40 anos atrás […]. Eles podem até matar muitos Sem Terra, mas não matarão nossa persistência e os nossos sonhos”, garantiu.  

O nome da ocupação retratada na tela tornou o filme ainda mais significativo para a jovem Sirlene Ivaniski Rodrigues, moradora do acampamento Dom Tomás Balduíno, região Centro do Paraná, local onde o trabalhador rural Leonir Orback foi assassinado. O crime aconteceu no dia 7 de abril de 2016, em uma emboscada realizada pela Polícia Militar e por seguranças contratados pela empresa Araupel, no município de Quedas do Iguaçu.

“Eu e muita gente que está aqui é do acampamento Dom Tomás, e o filme emocionou muitos todos nós que somos de lá. Muitas vezes a sociedade não olha pra nossa luta. Muitas vezes nos chamam de vagabundo e não sabem a metade do que a gente passa dentro de um acampamento, na luta por ter a nossa terra”, relatou a militante. Ela e outros jovens da ocupação fazem parte da 4ª edição do Curso de Comunicação Popular Ulisses Manaças, realizado pelo MST no Espaço Marielle Vive de Formação e Cultura – que integra a Vigília Lula Livre.

Ocupação do cinema

Assim como a concentração da terra prejudica a vida da classe trabalhadora, o “latifúndio da arte” também está entre as desigualdades que o MST busca enfrentar. Essa é a avaliação de Nelson de Jesus Guedes, integrante da direção estadual do MST de Goiás: “Esse latifúndio da arte e do cinema ainda precisa ser ocupado, para que os trabalhadores possam se ver, se enxergar, se orgulhar”.

Assim como apontou o dirigente do MST, Camila Freitas pretende contribuir para que o filme chegue a muitos acampamentos e assentamentos para “quebrar essa barreira da comunicação elitiza em que estamos hoje”.  

Além de estar na tela, o militante do MST Valdenir Gomes de Jesus Júnior integrou a equipe do documentário, como produtor local. “Nunca tinha trabalhado em filme nenhum, nunca tinha trabalhado com isso. E foi um aprendizado grande. Foi maravilhoso trabalhar com a equipe”. Depois de ver o filme pela primeira vez no cinema, ele resumiu o que sentiu: “Pra mim que não tenho estudo, se ver na tela do cinema, ver uma ‘turmona’ lá batendo palma pra nós, por essa produção coletiva, é um orgulho muito grande”. 

No mundo

A primeira exibição da obra ocorreu em fevereiro, quando esteve entre os 12 filmes brasileiros selecionados para o 69º Festival Internacional de Cinema de Berlim. O evento é considerado um dos mais politizados do cinema internacional.

Por Ednubia Ghisi e Kelen Alves

Foto: Wellington Leno



Greve Geral | Trabalhadores e estudantes vão parar Curitiba

12 de Junho de 2019, 12:05, por Terra Sem Males

Plenária unificada definiu agenda em Curitiba da greve geral de sexta-feira, 14 de junho

Piquetes, travamentos, carreatas. A orientação para a próxima sexta-feira, 14 de junho, greve geral nacional da classe trabalhadora, é atuar para que a população não se desloque, não consuma, não trabalhe, para o país parar. A pauta é a defesa da aposentadoria, das políticas públicas e da educação, numa semana em que o governo Bolsonaro desmorona após publicação de série de reportagens com áudios de procuradores e juízes da operação Lava Jato.

Uma plenária unificada sindical e popular foi realizada em Curitiba, na sede da APP Sindicato, na noite de terça-feira, 11 de junho, chamada pelas entidades que compõem a Frente Brasil Popular, e encaminhou deliberações para a Greve Geral.

Na capital, serão dois pontos de concentração para atos públicos de rua no centro: às 11h, em frente ao Centro Cívico; e às 14h, na Praça Santos Andrade. O encerramento das atividades será na Boca Maldita.

Ao amanhecer, cada sindicato de representação de trabalhadores irá atuar na mobilização das bases nos locais de trabalho: bancários nas agências centrais e centros administrativos nos bairros; metalúrgicos nas portas das empresas; petroleiros em frente à Repar; servidores públicos estaduais reunidos no centro. Uma carreata será realizada na região da CIC, num trajeto entre as empresas metalúrgicas.

Os movimentos populares estudantis, sociais do campo e da cidade e ativistas dos partidos políticos de esquerda também se comprometeram em atuar pela viabilidade das mobilizações junto aos trabalhadores.

No interior do Paraná, os grandes sindicatos vão mobilizar suas bases, com ações programadas nas cidades de Londrina, Maringá, Toledo, Cascavel, Umuarama, Francisco Beltrão, Pato Branco. O MST também vai mobilizar em dez cidades-polo e em municípios pequenos.

A greve geral foi convocada pelas centrais sindicais (CUT, Força, CTB, CSB, CSP Conlutas, Intersindical, Nova Central e UGT) para derrubar a PEC 06/2019, da Reforma da Previdência, em defesa da educação, contra os cortes orçamentários promovidos pelo governo, e pela geração de empregos e contra a retirada de direitos.

Para o jornalista Breno Altman, convidado pela Frente Brasil Popular para fazer uma análise de conjuntura na plenária unificada, a greve geral é a tarefa mais importante da atual conjuntura, para desestabilizar o bloco conservador que governa o país e pela construção de uma saída democrática. “A tendência de desgaste ajuda a classe trabalhadora”, avalia.

Altman ponderou que os movimentos unificados, nesse momento, não devem cair no erro de “servir de massa de manobra” pedindo impeachment do presidente Bolsonaro, ele acredita que isso seria um propósito de algumas alas que o elegeram, como os militares. “É um momento delicado de construção de resistência popular”.

Greve Geral | Curitiba | Sexta-feira, 14 de junho

Concentração:

  • de manhã nos locais de trabalho
  • 11h no Centro Cívico
  • 14h na Praça Santos Andrade

Encerramento: na Boca Maldita

Por Paula Zarth Padilha

Foto: Ana Paula Schreider/PT-PR