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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Licenciado sob CC (by-nc-sa)

“Meu filho não estava em troca de tiro. Estava dentro de uma casa de família”, diz pai de João Pedro

20 de Maio de 2020, 19:02, por .

Reprodução
Em entrevista, pais do adolescente assassinado pela polícia contam que filho era "excelente aluno" e sonhava em ser advogado

Por Luisa Fragão na Revista Fórum

Os pais de João Pedro, adolescente de 14 anos assassinado pela Polícia Civil na segunda-feira (18), em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, comentaram sobre a tragédia em entrevista ao Encontro com Fátima Bernardes nesta quarta-feira (20), um dia após terem encontrado o corpo do filho no Instituto Médico Legal (IML).

João Pedro foi baleado pelos policiais dentro de casa, no Complexo do Salgueiro, enquanto brincava com primos e amigos. Após ser atingido, o jovem foi levado pelos agentes em um helicóptero sem autorização dos familiares e sem acompanhante, ficando desaparecido por 17 horas.

“A minha esperança era encontrar ele com vida. Se eles realmente socorreram, por que não entraram em contato? Por que não levaram para um hospital perto? (…) Fomos encontrar somente no dia seguinte já no IML”, disse Rafaela, mãe de João Pedro.

“Temos preocupação. Sabemos que morar em comunidade não é fácil. (…) Meu filho não estava na rua, numa troca de tiro. Meu filho estava em casa de família. Acho que ninguém tem esse direito de invadir a sua casa e tirar a vida de um jovem de 14 anos, que tinha sonhos, projetos. Ninguém tinha, ninguém esse direito”, acrescentou Neilton, pai do garoto, negando a versão da polícia de que houve troca de tiros no local.

Neilton contou à apresentadora Patrícia Poeta que o sonho de seu filho era ser advogado. “Ele era ótimo na escola excelente aluno. Falava que queria ser advogado, e tinha capacidade para isso”, conta.



Extrema pobreza cresce pelo quinto ano seguido

20 de Maio de 2020, 4:32, por .

MISÉRIA
Extrema pobreza cresce pelo quinto ano seguido e deve ‘explodir’ com a pandemia

Segundo Dieese, aumento da extrema pobreza se deu em função do baixo crescimento do PIB e do estrangulamento do Bolsa Família

Por Redação RBA

São Paulo – Dados detalhados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, mostram que cerca de 170 mil pessoas ingressaram na extrema pobreza em 2019. É o quinto ano de aumento da miséria, que deve “explodir” em 2020, como um dos efeitos econômicos da pandemia de coronavírus, segundo o Dieese.

De acordo com o IBGE, 13,8 milhões de pessoas – 6,7% da população – vivem com menos de US$ 1,90 por dia. Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, esse aumento da extrema pobreza é resultado da crise econômica que abala o país desde 2015.

O que chama a atenção, segundo ele, é que, entre 2017 e 2019, a extrema pobreza continuou se agravando, apesar do leve crescimento do PIB no período. O que aponta para o aumento da concentração de renda e ampliação das desigualdades sociais no país, apesar da pesquisa apontar estabilidade nesse quesito.

No ano passado, mais especificamente, Fausto atribuiu o crescimento da extrema pobreza ao estrangulamento dos programas sociais pelo governo Bolsonaro, em especial o Bolsa Família. E prevê um quadro ainda mais grave em 2020.

“O que a gente vai assistir a partir da pandemia é um crescimento muito acelerado do número de pobres. Em especial, a partir de junho, quando, a princípio, o auxílio emergencial deve se extinguir, de acordo com o governo”, disse o diretor do Dieese em comentário na Rádio Brasil Atualnesta terça-feira (19). Acompanhe



ONDE VAMOS PARA?

19 de Maio de 2020, 8:51, por .

UM policial estava fazendo um vídeo. O mesmo não estava usando máscara foi advertido pelo um cidadão....olha isso.
ONDE VAMOS PARA?



Comissão Arns: O presidente perdeu a condição de governar

19 de Maio de 2020, 3:52, por .

(Foto: Reprodução
Preocupado com o amanhã e sob o peso do luto, o Brasil precisa contar com um governo que coordene esforços para a superação da crise

O momento é grave. É hora de dar um basta ao desgoverno. Hoje é preciso falar ao conjunto dos brasileiros, nossa população multiétnica, multirracial, com diversidade cultural e distintas visões políticas, 210 milhões de cidadãs e cidadãos. Hora de falar ao povo, detentor e destinatário dos rumos do País.

Assistimos em 2019 ao desmanche de instituições e estruturas de Estado, em nome de alinhamentos ideológicos e guerras culturais. A partir de fevereiro último, com a chegada da pandemia em nosso território, ao grande desmanche somaram-se ataques à ordem constitucional, à democracia, ao Estado de Direito. Não podem ser banalizados, muito menos, naturalizados.

Como alertaram os cientistas, a Covid-19 encontraria no Brasil campo fértil para o seu alastramento: um país continente com enorme desigualdade social e concentração de renda, sistema de saúde fragilizado por cortes e tetos orçamentários, saneamento básico precário, milhões de brasileiros vivendo em bairros, comunidades e distritos sem infraestrutura, sucateamento da educação pública, desemprego na casa das 13 milhões de pessoas e uma economia estagnada.

Acrescente-se a esse quadro as características próprias da atual pandemia – um vírus com alta velocidade de transmissão e sintomatologia grave, para o qual ainda não há remédio ou vacina eficazes. Talvez imune ao vírus, mas com toda certeza imune ao sofrimento humano, o presidente da República, Jair Bolsonaro, tem manifestado notória falta de preocupação com os brasileiros, com o risco das aglomerações que estimula, com a volta prematura ao trabalho, com um sistema de saúde que colapsa aos olhos de todos e até com o número de óbitos pela Covid-19, que totalizam, hoje, muitos milhares de casos – sobre os quais, aliás, já se permitiu fazer ironias grosseiras e cruéis.

Mas a sanha do presidente não para por aí. Enquanto o País vive um calvário, Jair Bolsonaro insufla crises entre os Poderes. Baixa atos administrativos para inibir investigações envolvendo a sua família. Participa de manifestações pelo fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Manipula a opinião pública, e até as Forças Armadas, propagando a ideia de um apoio incondicional dos militares como blindagem para os seus desatinos. Enfim, o presidente deixa de governar para se dedicar à exibição diária de sua triste figura, em pantomimas familiares e ensaios golpistas.

Preocupado com o amanhã e sob o peso do luto, o Brasil precisa contar com um governo que coordene esforços para a superação da crise, começando por ouvir a voz que vem das casas, das pessoas que sofrem, em todas as partes. Não há como aceitar um governante que ouve apenas radicais fanáticos, ressentidos e manipuladores, obcecado que está em exercer o poder de forma ilimitada, em regime miliciano-militar que viola as regras democráticas e até mesmo o sentido básico da decência.

Só resta sublinhar o que já ficou evidente: Jair Bolsonaro perdeu todas as condições para o exercício legítimo da Presidência da República, por sua incapacidade, vocação autoritária e pela ameaça que representa à democracia. Ao semear a intranquilidade, a insegurança, a desinformação e, sobretudo, ao colocar em risco a vida dos brasileiros, seu afastamento do cargo se impõe. A Comissão Arns de Defesa dos Direitos Humanos entende que as forças democráticas devem buscar, com urgência, caminhos para que isso se faça dentro do Estado de Direito e em obediência à Constituição.

* José Carlos Dias, presidente da Comissão Arns de Defesa dos Direitos Humanos e ex-ministro da Justiça (governo FHC); Claudia Costin, ex-ministra de Administração e Reforma (governo FHC); José Gregori, ex-ministro da Justiça (governo FHC); Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro da Fazenda (governo Sarney), ministro da Administração e Reforma do Estado e ministro da Ciência e Tecnologia (governos FHC); Paulo Sérgio Pinheiro, ex-ministro da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos (governo FHC); Paulo Vannuchi, ex-ministro de Direitos Humanos (governo Lula), todos fundadores e aqui representantes da Comissão Arns.

do Portal Vermelho



Coquetel à base de cloroquina matou o jornalista Renan Antunes

19 de Maio de 2020, 1:14, por .

Renan Antunes de Oliveira (Divulgação/JC)
Jornalista apresentou sintomas de coronavírus e realizou bateria de exames em hospital de Florianópolis. Médicos o receitaram coquetel à base de cloroquina e o mandaram de volta para casa. Na véspera de seu falecimento, veio o resultado negativo para Covid-19. Era tarde demais

Faleceu no último domingo (19) o jornalista Renan Antunes de Oliveira, de 70 anos. Ele foi vencedor de prêmios importantes do jornalismo brasileiro, como o Esso de Reportagem Nacional, com “A Tragédia de Felipe Klein”, publicada em 2004 no Jornal Já, um pequeno veículo de Porto Alegre.

“Ele tinha amor pela verdade, pelo jornalismo de raiz. Ia até o fim pela pauta. Extremamente inteligente, humor afiado, carinhoso e parceiro. Queria combater as injustiças sociais e usou a ferramenta do jornalismo para fazer isso até o fim da vida. Que o seu legado fique para os jovens jornalistas que estão chegando, principalmente o olhar mais atento para o social”, afirma a sobrinha, a jornalista Edith Auler, 41.

Renan teve passagens pelas revistas Veja e IstoÉ, e pelos jornais Diário Catarinense, Gazeta do Povo e O Estado de S. Paulo. Atualmente, ele fazia reportagens para o site Diário do Centro do Mundo (DCM).

Kiko Nogueira, editor do DCM, revelou que o amigo estava tomando um coquetel à base de hidroxicloroquina e azitromicina e teve uma parada cardíaca.

“Na semana passada, Renan baixou no Imperial Hospital de Caridade, em Florianópolis, com suspeita de coronavírus. Fez uma tomografia dos pulmões e tinha os sintomas da covid-19. Os médicos receitaram-lhe, então, as drogas. Nem ele e nem a mulher, Blanca, assinaram termo de responsabilidade. Foram mandados para casa. Na véspera de seu falecimento, cinco dias após o início desse tratamento, veio o resultado negativo para coronavírus”, contou Nogueira.

Renan fez um transplante de rim no mês passado e estava tomando imunossupressores como prednisona, sirolimo e tacrolimo, que baixam a imunidade. A esposa diz que essas informações foram passadas à equipe médica. A maioria desses medicamentos, combinados com a hidroxicloroquina, causa, entre outras coisas, arritmia cardíaca.

“Essa interação medicamentosa matou Renan. Só deveria ser realizada em ambiente hospitalar. É uma barbaridade o que fizeram”, diz Marcos Caseiro, médico infectologista e professor universitário, ele mesmo curado da Covid-19. A combinação é também desaconselhada pelo site Drug Interaction Checker.

O colega e jornalista Moisés Mendes conta que conversou com Renan há três semanas. “Ele estava faceiro com a vida nova [pós-transplante]. Perguntei como ele se cuidava, me disse que tomava remédios para a rejeição e fez uma declaração que é o que me revolta agora: ‘Não tenho medo da rejeição, porque os medicamentos são de última geração. Tenho medo dessa merda desse vírus'”.

Renan Antunes deixa a mulher, Bianca, e seis filhos: Floriano, Leonel, Jerônimo, Catarina e Bruno, mais a caçula Angelina, de 11. O site DCM realiza um crowdfunding para ajudar a família do jornalista. Caso você possa fazer uma doação, o endereço está aqui.

por Pragmatismo Político