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Notícias

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
A fonte de boa parte das notícias é do site do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (fbes.org.br

Economia Solidária na USP: 15 anos de ITCP-USP e 10 anos de NESOL-USP

29 de Novembro de 2013, 8:07, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Fonte: Nesol e ITCP-USP

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Entre 4, 5 e 6 de Dezembro de 2013 ocorre no Auditório do Instituto de Psicologia da USP o Seminário Economia Solidária na USP: 15 anos da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares e 10 anos do Núcleo de Economia Solidária. A participação é aberta, programação abaixo.

[04 de Dezembro]

19h00 Abertura

Prof. Dr. Augusto Câmara Neiva (NESOL-USP)

Prof. Dr. José Ricardo Mesquita de Carvalho Ayres (Coordenador Núcleo de Direitos)*

Prof. Dr. Reinaldo Pacheco da Costa (ITCP-USP)

Profa. Dra. Sylvia Leser de Mello (ITCP-USP)

Representante da Rede de ITCPs*

*a confirmar

20h00 A relação entre ensino, pesquisa e extensão na prática de formação da ITCP e do NESOL

Denizart Busto de Fazio (NESOL-USP)

Prof. Dr. José Francisco Melo Neto (UFPB)

Profa. Dra. Sylvia Leser de Mello (ITCP-USP)

[05 de Dezembro]

19h00 A economia solidária como um movimento social e sua relação com os outros movimentos

Luciano Mina (FBES - Fórum Brasileiro de Economia Solidária)

Isabel Cristina Alves (Empreendimento Criolê - Movimento Negro)

Laíssa Sobral (ex-formadora da ITCP-USP - Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis - MNCR)

Rafael Mesquita (Banco Comunitário União Sampaio e Agência Cultural Solano Trindade - Movimento Cultural)

[06 de Dezembro]

19h00 A relação da ITCP-USP e do NESOL-USP com as políticas públicas

Prof. Dr. Paul Singer (fundador da ITCP-USP, atual Secretário Nacional de Economia Solidária - SENAES/MTE)

Profa. Dra. Sônia Kruppa (fundadora da ITCP-USP, ex-secretária de educação de Suzano, professora da FE-USP)

Vinicius Galdino (FINEP)

Realização: ITCP-USP NESOL-USP Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (Senaes/MTE



15ª Feira Estadual de Economia Solidária - RS

29 de Novembro de 2013, 8:01, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Fonte: Fórum Gaúcho de Economia Solidária

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De 2 a 7 de dezembro ocorre no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre - Centro Histórico, a 15a. Feira Estadual de Economia Solidária - RS.



Apoio para mudança de sede da Secretaria Executiva do FBES

28 de Novembro de 2013, 13:38, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Por Secretaria Executiva do FBES

A Secretaria Executiva do FBES está de mudança e pedimos apoio dos militantes do DF e Entorno para a realização da mudança para novo endereço. Partiremos do Setor Comercial Sul para Ceilândia Sul neste sábado (30.11).

Aos que puderem apoiar neste sábado enviar e-mail para daniela@fbes.org.br e marcela@fbes.org.br

Aproveitamos para informar que temporariamente o telefone 61 - 3865-3268 ficará fora do ar a partir da próxima semana. O novo endereço da Secretaria Executiva do FBES será: QNM 03, Conjunto O, lote 47 - Ceilandia Sul - Distrito Federal.



Empreendimentos indicados pelos fóruns já tem seu site no Cirandas

27 de Novembro de 2013, 13:01, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Fonte: http://cirandas.net/fbes

A partir desta última segunda-feira (18/11) os empreendimentos de economia solidária indicados pelos fóruns estaduais, e ainda, pela Soltec, a partir do mapeamento realizado no projeto Brasil Local Etnodesenvolvimento, tem seus sites na plataforma Cirandas.net

Agora, o desafio é que estes empreendimentos possam se apropriar da ferramenta e utilizá-la para melhorar sua visibilidade, comercialização e articulação em rede.

Para iniciar o uso dos sites, todos os EES receberam por emails orientações para alimentar suas páginas. Para qualquer dúvida, o contato por email com cirandas@fbes.org.br também está disponível. Além dos formadores cirandeir@s.

Esta atualização foi possível a partir da parceria do Fórum Brasileiro de Economia Solidária com a Cooperativa EITA, que realizou a inserção dos novos EES no Cirandas, e que também segue com a atualização a partir dos dados do recente mapeamento.

Visualize as novas inserções em: http://cirandas.net/fbes/blog/empreendimentos-indicados-pelos-foruns-ja-tem-seu-site-no-cirandas



Empreendimentos indicados pelos fóruns já tem seu site no Cirandas

27 de Novembro de 2013, 13:01, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Fonte: http://cirandas.net/fbes

A partir desta última segunda-feira (18/11) os empreendimentos de economia solidária indicados pelos fóruns estaduais, e ainda, pela Soltec, a partir do mapeamento realizado no projeto Brasil Local Etnodesenvolvimento, tem seus sites na plataforma Cirandas.net

Agora, o desafio é que estes empreendimentos possam se apropriar da ferramenta e utilizá-la para melhorar sua visibilidade, comercialização e articulação em rede.

Para iniciar o uso dos sites, todos os EES receberam por emails orientações para alimentar suas páginas. Para qualquer dúvida, o contato por email com cirandas@fbes.org.br também está disponível. Além dos formadores cirandeir@s.

Esta atualização foi possível a partir da parceria do Fórum Brasileiro de Economia Solidária com a Cooperativa EITA, que realizou a inserção dos novos EES no Cirandas, e que também segue com a atualização a partir dos dados do recente mapeamento.

Visualize as novas inserções em: http://cirandas.net/fbes/blog/empreendimentos-indicados-pelos-foruns-ja-tem-seu-site-no-cirandas



Pela Agricultura Familiar, Reforma Agrária, Soberania Alimentar, Agroecologia e Unidade Campo-Cidade

27 de Novembro de 2013, 12:18, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Articulação das Organizações e Movimentos Sociais da Agricultura Familiar, da Reforma Agrária, da Agroecologia e de Trabalhadoras e Trabalhadores Urbanos - PARANÁ

"Pela Agricultura Familiar, Reforma Agrária, Soberania Alimentar, Agroecologia e Unidade Campo-Cidade"

Necessitamos reconhecimento da Agricultura Familiar

O Brasil encontra-se num importante processo de ascensão econômica, política e social, condição que o coloca como uma das referências mundiais em várias áreas e o destaca pelo seu potencial de

crescimento produtivo, inclusive nos setores agrícola e energético. No entanto, a sociedade necessita mais do que respostas econômicas e financeiras, precisamos do estabelecimento de processos de desenvolvimento sustentáveis, que respondam aos desafios contemporâneos da humanidade, especialmente no que se refere às demandas por qualidade de vida, segurança e soberania alimentar.

Para construir o país que queremos, soberano e sustentável, é estratégico eleger a reforma agrária, a agricultura familiar e as políticas sociais como indutores centrais do desenvolvimento rural sustentável, objetivando o fortalecimento do interior do país. Estas políticas são fundamentais para reduzir as desigualdades, superar a pobreza e eliminar a exclusão social, gerando ocupações produtivas, distribuindo renda e promovendo a soberania e segurança alimentar do Brasil. No entanto, concretamente verificamos poucos avanços na construção e consolidação de políticas estruturantes para este segmento.

Recentemente a Organização das Nações Unidas - ONU, reconhecendo a importância deste segmento para a vida da humanidade, declarou 2014 como o "Ano Internacional da Agricultura Familiar". No cenário Brasileiro vivemos a expectativa do "Ano da Agricultura Familiar", mas que também somos cientes, que o mesmo será bombardeado pela Copa do Mundo e pelas Eleições para Deputados, Senadores, Governadores e Presidente, fatos que demandam retorno rápido do Governo Federal, caso contrário, corremos o risco de verificar construir poucos avanços na constituição e aprovação de Leis e políticas para este segmento tão importante para a sociedade.

O Ano Internacional da Agricultura Familiar - AIAF é um momento único para resgatar e ampliar o fortalecimento desde segmentos social. As organizações de forma unificada desejam articular ações de reconhecimento e valorização desta categoria, com avanços nas políticas públicas já existentes, e, constituição de programas estruturantes, com foco na melhor qualidade de vida e desenvolvimento de ações para sustentabilidade socioeconômica, com valorização da Agricultura Familiar diante da soberania alimentar, cuidado com o meio ambiente. Precisamos confirmação de que propostas estruturantes voltarão a ser construídas, buscando consolidar e fortalecer a Agricultura Familiar, Reforma Agrária e agroecologia, fortalecendo a unidade campo cidade.

MEDIDAS EMERGENCIAIS:

1) EM RELAÇÃO À PERSEGUIÇÃO POLÍTICA E POLICIAL AOS AGRICULTORES E SUAS ENTIDADES NO PAA-PARANÁ:

a) Soltura imediata dos agricultores, agricultoras, técnicos e funcionários públicos presos injustamente na operação da PF 'Agrofantasma', por estarem cumprindo a sua função social de organizarem o PAA junto às comunidades rurais.

b) Articular-se com a CGU na construção de mecanismos para a solução das deficiências encontradas no programa PAA, solucionando de forma orientativa e não punitiva.

2) PROJETOS EM ANDAMENTO NA CONAB-PR

a) Solução imediata para as CPRs que estão em fase de operacionalização, efetuando a autorização de pagamentos dos alimentos já entregues pelas Cooperativas/Associações.

3) APRIMORAR E PUBLICAR IMEDIATAMENTE AS NORMAS DO PAA

a) Separar as modalidades, elevando os limites para R$ 20.000,00 para as seguintes modalidades: Compra com Doação Simultânea, Compra Direta e Sementes.

b) Elevar para R$ 5.000.000, 00 o teto por cooperativa na modalidade de formação de estoque com execução financeira (capital de giro).

c) Assinar os contratos com as cooperativas/associação, respeitando as relações de cooperação e produção que se estabelece entre seus associados.

d) Substituição de produtos: Atualmente no titulo 30 do MOC, está previsto a substituição dos produtos, sendo necessário consultar a entidade, e posteriormente solicitar autorização para a CONAB, ocasionado grande burocracia. Proposição: Implementar a metodologia utilizada pelo PNAE estadual/PR de grupos de produtos (hortaliças, tubérculos, pães), onde permite substituir os produtos dentro do grupo, sem a necessidade de solicitar autorização da CONAB, sendo que, havendo necessidade de substituição de produto de um grupo para outro, aí sim deverá ser solicitado autorização;

4) NOVOS PROJETOS E NOVAS PARCERIAS INSTITUCIONAIS.

a) Com o objetivo de garantir a continuidade e ampliar a quantidade de agricultores envolvidos nos programas e abastecer maior parcela da população carente, propomos uma parceria entre Governo Federal (MDS e MDA), Governo Estadual (SRTE e SEAB-PR) e as Cooperativas/Associações da Agricultura Familiar e da Reforma Agrária.

5) INFRAESTRUTURA URBANA.

a) Viabilizar e equipar infraestrutura descentralizada para a organização da distribuição dos alimentos nos bairros populares das cidades com controle e gestão social.

6) TERRA.

a) Viabilizar e agilizar o assentamento de todas as famílias Sem Terra acampadas no Paraná.

7) AGROECOLOGIA.

a) Efetivar em caráter de prioridade emergencial a implementação do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PLANAPO , especialmente a disponibilização dos recursos financeiros de forma direta para a produção de alimentos, a agroindustrialização, a distribuição e o abastecimento.

8) COOPERATIVISMO.

a) Em caráter de emergência regulamentar por meio de Decreto Lei do Governo Federal a Política Nacional de Cooperativismo da Agricultura Familiar.

b) Empenho do Governo Federal para acelerar a tramitação e aprovação do Projeto de Lei 003/2007, que trata da Lei Geral das Sociedades Cooperativas, considerando a proposta apresentada pelas organizações da agricultura familiar e economia solidária.

MEDIDAS ESTRUTURANTES:

1) POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS E GERAÇÃO DE RENDA:

a) TERRA E TERRITÓRIO - realizar ampla reforma agrária que proporcione mudança na estrutura fundiária do país, a democratização do acesso à terra, respeito, regularização e demarcação dos territórios dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais como meio primeiro para o desenvolvimento justo, popular, solidário e sustentável;

b) AGROECOLOGIA - a agroecologia como base para a sustentabilidade e organização social e produtiva da agricultura familiar e camponesa para a produção e abastecimento com alimentos saudáveis livres de agrotóxicos, transgênicos e substâncias sintéticas à pecuária em oposição ao modelo do agronegócio; incluindo o fomento, a pesquisa e a experimentação participativa, a assistência técnica, a educação técnica formal e popular;

c) CRÉDITO - estabelecer linha de crédito especial com carência, juros e subsídios compatíveis com realidade da agricultura familiar e camponesa e as exigências do processo de transição agroecológica;

d) AGROINDUSTRIALIZAÇÃO - disponibilizar recursos para o estabelecimento das unidades agroindustriais das cooperativas e associações;

e) ABASTECIMENTO POPULAR - aperfeiçoar, fortalecer e ampliar o PAA e o PNAE, e criar uma Empresa Estatal incumbida da compra exclusiva da produção de alimentos da agricultura familiar e camponesa e sua distribuição à numerosa parcela da população brasileira que sofre as mazelas da fome e da desnutrição;

f) COOPERATIVISMO - Aprofundar o reconhecimento sobre a importância do cooperativismo solidário, para o desenvolvimento com inclusão social, redução da pobreza, melhoria das condições de vida e para a preservação e a biodiversidade ambiental, sendo essencial empenho do Governo Federal para acelerar a tramitação e aprovação da Lei Geral das Cooperativas e do tratamento tributário aplicável às sociedades cooperativas;

g) REESTRUTURAÇÃO DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - fortalecer o MDA orçamentariamente de forma a alcançar capacidade efetiva de operacionalizar as políticas nacionais de Reforma Agrária, de Agroecologia, da Produção, Agroindustrialização e o Cooperativismo da Agricultura Familiar e Camponesa, da Educação do Campo, do Abastecimento Popular, da Pesquisa e da Assistência Técnica.

NOSSOS COMPROMISSOS E CALENDÁRIO DE LUTAS UNITÁRIAS:

1) AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PAA-PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS-NO DIA 03/12

a)Solicitamos para a audiência pública a presença dos Ministros: Tereza Campelo, Pepe Vargas, Gilberto Carvalho, Presidente da CONAB(Companhia Nacional de Abastecimento);

b) Proposta de pauta para a audiência pública:

*anuncio pelas autoridades Federais do conjunto de medidas administrativas: normas, procedimentos, portarias, decretos, etc... que definem o financiamento , a simplificação e o aperfeiçoamento do PAA, em sintonia com as propostas apresentadas pelas organizações dos trabalhadores do campo e da sociedade civil de todo o Brasil nos últimos meses;

*dar continuidade as negociações com as autoridades Federais que representam o Estado Brasileiro em relação ao conjunto de propostas estruturantes para fortalecer a agricultura familiar e camponesa, popular e agroecológica que atenda as necessidades e os interesses da sociedade brasileira .

2-PREPARAR UMA JORNADA DE LUTAS PARA 2014:

*com o objetivo de constituir um amplo bloco de movimentos sociais e das forças políticas que aglutinam e envolvam o conjunto dos trabalhadores rurais na perspectiva de desencadear um processo de pressão de massas sobre o Estado Brasileiro e o Agronegócio que são os inimigos de classe no campo.

*a natureza da Jornada Nacional de Lutas será massiva e prolongada, com ações ao mesmo tempo em muitos locais.

*o eixo aglutinador das lutas , mobilizações ,manifestações é o nosso projeto popular e soberano para a agricultura ,que se afirma com a Reforma Agrária massiva e a Agricultura Familiar estruturada para produzir alimentos com bases agroecológicas com fartura e diversidade para toda a população brasileira .

3- LUTAS MASSIVAS PELA AGROECOLOGIA

1) nos comprometemos a lutar pela transição agroecológica massiva, contra os agrotóxicos e transgênicos, pela produção de alimentos saudáveis , pela soberania alimentar, em defesa da biodiversidade e das sementes participando da:

a)13a. Jornada de Agroecologia a ser realizada de 14 a 17 de maio de 2014 na cidade de Maringá /Pr.

4- SEMANA DA AGRICULTURA FAMILIAR ORGANIZADA

1) nos comprometemos em realizar a semana de luta, defesa e construção de alternativas unificadas para fortalecer organização econômica da Agricultura Familiar, com momento específico para luta de gênero, geração e fontes de agregação de valor para este segmento:

a)1a. Semana de Dinamização Socioeconômica da Agricultura Familiar a ser realizada em 10/2014.

Curitiba, 21 de novembro de 2013.

AOPA - ARCAFAR - ACOPA - APP/SINDICATO - CUT-PR - CERU-UFPR - CASABR - CEDEA - CEFURIA - CCA - COOAPAFES - CONSEA/PR - ELAA - FEDERAÇÃO DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS - FESSAN/PR - FUNDAÇÃO RURECO - FETRAF/SUL - MAB - MST - ORGANIZAÇÃO EVANGÉLICA DE SERVIÇO SOCIAL, NUTRICIONAL, EDUCACIONAL, MEIO AMBIENTE E SAÚDE - IEEP - INSTITUTO NHANDECY - REDE ECOVIDA DE AGROECOLOGIA - REDE DE MULHERES NEGRAS PELA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL - REDE PUXIRÃO DE POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS - REDE EVANGÉLICA PARANAENSE DE AÇÃO SOCIAL - REDE SOLIDÁRIA DE ALIMENTOS - SINPAF/PR - TERRA DE DIREITOS - UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES - UNICAFE - VIA CAMPESINA



Artesãos da economia solidária fazem feira de natal em São Bernardo/SP

27 de Novembro de 2013, 11:57, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Fonte: http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=55425

Os empreendimentos de economia solidária de São Bernardo entraram no espírito do Natal e realizam uma feira na praça da Igreja Matriz, no Centro. O evento, com exposição e vendas dos artigos produzidos por artesãos, acontece entre quinta-feira e sábado (28/11 a 01/12) a partir das 9h.

A feira é promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e pelo Fórum Municipal de Economia Solidária de São Bernardo. O evento contará com algumas atrações artísticas e musicais, além de oficinas de artesanato.

A Feira de Economia Solidária terá produtos de 18 grupos de empreendimentos na cidade. Entre eles, artesanato em madeira, lata, tecido, material reciclável, linhas e fios. Os produtos serão variados e a partir de R$ 1.

O evento conta ainda com verduras e legumes cultivados sem agrotóxico de seis hortas orgânicas e duas barracas de alimentação. "Organizamos a feira na região central da cidade para que as pessoas tenham opção de presentear os amigos e familiares com artesanato. É muita variedade disponível feita pelos artesãos do município. A feira faz parte da lei municipal de fomento aos empreendimentos de economia solidária", explicou Nilson Tadashi, diretor da CTR (Central de Trabalho e Renda).

As costureiras da Tecoste e Charlotte irão vender bolsas e artigos feitos com material reciclável, como lonas plásticas. A artesã da Charlotte, Djenani Martins, está animada. "Já participamos de evento semelhante e a aceitação dos produtos foi ótima. Muita gente da cidade não conhece ainda o nosso trabalho. É uma oportunidade de divulgar e aumentar as vendas no fim de ano".

Economia solidária é uma forma de trabalho que busca valorizar as pessoas que se juntam em associações e cooperativas. Várias podem ser as formas de trabalho: artesanato, reciclagem de materiais, costura, construção civil, alimentação, produção de sabões e sabonetes, e muitas outras.



Autogestão é um desafio para quem não deixou de ser jovem

26 de Novembro de 2013, 13:54, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Por Luigi Verardo (publicado em http://www.agenciajovem.org/wp/?p=18223)

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A Economia Solidária tem a virtude de poder integrar diversos elementos constitutivos da vida na sociedade humana. Ela tem a potencialidade de agregar o que foi e está sendo pulverizado e fragmentado pela trajetória mais recente da história. A Economia Solidária nasce como expressão de uma inconformidade com o mundo em que vivemos e, ao mesmo tempo, não deixa de apresentar e realizar alternativas econômicas e sociais para o mundo que queremos: mostra que uma outra economia e outra forma de organização e relacionamento social é possível. Atua na área do negócio e combina-a com a área organizacional, de forma que uma não sobreponha a outra.

Isto é, se a atividade econômica (produção, serviço, comercialização, consumo, finanças) constitui o elemento básico, ela não prescinde, mas requer afluência de nova cultura, visão ambiental e relacionamento solidário e adequados ao trabalho humano. Isto porque não se trata de uma atividade econômica convencional, mas de economia baseada na solidariedade e organizada de forma autogestionária.

Quando definimos os empreendimentos solidários como atividades coletivas, de cooperação e autogestionárias estamos pressupondo a existência de autonomia, o que requer investimento na construção dos elementos de caráter objetivo e subjetivo necessários para que, em última instância, se crie uma cultura avessa à dependência, à exploração, ao preconceito (de raça e de gênero) e à política de dominação. Sabemos que superar os entraves que tanto nos impedem de promover a solidariedade e autogestão requer que se considere as determinações que pesam sobre cada um de nós tanto individual como coletivamente. Afinal, na nossa existência nos encontramos em um mundo que não escolhemos (preferíamos outro e melhor, não é verdade?). Além disso, nos encontramos em uma forma muito louca de relacionamento em sociedade. Vivemos com muitas pessoas que não escolheríamos conviver. Vivemos numa sociedade que usa determinada forma de organização social e cultural que nos precede; contudo, estes são apenas os elementos externos que demarcam nossa existência.

Os obstáculos e as cadeias que sequestram nossas almas e nossas alegrias não estão distantes de nós: também estão em nós mesmos. Isto é, fomos educados (desde a infância, na família, nas escolas, nas empresas, nas catequeses e pelos meios de comunicação) para o individualismo, competitividade e dureza nas relações. As heranças culturais e psíquicas não nos abandonam de graça: são heranças, são marcas. Por conta disso, é necessário saber o que queremos e que projeto de vida nos interessa. E, a partir disto, é saber o que podemos e devemos rejeitar ou deixar para trás. Com isso teremos chance de construir o que queremos. Só seremos nós mesmos a partir do que fizermos daquilo que os outros fizeram de nós.

Sem dúvida que há necessidade de se desenvolver espírito crítico e promover novas atitudes e sensibilização para novos valores. Contudo, nuvens escuras não se desfazem com simples brisas e tampouco aquelas coisas mais preciosas à vida não são trazidas pela aragem matinal do novo dia que tanto desejamos. É possível que as marcas individuais e coletivas nunca nos abandonem, mas identificá-las e tratá-las permite que se construa o desejável para o amadurecimento individual e para o desenvolvimento do coletivo.

O processo de libertação das determinações e de construção voltada à autonomia não se dá pela via teórica ou de forma abstrata. São resultados de novas atitudes e de novas práticas. São frutos que nascem de novo relacionamento no trabalho, no controle coletivo das atividades econômicas. É neste sentido que a Autogestão na Economia Solidária é uma escola não apenas para a economia, mas para a sociedade e para o indivíduo.

A promoção de novas formas de relacionamento e de administração envolve necessariamente uma gama enorme de elementos que de alguma forma interferem na vivência das pessoas e dos grupos. É necessário trabalhar os conceitos, preconceitos, informações, juízos de valores que estão incorporados como naturais, assim como atitudes e gestos inconscientes. Por conta disso, afirmamos que a construção de novas relações e novas atitudes exige que se trabalhe com saberes, desejos e fantasias.

Constituir alternativas solidárias implica em mexer em escalas de valores. Elas têm a ver com as alterações no comportamento e nas práticas de interação dos indivíduos com o grupo em que convivem e trabalham no dia-a-dia. A economia solidária e a autogestão não são categorias absolutas: são processos de construção em que um rol muito amplo de elementos deve confluir para seu desenvolvimento e para a sua constituição.

Combater a dependência é mais do que se dizer "independente" (etimologicamente, dependente de si mesmo). Resta, contudo, saber das dependências conscientes ou inconscientes que herdamos internamente. Contudo, se, de alguma forma, somos determinados pelo nosso meio, isso não nos isenta de responsabilidades. Aliás, devemos ter responsabilidades (responder pelas palavras e ações) de ordem social (relacionais), política (poderes) e ideológica (mentalidades). Quando falamos que desde o começo temos compromisso com a solidariedade, na sua acepção social, cultural e política, estamos nos referindo, antes de tudo, à solidariedade para com os que vivem do seu próprio trabalho, e não de forma geral ou abstrata. Aliás, a solidariedade não se dá apenas com o presente (com as pessoas de hoje) porque a humanidade continua e não é nada solidário gerar hoje um passivo ambiental para as gerações futuras pagarem.

Constituir empreendimentos de economia solidária e de autogestão significa, antes de tudo, construir alternativas, pressupondo um incessante trabalho crítico tanto no sentido de negar (na teoria e na prática) o que se quer superar, quanto no de construir o novo a que se propõe. Significa realizar um processo vivo no qual tanto o trabalho quanto o relacionamento interpessoal devem caracterizar-se como atividade essencialmente humana de forma que os sujeitos possam exercer sua atividade de forma prazerosa, sem que se dissociem a produção e a deliberação. Afinal, produzir e decidir sobre o destino do que se produz são partes integrantes do processo de trabalho e da vida humana.

As atividades solidárias e de autogestão como gestão democrática requerem um investimento incessante à promoção da inteligência coletiva. Incentivo tanto no sentido de capacitar os trabalhadores e garantir a sustentabilidade do empreendimento, quanto no sentido de sensibilizar o conjunto dos trabalhadores para as novas relações de trabalho e de organização coletiva. Tudo isto sem perder de vista a inserção no mercado. Investir na organização dos trabalhadores e simultaneamente na gestão do negócio significa que é necessário que se distingam, de forma clara, as duas áreas. Significa que se deve tratar de forma distinta, porém combinada, a esfera da gerência e administração do negócio e a área de relação e organização autogestionária. Pois, o espaço das relações cooperativas e o espaço do relacionamento competitivo do mercado constituem duas esferas que são de caráter distinto e contraditório. As diferenças e os conflitos, por sua vez, requerem um tratamento permanente e adequado de forma que possam servir de elemento gerador não só de consciência, mas de estímulo no sentido de se buscar a superação através de novas perspectivas e novas dimensões de relações de trabalho e de vida.

Há um tempo acreditou-se que quando os trabalhadores pudessem assumir coletivamente seu próprio negócio iriam fazê-lo de forma muito mais interessante que a mera reprodução daquilo que viviam no mundo do trabalho. Contudo as experiências das centenas de empreendimentos e empresas de autogestão mostrou que o peso da herança da cultura da dominação (principalmente, subalternidade e dependência) e do preconceito persiste nas "novas" relações de trabalho. No caso das empresas recuperadas observamos o quanto a trajetória de lutas e de reivindicações dos períodos anteriores determinava o destino do futuro do empreendimento solidário e de autogestão. Das experiências bem sucedidas ou que redundaram em resultados satisfatórios, nenhuma delas contava com trabalhadores sem experiência de luta (de greve, por exemplo) sem experiência que provasse a importância da solidariedade de classe naquelas ações trabalhistas.

Além da história de lutas também a questão etária mostrou sua importância. Se além da ausência da vivência solidária acrescentasse o fator etário, a perspectiva do novo projeto poderia estar toda comprometida. Aliás, daqueles empreendimentos assumidos pelos próprios trabalhadores nenhum se deu com pessoas com idade próxima da aposentadoria e com pouca trajetória de luta e de busca de mudanças e inovações.

Quando se trata de constituir projeto de autogestão o segmento jovem apresenta potencialidade superior. Além do gregarismo¹ que expressam em diversas de suas ações possuem de forma menos cristalizada as heranças da dominação. Tiveram menos oportunidade de serem adestrados pelo taylorismo e fordismo. Por fim, pode-se dizer que o jovem possui maior disponibilidade, mais espírito de abertura para vivência de novas realidades.

Depois, no processo de implantação sob a gestão direta dos trabalhadores persistem elementos culturais e psíquicos que dificultam o amadurecimento individual e coletivo necessário às práticas autogestionárias. Existem atitudes que fazem lembrar a expressão bíblica: "saudades das cebolas do Egito" porque, por exemplo, o trabalhador antes tinha garantia da Carteira de Trabalho. Agora, não. Antes não precisava conhecer outras áreas de trabalho senão as atividades de sua seção ou de sua profissão. Agora precisa se responsabilizar pela administração do negócio. Aliás, o conceito de "profissão" passa a ter maior abrangência. Mesmo quando o sujeito começa a assumir a gestão muitas vezes faz pela metade de forma que continua se sentindo empregado para cobrar e reclamar e, ao mesmo tempo, acha-se com poderes (de ser chefe) para dar ordem e mandar.

Por ser um processo em construção e de inovação o desenvolvimento do empreendimento autogestionário requer inteligência e energia para cuidar da partilha das informações, disponibilidade para participação integral da gestão e vigilância para acompanhar as decisões, os encaminhamentos e resultados. Como se pode observar este caminho não é para qualquer pessoa. As tarefas não são para pessoas burocratizadas e acomodadas com rotinas: são desafios que precisam de jovens para avançar.

Envolva-se:

Para conhecer um pouco mais do assunto recomendamos: VERARDO, Luigi. Economia Solidária e autogestão. http://www.fase.org.br/projetos/vitrine/admin/Upload/1/File/Proposta98/luigiverardo98.pdf

¹ "O gregarismo é uma estratégia protetora observada em diversos grupos de animais, que se agrupam em sociedades mais ou menos estruturadas, permanentes ou temporárias, visando a proteção dos indivíduos que a compõem". Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Greg%C3%A1rio



Animação explicativa sobre Fundo Rotativo Solidário

26 de Novembro de 2013, 11:39, por Desconhecido - 0sem comentários aindaProduzido pelo Centro Sabiá com apoio da Fundação Heifer Internacional

Você sabe o que é o Fundo Rotativo Solidário? from Centro Sabiá on Vimeo.



Animação explicativa sobre Fundo Rotativo Solidário

26 de Novembro de 2013, 11:39, por Desconhecido - 0sem comentários aindaProduzido pelo Centro Sabiá com apoio da Fundação Heifer Internacional

Você sabe o que é o Fundo Rotativo Solidário? from Centro Sabiá on Vimeo.



Caravana Agroecológica: o papel do consumidor ecológico na região sul

25 de Novembro de 2013, 12:57, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Fonte: http://www.agroecologia.org.br/ Image

Com o crescimento da produção agroecológica no entorno das cidades no litoral norte do Rio Grande do Sul, os consumidores em parceria com as organizações locais e os agricultores resolveram estimular ainda mais a produção de alimentos saudáveis. Através dessa articulação nasceu a ideia de criar cooperativas de consumidores orgânicos, de modo a garantir o produto para consumidores e a produção para os que vendem, espelhadas no modelo da Coopetativa Coolméia de Porto Alegre.

Durante a caravana agroecológica visitamos duas dessas experiências. A Cooperativa dos Consumidores de Produtos Ecológicos Três Cachoeiras (Coopet) nasceu há 15 anos do desejo das pessoas da cidade de consumir os produtos que viam passar pela rodovia em direção a capital do estado, onde agricultores e agricultoras da região comercializam seus produtos todos os sábados. Se articularam para montar um ponto de vendas que estivesse aberto de segunda a sábado. A produção é adquirida principalmente da região mas também de outros grupos da Rede Ecovida de Agroecologia. Começaram comercializando os produtos com o preço normal, depois adotaram o sistema de sócios com pagamento de uma taxa mensal (R$ 35,00) para manter os funcionários e o local. Os outros consumidores pagam um valor um pouco maior nos produtos. Atualmente são quase cem sócios para manter o funcionamento, muitos deles agricultores que também buscam uma alimentação saudável e o estímulo da iniciativa.

IMG 2936"Essa organização mostra que já estamos bem cientes do que queremos, é uma orquestra com esse monte de músicos na região: agricultores, professores, consumidores, etc. É a festa da vida, estimula muito mais os agricultores porque já tem uma venda garantida", disse Sidilon Mendes, sócio-fundador. Os produtores entregam diretamente na loja, que faz parte da Rede Ecovida. Quem estabelece o preço é o próprio agricultor. Tem duas funcionárias em horário comercial, além das verduras, frutas e hortaliças vendem também produtos industrializados, principalmente integrais. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina a Coopet foi a pioneira e inspirou outras iniciativas na região.

Eco Torres

IMG 2963Há treze anos, fruto de uma mobilização de pessoas da cidade, a Ecotorres também buscou apoio do Centro Ecológico, organização não-governamental que atua na região, para estabelecer um ponto de vendas de produtos orgânicos. É muito importante colocar à venda esses produtos aos consumidores, disse Marta Bergamo, produtora e membro da coordenção. "A gente tem um retorno em relação à qualidade dos produtos, que nos estimula e nos faz crescer. Aproxima justamente ao que é nosso objetivo, e o que nós queremos para nós mesmos. Tomara que essa cooperativa de consumidores seja algo presente em todos os lugares possíveis, embora a administração exija bastante tempo. Trabalhar junto sem dúvida é a solução: cooperativa, produtores e consumidores", falou Marta. A Ecotorres tem alguns diferenciais. A parceria com uma sorveteria local, vizbilizou a produção de sorvetes de frutos nativos, como açaí de juçara, araçá, butiá, guabiroba, dentre outros.

IMG 2957A cooperativa tem um conselho administrativo e também pessoas que apoiam e se revezam para colaborar nas lidas de administração e manutenção organização. São cento e quatro "associados", pessoas que estão em busca de uma alimentação mais saudável, mas também colaborar com o meio ambiente bem como para a permanência dos agricultores familiars no campo. Os consumidores acompanham, inclusive, o processo de certificação participativa dos produtos, pois faz pé membro do Núcleo Litoral Solidário da Rede Ecovida de Agroecologia. Havia um sistema de desconto de 10% para os associados, mas infelizmente o retorno das vendas não era suficiente para cobrir os custos da loja. Hoje todos consumidores pagam o mesmo valor pelos produtos.

"As dinâmicas dos municípios são muito diferentes, em Três Cachoeiras é uma população menor mais próxima e não tem a característica turística da cidade de Torres, que é um balneário. Agora estamos fazendo um recadastramento dos associados, pois vivendo hoje uma situação mas favorável, está sendo discutida a possibilidade de algum desconto para os associados, valorizando sua pertença à Cooperativa - então cada lugar tem sua dinâmica. Aqui em Torres, por exemplo, tem a feira ecológica e pensamos que mas quanto mais espaços para apresentação do produto ecológico melhor. A Ecotorres também fica cheia mesmo no sábado de manhã quando ocorre a feira", disse Ana Luiza Meirelles, associada da Ecotorres e da equipe técnica do Centro Ecológico .

IMG 2961"Nós não queremos ficar ricos com isso, imagina com cento e quatro associados se você tirar o lucro no final não dá cem pratas para cada um. A ideia é ter um local de produto saudável para a população, e que as pessoas consumam alimento orgânico. A satisfação é você saber que as pessoas estão se cuidando", disse José Alberto Johan, coordenador geral da Cooperativa.

O abastecimento das verduras ocorre três vezes por semana. Procuram fazer pesquisa de preço para não sair muito do comum, e afirmam que só agora as pessoas estão percebendo a diferença. Alegam que o agricultor tenta manter uma regularidade, certo compromisso com o consumidor, para garantir seu ponto de venda.

"O abastecimento é a base das cooperativas, tem demanda mas não tem produção suficiente para abastecer os espaços de comercialização que estão aparecendo. A história do circuito de pequenos mercados, onde entram as cooperativas, é preciso fazer um planejamento incluindo as cooperativas de consumidores", Silvana Ferrigo, da Acevam.



Caravana Agroecológica: o papel do consumidor ecológico na região sul

25 de Novembro de 2013, 12:57, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Fonte: http://www.agroecologia.org.br/ Image

Com o crescimento da produção agroecológica no entorno das cidades no litoral norte do Rio Grande do Sul, os consumidores em parceria com as organizações locais e os agricultores resolveram estimular ainda mais a produção de alimentos saudáveis. Através dessa articulação nasceu a ideia de criar cooperativas de consumidores orgânicos, de modo a garantir o produto para consumidores e a produção para os que vendem, espelhadas no modelo da Coopetativa Coolméia de Porto Alegre.

Durante a caravana agroecológica visitamos duas dessas experiências. A Cooperativa dos Consumidores de Produtos Ecológicos Três Cachoeiras (Coopet) nasceu há 15 anos do desejo das pessoas da cidade de consumir os produtos que viam passar pela rodovia em direção a capital do estado, onde agricultores e agricultoras da região comercializam seus produtos todos os sábados. Se articularam para montar um ponto de vendas que estivesse aberto de segunda a sábado. A produção é adquirida principalmente da região mas também de outros grupos da Rede Ecovida de Agroecologia. Começaram comercializando os produtos com o preço normal, depois adotaram o sistema de sócios com pagamento de uma taxa mensal (R$ 35,00) para manter os funcionários e o local. Os outros consumidores pagam um valor um pouco maior nos produtos. Atualmente são quase cem sócios para manter o funcionamento, muitos deles agricultores que também buscam uma alimentação saudável e o estímulo da iniciativa.

IMG 2936"Essa organização mostra que já estamos bem cientes do que queremos, é uma orquestra com esse monte de músicos na região: agricultores, professores, consumidores, etc. É a festa da vida, estimula muito mais os agricultores porque já tem uma venda garantida", disse Sidilon Mendes, sócio-fundador. Os produtores entregam diretamente na loja, que faz parte da Rede Ecovida. Quem estabelece o preço é o próprio agricultor. Tem duas funcionárias em horário comercial, além das verduras, frutas e hortaliças vendem também produtos industrializados, principalmente integrais. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina a Coopet foi a pioneira e inspirou outras iniciativas na região.

Eco Torres

IMG 2963Há treze anos, fruto de uma mobilização de pessoas da cidade, a Ecotorres também buscou apoio do Centro Ecológico, organização não-governamental que atua na região, para estabelecer um ponto de vendas de produtos orgânicos. É muito importante colocar à venda esses produtos aos consumidores, disse Marta Bergamo, produtora e membro da coordenção. "A gente tem um retorno em relação à qualidade dos produtos, que nos estimula e nos faz crescer. Aproxima justamente ao que é nosso objetivo, e o que nós queremos para nós mesmos. Tomara que essa cooperativa de consumidores seja algo presente em todos os lugares possíveis, embora a administração exija bastante tempo. Trabalhar junto sem dúvida é a solução: cooperativa, produtores e consumidores", falou Marta. A Ecotorres tem alguns diferenciais. A parceria com uma sorveteria local, vizbilizou a produção de sorvetes de frutos nativos, como açaí de juçara, araçá, butiá, guabiroba, dentre outros.

IMG 2957A cooperativa tem um conselho administrativo e também pessoas que apoiam e se revezam para colaborar nas lidas de administração e manutenção organização. São cento e quatro "associados", pessoas que estão em busca de uma alimentação mais saudável, mas também colaborar com o meio ambiente bem como para a permanência dos agricultores familiars no campo. Os consumidores acompanham, inclusive, o processo de certificação participativa dos produtos, pois faz pé membro do Núcleo Litoral Solidário da Rede Ecovida de Agroecologia. Havia um sistema de desconto de 10% para os associados, mas infelizmente o retorno das vendas não era suficiente para cobrir os custos da loja. Hoje todos consumidores pagam o mesmo valor pelos produtos.

"As dinâmicas dos municípios são muito diferentes, em Três Cachoeiras é uma população menor mais próxima e não tem a característica turística da cidade de Torres, que é um balneário. Agora estamos fazendo um recadastramento dos associados, pois vivendo hoje uma situação mas favorável, está sendo discutida a possibilidade de algum desconto para os associados, valorizando sua pertença à Cooperativa - então cada lugar tem sua dinâmica. Aqui em Torres, por exemplo, tem a feira ecológica e pensamos que mas quanto mais espaços para apresentação do produto ecológico melhor. A Ecotorres também fica cheia mesmo no sábado de manhã quando ocorre a feira", disse Ana Luiza Meirelles, associada da Ecotorres e da equipe técnica do Centro Ecológico .

IMG 2961"Nós não queremos ficar ricos com isso, imagina com cento e quatro associados se você tirar o lucro no final não dá cem pratas para cada um. A ideia é ter um local de produto saudável para a população, e que as pessoas consumam alimento orgânico. A satisfação é você saber que as pessoas estão se cuidando", disse José Alberto Johan, coordenador geral da Cooperativa.

O abastecimento das verduras ocorre três vezes por semana. Procuram fazer pesquisa de preço para não sair muito do comum, e afirmam que só agora as pessoas estão percebendo a diferença. Alegam que o agricultor tenta manter uma regularidade, certo compromisso com o consumidor, para garantir seu ponto de venda.

"O abastecimento é a base das cooperativas, tem demanda mas não tem produção suficiente para abastecer os espaços de comercialização que estão aparecendo. A história do circuito de pequenos mercados, onde entram as cooperativas, é preciso fazer um planejamento incluindo as cooperativas de consumidores", Silvana Ferrigo, da Acevam.



Deputados instalam Frente Parlamentar da Economia Solidária em SC

25 de Novembro de 2013, 12:23, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Fonte: http://agenciaal.alesc.sc.gov.br

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Deputados representantes de vários partidos instalaram, na tarde desta terça-feira (19), a Frente Parlamentar da Economia Solidária. A deputada Luciane Carminatti (PT) foi eleita coordenadora da frente que visa o fortalecimento de instituições que promovem a economia solidária no estado, através de cooperativas e da agricultura familiar.

"Vamos buscar mais recursos e visibilidade por parte do governo do estado a esta política tão importante para os municípios", disse Luciane. O ato de instalação da Frente Parlamentar da Economia Solidária foi prestigiado por vários líderes de pequenas cooperativas de várias regiões.

Entre os principais pleitos dos cooperados estão a estruturação do Conselho Estadual de Artesanato e Economia Solidária e a articulação para a criação de plano de desenvolvimento econômico do setor em 2014. Outro pedido é a realização de uma conferência estadual sobre o tema. Segundo dados apresentados, há 790 empreendimentos solidários mapeados em Santa Catarina.

Participaram da instalação dos trabalhos do grupo os deputados Renato Hinnig (PMDB), Neodi Saretta (PT), Sargento Amauri Soares (PSOL), Darci de Matos (PSD) e Dirceu Dresch (PT) e ainda, integrantes do Fórum Catarinense de Economia Solidária. Os parlamentares ressaltaram a necessidade do governo do estado aumentar a quantidade de produtos e alimentos provenientes da economia solidárias nas compras públicas.



Carta Aberta à Presidenta Dilma Rousseff sobre as ameaças e ataques de ruralistas contra indígenas

25 de Novembro de 2013, 11:25, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Fonte: http://www.aatijupa.org

À Presidenta Dilma Rousseff

Desde a morte de Oziel Terena, assassinado por forças policiais durante o cumprimento de uma reintegração de posse na terra indígena Buriti em maio deste ano, uma série de acontecimentos tem colocado em risco a segurança e a vida das comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul. Em sua guerra particular contra os povos indígenas, fazendeiros tem se manifestado de forma cada vez mais agressiva no discurso e na ação contra estes povos.

Estimulado por declarações violentas e preconceituosas de fazendeiros e seus representantes no Mato Grosso do Sul, o conflito chega a um estado de recrudescimento que exige de nós, organizações indígenas e indigenistas, vir a público mais uma vez denunciar a situação urgente e gravíssima dos povos originários do estado, e exigir uma intervenção federal imediata no Mato Grosso do Sul, de modo a evitar mais uma tragédia anunciada no Brasil.

Em Campo Grande, durante a invasão da sede da Fundação Nacional do Índio por 150 produtores rurais, no dia 19 de novembro, uma fazendeira gritou, dirigindo-se a indígenas que estavam no local: "o dia 30 está chegando (…), e rogo uma praga a vocês: morram. Morram todos!". Foi aplaudida pelos manifestantes. Dia 30 de novembro foi o prazo final estabelecido pelos produtores rurais do Mato Grosso do Sul para que o governo solucione os conflitos fundiários no estado. No entanto, prevendo que o Estado não consiga apresentar uma proposta que efetivamente dê cabo do problema - e que favoreça o segmento do agronegócio - os fazendeiros, através de suas associações, tem pública e repetidamente dado declarações como esta. "O prazo para uma solução final é 30 de novembro. Depois disso, como já é tragédia anunciada, os fazendeiros irão partir para o confronto legítimo para defender seu direito de propriedade. E vai haver derramamento de sangue, infelizmente", declarou o vice-presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Jonatan Pereira Barbosa, na tribuna da Comissão de Reforma Agrária do Senado Federal, no dia primeiro de novembro, conforme publicado no sítio eletrônico da entidade. O presidente da Acrissul, Francisco Maia, no último dia 8, em reunião com 50 produtores rurais do estado, disse: "A Constituição garante que é direito do cidadão defender seu patrimônio, sua vida. Guarda, segurança, custa dinheiro. Para entrarmos numa batalha precisamos de recurso. Imagine se precisamos da força de 300 homens, precisamos de recurso para mobilização". Em nova reunião, no dia 12 de novembro, o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Nilton Pickler, também veio à público corroborar a posição da Acrissul: "Estamos em uma terra sem lei, onde invadir propriedade não é mais crime, alguma reação precisa ser feita", afirmou. As entidades representativas dos produtores rurais do estado estão organizando, para o dia 7 de dezembro, em Campo Grande, um leilão de animais, commodities, máquinas e produtos doados pelos próprios pecuaristas do estado, para arrecadar recursos para ações contra os indígenas. Deram ao evento o nome de "Leilão da Resistência". Declararam, no último dia 19, que já receberam 500 cabeças de gado como doação, equivalentes a, no mínimo, 500 mil reais. O documento final da Quarta Assembleia do Povo Terena, que contou com a participação de mais de 300 lideranças Indígenas de todo o estado, representando os mais de 70 mil indígenas que lá vivem, declarava: "a tragédia está anunciada em Mato Grosso do Sul (…). É pública e notória a ameaça concreta intentada contra os povos indígenas pelos ruralistas deste estado". Para os indígenas, está claro: os "leilões da resistência" anunciados pelos produtores rurais "tem por objetivo financiar milícias armadas". Em carta, os indígenas criticaram o Estado pelo abandono das negociações, no sentido de encontrar saídas para a questão indígena. "O governo federal instalou (…) uma mesa de diálogo na tentativa de resolver a demarcação de nossos territórios. No entanto, após vários prazos estipulados pelo próprio ministro [da Justiça], não há nada de concreto a ser apresentado aos povos indígenas". As comunidades Terena, Guarani-Kaiowá, Guarani Ñandeva, Kinikinau e Kadiwéu em luta pela garantia de seus territórios tradicionais, tem relatado e denunciado à Polícia Federal, à Funai e ao MPF um sem número de casos de ataques a tiros, invasões, intimidações e ameaças de morte que os indígenas vem sofrendo no último período. Apesar disso, até o momento, nenhuma segurança permanente está sendo oferecida a estes povos. Os indígenas conhecem bem o trabalho da segurança privada que os fazendeiros pretendem ampliar na região. Em contexto do conflito envolvendo indígenas e fazendeiros, em novembro de 2011, a empresa de segurança privada Gaspem, que prestava - e ainda presta - serviços a proprietários de terras que incidem sobre território tradicional indígena, foi acusada de envolvimento na morte do rezador Guarani-Kaiowá Nízio Gomes, no tekoha Guaiviry, em Aral Moreira. Na denúncia, o Ministério Público Federal do Mato Grosso do Sul (MPF-MS) classificou as atividades da empresa como de uma "milícia privada", exigindo a suspensão das atividades da companhia. Em função do caso, sete pessoas estão presas, conforme relatou o MPF. Jornais e televisões locais também têm associado o termo "milícias armadas" ao discurso dos ruralistas sobre o leilão e sobre as ameaças do dia 30 de novembro. Agências de notícias internacionais categorizaram o caso como "conflito sangrento (…) com características de guerra territorial". É público e notória que, no Mato Grosso do Sul, os fazendeiros estão organizando força paramilitar para atentar contra a vida de coletividades e contra o Estado de direito no Brasil. A "resistência" dos latifundiários é contra a demarcação das terras indígenas. É contra a realização de laudos e perícias pela Funai. É contra a organização política dos indígenas, que avançam na retomada de seus territórios tradicionais, frente à morosidade do Estado e da Justiça, de toda a violência que vem sofrendo, das mãos das forças policiais estaduais e federais, e das seguranças privadas "legais" ou ilegais que atuam na região. A dita "resistência" é, a rigor, contra a vida destas pessoas. Em função desta conjuntura, extensão de um violento processo histórico de espoliação, confinamento e extermínio dos povos indígenas desta região, as organizações signatárias vêm a público exigir da presidente Dilma uma intervenção federal imediata no Estado do Mato Grosso do Sul. O poder público pode e deve evitar esta "tragédia anunciada", repetição sistemática do genocídio contra os povos indígenas. E isto precisa ser feito agora. O reconhecimento e a demarcação das terras indígenas é a verdadeira solução para a situação que está posta no Mato Grosso do Sul. Brasília, 21 de novembro de 2013.

Conselho Indigenista Missionário - Cimi

Articulação dos Povos Indígenas do Brasil - APIB

Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul - ArpinSul

Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo - Apoinme

Aty - Guassu Guarani Kaiowá

Conselho de Caciques Terena

Conselho Indígena de Roraima - CIR

Instituto Kabu - Nejamrô Kayapó

Associação dos Índios Tupinambá da Serra do Padeiro - AITSP

CCPIO AP. Galibi Marworno - Paulo R. Silva

Vídeo nas Aldeias - Vicent Carelli

Operação Amazônia Nativa - Opan

Instituto de Pesquisas e Formação Indígena - Iepé

Instituto Sócio Ambiental - ISA

Associação Terra Indígena Xingu - ATI

XInstituto Indígena para Propriedade Intelectual - Inbrapi

HAY - Dário Vitória Kopenawa Yanomami

HAY - Davi Kopenawa Yanomami



Carta Aberta à Presidenta Dilma Rousseff sobre as ameaças e ataques de ruralistas contra indígenas

25 de Novembro de 2013, 11:25, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Fonte: http://www.aatijupa.org

À Presidenta Dilma Rousseff

Desde a morte de Oziel Terena, assassinado por forças policiais durante o cumprimento de uma reintegração de posse na terra indígena Buriti em maio deste ano, uma série de acontecimentos tem colocado em risco a segurança e a vida das comunidades indígenas do Mato Grosso do Sul. Em sua guerra particular contra os povos indígenas, fazendeiros tem se manifestado de forma cada vez mais agressiva no discurso e na ação contra estes povos.

Estimulado por declarações violentas e preconceituosas de fazendeiros e seus representantes no Mato Grosso do Sul, o conflito chega a um estado de recrudescimento que exige de nós, organizações indígenas e indigenistas, vir a público mais uma vez denunciar a situação urgente e gravíssima dos povos originários do estado, e exigir uma intervenção federal imediata no Mato Grosso do Sul, de modo a evitar mais uma tragédia anunciada no Brasil.

Em Campo Grande, durante a invasão da sede da Fundação Nacional do Índio por 150 produtores rurais, no dia 19 de novembro, uma fazendeira gritou, dirigindo-se a indígenas que estavam no local: "o dia 30 está chegando (…), e rogo uma praga a vocês: morram. Morram todos!". Foi aplaudida pelos manifestantes. Dia 30 de novembro foi o prazo final estabelecido pelos produtores rurais do Mato Grosso do Sul para que o governo solucione os conflitos fundiários no estado. No entanto, prevendo que o Estado não consiga apresentar uma proposta que efetivamente dê cabo do problema - e que favoreça o segmento do agronegócio - os fazendeiros, através de suas associações, tem pública e repetidamente dado declarações como esta. "O prazo para uma solução final é 30 de novembro. Depois disso, como já é tragédia anunciada, os fazendeiros irão partir para o confronto legítimo para defender seu direito de propriedade. E vai haver derramamento de sangue, infelizmente", declarou o vice-presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Jonatan Pereira Barbosa, na tribuna da Comissão de Reforma Agrária do Senado Federal, no dia primeiro de novembro, conforme publicado no sítio eletrônico da entidade. O presidente da Acrissul, Francisco Maia, no último dia 8, em reunião com 50 produtores rurais do estado, disse: "A Constituição garante que é direito do cidadão defender seu patrimônio, sua vida. Guarda, segurança, custa dinheiro. Para entrarmos numa batalha precisamos de recurso. Imagine se precisamos da força de 300 homens, precisamos de recurso para mobilização". Em nova reunião, no dia 12 de novembro, o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Nilton Pickler, também veio à público corroborar a posição da Acrissul: "Estamos em uma terra sem lei, onde invadir propriedade não é mais crime, alguma reação precisa ser feita", afirmou. As entidades representativas dos produtores rurais do estado estão organizando, para o dia 7 de dezembro, em Campo Grande, um leilão de animais, commodities, máquinas e produtos doados pelos próprios pecuaristas do estado, para arrecadar recursos para ações contra os indígenas. Deram ao evento o nome de "Leilão da Resistência". Declararam, no último dia 19, que já receberam 500 cabeças de gado como doação, equivalentes a, no mínimo, 500 mil reais. O documento final da Quarta Assembleia do Povo Terena, que contou com a participação de mais de 300 lideranças Indígenas de todo o estado, representando os mais de 70 mil indígenas que lá vivem, declarava: "a tragédia está anunciada em Mato Grosso do Sul (…). É pública e notória a ameaça concreta intentada contra os povos indígenas pelos ruralistas deste estado". Para os indígenas, está claro: os "leilões da resistência" anunciados pelos produtores rurais "tem por objetivo financiar milícias armadas". Em carta, os indígenas criticaram o Estado pelo abandono das negociações, no sentido de encontrar saídas para a questão indígena. "O governo federal instalou (…) uma mesa de diálogo na tentativa de resolver a demarcação de nossos territórios. No entanto, após vários prazos estipulados pelo próprio ministro [da Justiça], não há nada de concreto a ser apresentado aos povos indígenas". As comunidades Terena, Guarani-Kaiowá, Guarani Ñandeva, Kinikinau e Kadiwéu em luta pela garantia de seus territórios tradicionais, tem relatado e denunciado à Polícia Federal, à Funai e ao MPF um sem número de casos de ataques a tiros, invasões, intimidações e ameaças de morte que os indígenas vem sofrendo no último período. Apesar disso, até o momento, nenhuma segurança permanente está sendo oferecida a estes povos. Os indígenas conhecem bem o trabalho da segurança privada que os fazendeiros pretendem ampliar na região. Em contexto do conflito envolvendo indígenas e fazendeiros, em novembro de 2011, a empresa de segurança privada Gaspem, que prestava - e ainda presta - serviços a proprietários de terras que incidem sobre território tradicional indígena, foi acusada de envolvimento na morte do rezador Guarani-Kaiowá Nízio Gomes, no tekoha Guaiviry, em Aral Moreira. Na denúncia, o Ministério Público Federal do Mato Grosso do Sul (MPF-MS) classificou as atividades da empresa como de uma "milícia privada", exigindo a suspensão das atividades da companhia. Em função do caso, sete pessoas estão presas, conforme relatou o MPF. Jornais e televisões locais também têm associado o termo "milícias armadas" ao discurso dos ruralistas sobre o leilão e sobre as ameaças do dia 30 de novembro. Agências de notícias internacionais categorizaram o caso como "conflito sangrento (…) com características de guerra territorial". É público e notória que, no Mato Grosso do Sul, os fazendeiros estão organizando força paramilitar para atentar contra a vida de coletividades e contra o Estado de direito no Brasil. A "resistência" dos latifundiários é contra a demarcação das terras indígenas. É contra a realização de laudos e perícias pela Funai. É contra a organização política dos indígenas, que avançam na retomada de seus territórios tradicionais, frente à morosidade do Estado e da Justiça, de toda a violência que vem sofrendo, das mãos das forças policiais estaduais e federais, e das seguranças privadas "legais" ou ilegais que atuam na região. A dita "resistência" é, a rigor, contra a vida destas pessoas. Em função desta conjuntura, extensão de um violento processo histórico de espoliação, confinamento e extermínio dos povos indígenas desta região, as organizações signatárias vêm a público exigir da presidente Dilma uma intervenção federal imediata no Estado do Mato Grosso do Sul. O poder público pode e deve evitar esta "tragédia anunciada", repetição sistemática do genocídio contra os povos indígenas. E isto precisa ser feito agora. O reconhecimento e a demarcação das terras indígenas é a verdadeira solução para a situação que está posta no Mato Grosso do Sul. Brasília, 21 de novembro de 2013.

Conselho Indigenista Missionário - Cimi

Articulação dos Povos Indígenas do Brasil - APIB

Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul - ArpinSul

Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo - Apoinme

Aty - Guassu Guarani Kaiowá

Conselho de Caciques Terena

Conselho Indígena de Roraima - CIR

Instituto Kabu - Nejamrô Kayapó

Associação dos Índios Tupinambá da Serra do Padeiro - AITSP

CCPIO AP. Galibi Marworno - Paulo R. Silva

Vídeo nas Aldeias - Vicent Carelli

Operação Amazônia Nativa - Opan

Instituto de Pesquisas e Formação Indígena - Iepé

Instituto Sócio Ambiental - ISA

Associação Terra Indígena Xingu - ATI

XInstituto Indígena para Propriedade Intelectual - Inbrapi

HAY - Dário Vitória Kopenawa Yanomami

HAY - Davi Kopenawa Yanomami



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