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Polaco Doido

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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Morreu...

17 de Fevereiro de 2014, 5:42, por Bertoni - 0sem comentários ainda

Fonte: Mentirinhas.com.br



Chamada de Trabalhos para o FLISOL 2014 em Curitiba vai até 15/03

16 de Fevereiro de 2014, 15:24, por Bertoni - 0sem comentários ainda

A 10a. edição do FLISOL - Festival Latino-americano de Instalação de Software Livre, acontecerá no dia 26 de abril de 2014 em várias cidades, incluindo Curitiba.

A Comunidade Curitiba Livre está iniciando a chamada de trabalhos para os interessados em palestrar. O envio de proposta de palestra ou oficina deve ser feito até o dia 15 de março de 2014.

O FLISOL 2014 acontecerá no Campus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR.

Endereço: Rua Imaculada Conceição, 1.155, Prado Velho - Curitiba PR

Para conhecer mais sobre o evento, enviar proposta de palestra/oficina ou se inscrever, acesse: http://www.curitibalivre.org.br/flisol

Obs: voluntários para ajudar na organização e durante o FLISOL também são muito bem-vindos :-)

Abraços,

Paulo Henrique de Lima Santana

http://www.phls.com.br

Tim (41) 9638-1897

GNU/Linux user: 228719 GPG ID: 0443C450



A Pedreira, era um espaço público, agora …

14 de Fevereiro de 2014, 16:31, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O prefeito Gustavo Fruet, em sua página no Facebook, anuncia orgulhosamente a reabertura da agora privatizada/terceirizada, Pedreira Paulo Leminski, para o próximo 29 de março, aniversário da cidade.

Na Gazeta do Povo, Hélio Pimentel, sócio gerente da DC Set eventos, empresa agora responsável pela Pedreira Paulo Leminski, informa:

“É um artista unânime, por isso a escolha. Roberto Carlos é um ícone nacional e internacional. Será uma forma bacana de comemorar a reabertura da pedreira”

Unânime?

[pausa para rir litros]

Unanimidade para quem, cara pálida?

Roberto Carlos é um compositor e interprete mediano. Até que canta afinadinho, mas seu timbre de voz agrada apenas aqueles com um gosto musical extremamente duvidoso.

O Rei Roberto Carlos, deve este seu título e fama quase que exclusivamente a seus esquemas de exclusividade com a toda poderosa Rede Globo. Um artista fabricado, em um passado distante em que a fabricação de estrelas ainda não era lugar comum. Um passado distante em que o sucesso era resultado apenas do talento, do carisma e da afinidade que o artista tinha com o seu público.

Roberto Carlos é o resultado de um golpe contra a cultura nacional. A Jovem Guarda, movimento cultural e musical, criado em laboratório para seduzir a juventude em meados da década de 1960. Também criado para competir contra o estrondoso sucesso dos festivais e artistas das antigas TVs, Tupi e Record. Não é a toa que pesam sobre o “rei” várias acusações de que o mesmo era um informante e artista a serviço da ditadura militar no Brasil e na América do Sul. Não mesmo. Assim como a Venus Platinada, Roberto Carlos é também uma cria, um produto da Ditadura Militar com o propósito de alienar todos os brasileiros a respeito de sua verdadeira situação política e social.

Roberto Carlos é um fantasma da ditadura militar. Um fantasma da ditadura que ainda caminha entre nós.

É evidente que não posso culpar aquele leitor que por acaso não concorde com minhas críticas ao rei Roberto Carlos. É uma questão de gosto. O gosto pessoal é movido por paixões e é sempre perigoso colocar em xeque aquelas paixões que não entendemos.

Porém, se o querido leitor estiver animadinho com o show do “rei”, achando que será um presente da cidade de Curitiba para todos os curitibanos no dia de seu aniversário, pode ir tirando seu cavalinho da chuva. Qualquer apresentação do “rei”, que não seja bancada pela Rede Globo ou suas afiliadas, custa por volta de R$ 1 milhão. Para o dia 29/3, com a capacidade reduzida de 25 mil para apenas 10 mil pessoas confortavelmente sentadas em cadeiras espalhadas pela Pedreira, o ingresso mais baratinho não sairá por menos de R$ 150,00.

A Pedreira que já recebeu estrelas do calibre de Paul McCartney, AC/DC, David Bowie e Iron Maidem, agora é administrada por uma empresa privada. Uma empresa privada que visa o lucro e que tem como obrigação contratual, ceder o espaço para eventos do município apenas algumas poucas vezes por ano.

Como o objetivo da DC Set eventos é o lucro, nada mais lógico que trazer Roberto Carlos para a reinauguração. Um evento com sucesso de público garantido.

Meu maior medo nesse caso, é que a pedreira vire palco de atrações puramente mercantis.

Imagine nossa antiga pedreira servindo de palco para festivais de Sertanejo Universitário, Gospel Gosmento, padres cantores e coisinhas do tipo?

Fazer o quê?

É o preço da terceirização/privatização dos espaços culturais da cidade de Curitiba.

Richa, quando prefeito, fechou a pedreira. Ducci, seu sucessor, vendeu a pedreira. Agora Fruet, o atual prefeito, usa de seu perfil institucional numa rede social digital para fazer propaganda de um evento de uma empresa privada.

É capitalismo de estado a serviço da iniciativa privada.

Pelo menos, ficam as lembranças dos grandes shows na pedreira no tempo em que a pedreira ainda era nossa, era dos curitibanos e não da DC Set eventos.

Polaco Doido 



Cala a boca, Polaco Doido! Eu tenho direito à Liberdade de Expressão!!!

7 de Fevereiro de 2014, 18:39, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

As presepadas dos comentários de Sheherazade no horário nobre da televisão brasileira causaram um estrondoso alvoroço nas redes sociais durante esta semana. Além disso, presenciamos um fato que merece registro. Excluindo-se as disputas eleitorais, raramente se vê opiniões tão claramente divididas entre os prós e os contras ao “justiciamento” popular e aos justiceiros modernos.

Na ala dos favoráveis a Sheherazade, aqui carinhosamente apelidados de sheherazedetes, nada muito além da retórica de boteco. Argumentos como: “bandido bom é bandido morto”, “estamos exercendo nosso direito a liberdade de expressão” ou ainda, “direitos humanos só valem para humanos direitos”.

Eu aqui, fico me perguntando, não ensinam nem o básico sobre a liberdade de expressão e os direitos humanos nas escolas?

Mas como o titio Polaco Doido é mais metido que bagre na lama, titio Polaco Doido  vai tentar explicar ao querido leitor.

Tenho para mim que os tais justiceiros são nada mais que neo-nazistas, muito comuns aqui no sul do Brasil e que, pelo jeitão, também estão aprontando em latitudes ao norte do trópico de Caprocórnio.

Esta minha acusação é uma acusação grave e leviana ou trata-se apenas de um Polaco Doido do Santa Cândida exercendo seu direito constitucional da ampla liberdade de expressão?

Pois bem. Os Direitos Humanos junto com garantia das liberdades de expressão não são um conjunto de regras criadas por agentes vermelhos-socialistas-comuno-bolcheviques na tentativa de se criar uma rede global de patrulha ideologia para fazer com que você, querido gafanhoto, use sua cacholinha apenas para pensar como os donos do mundo querem que você pense.

Não mesmo, estas ideias surgiram há muito tempo. Os filósofos clássicos da antiga Grécia já pincelavam conceitos a respeito e finalmente, em 1948, A Assembléia Geral das Nações Unidas, determinou que a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é um ideal a ser seguido por todas as nações.

Claro que, na prática, as determinações da ONU quase não têm valor algum. Basta ver as atrocidades que acontecem em regiões como a Faixa de Gaza, Afeganistão e Iraque, cometidas pelos Israelenses contra o povo palestino e Norte Americanos nos países recentemente invadidos. Tanto israelenses quanto norte americanos, são signatários da DUDH.

O Brasil, um país que muitos declaram publicamente ter vergonha de viver e ter nascido, está muito mais avançado nesse aspecto, as diversas legislações nativas atendem as determinações da DUDH, sendo muito mais avançada no que diz respeito as liberdades de pensamento e expressão.

Em resumo, segundo a legislação Brasileira, todos nós podemos expressar livremente qualquer dos nossos pensamento e opiniões, sem nenhuma censura prévia. Porém, não nos é permitido:

  • O anonimato;
  • A incitação a qualquer tipo a guerra;
  • A apologia ao ódio (de qualquer espécie);
  • A incitação à violência ou ao delito;
  • A discriminação racial
  • O incentivo ao assassinato.

Mais aqui.

Claro que esta liberdade, como todas as outras, tem seu preço.

Podemos nos expressar sobre quase qualquer assunto que nos der na telha, com os argumentos que acharmos mais convenientes desde que, estejamos conscientes e preparados para as conseqüências destas declarações.

Por exemplo:

Como escrevi alguns parágrafos acima, desconfio que estes justiceiros modernos sejam nada mais que neo-nazistas fazendo das suas neonazistagens regulamentares. Também poderia ter escrito que um Fulano de Tal qualquer é nada mais que um grande filho-da-puta.

Não existe nenhum delito nestas minhas declarações. Porém, se algum dos justiceiros não gostar da minha comparação ou se, Fulano de Tal ou a mãe dele não gostarem de meu adjetivo carinhoso, qualquer um deles pode me processar por calúnia e terei uma grande dor de cabeça respondendo processos e gastando com algum advogado para me defender.

O mesmo acontece com a Sheherazade em decorrência de seus infelizes comentários.

Ao apoiar o “justiciamento”, ela claramente incitou a violência ao concordar com a ação dos justiceiros e, mais cedo ou mais tarde, devido a grande repercussão do caso, alguém vai dar inicio a uma ação judicial contra a moça por causa de sua declaração.

O mesmo pode acontecer com qualquer outro que se declare publicamente favorável as ponderações da jornalista do SBT.

Pronto! Agora as sheherazedetes desvairadas vão subir nas tamancas, ficarão putos dentro de suas calças, bradando que a tal Liberdade de Expressão não passa de um embuste, uma farsa, já que não os é permitido, falarem tudo o que pensam.

Se acalmem meus queridos sheherazedetes, quase tudo neste mundo tem uma explicação  lógica.

As Liberdades de Expressão não são um direito legal conquistado assim, do além, apenas para nosso proveito e alegria.

As Liberdades de Expressão estão contidas dentro das regras e legislações que tratam dos direitos humanos. E mesmo sem entender pisírica de juridiquês, sei que nenhuma norma, lei ou regulamentação, pode se sobrepor ou contrariar a qualquer outra anteriormente estabelecida.

Estas leis brasileiras que tratam dos direitos humanos, entre outros, garantem que:

  • Todos são iguais perante a lei sem discriminação de nenhum tipo;
  • Todos têm direito a um julgamento formal em caso de suspeita de delito;
  • Todos têm direito a um mínimo de dignidade.

Queira ou não, os justiceiros afrontaram estes três tópicos relacionados e mais um monte de leis que não tenho competência para enumerar.

Os tais justiceiros, aos olhos da lei, são criminosos muito mais perigosos que o garoto preso a um poste e que, suspeita-se, furtou algumas quinquilharias quase sem valor.

Eles afrontaram a lei estabelecida e Sheherazade juntamente com as sheherazedetes, aplaudiram e até estimularam este tipo de atitude. Estes, também são contraventores.

Pra finalizar, lembre-se que vivemos sob um regime de Estado Democrático de Direito. Isso significa que todos nós, desde a Presidente da República, um poderoso empresário, um grande banqueiro, eu, você e até o garoto acorrentado ao poste, estamos submetidos as leis estabelecidas.

Todos nossos direitos adquiridos devem-se unicamente a este Estado Democrático de Direito.

Não sejamos ingênuos.

Sheherazade, assim como outros tantos profissionais da informação, são profissionais, só isso. Eu e você também somos profissionais em nossas áreas de atuação. E como profissionais fazemos o que em troca de nossos salários?

Apenas aquilo que o chefe ou patrão manda ou precisa que seja feito. Não é?

Não é de hoje que muitos veículos de informação dedicam muito de seu espaço para nos empurrar goela abaixo a falsa sensação de total falência do Estado Democrático de Direito.

Que interesses se escondem por trás deste tipo de postura?

E mais.
Quem ganha com a imagem ou a realização da total falência do estado?

Eu, você, o garoto acorrentado pelo pescoço?

Ou a face oculta por trás dos pronunciamentos de Sheherazade e de tantos comunicadores a serviço sabe-se lá de quais interesses?

Pensa nisso antes de dormir.

Polaco Doido



Sheherazade é uma faísca acesa dentro de um paiol de pólvora

6 de Fevereiro de 2014, 19:28, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

É claro que as declarações da apresentadora do Jornal do SBT na última Terça feira (04/02) a respeito do “justiciamento” e agressão contra um jovem preto e pobre, acorrentado pelo pescoço a um poste numa movimentada avenida da orla carioca são de causar espanto. Porém, a tal apresentadora ficou famosa nacionalmente, muito mais por suas declarações polêmicas e preconceituosas, por sua visão mesquinha e simplista do mundo que a rodeia do que, necessariamente, por seu talento e competência como jornalista e apresentadora. Em seu comentário, Sheherazade enxergou como positiva a atitude de um bando de marginais que agrediram e acorrentaram em um poste um adolescente que supostamente havia cometido alguns pequenos delitos.

Lógico que teria sido muito mais positivo se a comentarista tivesse usado de seu espaço em rede nacional de TV para explicar a seu público que a população civil também pode contribuir com a polícia por meio da Ordem de Prisão por Cidadão. Bastava que os garotos justiceiros, depois de ter imobilizado o garoto, entrassem em contato com a autoridade e aguardassem a presença da polícia.

Os “Justiceiros” são criminosos muito mais perigos que o jovem acorrentado, mas para a comentarista do SBT isso é irrelevante. O importante para ela é polêmica, o discurso panfletário ideológico contrário as normas do Estado de Direito a que todos nós estamos submetidos.

Mais um comentário preconceituoso, ruim e desnecessário, como tantos outros que a fizeram famosa.

Um comentário péssimo em uma rede nacional de TV reconhecida por sua programação de baixíssima qualidade, onde o único programa que vale a sintonia são as reprises do seriado mexicano Chaves. O Jornal do SBT é um jornal televisivo muito ruim e depois da invenção do controle remoto, da popularização da TV por assinatura, só assiste programa ruim quem não tem outra opção ou tem um tremando mau gosto.

TVs abertas sobrevivem graças à venda de espaços publicitários, os comerciais. Estas verbas de publicidade são distribuídas conforme a audiência de cada canal ou cada programa. Se os comentários de Rachel Sheherazade não rendessem audiência, ela não estaria lá, vomitando suas verborragias proto-fascistas em horário nobre.

Por mais que os diretores do SBT afirmem que as declarações da apresentadora não correspondam com as opiniões da emissora, a moça fala em nome da emissora, seus comentários resultam em audiência e, como conseqüência, estes comentários se transformam verbas de publicidade para o SBT.

É aqui que mora o perigo.

Essa audiência não é pouca, nas redes sociais digitais o número de pessoas que concordam com a opinião da jornalista é talvez até maior do que o número de pessoas que discordam desta opinião.

Esta divisão de opiniões radicais não se limita a este caso específico tão pouco corresponde as diversas divisões dentro da sociedade brasileira. Brancos e pretos, ricos e pobres, crentes e descrentes dividem-se internamente também a respeito dos mais variados temas. Seja os direitos humanos, seja em questões de gênero, raça ou sexualidade, seja em questões econômicas, políticas ou de distribuição de renda. Tudo, absolutamente tudo, virou questão de ordem, não existe mais o meio termo o consenso o respeito mútuo.

Hoje qualquer manifestação de opinião é marcada por radicalismos extremos, qualquer divergência pode custar anos de amizade, rompimentos absurdos e não poucas vezes, até agressões mutuas.

Sinceramente, não sei o que levou nossa sociedade contemporânea a este tipo de divisão radical, mas tenho cá minhas suspeitas.

De alguns anos para cá com o aumento real na renda dos trabalhadores assalariados, a diminuição do número de miseráveis e famintos, a sociedade brasileira sofreu um choque. De um lado, os menos favorecidos agora podem nutrir a esperança de participar ativamente da sociedade marcada pelo consumo. De outro, aqueles historicamente abastados, sentem-se ameaçados pela participação ativa na sociedade daqueles que historicamente sempre foram excluídos.

É esse conflito de interesses que gera esta divisão na visão de mundo dos mais variados indivíduos.

Correndo o risco de estar redondamente enganado, arrisco traçar um paralelo da atual situação Brasileira, com o que acontecia no hoje poderoso grande irmão do norte, às vésperas da Guerra de Secessão.

Nos “Estates”, por volta de 1860, o país deu inicio a uma guerra civil que vitimou mais de 600 mil pessoas e destruiu boa parte da infra-estrutura dos estados envolvidos, só porque o governo, então comandado por Abraham Lincoln, decidiu tomar algumas medidas que impediam a expansão da escravidão.

É lógico que os escravagistas não toparam a idéia e decidiram romper com o governo estabelecido. Um tipo de movimento “O Sul é meu país” só que muito melhor organizado.

De modo bem resumido, estes escravagistas eram os grandes latifundiários e seus agregados, pelegos ou simpatizantes. Eles interpretavam a liberdade como um sinônimo do direito divino de concentrar renda, o direito de defender suas propriedades (escravos eram nada mais que propriedade privada de alguém) e do livre comércio completamente desregulado e isento de impostos.

Este tipo de pensamento conservador não te faz lembrar alguém?

Qualquer semelhança com os comentários de Sheherazade e com todo o povo que compactua com este tipo de visão de mundo, não é apenas simples coincidência.

Como já dizia Vinicius de Morais:  Hoje, muito mais do que em qualquer outro tempo…

“Estamos sentados num paiol de pólvora”

Polaco Doido